Eu estava em um tentativa insana de cair no sono quando tive um insight para este texto. Estava pensando na Igreja e nas minhas palavras sobre uma pequena conversa online com alguns amigos cristãos. Um protestante, colunista deste portal católico, de nome Sávio, fez um post acerca da vontade comum de todo jovem de se auto declarar a respeito de alguma ideologia. É nítido que passei a mensagem de que o desejo do homem, ainda mais na juventude, é de se auto afirmar perante os outros, defender uma ideologia, quaisquer que fosse – por isso a facilidade do jovem ser seduzido pelos mais variados absurdos.
É verdade, ainda sou um jovem. Dos meus dez aos doze anos, eu era seduzido pela vontade de integrar uma loja maçônica (ainda tive certos devaneios mais a frente). Dos meus quinze aos dezenove, mergulhei no profundo ateísmo. Não sei bem as razões, até porque sempre fui educado em colégio católico. Contudo, em minha concepção – e apesar de mais alguns pequenos casos de tentativas de devaneios revolucionários – sempre fui um conservador.
Ah! E quanto ao ateísmo? Abandonei meu conservadorismo ateu quando percebi (já na altura dos dezenove anos) que ele era por si só insustentável. O que sustentaria a defesa de alguns valores em detrimento de outros? Conservadorismo sem cristianismo resulta em toda a infinidade de relativismos. Como conservador ateu, não havia nada a verdadeiramente defender. Mas eu tinha escolhido os valores judaico-cristãos! Eu tinha escolhido a Cristandade.
Eu gostaria de falar um pouco de C. S. Lewis, um protestante brilhante em defesa da lei moral e de Cristo. Mas, farei melhor. Postarei algumas citações de Lewis presentes no livroO Cristianismo Puro e Simples (Martins Fontes, 2013, 4ª ed.) para dar uma explicação mais compreensível.
(…) apesar de haver diferenças entre as ideias morais de certa época ou país e as de outros tempos e lugares, essas diferenças, na realidade, não são muito grandes – nem de longe são tão importantes quanto a maioria das pessoas imagina -, e, assim, podemos reconhecer a mesma lei [moral] dentro de todas elas; ao passo que as meras convenções, como o sentido do trânsito ou os tipos de vestimenta, diferem largamente. [...]
Se um conjunto de ideias morais não fosse melhor do que outro, não haveria sentido em preferir a moral civilizada à moral bárbara, ou a moral cristã à moral nazista. (…) Pois muito bem. No momento em que você diz que um conjunto de ideias morais é superior a outro, está na verdade medindo-os ambos a um padrão e afirmando que um deles é mais conforme a esse padrão que o outro. (…) Você está, na realidade, comparando as duas coisas como uma Moral Verdadeira e admitindo que se pode chamar algo denominado O Certo, independente do que as pessoas pensam;
Pois bem. Aqui retorno!
Para este insight, também me veio na mente uma notícia de que transexuais procuram/procuravam na justiça o “direito” de usar banheiros públicos femininos em shoppings. É claro que, nesta década de forte revolução cultural, ainda mais com o apoio em massa da grande mídia e de nossas faculdades, aqueles que ousem se manifestar contra são rapidamente taxados de “religiosos alienados, totalitaristas e arcaicos”. Nossos socialistas marxistas, por assim dizer, são os anjos de nossa sociedade (as faculdades de história rapidamente passam as mãos em cima da cabeça dos nossos queridos comunistas!)
Mas o ponto, ao qual eu gostaria de expor aos meus poucos leitores, é partilhar a ideia de que vivemos no final dos tempos. Talvez não perto do Juízo divino, mas definitivamente perto da derrocada de nossa civilização. E a razão está nos valores morais.
O homem, que em décadas passadas, “passasse a ideia de ser uma mulher em um corpo errado”, seria imediatamente enviado para uma clínica psiquiátrica. Mas não! Em nossa sociedade, é um completo absurdo por os pontos nos ís. Parece que o cidadão possui o desejo inalienável de exigir, por parte do Estado, que ele realize seus mais estúpidos desejos, parece que ele possui o desejo inalienável de ser o que deseje ser! Esse é o lema do feminismo.
O Brasil, portanto, há muito vem se distanciado de sua identidade cristã. Quantos brasileiros já foram fieis aos mandamentos de Nosso Senhor e hoje se curvam às novas regras dos revolucionários? A Igreja de Cristo não negocia com o mundo. O “casamento” gay, por exemplo, é reverenciada em nossa cultura de massa e alicerçada em um ideal pífio de liberdade. A notícia do “casamento” gay de uma Pastora! (de onde partem essas alucinações?) no Brasil virou manchete no portal do Globo.com, ou ainda quando a mídia, que procura em uma palha uma atitude revolucionária do Papa Francisco.
O anseio, na verdade, é sempre o mesmo. Proporcionar uma revolução cultural sem precedentes ocorrendo debaixo dos narizes cristãos. O que desejam os senhores do Brasil? O totalitarismo comunista (e sua centena de milhões de mortos nos dois últimos séculos) ou a Cristo? “Se você embarcar no trem errado, não adianta correr pelo corredor na direção oposta” já dizia Dietrich Bonhoeffer.
Você que não vê nada demais no casamento gay ou no feminismo, lembrem-se! A pedofilia, o incesto e a zoofilia são as próximas bandeiras da modernidade. E quando elas chegarem com força nas mídias de massa? A quem você vai recorrer? Aos valores morais que Cristo nos deixou? Mas e se eles já tivessem sido extinguidos? Que valores poderão condenar a pedofilia? (O pior dos crimes aqui apresentados).
Amém!
Escrito por John Ford Braüner. Portal Conservador.
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