Escravidão – Portal Conservador http://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Sat, 27 Aug 2016 23:41:30 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.6.1 65453639 O Dia da Consciência Negra e o senhor de escravos….Zumbi! http://portalconservador.com/o-dia-da-consciencia-negra-e-o-senhor-de-escravos-zumbi/ http://portalconservador.com/o-dia-da-consciencia-negra-e-o-senhor-de-escravos-zumbi/#respond Fri, 20 Nov 2015 16:18:32 +0000 http://portalconservador.com/?p=2681 read more →]]> Hoje é dia 20 de novembro. Para aqueles que não sabem, esse dia foi instituído como sendo o Dia Nacional da Consciência Negra pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, no calendário escolar brasileiro. A Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, instituiu o dia 20 de novembro como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. A data foi assim designada porque, de acordo com o governo, o líder negro Zumbi dos Palmares, rei do Quilombo dos Palmares, foi morto no dia 20 de novembro de 1695. Mas quem é Zumbi dos Palmares?

As ONGs procuram mitificar a história do Quilombo dos Palmares e de seu representante Zumbi, apresentando o primeiro como um refúgio de liberdade do negro perseguido e o segundo como herói nacional. A realidade histórica, entretanto, difere bastante dessas criações legendárias. O referido quilombo, longe de servir como refúgio, espalhava terror, mesmo entre muitos negros.

José de Souza Martins denuncia a mistificação do Quilombo dos Palmares ao denunciar a existência da escravidão dentro dele: Os escravos que se recusavam a fugir das fazendas e ir para os quilombos eram capturados e convertidos em cativos dos quilombos. A luta de Palmares não era contra a iniquidade desumanizadora da escravidão. Era apenas recusa da escravidão própria, mas não da escravidão alheia. As etnias de que procederam os escravos negros do Brasil praticavam e praticam a escravidão ainda hoje, na África. Não raro capturavam seus iguais para vendê-los aos traficantes. Ainda o fazem. Não faz muito tempo, os bantos, do mesmo grupo linguístico de que procede Zumbi, foram denunciados na ONU por escravizarem pigmeus nos Camarões[1]

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Um fato meticulosamente mantido fora dos registros históricos oficiais é o de que Zumbi dos Palmares [pintura acima] enviava esquadrões de ataque para fazendas vizinhas não com o intuito de libertar seus irmãos negros do jugo escravista, mas para roubar escravos dos senhores de terra em seu próprio proveito. Sim, Zumbi dos Palmares foi um dos maiores senhores escravistas de seu tempo. E não se engane: aqueles que ousavam fugir do “paraíso” quilombola de Palmares eram perseguidos por experientes capitães-do-mato e, uma vez recapturados, eram torturados e mortos em praça pública — menos de 100 anos depois, algo semelhante foi conduzido em Paris durante a Revolução Francesa, período conhecido como “O Terror”.

Ora, a ascensão dele se deu após o assassinato do tio: “Depois de feitas as pazes em 1678, os negros mataram o rei Ganga-Zumba, envenenando-o, e Zumbi assumiu o governo e o comando-em-chefe do Quilombo”. Zumbi rompeu as pazes e espalhou o terror. Tais eram as devastações que os quilombolas espalhavam em torno de si que a pedido da população circunvizinha foram organizadas as expedições armadas das quais resultou a sua destruição de Palmares.

Décio Freitas, autor do livro Palmares – A Guerra dos Escravos, em entrevista para a “Folha de S. Paulo”, confessou que depois das pesquisas, ele tem hoje uma visão diferente do líder negro Zumbi. ‘Acho que, se ele tivesse sido menos radical e mais diplomático, como foi seu tio Ganga-Zumba, teria possivelmente alterado os rumos da escravidão no Brasil.’’ Zumbi não tinha pretensões de libertar os escravos – maior mercadoria da África – e mantinha os costumes ali vigentes pelos quais algumas etnias escravizavam os seus inimigos. Os portugueses, na maior parte das vezes, não capturavam os escravos, mas os compravam das tribos africanas. Zumbi mantinha escravos de tribos inimigas para os mais variados trabalhos no quilombo.

Leandro Narloch argumenta ainda que o Quilombo dos Palmares reproduzia uma rígida hierarquia africana, com servos e escravos.  Além disso, outros negros não eram diferentes.. “o sonho dos escravos era ter escravos”. Na sociedade Brasileira, tanto na colônia quanto no Império, ter escravos era sinal de prestígio social, logo esse era o principal objetivo de um negro liberto. Assim como foi o caso da famosa Chica da Silva que tinha diversos escravos e não hesitava em castigá-los. Aos poucos a miscigenação também criou uma classe de senhores de escravos mulatos e pardos, enfraquecendo a ideia que se tem do senhor exclusivamente branco e de dezenas de escravos sofridos ao redor da casa grande. [3]

 

Referências

[1] José de Souza Martins, Divisões Perigosas, Ed. Civilização Brasileira, Rio, 2007, p. 99

[2] Edison Carneiro, O Quilombo dos Palmares, Ed. Civilização Brasileira, 3a ed., Rio, 1966, p. 35

[3] Leandro Narloch, Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, Rio, 2009, p. 88

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10 raras fotografias de escravos brasileiros feitas 150 anos atrás http://portalconservador.com/10-raras-fotografias-de-escravos-brasileiros-feitas-150-anos-atras/ http://portalconservador.com/10-raras-fotografias-de-escravos-brasileiros-feitas-150-anos-atras/#respond Wed, 01 Apr 2015 14:41:52 +0000 http://portalconservador.com/?p=2518 read more →]]> Esta publicação é uma pérola, verdadeira uma raridade, creio que todos os brasileiros deveriam ter conhecimento disso. Quando estudamos a escravidão no ambiente escolar não estamos habituados a ver imagens reais de escravos do Brasil. A fotografia é um elemento que aproxima o leitor da realidade, e por conta disso, é muito importante estabelecer este tipo de contato na hora de aprender sobre algum tema.

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Quitandeiras em rua do Rio de Janeiro, 1875 (Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles).

Uma vez que o Imperador Pedro II era um entusiasta da fotografia, o Brasil se tornou um ambiente favorável à prática da fotografia muito cedo. Durante a segunda metade do século XIX diversos fotógrafos, alguns patrocinados pela Coroa, fizeram valiosos registros da realidade vivida no país. As imagens abaixo são do acervo do Instituto Moreira Salles, algumas delas foram feitas há mais de 150 anos. A qualidade do material, tanto no sentido gráfico quanto em detalhes de comentários nas suas legendas, impressiona e aproxima aqueles que querem entender o cenário escravocrata brasileiro. Elas datam entre 1860 e 1885, período em que movimento abolicionista tomou maiores proporções. São registros muitas vezes idealizados, de tom artístico, se assemelhando às pinturas da época. Diferente de alguns casos de propaganda abolicionista nos Estados Unidos, o objetivo dessas fotos não é denunciar barbaridades.

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Lavagem do ouro, Minas Gerais, 1880. (Foto: Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles).

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Escravos na colheita de café, Vale do Paraíba, 1882 (Marc Ferrez/Colección Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles).

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Senhora na liteira (uma espécie de “cadeira portátil”) com dois escravos, Bahia, 1860 (Acervo Instituto Moreira Salles).

Negra com uma criança branca nas costas, Bahia, 1870. (Acervo Instituto Moreira Salles).

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Foto da Fazenda Quititi, no Rio de Janeiro, 1865. Observe o impressionante contraste entre a criança branca com seu brinquedo e os pequenos escravos descalços aos farrapos (Georges Leuzinger/Acervo Instituto Moreira Salles).

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Primeira foto do trabalho no interior de uma mina de ouro, 1888, Minas Gerais. (Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles).

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A Glória, vista do Passeio Público, Rio de Janeiro, 1861 (Revert Henrique Klumb/Acervo Instituto Moreira Salles).

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Escravos na colheita do café, Rio de Janeiro, 1882 (Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles).

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Negra com o filho, Salvador, em 1884 (Marc Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles).

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