Interessante como as palavras possuem história. Nenhum dos primeiros socialistas, Saint-Simon, Fourier, Prudhon, Owen foram conhecidos em vida como socialistas. O próprio Bakunin, expoente do anarquismo, começou sua carreira revolucionária com escritos em defesa da democracia na Polônia, no final dos anos 1840.

Socialismo foi uma expressão que se estabeleceu como crítica geral ao que era considerado o pior dos defeitos dos liberais-democratas, um maléfico individualismo: homens que se preocupavam apenas com seus interesses privados e desprezavam os sofrimentos alheios. Naturalmente, quem não comungasse com tal caráter deveria se considerar um “socialista”, alguém que se importa com a sociedade, com as pessoas em geral.

O nome pegou. Pegou tanto que esquecemos o longo caminho que ele percorreu até aqui. Quando os próprios democratas admitiram que seus adversários eram “socialistas”, esse nome passou a significar a recusa à legitimidade dos interesses individuais e, mesmo, aos direitos individuais. Isso explica porque é tão comum que jovens se considerem socialistas. Aos 13 ou 14 anos despertamos para a realidade social, para a existência de milhões de vidas além das nossas. Muitos de nós consideramos tal realidade muito significativa, e, assim, naturalmente, nos acreditamos socialistas. Daí a aderir a uma doutrina universalmente conhecida por “socialismo” é um pequeno passo.

Até hoje creio que os melhores conservadores ou liberais sejam os que foram socialistas na juventude. Desconfio de jovens de 18 anos que abraçam com entusiasmo a crítica ao socialismo, pois, salvo exceções, me parecem rapazes meramente gananciosos que acham divertido criticar os que sonharam com uma sociedade melhor. São os que acusam os petistas de “gostar de pobres”, como se se importar com a pobreza alheia fosse um defeito de caráter. Sem dúvida há exceções. Se um jovem recebeu uma boa formação doméstica, terá boas chances de distinguir o socialismo da solidariedade e do gosto pela política. Mas, em regra, ainda não me empolgo com a juventude liberal, apesar de ficar muito contente com o florescimento do pensamento democrático entre os jovens.

Socialista deveria ser, etimologicamente, quem se preocupa particularmente com a sociedade. Uma freira católica é tudo, menos individualista. Um militante conservador que se dedica ao bem de seu país e de sua nação, não é nada menos que um homem devotado à sociedade.

Por certo o termo “socialismo” já não serve mais para defini-los, por conta da história que esta palavra percorreu. Mas aceitarmos (como, aliás, muitos liberais exaltados fazem), a classificação que os socialistas criaram para definir o democrata como um interesseiro indiferente à sociedade, é um convite irresistível para que nossos melhores jovens se descubram “socialistas” aos 14 anos e precisem de algumas décadas para aprender que suas virtudes não o tornam, automaticamente um adepto da tirania política. Se déssemos aos chamados “socialistas” o nome que de fato os conceituam, “tiranistas”, estaríamos facilitando muito a vida de nossa juventude.

Uma onda de novos partidos de direita está em curso no país, impulsionada pela crise da hegemonia do PT e pelas novas possibilidades de debate livre via internet, o que ampliou enormemente as possibilidades de circulação de ideias e até de interação entre as pessoas.

Entre os partidos que surgem nesse movimento, o que mais tem tido sucesso é o Partido Novo. Desde 2010 seus fundadores já conseguiram (com certa facilidade), as assinaturas necessárias, já apresentaram seu pedido de registro, já possuem número no TSE (30) e aguardam para julho o registro oficial, o que os permitirá disputar as eleições municipais de 2016. No Facebook, já são o terceiro partido político em curtidas, com mais de 800 mil!

Com uma proposta simples e liberal, os “novos” (o nome é bem infeliz), estão tendo sucesso, em meio a mais de dez iniciativas similares concorrentes, porque não fecham posições estritas. Aceitam tanto conservadores quanto liberais. Destacam-se por definir, desde o início, que seus políticos não controlarão os diretórios (algo que nenhuma outra legenda instituiu). São contra o fundo partidário e o horário de propaganda “gratuito” – outra novidade no cenário partidário brasileiro.

Seus opositores os acusam sobretudo de serem “um braço político do mercado financeiro”, mas trata-se de uma acusação risível, fruto de preconceito e desinformação. Seus principais fundadores têm larga experiência no mercado financeiro, isso é tudo. Não são “funcionários do Banco Itaú trabalhando na política”. Não são paus-mandados de ninguém e, acima de tudo, não são donos da legenda. O funcionamento interno é claramente aberto aos filiados, nos limites do programa e do estatuto partidário, liberal-democrático.

Ao invés de se tentar fundar um “partido conservador” ou um “partido militar”, o passo evidente dos conservadores seria integrar-se e fortalecer essa iniciativa e, possivelmente, organizar-se como ala conservadora, uma espécie de “tea party”. Considerando-se o caráter amador da larga maioria dos adeptos do Partido Novo, não seria impossível se os conservadores alcançassem logo uma posição proeminente dentro da agremiação.

Sobre a polêmica entre liberais e conservadores do Novo, o que se diz por lá é: tudo bem, prefiro viver num Canadá conservador que numa Coreia do Norte liberal. O fundamental, no momento, é enfrentarmos os socialistas.

Penso que todos os conservadores hoje são democratas, no sentido de que pretendem operar dentro das regras de um Estado republicano democrático. Não vemos ninguém defendendo a restauração da aristocracia. Qualquer simpatia pela “solução militar” para a crise atual, deve levar isso em conta. Incensar “os bons tempos dos militares” é como os comunistas soviéticos que se reúnem para tomar vodca e lembrar dos “bons tempos do comunismo”. Cabe aos conservadores responder, a longo prazo, o que faremos com nossos direitos democráticos e não se devemos ou não exercê-los.

Veja bem, se até nós que somos conservadores fica dando as costas para a realidade, o que será desta sociedade? Não é questão de esperar que as FFAA nos salve é questão do mal menor, se os conservadores não fazem nada, isto significa que o campo será semeado pela esquerda, apenas isto, a esquerda só avança aonde não há resistência. Se nós não ocuparmos o máximo possível de espaço um esquerdista o fará.

O que você diz sobre não termos liberdade nem para votar no PSDB parece verdade. Há inúmeras denúncias de fraudes nas eleições, e um caso em particular me chamou atenção .

É preciso entender o seguinte: não há espaço, na sociedade atual, para uma reivindicação da intervenção militar. Na década de 1960 tínhamos amplos setores da sociedade civil, grupos da Igreja Católica, o próprio Exército. O que temos, hoje?

Certamente não há, mas isso se você levar em conta apenas a possibilidade de intervenção militar constitucional. Vale lembrar que se hoje nós vivemos uma república, isto se deu através de um golpe de Estado e não vejo ninguém reclamando. O que o rapaz do video fala é verdade: nós não vivemos apenas um regime militar, pois toda a história deste país, desde a queda do império até os dias de hoje, é marcada pela intervenção das forças armadas.

Existe alguma saída de curto prazo além das forças armadas?

Hoje o EB – que me perdoem as várias exceções – é apenas uma instituição calcada no funcionalismo público, aliada a um treinamento semi-militar. Não se poderia esperar nada mais do que isso, afinal. A educação “progressista” brasileira fez as novas gerações abominarem o regime brasileiro, o regime mais brando da história, e os militares, vergonhosos de serem militares, se tornaram verdadeiros guardiões do ideal democrático.

O único erro dos milicos foi de fechar os olhos para o modelo totalitário do petismo, submetido à países e ideologias estrangeiras.

É preciso entender o seguinte: não há espaço, na sociedade atual, para uma reivindicação da intervenção militar. Na década de 1960 tínhamos amplos setores da sociedade civil, grupos da Igreja Católica, o próprio Exército. O que temos, hoje?

Vamos aos fatos:
1. Executivo corrompido diretamente pelo PT
2. Legislativo comprado pelo PT
3. Judiciário, 8 dos 11 ministros do STF foram indicados pelo PT
4. Escândalos crescentes de corrupção
5. Caos econômico e instabilidade política

Por favor, não vamos discutir políticas e filosofias pão com ovo, vamos ser práticos e objetivos, além das forças armadas que é a única instituição intocada pelo PT, quais outras alternativas nós temos?
Além do mais, já adianto que sou jovem e meu conhecimento acerca de política e afins é limitado (Básico), não entendo de estratégias políticas e nada do tipo, quero aproveitar e por em discussão os prós e contras de um novo regime militar.