A mentira do darwinismo como sinônimo de materialismo

Um dos mais duros golpes do processo de desinformação praticado pela escola brasileira é tentar associar as ideias equivocadas sobre evolução anteriores à Charles Darwin como concepções ‘religiosas’, fazendo uma alusão de que a ‘religião’ estaria incorreta, enquanto a ciência estaria correta, ao seguir dessa postagem eu vou colocar alguns trechos do meu livro de biologia da terceiro ano, que é Biologia das populações, volume 3, de José Mariano Amabis e Gilberto Rodrigues Martho, publicado pela editora Moderna.

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Para deixar evidente esse tipo de coisa, vou destacar um trecho da página 146, “A maior parte desses naturalistas, como Lineu, por exemplo, além de fixista, era adepto do criacionismo, ou seja, acreditava que as espécies biológicas foram criadas por ato divino no momento da criação”, em seguida, eu destaco a seguinte afirmação feita na sequência, “apesar de tanto o criacionismo quanto o evolucionismo buscarem explicações para a origem dos seres vivos, há uma diferença fundamental entre eles: o criacionismo não é cientifico, pois invoca o sobrenatural para explicar fenômenos da natureza. O cerne do pensamento cientifico é basear as explicações para os fenômenos naturais em fatos e processos observáveis na própria natureza”, a seguir, encontra-se o seguinte escrito no livro, “por se tratar de crença religiosa, o criacionismo fundamenta-se em um conjunto de dogmas, isto é, ideias consideradas certas e indiscutíveis , verdades que não admitem questionamento”.

Fica claro que o autor tenta criar no aluno a concepção de que o criacionismo é um conjunto de dogmas provenientes da religião ao mesmo tempo que tenta dizer que o evolucionismo é o oposto ao criacionismo, fazendo a alusão de que é uma concepção unicamente científica e portanto materialista, fazendo essa deturpação, em momento algum no livro é mencionado que Charlis Darwin, e Alfred Russel, os dois criadores do evolucionismo eram na verdade criacionistas e adeptos da ideia do design inteligente, mas não se engane isso é proposital, suponho eu que um biólogo que escreve livros sobre o evolucionismo deve no mínimo conhecer a bibliografia de Darwin e Russel, começando por Darwin, aonde ele diz em A Origem das Espécies: “There is grandeur in this view of life, with its several powers, having been originally breathed by the Creator into a few forms or into one; and that, whilst this planet has gone cycling on according to the fixed law of gravity, from so simple a beginning endless forms most wonderful have been, and are being, evolved”, enquanto Alfred Russel escreveu o livro O Aspecto Cientifico do Sobrenatural (http://bit.ly/19WVkPG).

Outra mentira escrita no livro é que a religião é um conjunto de dogmas pré-concebidos que não aceitam refutação, sendo assim, indiscutíveis, mentira porque a religião Católica aceita perfeitamente o Darwinismo, como já foi declarado pelo Papa, e o espiritismo que se define como um culto, também aceita o evolucionismo darwinista, a posição da igreja católica é muito bem explicada pelo padre Paulo Ricardo no vídeo a seguir: http://bit.ly/16ZNB29.

Portanto podemos concluir que embora assim seja tentado passar na escola, de uma maneira que não pode ser caracterizada de outra forma senão como desinformação criminosa, o evolucionismo não é um contraposto do criacionismo, uma vez que é defendido pela igreja católica e outras religiões ou cultos, e a religião não é um conjunto de dogmas inquestionáveis, visto que o posicionamento religioso sobre a matéria muda de acordo com a ciência, que não pode nada afirmar sobre o sobrenatural, tarefa cabível aos filósofos. Portando eis aqui, mais uma evidência de desinformação histórica, cientifica e filosófica cometida pelo MEC, o marxismo cultural é evidente até nos livros de exatas, não apenas nos de ciências sociais e filosofia.

Escrito por Lucas Andrade de Araújo. Portal Conservador.

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