Antes do séc.XX, vigorava a civilização cristã, para a qual a palavra dada e a honra pessoal eram a base de todo o sistema de livre-mercado que ficou conhecido como capitalismo. No entanto, em 1917, com o advento da União Soviética e da ignominiosa revolução bolchevista, a sociedade que antes se baseava na ética e no valor – a meritocracia – foi sendo substituída pela sociedade baseada no roubo e na extorsão – a cleptocracia.
Bem demonstra este processo o livro O melhor inimigo que o dinheiro pode comprar, no qual o historiador britânico Anthony C. Sutton provou que a revolução soviética foi financiada com dinheiro de Wall Street, com vistas à obtenção de controle social. A coisa funciona assim: acelera-se a queda do capitalismo sobrecarregando a sociedade com uma burocracia sem fim, ao mesmo tempo em que se fomenta o endividamento de todas as empresas, para quebrar a economia e implantar com isso a opção totalitária socialista, na qual o poder é exercido por uma minoria de cleptocratas.
Assim, pode-se deduzir de que o projeto socialista, para dar certo, precisa que todas as pessoas físicas e jurídicas sejam/estejam lançadas à inadimplência, porque daí vem a alternativa socialista para impor seu regime à sociedade em caos. É fácil ver como certos governos incentivam isso.
O Presidente norte americano Bill Clinton (1992-2000), socialista confesso, criou as bases para que os bancos dos EUA emprestassem dinheiro a pessoas sem capacidade de pagar, apenas para gerar a crise monumental que teve seu ápice com a eleição de Barack Obama, também do partido democrata. Com isso garantiu mais 8 anos de governo para seu amigo socialista Barack Obama.
No Brasil, o maior exemplo disso é o “Bolsa-família”, que também foi projetado para quebrar a economia, ou seja, as pessoas só recebem à custa do estado sem ter que prestar nenhuma contrapartida e não querem pagar ninguém, porque sabe que sempre irá receber dinheiro do estado sem ter que fazer nada, por isso não há problema algum se o nome “ficar sujo”. Outro exemplo são os “manifestantes” do passe livre que querem adquirir as coisas sem pagar, só receber sem pagar, exigindo cada vez mais do estado que vai ficando cada vez mais exaurido.
Assim fica fácil deduzir de onde vem a onda de estelionatários, que emitem cheques sem fundo no comércio local, assim como as pessoas que compram e não pagam: o governo brasileiro é o maior de todos os devedores, com dívida total em torno de R$3 trilhões, pois o Sr. Lula da Silva conseguiu triplicar a dívida externa! Para tirar os 30 milhões da miséria (sic!) não foi com crescimento, mas com dívida.
Os governantes estão a dar este exemplo para as pessoas, e o mal da inadimplência só tem uma solução: o retorno aos valores cristãos que estão na base tanto da revolução industrial inglesa, da formação da constituição dos EUA e no desenvolvimento da moderna sociedade industrial que hoje temos. A ética, a honra, o cumprir com a palavra e com o combinado verbalmente é coisa de homens de caráter, e de caráter cristão.
Como dito em Gênesis, cap.20, versículo um dos 10 mandamentos da lei mosaica é a “Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o servo, nem sua versa, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” e “não proferirás falso testemunho contra o teu próximo . O estelionatário, o devedor, o inadimplente ofende diretamente esses dois mandamentos da Lei Mosaica, que está na base da ética judaico-cristã: para obter a vantagem ilícita, o caloteiro sempre faz uso de mentiras, subterfúgios e enganações.
O tipo mais cínico e despudorado de golpe na praça tem relação direta com os dados históricos acima discutidos: trata-se de um grupo de delinquentes auto-intitulados “Fora do Eixo”. Trata-se de uma trupe de golpistas que se dizem músicos e artistas, mas que na verdade são tão somente eestelionatários. Eles tiveram a cara de pau de inventar um “dinheiro de mentirinha”, chamado “cubo card”, o qual usam para “pagar” por serviços de alimentação e hospedagem que consomem em diversas cidades. Os proprietários, quando enganados, nunca veem a cor do dinheiro de verdade, como é o caso de José Ignácio Lima, dono de um restaurante em Cuiabá, que foi lesado inicialmente em R$21 mil reais, ou quase 2 mil refeições. A dívida hoje já foi reconhecida pela justiça e está em torno de R$60mil, devido ao tempo transcorrido. Para piorar, já foi constatado por meio de depoimentos de ex-integrantes do grupo Fora do eixo que lá se usa trabalho escravo de jovens desavisados com vistas a divulgar as ações do grupo, o qual conta com vastos recursos de verbas governamentais, obtidos por meio do relacionamento de seu fundador Pablo Capilé com o todo-poderoso agente cubano José Dirceu, apontado pelo STF como o chefe da quadrilha do Mensalão.
Vê-se que o próprio estado, quando não é o maior caloteiro – vide o caso dos velhinhos que morrem nas filas à espera do recebimento de precatórios judiciais do INSS – é o maior incentivador da inadimplência. Incentiva diretamente, por meio do financiamento a grupos de caloteiros, como Fora do Eixo, MST e UNE, e indiretamente, proibindo a expressão pública e o ensino da religião cristã nas escolas, que o único remédio contra o mau-caratismo dos caloteiros, pois ensina o valor da ética.
É sempre bom pensar de forma ampla e sem preconceitos para localizar de onde vêm os problemas eu nos afligem diariamente, como é o caso da inadimplência no comércio, pois muitas vezes o problema se localiza onde menos esperamos.
No caso da inadimplência, embora seja fácil provar que advém das ideias utópicas revolucionárias do séc.XX, a coisa toda é escondida com muito esforço pelos veículos midiáticos controlados pelo governo. Na dúvida, é sempre bom receber à vista, ou seja, acreditar nas raízes da civilização judaico-cristã do que nas conversinhas furadas da gente que idolatra o assassino Che Guevara, ou seja: são as ideias socialistas que geram a inadimplência na sociedade contemporânea.
Escrito por Dr. Dante Mantovani. Portal Conservador.
]]>É o caso da palavra “aborto”, que é usada 99% das vezes de maneira equivocada, inclusive – e principalmente, nos meios midiáticos. Aborto consiste na morte prematura e acidental de um nascituro, um ser humano em vias de nascer, por motivos naturais – e tão-somente naturais. Quando uma criança morre antes de nascer no ventre materno ou fora dele, por ação ou omissão materna deliberada, de “médico” ou de terceiro, trata-se precisamente de assassinato. Isso não é ideologia, é fato consumado, assim como que a água ferve a 100 graus celsius ao nível do mar. Confirme-se o dito pelo Art 121. Do Código Penal Brasileiro – Matar alguém: Pena – reclusão, de seis a vinte anos. O nascituro é alguém, portanto, matar um nascituro é cometer crime de assassinato.
Mesmo diante dessa evidência de que matar crianças no útero materno é crime tão reprovável quanto matar a própria mãe, o governo federal quer aprovar uma certa PLC 03/2013, que consiste em um projeto de lei que tramitou em regime de urgência e, em pouco mais de dois meses, foi “aprovado por unanimidade”, em votações-relâmpago no Congresso e no Senado, sem que os parlamentares tivessem tempo para pesquisar ou sequer para saber o que estavam aprovando.
O projeto trata, à primeira vista, de atendimentos a vítimas de “violência sexual”. É um projeto antigo, cujo título original era PL 60/1999, que estava parado na Câmara desde 2002. O texto do projeto original foi mudado e reencaminhado à votação – só que as modificações no texto abrem a brecha para a legalização do assassinato premeditado de nascituros no Brasil, algo que a senhora Presidente da República se comprometeu a não implementar, durante sua campanha eleitoral.
O texto é tão vago que nenhum deputado, mesmo os pró-vida, percebeu o alcance do que estava sendo votado. Em primeiro lugar, o texto diz que todos os hospitais, sem distinção, “DEVEM OFERECER ATENDIMENTO EMERGENCIAL E INTEGRAL DECORRENTES DE VIOLÊNCIA SEXUAL, E O ENCAMINHAMENTO, SE FOR O CASO, AOS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL”. Atendimento “integral” significa que a vítima deve ser encaminhada a qualquer atendimento, inclusive serviço de “aborto”; isso deve ser feito mesmo em hospitais religiosos ou cujo corpo médico seja contrário ao assassinato de crianças.
O artigo segundo da lei diz que, para efeitos desta lei, “VIOLÊNCIA SEXUAL É QUALQUER FORMA DE ATIVIDADE SEXUAL NÃO CONSENTIDA”. De acordo com as normas técnicas do Ministério da Saúde, publicadas durante o governo Lula, a vítima de violência não precisa apresentar provas ou boletins de ocorrência para pedir “aborto” em hospitais credenciados. Note-se que, de acordo com o texto do projeto de lei, todos os hospitais, sem distinção, devem oferecer “atendimento emergencial e integral” às vítimas de “violência sexual”, não apenas os credenciados. Assim, basta uma mulher grávida chegar o Pronto Socorro dizendo que foi violentada sexualmente, e sem ter que apresentar NENHUMA PROVA DO QUE ALEGA, o hospital será obrigado a assassinar a criança que ela traz no ventre!
O projeto, porém, não está valendo – ainda. É necessário que a presidente da República sancione tal projeto. E é possível, à população em geral, solicitar à presidente o veto total do PLC 03/2013. Várias lideranças religiosas, particularmente católicas e evangélicas, vêm se manifestando contra esse projeto. No dia 10 de julho de 2013, o padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, mestre em Direito Canônico pela Universidade de Roma, esteve como convidado em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara Federal, explicando aos deputados integrantes da comissão o que deixou-se escapar, muito embora os deputados tivessem solicitado a presença de vários integrantes do Poder Executivo na audiência, no que não foram atendidos. Na ocasião, o religioso da diocese de Cuiabá-MT apresentou argumentos de sobra para que o projeto seja completa e imediatamente rechaçado, e só não o será se prevalecer o desejo de sangue inocente. Os governos existem para proteger os mais fracos do domínio dos mais fortes, essa é sua razão de existir. É possível imaginar um ser mais indefeso do que uma criança no ventre materno que nem ao menos nasceu e que não pode se defender em nenhum aspecto? Se o estado e os governos não servirem para proteger os mais indefesos entre todos os seres, é melhor então que não existam, pois falharam grosseiramente em sua finalidade mais essencial.
Se você, cidadão, é contra o assassinato premeditado de nascituros inocentes e indefesos, é possível pedir que a presidente vete totalmente o malfadado projeto de lei. Basta telefonar para os seguintes números de telefone: (61) 3411.1200 / (61) 3411.1201, ou enviar um email para [email protected]. Se você nunca pensou no assunto, lembre-se: você hoje só pode pensar porque um dia você nasceu!
Dante Henrique Mantovani
Doutor em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina
O Portal Conservador recomenda a leitura: http://neoconservatism.us/nao-existem-argumentos-para-o-aborto-pt-1/
]]>Os políticos devem reconhecer – e esta é a hora de perceberem isso – que não sãoos “donos” do futuro, muito pelo contrário: sua autoridade emana do povo que os elege, portanto, deve o político trabalhar para o povo, e não para satisfazer seus interesses particulares. Assim, suas ações devem ser reflexos da experiência passada e acumulada no presente e deve-se rejeitar qualquer ideia de futuro hipotético do qual se julgue representante. “O futuro pertence a nós” é um verso costumeiramente repetido pelos fanáticos da juventude hitlerista. Assim como Hitler, qualquer sujeito que tenta remodelar aa ordem social a seu bel-prazer, desconsiderando as conquistas da civilização, baseadas nana lei, na ordem, na caridade,na religião, nos costumes, não passa de um irresponsável, enganador, em suma, um falso profeta.
Cada geração deve ter o direito de perpetuar o que convém, o que dá certo, e não pode comprometer as gerações seguintes com escolhas irresponsáveis que só visem algum benefício eleitoral fugaz, pois há males que jamais poderão ser revertidos ou só mediante o sacrifício de muitas gerações. É o caso do aumento de impostos ou de cargos públicos: cada geração se torna escrava da anterior quando cada cargo novo é criado pelo governo, ou em cada aumento de impostos, pois de onde vem o dinheiro para bancar tudo isso se não do bolso de quem trabalha? Todos têm o direito de experimentar e aprender com a experiência, porém não devemos transformar nossos herdeiros em cobaias.
As eleições não fariam o menor sentido se não existisse o direito e a possibilidade de corrigir os erros do governante anterior. A democracia é, portanto, naturalmente, contrária a qualquer mudança profunda ou irreversível da ordem social, pois ela só existe de fato quando assentada sob os princípios do Estado de Direito, que nada mais é do que o império da lei. Nada é tão horrível quanto uma ordem ditatorial imposta, que se reclame detentora do “único futuro desejável”, o que na prática e nos trágicos exemplos do séc., só causou destruição, morte e miséria generalizada porque atentaram justamente contra a lei e a ordem democrática.
Dessa forma, deve-se rejeitar qualquer ruptura drástica, assim como suas tentativas de estabelecer transformações profundas, pois isso é totalmente incompatível com o caráter democrático do governo republicano, o qual, aliás, é, por definição, o governo da virtude. É inaceitável que os eleitores e os cidadãos concedam qualquer poder a quem não respeita as tradições e valores pátrios de uma sociedade, e que desejam destruí-la a qualquer custo para colocar no lugar tão-somente fantasias pueris. As fantasias e delírios utópicos são o solo de areia sob o qual nenhuma construção pode se edificar de maneira duradoura, consistente e decente.
Dante Henrique Mantovani
Doutor em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina
Acredito na máxima de “conhecer um homem através do seus detalhes” e, mais do que isso, encontrei nestes relatos uma alternativa à hipótese (ela em si mesma fruto de um delírio) de que a história é sempre uma luta de classes movida por interesses materiais. Faço aqui uma pausa: Longe de mim ter a audácia de definir o que é a verdadeira História. Há aqueles que,inclusive do ponto de vista acadêmico, defendem que não deveríamos sequer falar na existência de uma “coisa com esse nome” – a História.
Mas, deixemos as divagações de lado….Meu objetivo nestas linhas é apresentar alguns detalhes que consegui colher da vida destes chamados “monstros” e tentar, através deles, fazer um paralelo e também alguns juízos de valor com relação ao senhor Luis Inácio Lula da Silva. Faço minha autocensura desde o início: sou médico e não historiador, jamais estive na China ou na antiga URSS, e meu único e rápido contato pessoal com Lula ocorreu (graças a Deus) somente em 1989! Acho que é pela data que eu devo começar. Ao contrário da literatura sobre a geração de 68, pouco podemos encontrar escrito sobre este ano tão singular na história política do mundo. Imaginem como eu, então um marxista tupiniquim fanático, devia me sentir quando assistia pela televisão a derrubada do muro de Berlim e a construção de outro aqui em Porto Alegre.
Hoje não tenho outra alternativa a não ser recordar Millor Fernandes quando este dizia que uma ideologia, quando está bem velinha e quer se aposentar, vem morar no Brasil. Mas, voltemos ao tema: foi nesse “ambiente psicológico” que conheci o “salvador da pátria”. Lula representava o “novo”, o “puro”, o “não corrompido” pelos interesses de “empresários e banqueiros” que com ajuda dos malvados militares tinha “entregado o Brasil para os americanos”. Jamais alguém pensaria, mesmo na oposição ao PT, que estávamos votando naquele que mais tarde seria o chefe da maior organização criminosa que havia assaltado o país até então. Muito pouco se falava sobre a vida pregressa de Lula. As pessoas sabiam de seu passado como sindicalista, mas sua formação cultural, vida familiar e valores pareciam mais distantes do que nunca num país onde ninguém se interessa por estas coisas na hora de votar. Lula era uma incógnita.
Hoje em dia parece muito fácil fazer a devida crítica ao ex-presidente, mas há cerca de 25 anos atrás as coisas eram muito diferentes. Não deixa de ser cômico escutar algumas “viúvas do PT” afirmarem que o partido “mudou” e Lula “se vendeu”. Afinal de contas, para se fazer uma afirmação deste tipo, teríamos que partir da hipótese de que conhecíamos muito bem o homem em quem estávamos votando e isso eu me nego a aceitar.
Não é fácil fazer aquilo que os historiadores chamam de “história do tempo presente”. Às vezes, escrever sobre o que ainda está acontecendo, parece uma tentativa de trocar o pneu com o carro em movimento. Esperar o tempo passar pode, de fato, colocar tudo sobre uma perspectiva mais clara e é com estas ressalvas que deixo aqui minha opinião sobre Lula e seu partido. A chegada de Lula e do Partido dos Trabalhadores ao poder representa, ao meu ver, um ponto de inflexão na história da cultura brasileira. Descemos ao que existe de mais baixo em todas as sociedades e que fica como que aprisionado no chamado “inconsciente coletivo” como diria Jung.
Misturar marxismo com religião foi a receita perfeita para que o maior país católico do mundo permitisse a chegada de uma verdadeira legião de recalcados, semianalfabetos e intelectuais de quinta categoria ao poder. Hoje em dia os adversários de Lula com muita frequência o chamam de ditador. São feitas comparações com os tiranos que citei acima e que não deixam de constituir, sob certo aspecto, uma “ofensa” a estes senhores. Se não é assim; então vejamos: Mao Tse Tung, o líder da Revolução Chinesa, tinha grande prazer em se misturar aos camponeses falando errado e comendo com as mãos. Seus hábitos de higiene eram repugnantes e sua sexualidade perversa. Mesmo assim ao entrar em seu quarto era possível, segundo os biógrafos, deparar-se com uma cama repleta de livros. Adolph Hitler era obcecado pela música de Wagner, leu a vida inteira e foi inclusive capaz de colocar seus delírios a respeito de uma raça superior no papel. Lenin estudou alemão sozinho, gostava de ler Tchekov e Dostoiévski e jamais subestimou o estudo e a formação acadêmica profissionais. Não meus amigos, do ponto de vista psicológico nenhum deles pode ser rebaixado ao nível de Lula..
O nosso ex-presidente tem pelo trabalho e pelo esforço individuais uma concepção mais próxima daquela de Joseph Stalin. Este sim, foi alguém que fez do deboche e do menosprezo pela educação superior o objetivo de uma vida. Stálin era um assaltante de bancos. Sua natureza, de uma grosseria toda particular, foi moldada pelas frequentes surras de um pai cuja ausência e maldade Lula conhece muito bem…Stalin desprezava toda cultura da Rússia e, muito antes de Hitler, tornou-se um antissemita convicto. No que se refere à viúva do ex-presidente das Filipinas, a Wikipédia (para citar só essa fonte) apresenta o seguinte “Imelda Marcos passava o tempo comprando e gastando fortunas em pares de sapatos que nunca viria a usar, e enquanto isto os filipinos morriam de fome na miséria total. Além de sapatos, foram achados joias, vestidos, perfumes caros e outras futilidades na casa de Imelda, tudo comprado supostamente com dinheiro público desviado, segundo algumas fontes” que não dizem se ela tinha cartão corporativo ou não. Católica como o nosso presidente, ela conheceu vários papas, visitou o Vaticano várias vezes fazendo promessas e, impressionando o mundo com sua mistura de luxo e mau-gosto capaz de causar inveja na Dona Marisa Letícia. Imagino que a Igreja Católica nas Filipinas tenha por ela o mesmo sentimento que os nossos verdadeiros fiéis nutrem por criaturas como Frei Beto e Leonardo Boff.
Meus amigos, termino por aqui..Usando de um português mais baixo, de um português chulo e digno de um Brasil petista, afirmo que o nosso grande presidente não passa de um “chinelão”. Chinelão esse que hoje faz questão de se compara com Lincoln! Antes porém do ponto final, uma confissão, um mera culpa, e um aviso: Eu votei em Lula mais de uma vez! Sou responsável por ter chocado o “ovo da serpente”. Ajudei a rebaixar o nível da cultura, da educação, da segurança e da saúde do país. Eu me enganei, quando jovem, sobre o papel do Exército e da verdadeira Igreja e jamais escreveria tudo isso sem assumir a minha responsabilidade. Sem nenhuma falsa modéstia é com essa coragem – a coragem de quem assumiu que errou – que podemos mudar o país. Que cada um faça seu exame de consciência nesse caminho de dano e, algum dia, de reparação.
Dr. Milton Simon Pires – Porto Alegre, 20 de dezembro de 2012.
Na prática, visam acabar com a soberania dos países, submetendo todas as decisões importantes das nações-vítimas de sua ideologia totalitária aos comandantes do Foro. Há reuniões anuais com as mais de 100 organizações filiadas: partidos de esquerda e entidades ilegais como as FARC, que são hoje os monopolistas do tráfico de drogas na América latina e detém o maior mercado mundial de venda de cocaína.
Só isso já mostra a ilegalidade dessa organização, pois as simples participações de delinquentes em reuniões políticas já caracterizam o movimento político como ilegítimo. No entanto, desde sua fundação em 1990 até os dias de hoje, o poder do Foro só tem aumentado. Tanto é assim que seus membros já governam praticamente todos os países do continente, com a honrosa exceção do Paraguai, que expulsou o membro do Foro que era o presidente Fernando Lugo.
Na década de 1990, era prioridade de Lula esconder a existência do foro, qualquer menção a isso era proibida, ninguém publicava nada a respeito do assunto, com exceção de um único jornalista e pesquisador do assunto: o professor Olavo de Carvalho. Esse bravo jornalista, na época colunista do jornal O Globo e da Revista Época, reuniu as atas do foro de São Paulo antes dos seus integrantes terem retirado do ar as informações que eles queriam esconder, pois havia um site da organização na web.
Portanto, o que digo aqui não é especulação nem “teoria da conspiração”, nem mesmo falsas acusações, pois a prova da existência desse conluio de organizações de esquerda está registrada em documentos produzidos por seus próprios membros e que estão disponíveis neste site, para quem quiser conferir, basta acessar: http://www.midiasemmascara.org/attachments/007_atas_foro_sao_paulo.pdf
Na década de 2000, foi definido que a prioridade do Foro de são Paulo seria a eleição de Lula a presidente do Brasil. Assim, vários partidos do Foro lançaram candidatos para ajudar o PT: o PDT lançou Garotinho, o PPS lançou Ciro Gomes; em 2006, mais uma vez, o PDT sacrificou Cristovam Buarque, e o PSOL Heloísa Helena; em 2010 foi a vez de Marina Silva e Plínio de Arruda Sampaio encenarem a farsa. Resultado: 11 anos de PT no poder.
A situação vergonhosa pela qual passa o país, com os protestos violentos que jogam no lixo a imagem do Brasil no exterior, se deve à hegemonia política da esquerda no continente, que acabou com a educação e estupidificou as pessoas como nunca antes se viu na história deste país, e isso vem sendo construído meticulosamente com a colaboração da grande mídia de maneira continuada e sistemática.
É ridículo que para sediar a Copa da FIFA o Brasil gaste 30 bilhões de reais, sendo que as cinco copas anteriores somadas não custaram isso! Hoje em dia, como Lula se sente uma divindade, nem ele esconde mais a existência do Foro de São Paulo, e divulga seus vídeos de apoio ao congresso pela internet. O dinheiro destinado à Copa da FIFA financiará as atividades do Foro de São Paulo por muitos anos, só que para o azar de seus membros, o povo brasileiro parece estar acordando, e já há uma manifestação contra o Foro marcada para o dia 31 de julho próximo, para a qual já foram convidadas mais de 70 mil pessoas. Os integrantes dessa obscura organização terão que explicar para a sociedade porque admitem grupos terroristas e de criminosos como as FARC em suas reuniões, porque assinam com eles compromissos de sangue e quais são seus verdadeiros objetivos para o Brasil e para o continente.
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Dante Henrique Mantovani
Doutor em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina
Link da manifestação em SP: http://www.facebook.com/events/176725892494712/
]]>Isso é bem ilustrado pelo “Dia D”, episódio da 2º Guerra Mundial que consistiu na data de desembarque na Europa continental das tropas aliadas, as quais, então, combatiam o nazismo. O desembarque de um milhão de homens dos exércitos aliados (EUA, Inglaterra, Canadá, Austrália, etc.) se deu na Normandia, norte da França no dia 06 de junho de 1944, e foi comandada com mãos de ferro pelo general norte-americano Dwight Eisenhower.
Antes de definir quem seria o comandante da operação, o primeiro-ministro britânico Winston Churchill, do partido conservador britânico, advertiu o general Eisenhower dos perigos inerentes a tanta concentração de poder nas mãos de um só homem. O 1º Lord do Almirantado do exército britânico, Churchill, não deixou de lembrar que nunca antes na história da humanidade alguém havia concentrado tanta força militar em mãos: um exército composto por um milhão de homens, imenso poderio bélico e logístico!
Essa advertência fez com que Eisenhower tenha sido muito meticuloso na elaboração de seus planos, para evitar ao máximo as perdas em vidas humanas. Se Hitler descobrisse onde seria o desembarque, seria o fim de um milhão de vidas! No entanto, os planos saíram a contento, mas não fossem os conselhos de Churchill e os fortes princípios éticos e morais do general, a operação poderia ter sido um fiasco, e hoje seríamos governados por nazistas.
Platão, um dos mais importantes filósofos gregos, advertia, igualmente, que a partir do momento que homens despreparados fossem alçados aos postos de comando da sociedade isso resultaria na ruína das nações. Não é preciso ir muito longe para constatar como isso ocorre na prática…
Portanto, o conhecimento nunca pode ser menosprezado, e quem ocupa cargos públicos tem que ter preparo, ou buscá-lo constantemente. Não fosse assim, Eisenhower teria matado muitos de seus compatriotas e irmãos de armas.
Líderes políticos que se gabam de sua própria ignorância causam estragos que só podem ser desfeitos gerações após os atos por eles praticados. Com o futuro das gerações humanas não se brinca, assim como não se deve brincar com as vidas e a segurança das pessoas.
Dante Henrique Mantovani
Doutor em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina
A “Marcha da família com Deus pela liberdade”, ocorrida em 1964, que reuniu mais de um milhão de pessoas, e dentre outros objetivos declarou o apoio das famílias brasileiras ao regime militar instaurado naquele mesmo ano para desarticular o movimento terrorista que queria instalar aqui uma ditadura comunista ao modelo cubano, foi um dos últimos movimentos genuinamente populares a obter êxito na reivindicação de ações políticas que fossem revertidas para o benefício da população.
De lá para os dias atuais, os movimentos supostamente sociais são financiados com dinheiro público, com o objetivo de comprar o apoio e sustentação política para quem está no poder.
Veja-se que todos os cidadãos brasileiros estão indignados contra os contínuos escândalos de corrupção promovidos peloPT há 10 anos no (des)governo federal , os quais nunca antes na história deste país adquiriram proporções tão alarmantes, mas ninguém protesta!
Ora! Porque ninguém protesta? Somos um povo imbecilizado, desacostumado a reivindicar nossos direitos? Somos analfabetos, iletrados, incapazes, covardes? É óbvio que não. A resposta para essa questão é outra: somos pobres. Isso mesmo, somos pobres. Quem é que tem dinheiro para bancar a ida de milhares de manifestantes para o meio do sertão do Brasil, em nosso caso no estado de São Paulo, há mais de 1000 km de distância de nossas casas para protestar contra os bandidos de terno e gravata que nos roubam diariamente em Brasília?
E quem tem dinheiro para ir até Brasília fazer “protestos”? Simples: são os movimentos bilionários, como MST, UNE, movimento gaysista, movimento abortista, movimento feminista. Isso mesmo, esses movimentos são bilionários, e de onde tiram dinheiro para irem até Brasília “protestar” por seus “direitos”?
A resposta é assustadoramente simples: do seu bolso. Isso mesmo, você trabalha quatro meses ao ano para pagar impostos ao governo federal, que irá distribuir o seu dinheiro para esses “movimentos” irem a Brasília apoiarem adivinha quem……o governo da famigerada “presidenta” a destruir você, sua família, sua liberdade e suas propriedades!
E se você não votar no PT? Soltam a UNE para protestar. E se o Zé Dirceu não for absolvido do mensalão? Botam o MST para fazer invasões. E se o Hadadd não for eleito na capital paulista mesmo com apoio do Maluf? Soltam o movimento gaysista para transformar a cidade numa zona. Em resumo, eles usam o seu dinheiro para acabar com a sua vida. É isso mesmo que comunistas fazem quando chegam ao poder.
Agora estão na moda as palavras “Sustentabilidade”, “Rio + 20”, “preservação do meio ambiente” e demais chavões que nada mais são do que disfarces daqueles que querem estabelecer um controle ditatorial sobre as vidas das pessoas. O que está por trás dessa onda ambientalista e desses movimentos eco-chatos é, igualmente, a tentativa de estabelecer um governo mundial, que vai determinar tudo o que pode ser feito, pensado e até imaginado pelas pessoas.
É a sua liberdade que está em jogo. Eles começam querendo proibir você de usar sacolinhas plásticas, depois vão te obrigar à seleta coletiva, depois vão te impedir de cortar um arbusto no seu sítio sem pedir autorização para eles, vão te proibir a pesca, vão te proibir de comer carne vermelha, vão te proibir de beber bebidas alcóolicas, vão te proibir de fumar, vão te proibir de educar seus filhos. Num segundo passo, vão te proibir de pensar, de manifestar opiniões divergentes das imposições oficiais, vão te proibir de frequentar igrejas, vão te proibir de ter a sua própria família. Parte dessas proibições já nos foram impostas pelas esquerdas que nos governam desde a “reabertura democrática” de 1984, e as piores delas já foram todas implantadas em países que adotaram o comunismo, como União Soviética, Cuba e China.
Querem fazer o mesmo no Brasil e usam essa conversinha fiada de meio ambiente para atingir essa finalidade. Tudo é desculpa para fazer proibições, para diminuir a liberdade das pessoas, para diminuir sua inteligência, para transformá-las em espectadores, para transformá-las em rebanho pacífico, para transformar a linguagem em meio de tagarelice e repetição de chavões que só fazem impedir as pessoas de pensarem com a própria cabeça e de fazer uso de suas consciências, de seu arbítrio e de suas faculdades soberanas.
A falácia se constitui da seguinte maneira: “Algo está na moda. Se está na moda, é porque é verdadeiro. Se eu implementar isso, estarei agindo corretamente”.
O erro aí é o seguinte: nem tudo que está na moda é certo, muito pelo contrário: as vezes deve-se fugir de modismos como o diabo foge da cruz!
Trazendo para o nosso caso, essa mentira da Rio +20, de que os líderes lá reunidos querem o nosso bem porque deu no Jornal Hoje, da rede Globo. Daí osincautos dirão: “Deu na Globo! Está na moda! Como poderei duvidar desta verdade absoluta?” Eis o ponto nevrálgico do erro: nem tudo que sai no jornal da globo é verdadeiro. Para saber o que realmente está se passando no mundo é preciso muito estudo e seguir a intuição. Como podemos achar que estamos melhorando se estamos cada vez mais pobres e os políticos cada vez mais ricos?
Então, conclui-se que quem age baseado no que está na moda achando que está certo, pode estar é tragicamente errado e fazendo mal a si próprio. Como ninguém gosta de fazer mal a si próprio é indispensável eliminar esse tipo de erro.
Ah, mas esses movimentos sociais estão na moda! Sim, e exatamente por isso é que temos de repudiá-los, pois os citados acima e muitos outros – porém nem todos -, servem a fins espúrios que no frigir dos ovos prejudicam em muito a você e a sua família.
Dante Henrique Mantovani
Doutor em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina
Desde pequenos aprendemos a ter compaixão pelo próximo; nada é mais honroso do que ajudar um necessitado. Contudo, não podemos ser ingênuos: devemos nos lembrar que sempre há pessoas que usam a bondade dos outros para realizar objetivos perversos. Os melhores exemplos desta prática covarde são ditadores comunistas, tais como Stálin, Hitler, Mao-Tsé-Tung, Pol-Pot, Fidel Castro e Hugo Chávez, os quais prometeram um mundo sem classes e com igualdade social.
No entanto, quando chegaram ao poder, rapidamente suprimiram todo tipo de liberdade e direitos individuais, transformando seus países, na prática, em espectros miseráveis de nação. O Estado, como qualquer outra organização, tem seus limites administrativos, e quando confiamos em utopias, estamos a abrir mão de nossa liberdade em troca do “Bem Estar Social”. Isso me faz lembrar as palavras de Benjamin Franklin, um dos pais fundadores dos EUA: “Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem a liberdade, nem a segurança”. Sim, foram “maravilhosas” e utópicas ideias que resultaram nas piores desgraças da humanidade, muitas executadas pelos ditadores acima listados, e mais alguns de seus “genéricos”. O Estado deve ser limitado para garantir liberdade e eficiência de serviços (saúde, segurança e educação) ao seu povo, além de incentivar o trabalho e o empreendedorismo como forma de distribuir as riquezas e as oportunidades, eliminando políticas assistencialistas que na prática servem como meio para estabelecer o “voto de cabresto”. Lembro-me de um velho ditado que dizia que “O importante não é dar o peixe, mas ensinar a pescar”.
Esse ditado consegue explicar porque políticas assistencialistas são maléficas para a sociedade. Nossa geração é mimada, pois todos os seus desejos são atendidos pelo Estado, acabando por criar cidadãos eternamente dependentes deste mesmo Estado (alguns até recusando empregos para não perder seus benefícios). Como dizia Frédéric Bastiat: “Governo é aquela ficção, em que todos acreditam que podem viver à custa dos outros”. Não devemos imputar ao Estado nossas responsabilidades, pois a benevolência é algo individual, permitindo que, voluntariamente, os indivíduos organizem instituições para fins de caridade. Nunca devemos fugir da realidade acreditando em ideias utópicas de “mundo perfeito”, “paraíso na terra”, “sociedade sem classes” e demais devaneios arquitetados por mentes maléficas. Devemos, sim, responsabilizar sempre o indivíduo concreto por seus atos; afinal, não existe Estado, sociedade ou governo destituído de indivíduos. Muito menos se pode pensar em uma ética que não seja pautada pelo esmero na conduta individual.
Dante Henrique Mantovani
Doutor em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina
No ano de 2002, se não me falha a memória, a Folha de São Paulo publicou em seu suplemento literário – intitulado “caderno mais” – uma matéria acerca do debate entre o então cardeal Ratzinger e o filósofo Jürgen Habermas, ambos alemães. O debate houvera ocorrido em sua terra natal, promovido por uma rede televisiva de lá. Eu, na época, que estava iniciando um curso universitário e já me interessava por filosofia, li com grande entusiasmo a matéria. Claro que eu torcia para Habermas – quem eu considerava um ilustre representante da razão moderna – e esperava que ele desse uma surra no cardeal, cuja figura eu acreditava representar uma ordem arcaica, medieval e ultrapassada. Ratzinger levou a melhor e acabei por ficar com birra dele; afinal, o cardeal havia demonstrado no debate profundos conhecimentos, não apenas em teologia, como também em filosofia.
Deixei a birra de lado, embora eu não conseguisse entender como alguém da Igreja Católica – essa “instituição tão ultrapassada” – pudesse dar uma surra num intelectual secular tão respeitado e glorificado pela mídia. Em 2005, quando da morte de João Paulo II, qual não foi minha surpresa ao constatar a eleição deste mesmo cardeal, de tão profundo conhecimento filosófico, e para o qual novamente torci o nariz após parte da imprensa o chamar de nazista. Não fui averiguar os fatos para checar se ele era nazista ou não, mas fiquei com mais reservas quanto a ele. Teve que passar muito tempo depois para que eu visse o tamanho do absurdo dessa acusação.
No entanto, em 2006, iniciei um mestrado strictu sensu em Estudos da Linguagem; e, em 2007, o já papa Bento XVI veio ao Brasil. Li a cobertura da mídia a respeito da visita e comecei a analisar seus discursos; pois, afinal, eu estava fazendo uma pós-graduação que implicava a análise de discursos o tempo todo, tal como laboratorialistas analisam uma amostra de sangue. Constatei que Bento XVI não pronunciava uma palavra fora do lugar, e que cada frase dele era uma resposta a perguntas feitas cotidianamente por milhões de pessoas.
O interessante era que estas as perguntas não eram aquelas feitas em público, mas as perguntas feitas na solidão, aquelas que fazemos a nós mesmos e a Deus antes de dormir, a expressão de nossas dúvidas mais insolúveis. Mais uma vez fiquei desconfiado e concluí: “não é possível que um homem seja tão bem informado para responder a perguntas feitas em segredo com tamanha precisão!” “Ele certamente deve ter um corpo de assessoria que lhe fornece material muito bem classificado e preciso para a elaboração de seus discursos”. Sucederam-se idéias desse tipo em minha mente, sem que eu conseguisse elaborar nada mais sólido do que meras especulações. Mais uma vez deixei passar, só que minha desconfiança com relação ao Papa só diminuía, ainda mais depois da dura reprimenda que ele desferiu contra os traficantes de drogas, ainda em 2007, aqui no Brasil. Compare essa ação a das nossas autoridades civis, as quais raramente têm coragem de enfrentar o tráfico, que manda e desmanda nestas plagas. Logo depois, fiquei sabendo dos inúmeros livros que ele escreveu, dos inúmeros discursos, das encíclicas, das conferências, e da sua atuação como catedrático em universidades de teologia. Ao mesmo tempo, aprofundei meus estudos em história e filosofia da linguagem (já no doutorado), e conheci as obras de pensadores da Igreja Católica, como Agostinho, Santo Tomás de Aquino, Duns Scotus, Pascal e Padre Antônio Vieira. Vi como Bento XVI era o seguidor da tradição teológica e filosófica sistematizada por todos esses grandes pensadores, que por sua vez, eram conhecedores da tradição filosófica de Sócrates, Platão e Aristóteles, ou seja, a tradição do conhecimento racional.
O salto de compreensão se deu quando fiquei sabendo do apreço de Bento XVI por Mozart, o compositor que mais se utilizou dos princípios da razão na música erudita. “Este é o papa da razão!”, concluí. Bento XVI havia me convencido da verdade da religião de Cristo, não pelo estímulo a minha fé, mas pelo estímulo intelectual que me seduziu devido ao meu apego à razão! Não poderia esmiuçar o que chamo aqui de verdade, tanto de fé, como de razão; a verdade é a complementação entre as duas (fé e razão). Esta é a verdade da Igreja Católica e não as distorções grosseiras que seus inimigos declarados dizem a respeito dela.
Passo agora a apresentar minha visão acerca da renúncia do papa. Considerando ser ele não apenas conhecedor profundo, como também o guardião da tradição do conhecimento filosófico e da fé em Cristo, penso que Bento XVI quis – e conseguiu – ministrar a maior lição de cristianismo que um papa poderia dar: sua renúncia é uma expressão das renúncias de Cristo por amor a Deus e a humanidade. Explico. Quando passou 40 dias no deserto, Jesus se deparou com a figura de Satanás, que tentou fazê-lo sucumbir à tentação de se tornar o Rei do mundo. Disse o invejoso: “Ajoelhe-se a meus pés e te farei o senhor deste mundo para todo o sempre”. É claro que Jesus o rechaçou. Um pouco depois, já na paixão, Pôncio Pilatos deu azo às inúmeras ridicularizações que Jesus sofreu a caminho da cruz, quando lhe perguntou: “você é o rei dos Judeus?”. Jesus se calou. Diante da insistência de Pilatos, Jesus respondeu, sereno: “meu reino não é deste mundo”. É claro que todos riram muito de Jesus, tanto que os soldados romanos colocaram nele a coroa de espinhos para zombar e ridicularizar de sua condição de “Rei dos judeus”.
Dito isso, qual maior lição de cristianismo poderia ser dada para o mundo atual – que idolatra o poder – do que a renúncia a um dos cargos de maior poder do planeta? Embora tenha perdido muito espaço, a Igreja Católica ainda é muito rica e poderosa, e o Papa, sendo o guardião de tão grandioso tesouro, desfruta de imenso poder. Mas o que faz Bento XVI? Aqueles que querem acabar com a Igreja de Cristo – e isso não é novidade, pois muitos imperadores romanos, bárbaros, secularistas e comunistas já tentaram, mesmo tendo incrível poder e força para isso – acusam o Papa de que? De ser rico, poderoso. Acusam-no de envolver-se em enredos de filmes de quinta categoria, daqueles que envolvem mordomos, ladrões, pedófilos e clérigos corruptos, imaginando-se que, assim como seus detratores, o Papa seria apegado às satisfações rasteiras deste mundo.
Não são poucos, inclusive, os que fazem o possível para ridicularizá-lo; no entanto, Bento XVI nos ensina com sua renúncia: “O reino da Igreja de Cristo não é deste mundo. A Igreja não governa este mundo. A Igreja está aqui para abrir as portas de um mundo mais amplo do que este, que o engloba, mas que não é excluído por ele. Eu, por ser um servo de Cristo, não posso, portanto, governar uma instituição deste mundo, que tem suas falhas, e que, portanto, é uma prova de que a verdadeira infalibilidade está unicamente em Cristo.” Bento XVI é o sucessor de Pedro, o apóstolo que recebeu de Jesus a incumbência de fundar sua Igreja. O sucessor de Pedro, agora papa emérito, irá morar em um simples mosteiro de uma pequenina cidade italiana. Saiu de um dos tronos de maior poder do mundo, para ir morar em uma simples morada interiorana. Alguém consegue imaginar uma atitude mais alinhada com a simplicidade de um pescador de peixes – e de almas – como a de Pedro, o primeiro dos Papas?
Dante Henrique Mantovani
Doutor em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina