Portal Conservador » Feminismo http://portalconservador.com Este novíssimo Portal é dirigido àqueles que defende a família; o capitalismo; a tradição judaico-cristã e a Igreja. Thu, 05 Dec 2013 22:41:56 +0000 pt-BR hourly 1 http://wordpress.org/?v=3.6.1 O escândalo de Copacabana http://portalconservador.com/o-escandalo-de-copacabana/ http://portalconservador.com/o-escandalo-de-copacabana/#comments Mon, 29 Jul 2013 22:04:35 +0000 Commodoro http://neoconservatism.us/?p=2620 read more →]]> Quando se manifestar contra o governo vira moda —a sequência de protestos contagia não somente um, mas vários grupos ideológicos. Dos majestosos manifestos pacíficos aos mais ridículos, alguns, se não a maioria, querem tero título de heróis do Brasil. Porém quando a coisa alavanca um rumo desenfreado, isso faz com que suscite os oportunistas esquerdistas de plantão, e aquilo que era para ter um único objetivo, torna-se então, um caos total.

Se já não bastassem os estragos ocasionados pela militância vermelha pelas badernas nas ruas ou destruindo os patrimônios públicos e privados. Sucedeu que o alvo de ataques, que já estavam acontecendo, as instituições religiosaschegou ao extremo, na visita do Papa no Rio de Janeiro em Copacabana. E o mais engraçado é que a mídia relata de uma forma tão simples como se o caso não merecesse nenhuma indignação pela tamanha falta de respeito aos católicos.

As feministas (responsáveis pelo constrangimento da fé católica em Copacabana) afirmam que são oprimidas e por isso reivindicam a todo o custo os seus ditos direitos. Mas reivindicar dando um péssimo exemplo não é protesto, é manifesto de ódio, é escárnio e tudo que não presta.

O ato provocado não faz sentido algum, na verdade está mais para constranger e zombar dos católicos, e é uma afronta ao cristianismo. Afinal o que querem? Direitos ou serem engraçados? Se for a primeira opção, estão fazendo a coisa totalmente errada e, se é a segunda não há porque fazer tamanha palhaçada, visto que o Estado Democrático de Direito nos permite andar livremente as ruase assegura o direito a dignidade de todos.

Decerto pode-se dizer que se houvesse tal descriminação,em que causasse esse alvoroço todo, como por exemplo: nos países islâmicos da qual é obviamente evidente a não aceitação da libertinagem etc. talvez pudesse ter algum fundamento em protestar ou até mesmo um entendimento em prol da liberdade.

Mas aqui no Brasil? Faz favor.  Os religiosos não obrigam ninguém a aceitar sua doutrina, muito menos sai por ai constrangendo às pessoas, ou agride alguém. Também não escarnecem nenhum grupo social, e se por acaso se opõe em algumas circunstâncias, é tão-somente para fazer valer seus direitos como cidadãos desse país.

Agora os “coitadinhos” dizem que sofrem discriminação e que são oprimidos? A única “opressão” psicológica que sofrem é a sansão das leis e por isso se encontram obrigados a cumpri-las, respeitar o próximo quanto ao livre manifesto de pensamento e as instituições religiosas são umas delas. Eeis que, pelo visto, encontra-se o problema. O ódio mortal ao cristianismo e a vontade esmagadora de acabar com a religião no mundo, ocasiona um sentimento de opressão em relação ao cumprimento das leis,fazendo-os se revoltarem, e como não conseguem acabar com os cristãos, resta a eles, apenas a tentativa de tirar a paz que permeia o coração de quem serve a Cristo.

Que a justiça de Deus seja feita, amém.

Sávio Vilar

FOTOS DA MARCHA DAS VADIAS NO JMJ

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Os males da destituição familiar: Alienação parental http://portalconservador.com/os-males-da-destituicao-familiar-alienacao-parental/ http://portalconservador.com/os-males-da-destituicao-familiar-alienacao-parental/#comments Thu, 13 Jun 2013 17:11:17 +0000 Commodoro http://neoconservatism.us/?p=1099 read more →]]> A modernidade e o movimento revolucionário tem um grão apreço pelo que chamam de liberdade. Antecipo dizer que tal liberdade nada tem de virtuosa, é excessiva em si, pois ultrapassa os limites da normalidade e tem um péssimo efeito à Ordem Pública. Émile Durkheim diria que isso seria um passo para o surgimento de uma anomia social, ou melhor, seria uma própria anomia social. [1]

Aristóteles, em sua obra Ética à Nicômaco tinha defendido que o ser humano deve procurar o meio termo a fim de que busque a felicidade, isso é, a virtude não seria o exagero e nem a ausência de uma qualidade. A liberdade em si é uma virtude, a escravidão e a libertinagem seriam um vício. Atualmente, a libertinagem e a escravidão tem andado lado a lado, os extremos se batem. Poderíamos dizer que o vício da libertinagem escraviza aquele que não tem controle de suas emoções? O verdadeiro homem livre é aquele que é cônscio de suas ações, além disso, possui autodomínio. Seria livre ou libertino, alguém praticar alienação parental?

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A Família é composta por um homem e uma mulher que visam ter filhos. [3] O início da família é o amor entre o casal, o qual sem este, ambos não teriam motivos para constituir uma família. Os filhos são presentes de Deus e devem ser tratados com bastante respeito e dignidade. Infelizmente, tornou-se cotidiano a alienação parental em que a prole se torna meramente objeto de um ou de ambos os pais com a finalidade de provocação um do outro.

A destituição da família se concretiza pelo divórcio e continua pela alienação parental. O esfriamento do Amor (falta de respeito e perseverança) é um dos principais motivos para que a Instituição Familiar se torne in concreto uma “Instituição falida” [2], ou seja, surgem portas abertas para sua destituição. É um grande problema quando a maioria das pessoas não valorizam mais a lealdade em seus compromissos. Transformou-se em rotina o destrato e a falta de princípios; mais que uma virtude – é honroso – a observância às convenções e sua obediência, pois disso é que a sociedade se mantém, da confiança e do respeito.

Felizmente temos lei que dispõe sobre a alienação parental. [4] Porém, o divórcio que é o verdadeiro motivo da existência da alienação parental e que deveria ser severamente combatido por gerar tamanhos males sociais (como problemas psicológicos às crianças, estigma no crescimento e no amadurecimento da criança e do adolescente). Tal lei tenta remediar, mas ignora a origem que gera a existência ao problema – o divórcio.

A destituição da família (separação e divórcio) é uma anomia social, dela origina-se outra anomia, a alienação parental. Esse é um exemplo de que como tinha dito o Dr. Plínio Corrêa de Oliveira, em Revolução e Contrarrevolução (4º edição, editora Artpress, 1998, p.44): “A Revolução exaspera suas próprias causas”. Isso é, a tendência da marcha revolucionária é produzir “crises morais, doutrinas errôneas e depois revoluções”, e ele prossegue afirmando que “Estas últimas levam em seguida, e por um movimento análogo, a novas crises, novos erros e novas revoluções”.

Donizete Beck

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NOTAS:

[1] O que seria anomia Social? São patologias que são originárias da própria organização social, como por exemplo, uma crise moral, pois é próprio da anomia social uma situação de desregramento. Nota-se que há um enfraquecimento de obediência às regras morais, as quais, integrariam os indivíduos à sociedade.

[2] A Instituição Familiar não é uma Instituição Falida e jamais assim deve ser considerada. A Família deve ser sempre valorizada. Quando saliento “Instituição Falida”, quero afirmar o que ocorre de fato no mundo moderno. Pois, conscientemente ou inconscientemente, grande parte de nós não cuidamos, não damos o verdadeiro valor que merece a Família. Por isso, no Art. 226 de nossa Carta Magna, caput, cito: “A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.”(O destaque sublinhado é meu).

[3] Vide: Art. 226 §3º CF. Isso é: “é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar”.

[4] Vide: Lei 12.318/10 que “dispõe sobre a alienação parental e altera o art. 236″ do ECA.

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Breve história do machismo http://portalconservador.com/breve-historia-do-machismo/ http://portalconservador.com/breve-historia-do-machismo/#comments Mon, 03 Jun 2013 02:06:12 +0000 Commodoro http://neoconservatism.us/?p=975 read more →]]> As mulheres sempre foram exploradas pelos homens. Se há uma verdade que ninguém põe em dúvida, é essa. Dos solenes auditórios de Oxford ao programa do Faustão, do Collège de France à Banda de Ipanema, o mundo reafirma essa certeza, talvez a mais inquestionada que já passou pelo cérebro humano, se é que realmente passou por lá e não saiu direto dos úteros para as teses acadêmicas.

Não desejando me opor a tão augusta unanimidade, proponho-me aqui arrolar alguns fatos que podem reforçar, nos crentes de todos os sexos existentes e por inventar, seu sentimento de ódio ao macho heterossexual adulto, esse tipo execrável que nenhum sujeito a quem tenha acontecido a desventura de nascer no sexo masculino quer ser quando crescer.

Nosso relato começa na aurora dos tempos, em algum momento impreciso entre Neanderthal e Cro-Magnon. Nessas eras sombrias, começou a exploração da mulher. Eram tempos duros. Vivendo em tocas, as comunidades humanas eram constantemente assoladas pelos ataques das feras. Os machos, aproveitando-se de suas prerrogativas de classe dominante, logo trataram de assegurar para si os lugares mais confortáveis e seguros da ordem social: ficavam no interior das cavernas, os safados, fazendo comida para os bebês e penteando os cabelos, enquanto as pobres fêmeas, armadas tão-somente de porretes, saíam para enfrentar leões e ursos.

Quando a economia de coleta foi substituída pela agricultura e pela pecuária, novamente os homens deram uma de espertinhos, atribuindo às mulheres as tarefas mais pesadas, como a de carregar as pedras, domar os cavalos, abrir sulcos na terra com o arado, enquanto eles, os folgadinhos, ficavam em casa pintando potes e brincando de tecelagem. Coisa revoltante.

Quando os grandes impérios da antiguidade se dissolveram, cedendo lugar aos feudos perpetuamente em guerra uns com os outros, estes logo constituíram seus exércitos particulares, formados inteiramente de mulheres, enquanto os homens se abrigavam nos castelos e ali ficavam no bem-bom, curtindo os poemas que as guerreiras, nos intervalos dos combates, compunham em louvor de seus encantos varonis.

Quando alguém teve a extravagante idéia de cristianizar o mundo, tornando-se necessário para tanto enviar missionários a toda parte, onde arriscavam ser empalados pelos infiéis, esfaqueados pelos salteadores de estradas ou trucidados pelo auditório entediado com os seus sermões, foi novamente sobre as mulheres que recaiu o pesado encargo, enquanto os machos ficavam maquiavelicamente fazendo novenas ante os altares domésticos.

Idêntica exploração sofreram as infelizes por ocasião das cruzadas, onde, armadas de pesadíssimas armaduras, atravessaram os desertos para ser passadas a fio d’espada pelos mouros (ou antes, pelas mouras, já que o machismo dos sequazes de Maomé não era menor que o nosso). E as grandes navegações, então! Em demanda de ouro e diamantes para adornar os ociosos machos, bravas navegantes atravessavam os sete mares e davam combate a ferozes indígenas que, quando as comiam, – era porca miséria! – no sentido estritamente gastronômico da palavra.

Finalmente, quando o Estado moderno instituiu o recrutamento militar obrigatório, foi de mulheres que se formaram os exércitos estatais, com pena de guilhotina para as fujonas e recalcitrantes, tudo para que os homens pudessem ficar em casa lendo A Princesa de Clèves.

machismo

Há milênios, em suma, as mulheres morrem nos campos de batalha, carregam pedras, erguem edifícios, lutam com as feras, atravessam desertos, mares e florestas, sacrificando tudo por nós, os ociosos machos, aos quais não sobra nenhum desafio mais perigoso que o de sujar nossas mãozinhas nas fraldas dos nossos bebês.

Em troca do sacrifício de suas vidas, nossas heróicas defensoras não têm exigido de nós senão o direito de falar grosso em casa, de furar umas toalhas de mesa com pontas de cigarros e, eventualmente, de largar um par de meias no meio da sala para a gente catar.

Olavo de Carvalho

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Os “movimentos sociais” que querem acabar com a sua liberdade http://portalconservador.com/os-movimentos-sociais-que-querem-acabar-com-a-sua-liberdade/ http://portalconservador.com/os-movimentos-sociais-que-querem-acabar-com-a-sua-liberdade/#comments Sun, 26 May 2013 02:52:40 +0000 Commodoro http://neoconservatism.us/?p=803 read more →]]> A mudança da capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília, ocorrida em 1960, imposta ao povo brasileiro pelo governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961)foi um marco da diminuição do poder de influência da sociedade civil nas decisões políticas.

A “Marcha da família com Deus pela liberdade”, ocorrida em 1964, que reuniu mais de um milhão de pessoas, e dentre outros objetivos declarou o apoio das famílias brasileiras ao regime militar instaurado naquele mesmo ano para desarticular o movimento  terrorista que queria instalar aqui uma ditadura comunista ao modelo cubano, foi um dos últimos movimentos genuinamente populares a obter êxito na reivindicação de ações políticas que fossem revertidas para o benefício da população.

De lá para os dias atuais, os movimentos supostamente sociais são financiados com dinheiro público, com o objetivo de comprar o apoio e sustentação política para quem está no poder.

Veja-se que todos os cidadãos brasileiros estão indignados contra os contínuos escândalos de corrupção promovidos peloPT há 10 anos no (des)governo federal , os quais nunca antes na história deste país adquiriram proporções tão alarmantes, mas ninguém protesta!

Ora! Porque ninguém protesta? Somos um povo imbecilizado, desacostumado a reivindicar nossos direitos? Somos analfabetos, iletrados, incapazes, covardes? É óbvio que não. A resposta para essa questão é outra: somos pobres. Isso mesmo, somos pobres. Quem é que tem dinheiro para bancar a ida de milhares de manifestantes para o meio do sertão do Brasil, em nosso caso no estado de São Paulo, há mais de 1000 km de distância de nossas casas para protestar contra os bandidos de terno e gravata que nos roubam diariamente em Brasília?

E quem tem dinheiro para ir até Brasília fazer “protestos”?  Simples: são os movimentos bilionários, como MST, UNE, movimento gaysista, movimento abortista, movimento feminista. Isso mesmo, esses movimentos são bilionários, e de onde tiram dinheiro para irem até Brasília “protestar” por seus “direitos”?

A resposta é assustadoramente simples: do seu bolso. Isso mesmo, você trabalha quatro meses ao ano para pagar impostos ao governo federal, que irá distribuir o seu dinheiro para esses “movimentos” irem a Brasília apoiarem adivinha quem……o governo da famigerada “presidenta” a destruir você, sua família, sua liberdade e suas propriedades!

E se você não votar no PT? Soltam a UNE para protestar. E se o Zé Dirceu não for absolvido do mensalão? Botam o MST para fazer invasões. E se o Hadadd não for eleito na capital paulista mesmo com apoio do Maluf? Soltam o movimento gaysista para transformar a cidade numa zona. Em resumo, eles usam o seu dinheiro para acabar com a sua vida. É isso mesmo que comunistas fazem quando chegam ao poder.

Agora estão na moda as palavras “Sustentabilidade”, “Rio + 20”, “preservação do meio ambiente” e demais chavões que nada mais são do que disfarces daqueles que querem estabelecer um controle ditatorial sobre as vidas das pessoas. O que está por trás dessa onda ambientalista e desses movimentos eco-chatos é, igualmente, a tentativa de estabelecer um governo mundial, que vai determinar tudo o que pode ser feito, pensado e até imaginado pelas pessoas.

É a sua liberdade que está em jogo. Eles começam querendo proibir você de usar sacolinhas plásticas, depois vão te obrigar à seleta coletiva, depois vão te impedir de cortar um arbusto no seu sítio sem pedir autorização para eles, vão te proibir a pesca, vão te proibir de comer carne vermelha, vão te proibir de beber bebidas alcóolicas, vão te proibir de fumar, vão te proibir de educar seus filhos. Num segundo passo, vão te proibir de pensar, de manifestar opiniões divergentes das imposições oficiais, vão te proibir de frequentar igrejas, vão te proibir de ter a sua própria família. Parte dessas proibições já nos foram impostas pelas esquerdas que nos governam desde a “reabertura democrática” de 1984, e as piores delas já foram todas implantadas em países que adotaram o comunismo, como União Soviética, Cuba e China.

Querem fazer o mesmo no Brasil e usam essa conversinha fiada de meio ambiente para atingir essa finalidade. Tudo é desculpa para fazer proibições, para diminuir a liberdade das pessoas, para diminuir sua inteligência, para transformá-las em espectadores, para transformá-las em rebanho pacífico, para transformar a linguagem em meio de tagarelice e repetição de chavões que só fazem impedir as pessoas de pensarem com a própria cabeça e de fazer uso de suas consciências, de seu arbítrio e de suas faculdades soberanas.

A falácia se constitui da seguinte maneira: “Algo está na moda. Se está na moda, é porque é verdadeiro. Se eu implementar isso, estarei agindo corretamente”.

O erro aí é o seguinte: nem tudo que está na moda é certo, muito pelo contrário: as vezes deve-se fugir de modismos como o diabo foge da cruz!

Trazendo para o nosso caso, essa mentira da Rio +20, de que os líderes lá reunidos querem o nosso bem porque deu no Jornal Hoje, da rede Globo. Daí osincautos dirão: “Deu na Globo! Está na moda! Como poderei duvidar desta verdade absoluta?” Eis o ponto nevrálgico do erro: nem tudo que sai no jornal da globo é verdadeiro. Para saber o que realmente está se passando no mundo é preciso muito estudo e seguir a intuição. Como podemos achar que estamos melhorando se estamos cada vez mais pobres e os políticos cada vez mais ricos?

Então, conclui-se que quem age baseado no que está na moda achando que está certo, pode estar é tragicamente errado e fazendo mal a si próprio. Como ninguém gosta de fazer mal a si próprio é indispensável eliminar esse tipo de erro.

Ah, mas esses movimentos sociais estão na moda! Sim, e exatamente por isso é que temos de repudiá-los, pois os citados acima e muitos outros – porém nem todos -, servem a fins espúrios que no frigir dos ovos prejudicam em muito a você e a sua família.

Dante Henrique Mantovani
Doutor em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina

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Homossexualidade e o totalitarismo das minorias http://portalconservador.com/homossexualidade-e-o-totalitarismo-das-minorias/ http://portalconservador.com/homossexualidade-e-o-totalitarismo-das-minorias/#comments Tue, 21 May 2013 13:29:57 +0000 Commodoro http://neoconservatism.us/?p=768 read more →]]> Não se está querendo dizer aqui que o componente homossexual seja o elemento central desses grupos. Na verdade, o componente central da organização revolucionária é a completa distorção do sentido de compreender a realidade tal como ela é. O que move milhões de pessoas nessas agremiações é a frustração existencial, a incapacidade de aceitar os fatos como eles são.

A primeira coisa que me vem à cabeça quando eu observo as características fundamentais do movimento negro, feminista e homossexual, é que eles são praticamente idênticos aos modos, expressões, cacoetes verbais, sectarismos e formas de organização do Partido Nazista ou de quaisquer agremiações de natureza totalitária, como o Partido Comunista. Em particular, a tropa de choque do Partido Nazista, a chamada SA (SturmAibtelung), era infestada de homossexuais. A camaradagem era uma sutil forma de homoerotismo, associada ao culto narcísico da raça, dentro do Partido. Tais práticas eram, inclusive, discretamente incentivadas. O principal chefe deles e seu financiador, o capitão Ernst Röhm, era um homossexual assumido, e sob sua direção, a ala radical do Partido Nazista era uma confraria de pederastas, unidos pela lealdade espiritual e sexual.

Há de se compreender uma questão que não parece muito óbvia: os chamados “movimentos sociais” de cunho feminista, homossexual ou negro são organizações de massa criadas pelo Partido Comunista. A diferença é que se inverteu o culto grupal de classe do marxismo clássico, para o culto da raça, do sexo, da sexualidade ou de qualquer outro conceito arrebanhador. A esquerda revolucionária mudou o foco da questão. A luta de classes é agora transformada em luta de raças, de sexos, de comportamentos sexuais, enfim, de qualquer coisa. Eles guardam todo o sentido de seita religiosa, mesclado com o narcisismo coletivo de suas características particulares. E como é inevitável, a homossexualidade é um elemento fortíssimo na mensagem traduzida nas exigências destes grupos.

Interessante notar o culto idolátrico da feminilidade no discurso das feministas radicais. Na verdade, se há algo estranho no seu projeto é que a mulher feminista não é necessariamente “feminina”. Ouço de certas criaturas raivosas do belo sexo: a mulher precisa reivindicar os “direitos reprodutivos” sobre o corpo; o macho é a criatura terrível que explora e oprime as mulheres; o casamento é a opressão das fêmeas; o patriarcalismo é o maior de todos os males, etc. O mal destas conjecturas é que a mulher real não faz parte do programa feminista. Tudo o que as feministas raivosas exigem é uma idealização delas próprias como vestais de uma casta, como se o mero fato de ser mulher demandasse exclusividades, idiossincrasias, caprichos loucos. A contradição é notória: os “direitos reprodutivos”, por assim dizer, são a negação da reprodução e o aborto irrestrito; o ódio contra o macho frustra a mulher; e a rejeição ao casamento dessacraliza o amor entre o casal ou mesmo prostitui a relação. É paradoxal que as feministas façam escândalo contra a “exploração sexual” feminina e sejam contrárias ao casamento; critiquem a prostituição e defendam a liberação sexual irrestrita. Ou na pior das hipóteses, paradoxalmente elevem a prostituta como sinônimo moral de emancipação da malvada sociedade “burguesa” e condenem a mulher honesta e dedicada ao marido.

Neste ínterim, o erotismo feminista é completamente distorcido, doentio, caricatural. Há um componente homossexual poderoso nessa relação dúbia de perspectiva sexual, um estranho medo de enfrentar o sexo oposto. Por outro lado, o ódio à maternidade é outro aspecto da loucura do movimento feminista: a perversão de linguagem dos tais “direitos reprodutivos” implica negar a maternidade da mulher. É como se a maternidade mesma fosse uma espécie de escravidão da natureza e que para abortar essa qualidade, aborta-se também a vida gerada pelo ventre da mãe. E a apologia contraditória da prostituição é uma forma de isentar a mulher das relações sólidas de amor ao homem. O sexo esporádico, ocasional, ou mesmo comercializável, é o reflexo disso. Em suma, o feminismo, como dizia Nelson Rodrigues, é inimigo da mulher. Quer transformá-la numa espécie de macho imperfeito. O lesbianismo narcisista não é mera coincidência. E o número de lésbicas no movimento feminista é algo assombroso!

A homossexualidade no movimento negro não é algo, à primeira vista, perceptível. Quando o chefe do movimento gay da Bahia Luiz Mott fez insinuações sobre a homossexualidade de Zumbi dos Palmares, alguns militantes negros ficaram furiosos e quase surraram o pederasta. No entanto, o culto narcísico da raça lembra muito os modos de organização nazistas. Eles já exigem diferenciações raciais através da legalidade vigente; pregam de forma sistemática a discriminação racial, ainda que com sua vertente “afro” de racismo. Não me surpreenderia se algo assim degenerasse no homossexualismo pleno da raça eleita. A egolatria racialista acaba se tornando culto sexual de seus membros. Porém, o discurso ideológico deles não é só nacional-socialista; é comunista também.

Entretanto, de toda a loucura intrínseca destes movimentos, sem duvida, a militância homossexual é a mais psicótica, a mais assustadora, a mais representativa dessa anormalidade totalitária. Os movimentos gays não se contentam em exigir “liberdade sexual”: querem transmutar completamente os comportamentos sexuais morais da sociedade e invertê-los em algo que agrida totalmente a natureza biológica e psicológica do ser humano. Se os homossexuais radicais tivessem o poder de modificar a espécie humana, a conduta sexual predominante seria totalmente homossexual, tamanha rejeição que este grupo tem pelo sexo oposto. Todavia, sabe-se que isso, na prática, é impossível. Nem por isso os homossexuais se contentam com essa realidade: como não podem mudar o caráter biológico da espécie humana, querem sim inverter a hierarquia de valores no que diz respeito ao sexo. Quando o movimento gay exige leis “anti-homofóbicas” para tenta criminalizar qualquer crítica contra a conduta homossexual ou mesmo criminalizar os sentimentos e pensamentos cristãos da comunidade, ele está querendo ditar idéias, palavras do imaginário e princípios éticos. Ou seja, se qualquer crítica a homossexualidade pode causar sanções penais aos seus críticos, o inverso não é verdadeiro: os homossexuais podem destruir os modelos familiares vigentes, inverter os padrões sexuais da sociedade e transformar a homossexualidade num culto sacralizado. Contudo, o movimento homossexual não se limita a isso: a destruição dos padrões saudáveis da heterossexualidade demanda também a exigência de “direitos sexuais” sobre os menores. Em outras palavras, o movimento homossexual reivindica o direito à pedofilia.

É curioso que essas turmas de indivíduos loucos falem de seus esquemas grupais em nome de defender as “diferenças”, a “diversidade sexual” ou “racial” e outras tolices propagandísticas, quando, na prática, são incapazes de aceitar as dissidências dentro do seu próprio meio. A feminista radical não aceita a mulher não-feminista; o movimento negro não tolera o negro ou pardo que se recusa a se “vitimizar” e culpar os brancos de todas as misérias; por vezes, os pardos são até rejeitados por não serem suficientemente negros; e o movimento homossexual rejeita, denuncia ou tenta destruir reputações de homossexuais que não aderem ao movimento, usando dos mesmos “preconceitos” da sociedade para difamá-los. Não foi isso que ocorreu no caso do deputado federal Clodovil Hernandes ou quando a defensora-mor dos homossexuais, a petista Marta Suplicy, insinuou maldades sobre a sexualidade do seu rival, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, na eleições municipais?

Não se está querendo dizer aqui que o componente homossexual seja o elemento central desses grupos. Na verdade, o componente central da organização revolucionária é a completa distorção do sentido de compreender a realidade tal como ela é. O que move milhões de pessoas nessas agremiações é a frustração existencial, a incapacidade de aceitar os fatos como eles são. E quem os lidera são pessoas inescrupulosas, verdadeiros psicopatas sedentos de poder. Impressionante, entretanto, é o componente homossexual que há nisso, o elemento de culto coletivo e narcisista que há nestas formas de organização. Há uma compensação existencial em sentir-se importante, especial, quando alguém se insere num grupo de pessoas que se auto-idolatram por particularidades que não acrescentariam nada a ninguém. A organização massificada desses grupos isenta os seus membros de responsabilidades e deveres comuns a todos. E essa onda de pessoas espiritualmente adoentadas, psicologicamente senis, moralmente duvidosas, está cada vez mais tomando espaço na mídia, nas universidades, nas escolas, deformando e destruindo consciências saudáveis.

A ditadura politicamente correta imposta sobre os meios culturais perverte a capacidade de expressão e raciocínio das pessoas, patrulha-as, molda-as, imbeciliza-as. A queda dos padrões de qualidade do discurso das universidades, da imprensa e dos meios culturais é visível a notória. Há uma esquizofrenia retórica em que, no geral, as pessoas são obrigadas a falar algo que não vivenciam, não acreditam, não concordam, mas que são obrigadas a repetir, medrosas que são das chantagens psicológicas desses grupelhos revolucionários. É o mesmo fenômeno que ocorria na União Soviética e em demais países totalitários: as pessoas são obrigadas a enganar os seus sentidos, sua percepção da realidade, para anularem suas consciências e repetirem as mentiras do Partido único. Espantoso é perceber que os mesmos movimentos sectários defendam formas políticas que desprezam e eliminam as minorias. Os homossexuais são perseguidos em Cuba e no Irã; no entanto, qual movimento homossexual se preocupa com isso? As feministas protestam contra o modo de vida do mundo islâmico? E os militantes negros já se preocuparam com a situação dos seus similares africanos sob o tacape de ditaduras tribais e corruptas, além de genocidas? Ah sim, a maldade humana é monopólio da cultural ocidental, da raça branca, dos machos e dos heterossexuais!

A cultura politicamente correta é uma reprodução, sob uma versão nova, sofisticada e dinamizada, da ideologização totalitária que ocorreu nos sistemas ditatoriais controlados pelos partidos comunistas. Essa intoxicação ideológica, atualmente, domina os centros culturais em nossa democracia. O Partido, por assim dizer, não é uma instituição, mas uma cultura de policiamento dentro de um imaginário de paranóia lingüística e verbal difusa. E os sectários, vestais de todo tipo estranho de esquisita homossexualidade partidária, com seus “coletivos” culturais e suas ideologias espalhadas por todas as esferas do pensamento, são os cães de guarda desse novo tipo de sistema, que escraviza, enfraquece e idiotiza a população. Da árvore conhecereis os frutos. A democracia, cada vez mais ideologizada, vai se tornar uma ditadura dessas minorias esquizofrênicas e auto-idolátricas!

Autor: Leornardo Bruno
Fonte: MidiaSemMascara

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Contra a Liberação Feminina – Pt.2 http://portalconservador.com/contra-a-liberacao-feminina-pt-2/ http://portalconservador.com/contra-a-liberacao-feminina-pt-2/#comments Sun, 12 May 2013 00:49:20 +0000 Commodoro http://neoconservatism.us/?p=562 read more →]]> Acredito que os casamentos modernos nos EUA são, de longe, conduzidos com base em igualdade, mas também creio que a premissa oposta está muito mais próxima da verdade do que a das Novas Feministas: isto é, a premissa de que são os homens, e não as mulheres, que têm mais chances de ser a verdadeira classe, ou gênero, de oprimidos em nossa sociedade, e que os homens são muito mais semelhantes aos “negros”, ou seja, aos escravos, e as mulheres são seus senhores. Em primeiro lugar, as militantes mulheres defendem que o casamento é uma instituição diabólica pela qual os maridos escravizam suas esposas e as forçam a educar seus filhos e a fazer as tarefas domésticas. Mas consideremos: quem insiste mais em se casar, a mulher ou o homem? Todos sabem a resposta. E se o grande desejo de se casar é resultado de lavagem cerebral, como dizem as liberalistóides, então por que tantos homens resistem à idéia de se casar e, assim, resistem a esse prospecto de sentar-se, pelo resto da vida, no poderoso trono da tirania doméstica?

rothbard

De fato, como o capitalismo reduziu imensamente o fardo das tarefas domésticas por meio da tecnologia, muitas esposas foram constituindo uma classe de ócio e lazer. No bairro de classe média em que vivo, eu as vejo, aquelas viragos “oprimidas” de cara quadrada, vestindo peles e passeando pela rua para ir à próxima partida de bridge ou mah-jong, enquanto seus maridos trabalham duro no distrito têxtil para sustentá-las.

Nesses casos, então, quem são os “negros”: as esposas? Ou os maridos? As liberalistóides dizem que os homens são os senhores porque eles fazem a maior parte do trabalho do mundo. Mas se nós olharmos para a sociedade escravagista do Sul (N. do T.: das treze colônias que antecederam os EUA), quem, de fato, trabalhava? Eram sempre os escravos, enquanto os senhores viviam relativamente ociosos usufruindo dos frutos do trabalho dos primeiros. Na medida em que os maridos trabalhos e sustentam a família, enquanto esposas usufruem de status e segurança, quem, então, são os senhores? 

Não há nada de novo nesse argumento, mas trata-se de um ponto que tem sido esquecido no meio do furor atual. Notou-se durante anos – especialmente por europeus e asiáticos – que demasiados homens americanos vivem num matriarcado, dominados primeiro por mães, depois por professoras, e então por suas esposas. Blondie e Dagwood (N. do T.: do quadrinho “Blondie”, anteriormente citado) simbolizaram por muito tempo, de acordo com sociólogos, a longa prevalência de um matriarcado americano, que contrasta com o contexto europeu, em que as mulheres, embora mais ociosas do que nos EUA, não cuidam da casa. O homem americano, dominado por sua “patroa”, tem sido, há muito, alvo de humor. E, finalmente, quando o homem morre antes de sua esposa, como usualmente acontece, ela herda todos os recursos familiares, resultando que muito mais do que 50% da riqueza dos EUA é possuída por mulheres. A renda – o índice de trabalho duro e produtivo -, aqui, é menos significante do que a posse última da riqueza. Eis outro fato inconveniente que as militantes mulheres bruscamente ignoram, como se não houvesse consequências. E, finalmente, se o marido pede divórcio, ele se afoga em leis que determinam pensões, que ele é forçado a pagar e pagar para sustentar uma mulher que ele não mais pode ver e, se ele as deixa de pagar, enfrenta então o bárbaro castigo da prisão – a única instância restante em nossa estrutura legal pelo não pagamento dessa “dívida”. Exceto, claro, se não pensarmos que essa “dívida” nunca foi assumida voluntariamente pelo homem. Quem, então, são os escravos?

E quanto aos homens forçarem as mulheres a engravidar, parir e cuidar de filhos, quem, novamente, na vasta maioria dos casos, anseia mais, dentro do casamento, por ter filhos? De novo, todos sabem a resposta.

Quando as militantes mulheres, às vezes, reconhecem a dominância matriarcal da mulher americana, sua defesa, como de costume, é cair na falta de sentido: essa dominância aparente da esposa seria apenas o reflexo de suas passividade e subordinação quintessenciais, então a mulher deveria buscar vários caminhos para a rispidez e manipulação rumo ao… poder. Sob seu aparente poder, então, essas esposas estariam psicologicamente infelizes. Talvez, mas eu suponho que, de acordo com essa linha de raciocínio, um senhor de escravos no velho Sul também estava psicologicamente desconfortável por causa do seu papel de dominador não-natural. Mas o fato de sua dominância político-econômica predominou, e esta é a questão.

O último teste para verificar se as mulheres estão ou não escravizadas pelo casamento moderno é o da “lei natural”: considerar o que aconteceria se, enfim, as liberalistóides conseguissem o que querem e o casamento não existisse. Nessa situação, e em um mundo consequentemente mais promíscuo, o que aconteceria com as crianças? A resposta é que o único dos pais que seria visível e demonstrável seria a mãe. Somente a mãe teria a criança, e portanto somente a mãe seria “atrasada” por ela. Resumindo, as militantes mulheres que se queixam de que a tarefa de cuidar de filhos é um atraso de vida deveriam considerar o fato de que, num mundo sem casamentos, elas teriam o trabalho de ganhar todo o dinheiro necessário para sustentar seus filhos (N. do T.: ou pedir ao papai Estado forte, que é o que está acontecendo no ocidente, como se verá adiante). Eu sugiro que elas contemplem essa possibilidade com seriedade, bem antes de continuarem a lutar pela abolição do casamento e da família.

As cabeças mais pensantes das militantes femininas reconheceram que seu problema crítico é encontrar uma solução para cuidar das crianças. Quem o fará? Resposta moderada: a provisão governamental de creches, de modo que as mulheres estejam livres para entrar na força de trabalho. Mas o problema, aqui, além do problema geral do socialismo ou estatismo, é este: como o mercado livre não conseguiu ainda prover creches de baixo custo, como foi feito com qualquer produto ou serviço de demanda massiva? Ninguém teve que clamar para que o governo construísse motéis, por exemplo. Já há muitos deles. O economista é compelido a responder: ou a demanda de mães que vão ao trabalho não é tão grande como as Novas Feministas querem fazer crer, e/ou alguns controles governamentais – talvez exigir licenças ou pré-requisitos mínimos para que as babás trabalhem – estão artificialmente restringindo a oferta. Qualquer que seja a razão, então, maior interferência do governo não é a resposta.

As feministas mais radicais não estão contentes com uma solução tão trivial como criar mais creches (que pessoas senão mulheres, nesse caso outras mulheres, trabalhariam nessas creches?). O que elas querem, como Susan Brownmiller indica em seu artigo do dia 15 de março no “New York Sunday Times Magazine”, é a igualdade total entre marido e esposa em todas as coisas, o que significa carreiras igualmente partilhadas, serviço caseiro igualmente dividido e divisão igual na tarefa de educar o filho. Brownmiller reconhece que, para isso, ou o marido trabalharia por seis meses e a esposa pelos outros seis meses, alternando-se na criação dos filhos, ou cada um dos cônjuges trabalharia apenas por meio dia e se alternariam cuidando dos filhos na outra metade do dia. Em qualquer dos caminho escolhidos, é evidentemente claro que essa igualdade total somente pode ser alcançada se ambas as partes desejam viver permanentemente como hippies, fazendo trabalhos temporários de subsistência. Afinal, qual carreira de importância e qualidade pode ser seguida de maneira tão leviana e sem rumo? Acima do nível de vida hippie, portanto, essa suposta “solução” é simplesmente absurda.

Se nossa análise estiver correta, e nós já estivermos vivendo num matriarcado, então o verdadeiro significado do novo feminismo não é, como elas estridentemente alegam, a “liberação” da mulher da opressão. Não poderíamos dizer que, descontentes com seu ócio e com sua sutil dominação, essas mulheres estão ansiosamente alcançando o poder total? Descontentes em ser apoiadas e protegidas, elas estão agora tentando forçar seus maridos passivos e há muito sofredores a fazer a maior parte das tarefas de casa e a cuidar mais ainda dos filhos. Eu conheço pessoalmente vários casais em que a esposa é uma militante liberacionista e o marido sofreu uma lavagem cerebral dela para ser um capacho (N. do T.: “Uncle Tom”, no original, que é um personagem fictício caracterizado pela sua passividade e subserviência à autoridade) traidor do próprio gênero. Em todos esses casos, depois de um dia longo e duro trabalhando para sustentar a família, o marido fica em casa cuidando das crianças enquanto a esposa vai aos encontros das liberalistóides para tramar sua escalada ao poder total e denunciar o marido como um opressor sexista. Não contente com as tradicionais partidas de mah-jong, a Nova Mulher está preparando seu último golpe castrador – que será aceito, suponho, com uma gratidão passiva pelos seus esposos liberais.

Há, ainda, a solução extremista das liberalistóides: abandonar o sexo, ou a heterossexualidade, por completo. Pelo menos isso, sem dúvidas, resolveria a questão de quem iria cuidar de suas crianças. O estigma do lesbianismo costumava ser considerado um rótulo venenoso e chauvinista contra a mulher liberal. Mas os mais recentes escritos das Novas Feministas exortam, de forma crescente, a homossexualidade feminina. É notável, por exemplo, quando Rita Mae Brown escreveu na primeira edição “liberal” do tablóide “Rat” (6 de fevereiro):

“Porque, quando uma mulher abertamente afirma sua heterossexualidade, é para enfatizar sua ‘bondade’ pela sua atividade sexual com os homens. Essa velha lavagem cerebral sexista está profundamente enraizada mesmo na consciência da mais ardente feminista, que rapidamente diz para você que ela adora dormir com vários homens. De fato, o pior xingamento direcionado a uma mulher, em nossa sociedade, é chamá-la de lésbica. Mulheres se identificam tanto a partir dos homens que elas tremem à simples menção dessa palavra de três sílabas. A lésbica, claro, é a mulher que não precisa de homens. Quando você reflete sobre isso, o que há de tão terrível entre duas mulheres que se amam? Para o homem inseguro, essa é a ofensa suprema, a mais ultrajante blasfêmia cometida contra o escroto sagrado.

“Afinal, o que aconteceria se todas nós nos amássemos umas às outras. Seria bom para nós, mas significaria que cada homem perderia seu escravo pessoal… uma perda grande e real, se você é homem…

“Amar outra mulher uma forma de aceitar o sexo que viola severamente a cultura masculina (sexo como exploração) e, portanto, traz severas penalidades… nós, mulheres, fomos ensinadas a abdicar do poder de nossos corpos, tanto física e atleticamente como sexualmente. Dormir com outra mulher é confrontar a beleza e o poder de nossos próprios corpos. Você enfrenta a expericência do seu autoconhecimento sexual. Você também encara de frente outro ser humano sem a proteção de cumprir um papel. Isso pode ser doloroso demais para a maior parte das mulheres, porque a maioria foi tão brutalizada pelo seu papel heterossexual que não pode sequer começar a compreender esse verdadeiro poder. É uma experiência tão arrebatadora que chamá-la de grande liberdade é até vulgar. Não é de se espantar que exista tanta resistência ao lesbianismo”.

Ou, sobre o mesmo assunto, escrito por “uma mulher de fases” (N. do T.: “A Weatherwoman”, no original):

“O sexo se torna totalmente diferente sem ciúmes. Mulheres que nunca se viram transando com outras começam a buscar-se umas às outras sexualmente… o que o homem de fases está fazendo é criar novos padrões para que homens e mulheres possam caber neles. Nós estamos tentnado fazer do sexo algo não exploratório… estamos fazendo algo novo, cujo denominador comum é a revolução”.

Ou, finalmente, ainda sobre a mesma coisa, estas palavras de Robin Morgan:

“Deixem que (as mulheres) saiam juntas. Deixem que isso pareça coisa de puta, maliciosa, sapatona, frustrada, maluca. Solanista (N. do T.: em referência a Valeria Solanas), louca, frígida, ridícula, amarga, constrangedora, odiadora de homens, proferidora de libelos… sexismo não é culpa das mulheres – matem seus pais, não suas mães.”

Então, no duro núcleo do Movimento de Libertação Feminina, está um lesbianismo que odeia os homens, amargo, extremamente neurótico, se não for psicótico. Está revelada a quintessência do Novo Feminismo.

Essa atitude vem apenas de poucas extremistas? Seria injusto manchar um movimento inteiro como sendo negativa, extravagante e irrestritamente lésbico? Acredito que não. Por exemplo, um padrão que agora permeia o movimento inteiro é a estridente oposição aos homens tratando as mulheres como “objetos sexuais”. Esse tratamento supostamente explorador, impróprio e pouco dignificante se estende da pornografia aos concursos de beleza, dos anúncios publicitários contendo modelos bonitas anunciando produtos até assovios e olhares de admiração e desejo para garotas de minissaia. Mas, claramente, atacar as mulheres como sendo “objetos sexuais” é um ataque ao sexo, e ponto. Ou melhor, um ataque ao heterossexualismo. Esses novos monstros femininos estão livres para destruir um costume ancestral e amável – tão querido por mulheres normais ao redor do mundo -, que é o de se vestir bem para atrair homens e se sair bem nessa prazerosa tarefa. Que mundo sem graça e assustador essas megeras querem nos impor! Um mundo onde todas as garotas vão se parecer com lutadores mal-ajambrados, onde beleza e atratividade serão substituídos por feiúira e pelo “unissex”, onde a brilhante feminilidade será abolida em nome do estridente, agressivo e masculino feminismo.

De fato, perto do coração desse movimento feio estão os ciúmes de garotas bonitas e atraentes. Deve-se notar, por exemplo, o seguinte ponto da suposta discriminação econômica contra as mulheres: o fato de uma garota extremamente bonita ter, à sua disposição, uma grande mobilidade social, assim como altíssimos salários. As liberalistóides podem dizer que as modelos são exploradas, mas se considerarmos os grandes salários pagos às modelos – assim como seu acesso a uma vida de glamour – e compararmos com o custo da oportunidade de outras atividades como garçonete ou digitadora – a acusação de que estão sendo exploradas é ridícula. Modelos masculinos, cujos salários e oportunidades são muito menores do que os das modelos femininas, podem invejar o privilégio da posição feminina! Além do mais, o potencial de mobilidade social das garotas bonitas mais pobres é enorme, infinitamente maior do que o dos homens mais pobres. Podemos citar Bobo Rockefeller (N. do T.:ex-esposa de Winthrop Rockefeller, ex-governador do Arkansas) e Gregg Sherwood Dodge (uma ex-modelo pin-up que se casou com o multimilionário herdeiro da família Dodge) como exemplos notáveis. Mas esses casos, longe de ser considerados um argumento contrário, põem as liberalistóides em fúria ainda maior, já que uma de suas verdadeiras queixas é contra as garotas mais atraentes que, por virtude de sua beleza, foram mais bem-sucedidas na inevitável competição por um homem (N. do T.: pelo macho alfa, ressalte-se) – uma competição que precisa existir em quaisquer formas de governo ou sociedade (desde, é claro, que seja uma sociedade heterossexual).

Mulheres como “objetos sexuais”? Claro que elas o são, e rezo a Deus para que sejam sempre assim (tal como os homens, óbvio, são objetos sexuais para as mulheres). Quanto aos assovios e cantadas, é impossível que qualquer relacionamento digno de significado se estabeleça nas ruas ou olhando para classificados românticos (N. do T.: ou para perfis de redes sociais, se atualizarmos o contexto…), então, nesses casos específicos, as mulheres, adequadamente, são apenas objetos sexuais. Quando relações mais profundas se estabelecem entre homens e mulheres, cada um deles se torna mais do que mero objeto sexual entre eles; cada um deles se torna, espera-se, um objeto de amor. Seria banal ter que se preocupar em mencionar isso, mas no clima de crescente degeneração intelectual de hoje em dia, não se confia mais em verdades simples. Compare as liberacionistas estridentes com a charmosa carta publicada no New York Sunday Times do dia 19 de março, escrita por Susan L. Peck, comentando um artigo da (Susan) Brownmiller. Depois de afirmar que ela aceita a admiração masculina, a Sra. Peck diz que “pode parecer quadrado para alguns, mas eu não nutro um desejo louco de ver meu marido responsável, que já trabalha muito, passando as nossas roupas.” Depois de depreciar o desajuste feminino exibido pelo movimento liberacionista, a Sra. Peck conclui:

“Eu, por mim, adoro homens e prefiro ver um do que ser um!”

Hurra!, e tomara que essa senhora fale em nome da silenciosa maioria das mulheres dos EUA.

Quanto às liberacionistas, talvez devamos levar a sério as analogias constantes ao movimento negro que elas repetem. As pessoas negras, de fato, saíram da integração ao “black power”, mas a lógica do “black power” é absolutamente simples: nacionalismo negro – uma nação negra independente (N. do T.: ao menos nos EUA, onde o racismo é historicamente bem maior do que no Brasil). Se nossas Novas Feministas querem abandonar o “integracionismo” homem-mulher em troca da sua liberação, então isso, logicamente, implica em Poder Feminino, ou, numa frase apenas, Nacionalismo Feminino. Então, devemos dar para essas megeras alguma terra virgem, talvez as Black Hills, talvez o Arizona? Sim, vamos deixá-las criar a República Democrática do Povo Feminino Amazônico lutador de karatê, e banir o acesso delas à nossa. Assim, as suas atitudes e ideologias infectas seriam isoladas e removidas do corpo social, e o resto de nós, dedicados à velha e boa heterossexualidade, poderíamos então voltar aos nossos afazeres sem problemas. Já passa da hora de darmos a elas a ordem de William Butler Yeats (N. do T.:poeta irlandês):

“Abaixo o fanático, abaixo o palhaço / abaixo, abaixo, martele-os sem dó”

E desse modo ecoaremos o feliz grito do velho francês da famosa piada: quando uma militante francesa, num encontro para a liberação feminina, virou-se e disse “existe apenas uma pequena diferença entre homens e mulheres”, um velho que passava por perto pulou e gritou: “Viva a pequena diferença!”

* traduzido por Fábio Leite

por Murray R. Rothbard

Texto original em:http://www.lewrockwell.com/rothbard/rothbard4.html

Originalmente publicado como “The Great Women’s Liberation Issue: Setting It Straight” (“O Grande Problema da Liberação Feminina: pondo tudo em pratos limpos”), no The Individualist, maio de 1970.

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Contra a Liberação Feminina – Pt.1 http://portalconservador.com/contra-a-liberacao-feminina-pt-1/ http://portalconservador.com/contra-a-liberacao-feminina-pt-1/#comments Sun, 12 May 2013 00:47:06 +0000 Commodoro http://neoconservatism.us/?p=559 read more →]]> Faz um bom tempo que alguém denunciou o movimento de “Liberação Feminina” (N. do T.: “Women’s Liberation”, no original). Tal como o discurso do ambientalismo, a Liberação Feminina esteve, nos últimos meses, súbita e estridentemente em todo o lugar. Tornou-se impossível evitar ser assaltado, todo santo dia, pelo falatório do Movimento Feminino. Edições especiais de revistas, programas de TV e jornais devotaram-se a este recém-descoberto “problema”, e cerca de duas dúzias de livros sobre a Liberação Feminina estão agendados para publicação neste ano, através das grandes editoras.

Em todo este tumulto verborrágico, nenhum artigo, nenhum livro, nenhum programa ousou apresentar o lado oposto. A injustiça dessa onda que só vê um dos lados da questão deveria ser evidente. Não somente é evidente, como a falta de atenção pública dada à oposição nega uma das maiores queixas das forças de liberação feminina: a de que a sociedade e a economia estão sofrendo sob uma tirania “sexista” monolítica dos homens. Se os homens estão conduzindo o show, como podem elas nem mesmo presumirem publicar um texto ou apresentar ninguém do outro lado?

Ainda assim, os “opressores” permanecem estranhamente calados, o que levanta suspeitas, como mostraremos mais adiante, de que talvez a “opressão” esteja do outro lado.

Enquanto isso, os homens “opressores” vêm agindo, tal como os liberais de todos os lugares, como coelhinhos assustados ou tomados por culpa. Quando os cem viragos da Liberação Feminina foram ao escritório central da “The Ladies’ Home Journal”, por acaso o editor-chefe, John Mack Carter, ao ser assediado, gritou contra o ouvido coletivo dessas agressoras, como ele deveria ter feito? Pelo menos ele virou-lhes as costas e foi para casa? Não, no lugar disso ele sentou pacientemente por onze horas enquanto aquelas loucas derramavam abusos sobre ele, sua revista e seu gênero, e então passivamente concordou em dar a elas uma seção especial no seu jornal, além de uma “contribuição” de US$ 10.000. Assim, o liberalismo masculino aleijado, submissivamente, alimenta o apetite das agressoras e abre caminho para a próxima rodada de “demandas” ultrajantes. A revista “Rat”, um tablóide alternativo, desceu a um ponto ainda espetacularmente mais baixo, e simplesmente deixou-se tomar, de modo permanente, por um “coletivo de liberação feminina”.

Por que, de fato, esse súbito estouro do movimento de liberação feminina? Mesmo a valentona mais fanática do Movimento Feminino assume que este novo movimento não emergiu como resposta a qualquer súbito pisar da bota masculina contra as sensibilidades da mulher estadunidense. Em vez disso, a nova investida é parte da atual degeneração da Nova Esquerda, a qual, uma vez que a parte libertária da sua estrutura política, ideológica e organizacional entrou em colapso, tem se fragmentado em formas absurdas e febris, abarcando do Maoísmo à chutologia, dos atentados à bomba à Liberação Feminina. A idéia da “liberação” para grupos sociais supostamente marginalizados está no ar já há algum tempo, algumas vezes merecidamente, mas na maioria das vezes de modo absurdo. E, agora, as mulheres da Nova Esquerda entraram em cena. Não precisamos ir tão longe como o comentário do prof. Edward A. Shils, eminente sociólogo da Universidade de Chicago, sobre o fato de ele esperar, agora, por uma “frente de libertação dos cachorros”, mas é difícil não notar o aborrecimento atrás de sua observação. Em toda a vasta gama de “libertações”, o maior alvo tem sido o homem branco adulto de classe média, inócuo e trabalhador, o “homem esquecido” de William Graham Summer. E agora, essa infortunada figura, que mais lembra o Homer Simpson (no original: Dagwood Bumstead, personagem do quadrinho “Blondie”, de Chic Young, então famoso quadrinista nos EUA. Dagwood era casado com Blondie, a personagem principal, e uma de suas características era a de ser trabalhador), está sendo atacada mais uma vez. Quanto tempo até que o sofredor Americano Médio perca sua paciência e se levante, raivoso, para fazer algum barulho em sua própria defesa?

O atual Movimento Feminino divide-se em duas partes. A mais antiga e levemente menos irracional começou em 1963, com a publicação de “The Feminine Mystique”, de Betty Friedan (N. do T.: a mesma que liderou o boicote ao anticoncepcional masculino do Dr. Elismar Coutinho), e com sua organização, a NOW (“National Organization of Women” – “Organização Nacional das Mulheres”). A NOW se concentra em supostas discriminações econômicas contra a mulher. Por exemplo: o ponto do salário médio anual de todos os trabalhos, em 1968, ter sido de quase US$ 7.700 para homens e de US$ 4.500 para mulheres, ou 58% dos ganhos masculinos. O outro grande ponto da NOW é o argumento da cota: aquele de que, se alguém observar os grandes cargos de gerência e chefia de várias profissões, concluirá que a cota feminina é muito mais baixa do que os supostos 51% a que elas teriam direito – que são a porcentagem de mulheres na população.

O argumento da cota pode ser descartado rapidamente; porque é uma faca de dois gumes. Se a baixa porcentagem de mulheres cirurgiãs, advogadas, gerentes (N. do T.: este texto é de 1970. De lá pra cá todos sabemos que as mulheres entraram em massa no mercado de trabalho, o que torna o argumento feminista da “baixa representatividade da mulher nas chefias” ainda mais frágil) etc. é prova de que os homens deveriam rapidamente ser substituídos por mulheres, então o que fazer com os judeus, por exemplo, que se destacam nas profissões, na medicina, na academia, etc. em porcentagens muito maiores do que estão distribuídos na sociedade? Eles deveriam ser expulsos dos seus cargos?

Os salários menores das mulheres se explicam de diversas maneiras, nenhuma delas envovlendo discriminação irracional “sexista”. Uma delas é o fato de que a esmagadora maioria das mulheres trabalha durante poucos anos, e então dedica uma grande parte dos seus anos produtivos para educar suas crianças, depois dos quais elas podem ou não decidir voltar à força de trabalho. Como resultado, elas tendem a entrar ou a encontrar empregos em certas indústrias ou outros tipos de atividades que não requeiram um compromisso de longo prazo com a carreira. Além disso, elas tendem a ocupar vagas em que o custo de treinamento de novos funcionários, ou de dispensa, é relativamente baixo. Estas ocupações tendem a oferecer salários menores se comparadas àquelas que requerem uma longa dedicação, ou em que os custos de treinamento ou dispensa são mais altos. Essa tendência geral de dedicar anos à criação dos filhos também pesa no insucesso feminino em promover-se a cargos mais altos e mais bem remunerados, daí a baixa “cota” de mulheres nessas áreas. É fácil contratar secretárias que não têm a intenção de fazer desse trabalho uma meta de vida; não é tão fácil promover pessoas a degraus mais altos na academia ou nas corporações se elas não pensam de modo diferente. Como pode uma mulher que vai se tornar mãe conseguiria ser uma presidente de empresa ou uma professora universitária em tempo integral? (N. do T.: isso pode não ser um impedimento, mas com certeza é um obstáculo à mulher que quer seguir carreira)

Embora essas considerações sejam boas responsáveis pelo menor salário das mulheres e pelo fato delas ocuparem cargos menos importantes, não explicam completamente o problema. Numa economia capitalista de mercado, mulheres têm plena liberdade de oportunidades; discriminação irracional no emprego tende a ser mínima num mercado livre, pela simples razão de que o empregador também se prejudica com práticas discriminatórias. Num mercado livre, todo trabalhador tende a ganhar o valor do seu produto, sua “produção marginal”. Similarmente, todos tendem a procurar os trabalhos que melhor podem realizar e a trabalhar em seu máximo esforço produtivo. Empregados que persistem em pagar abaixo da produção marginal de um trabalhador vão se prejudicar, pois perderão seus melhores empregados e, consequentemente, perderão lucros para si mesmos. Se mulheres têm persistentemente menores salários e empregos menos importantes, mesmo depois de compensarem o tempo dedicado à maternidade, então a simples razão deve ser a de que a produção marginal feminina tende a ser menor do que a masculina.

Deve-se enfatizar que, em contraste às forças da Liberação Feminina que tendem a culpar o capitalismo e os tiranos dos homens pela discriminação de séculos e séculos, foi precisamente o capitalismo e a “revolução capitalista” dos sécs. XVIII e XIX que libertaram a mulher da opressão masculina, e deixaram a mulher livre para seguir seu próprio caminho. Foi a sociedade feudal pré-capitalista e pré-mercado que se caracterizou pela opressão masculina; foi nessas sociedades em que as mulheres eram propriedade e escravas dos seus pais e maridos, em que elas não podiam adquirir propriedades por si próprias etc. O capitalismo libertou as mulheres para que elas pudessem caminhar com as próprias pernas, e o resultado é o que vemos hoje.

O movimento de Liberação Feminina retorque, então, que a mulher tem pleno potencial para igualar a produtividade masculina, mas ela foi oprimida durante séculos pelos homens. Mas a notória falta feminina em alcançar os mais altos postos sob o capitalismo ainda permanece. Há poucas mulheres doutoras em medicina, por exemplo. Ainda assim, as escolas de medicina de hoje não as discriminam, pelo contrário, curvam-se para aceitá-las (isto é, discriminam em favor delas), e mesmo assim a proporção de mulheres médicas ainda não é percebivelmente alta. (N. do T.: claro, isso mudou desde 1970, e temos muitas mulheres competentes na medicina. Mas quantas delas lideram as pesquisas e as descobertas científicas?)

Aqui, as militantes mulheres caem em outro argumento: o de que, por séculos, elas sofreram “lavagem cerebral” de uma cultura dominada por homens, que tornou a maioria das mulheres passiva, fazendo-as aceitar seu suposto papel inferior e até mesmo induzindo-as a gostar de cuidar da casa e cuidar de crianças. E o maior problema para essas militantes barulhentas, claro, é o de que a esmagadora maioria das mulheres de fato abraçam a “mística feminina”, sentindo que suas carreiras devem ser a de mãe e a de senhora do lar. O simples fato de rotular esses evidentes e fortes desejos femininos como “lavagem cerebral” é ir longe demais; porque sempre podemos desqualificar qualquer valor de uma pessoa, independentemente do quão profundamente ela o guarde, como sendo “lavagem cerebral”. Esse tipo de “lavagem cerebral” é chamada pelos filósofos de “operacionalmente vazia de sentido”, porque ela indica que as militantes mulheres recusam a aceitar qualquer evidência, lógica ou empírica, de qualquer tipo, que prove que elas estão erradas. Mostre-nas uma mulher que ame ser dona de casa e elas a desqualificam, dizendo isso ser “lavagem cerebral”; mostre-nas uma militante e elas dirão que é uma prova de que as mulheres estão gritando por “liberação”. Resumindo, essas militantes acreditam que seus argumentos fracos não são dignos de nenhuma prova; mas esse posicionamento é o buraco sem fundo do misticismo, e não um argumento que reflete uma verdade científica.

E então, a alta taxa de aderentes ao movimento, aclamada pelas liberacionistas, também não prova nada; não seria isso também uma “lavagem cerebral” das militantes femininas? Afinal de contas, se você é ruivo, e uma Liga de Libertação dos Ruivos subitamente aparecesse e martelasse em sua cabeça que você foi eternamente oprimido por infames não-ruivos, talvez até mesmo você se juntaria à liga. O que não prova se os ruivos são ou não são objetivamente oprimidos.

Não vou tão longe quanto os extremistas “sexistas” masculinos, que acham que a mulher deveria estar confinada ao lar cuidando dos filhos e que é anti-natural que ela busque qualquer outra profissão alternativa. Por outro lado, eu não vejo muita base para o argumento oposto, que defende que mulheres mais caseiras estão indo contra a própria natureza. Em tudo isso, assim como em todos os casos, existe uma divisão do trabalho, e em uma sociedade de livre mercado cada indivíduo vai ocupar as atividades profissionais que ele ou ela acham mais atrativas para si. A proporção de mulheres no trabalho é muito maior do que era há vinte anos, e isso é bom; mas ainda é uma minoria, e isso é bom também. Quem é você ou eu para dizer a quem quer que seja, homem ou mulher, qual trabalho ele ou ela deve fazer?

Além disso, as liberacionistas caíram numa armadilha lógica ao culpar séculos de lavagem cerebral masculina. Se essa culpa for verdadeira, então como puderam os homens terem conduzido a cultura durante eras e eras? Claro, isso não pode ser um acidente. Não seria isso uma evidência da superioridade masculina?

As Friedanitas (N. do T.: seguidoras da Betty Friedan), que estridentemente clamam por igualdade de salários e cargos, entretanto, foram deixadas para trás nos ultimos meses pelas liberacionistas, ou “novas feministas”, mulheres que trabalham com o movimento mais velho, mas consideram-no “coisa de tiazonas”. Essas novas militantes, que atraem mais publicidade para si, persistentemente associam sua suposta opressão à opressão sofrida pelos negros e, tal como o movimento negro, rejeitam igualdade e integração em prol de uma mudança radical na sociedade. Eles clamam pela abolição revolucionária do provável poderio maculino e seu suposto corolário, que é a família. Demonstrando um profundo e mal disfarçado ódio aos homens “per se”, essas mulheres clamam por comunidades formadas apenas por mulheres, por crianças sustentadas pelo Estado, bebês de proveta, ou simplesmente em “eliminar os homens” (N. do T.: “cutting up men”, no original), tal como a verdadeira fundadora da militância pela liberação feminina, Valerie Solanas, escreveu em seu Manifesto SCUM. Solanas tornou-se a heroína cultural do Novo Feminismo em 1968, quando ela quase matou a tiros o pintor e cineasta Andy Warhol. Em vez de ser isolada (como deveria ter sido feito por qualquer pessoa racional) como uma louca solitária, as mulheres liberais escreveram-lhe artigos em louvor, chamando-a de “doce assassina” que tentou descartar o “macho de plástico” (N. do T.: “plastic male”, no original, em referência ao fato de Warhol ter sido um artista plástico). Deveríamos ter sabido, naquele ponto, dos fundamentos disso tudo.

Autor: Murray N. Rothbard

Segunda parte do artigo: Parte 2

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Quando uma mulher chama um homem de machista é sempre em tom de ofensa, e essa palavra é utilizada nas mais variadas situações, sendo que pode significar qualquer coisa e nada ao mesmo tempo. É frequentemente associada a homens com valores mais tradicionais, mas também é utilizada para descrever bandidos que agridem mulheres, como se fossem idênticos. E não raro vemos essa palavra ser utilizada para qualquer comportamento natural masculino, como se ser homem em si mesmo fosse um comportamento a ser repreendido.

Essa confusão nasce do pressuposto errôneo, conforme a ortodoxia feminista, de que homens e mulheres são essencialmente iguais, quando não são (óbvio que homens e mulheres devem ter direitos iguais, o que questiono é a idéia de que não existam diferenças comportamentais entre os sexos). E não apenas isso, elas tomam como o ser humano padrão as mulheres, logo tudo que é masculino deve ser evitado, e não raro podemos ver como que o movimento feminista atrai facilmente homens efeminados. Já qualquer homem heterossexual é repudiado, como não poderia deixar de ser, por ser machista.

Primeiramente devo esclarecer algo: as feministas acreditam que o machismo é uma “construção social”, não acreditam que os homens tenham uma natureza, acham que somos tábulas rasas que elas podem ensinar a pensar como elas. Não importa que toda a nossa educação seja feita por mulheres, muitas vezes fortemente influenciadas pelo feminismo ou valores modernos como um todo, elas ainda acham que quando um homem não age da forma que elas exigem é falta de que se pregue mais feminismo, que se pode mudar a natureza masculina através de doutrinações.

Concordo quando se afirma que os homens são mais violentos, agridem mulheres e outras coisas, não irei questionar isso. A taxa de homicídios contra os homens é 10 vezes maior do que contra as mulheres, mas concordo que as mulheres não matam os homens como os homens matam as mulheres. Porém não creio que mil anos de feminismo fariam diferença com relação a isso, a única coisa que pode reduzir esses comportamentos são punições severas para intimidar novos infratores, ainda assim isso nunca se resolveria de forma definitiva. Não se pode educar um homem para não ser homem, para não ter as características masculinas que em muitos pontos são louváveis, mas em outros leva a diversos comportamentos anti-sociais, ainda mais em uma sociedade onde há poucas oportunidades para os homens extravasarem seu lado mais violento de forma segura.

O feminismo não luta contra o machismo, ou seja, um comportamento masculino socialmente construído. Mas sim contra a própria natureza masculina, e essa palavra não tem outra função que essa, estigmatizar o comportamento natural masculino, e a forma de pensar masculina, a tornando essencialmente má. O machismo, enquanto “movimento social” não existe, é uma invenção feminista, simplesmente uma palavra criada para ofender.

Para uma feminista não há decisões pessoais, não existem pessoas, apenas a “sociedade”, como sendo uma espécie de ente abstrato com vida própria. Não é um homem, enquanto pessoa, que decidiu cometer um crime, e sim a “sociedade machista”, como se o machismo fosse uma espécie de força maligna que entra nos homens e obriga eles a fazerem coisas más, e não que um homem, enquanto indivíduo, decidiu realizar um ato violento. Dessa forma se você mata uma mulher você é machista, se você rejeita uma mulher promíscua, você é igualmente machista, facilmente colocando no mesmo patamar um valor masculino comum com um crime bárbaro.

Não é preciso dizer o absurdo que é chamar uma mulher de feminista só por ser uma assassina. Um homem se vê como indivíduo, dessa forma assume sozinho a responsabilidade pelos seus atos, assim como não culparia todas as mulheres pelo ato de uma. Mas uma mulher, caso seja feminista, verá no ato de um único homem entre milhões um problema social, e consequentemente culpará todos os homens. Dessa forma conseguem o malabarismo de transformar um único assassino em milhões de homens como uma representante do machismo, de modo que todos os homens viram um pouco assassinos pelo ato de apenas um.

Por fim, outro problema com essa estigmatização da natureza masculina é a crença de que os homens devam ter os mesmos valores que as mulheres. Uma feminista, enquanto mulher, vê como positivo o comportamento promíscuo em um homem, e não entra na cabeça dela como que um homem possa não ver como algo positivo uma mulher promíscua. Ou seja, entre a natureza masculina e a feminina, a feminina está sempre certa, logo o cara é machista, não passa de um estuprador ou um assassino em potencial só por não gostar de promíscuas. Não que todos os homens não gostem de promíscuas, esse é um exemplo entre muitos onde pode ser demonstrado que a raiva do tenebroso “machismo” não é nada além do que uma revolta contra a natureza masculina.

O machismo não mata e a sociedade não tem vida própria. Assassinos matam e a sociedade é composta de indivíduos com livre-arbítrio.

Em suma, o homem que fala o que pensa é automaticamente machista, o machismo é um termo inventado para demonizar a própria subjetividade masculina e o comportamento natural masculino como um todo. Não é atoa que é difícil alguém não ser gay e não ser considerado machista, pois somente os homens que pensam semelhante a uma mulher não são machistas.

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