multiculturalismo – Portal Conservador https://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Fri, 29 Jul 2016 13:38:52 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.3.4 65453639 Muhammad Ali: o ocaso das estrelas https://portalconservador.com/muhammad-ali-o-ocaso-das-estrelas/ https://portalconservador.com/muhammad-ali-o-ocaso-das-estrelas/#respond Sun, 05 Jun 2016 14:33:15 +0000 http://portalconservador.com/?p=2895 read more →]]> Muhammad Ali foi provavelmente o maior boxeador de todos os tempos, com uma técnica até hoje, literalmente, imbatível: enquanto todos os boxeadores ocidentais lutavam para força e robustez, Cassius Clay (seu nome de batismo) se esforçava pela agilidade e rapidez, características consideradas secundárias num esporte de contato absoluto.

Se especializando no aparentemente periférico, trazendo o que aparentava ser auxiliar para o cerne de sua técnica, Muhammad Ali foi quase imbatível (perdeu apenas 5 lutas em sua carreira). Mais: assim como gênios do quilate de Ayrton Senna, Pelé, Michael Jordan, Eddy Merckx, Anderson Silva, Mireya Luis ou Sebastien Loeb, mudou o próprio esporte, fazendo com que as pessoas parassem de assisti-lo assim que estes saíam de cena.

A técnica inesperada transformava qualquer grande adversário numa isca fácil. Era impossível lutar contra Ali pela técnica tradicional (lição que Bruce Lee não cansou de explicar em seus livros e ensinamentos em vida). Para conseguir bater em Ali – simplesmente acertá-lo – era preciso reestudar completamente o que se aprende em academias de boxe.

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Para conseguir vencê-lo, não se treinava boxe: treinava-se Ali. Ele estava fora de todas as regras do esperado. Ou alguém se preparava para lutar contra Ali ou para lutar boxe. Os dois eram quase mutuamente excludentes. Sua técnica de defesa só conseguiu ser superada pelo argentino Nicolino Locche, “O intocável”, que não tinha grandes outras virtudes além da esquiva. Em feliz expressão do título de sua auto-biografia, Muhammad Ali era uma borboleta numa terra de lagartas. Ninguém esperaria que o melhor boxeador do mundo, afinal, pudesse ser comparado a uma delicada borboleta, e fosse o melhor por isso.

Tendo o auge de sua carreira nos emotivos anos 60, quando o mundo guinava tanto para a esquerda que a crença total do Ocidente não era mais se o comunismo seria uma realidade, mas quando o mundo inteiro iria ser tomado pela potência soviética, Cassius Clay sofreu no meio daquela década a mudança que o marcaria fora dos ringues: sua conversão ao islamismo. Ainda “fora de moda” no Ocidente, ou ao menos longe do centro dos noticiários, sua conversão, após lutar na África, foi dada como mera excentricidade quase estética. Algo como ter um amigo budista ou que acredita em tarô.

Já com o nome que o imortalizou, Muhammad Ali foi um dos maiores ícones daquilo que marcaria a torção do discurso e método da esquerda mundial: a mudança do eixo econômico do discurso para a questão das “minorias”, com forte verniz vitimista, que permitia e permite que até os mais abastados pelo capitalismo e os trabalhadores que mais enriqueciam com seus esforços, protegidos da Cortina de Ferro pela liberdade e mercado ocidentais, se sentissem vítimas de alguma grande injustiça social fomentada pelo pensamento tradicional.

Era a gênese de discursos como a luta anti-racismo, que trocava os elementos da luta de classes por questões estéticas e igualmente secundárias na organização social. Muhammad Ali passou a ser o garoto-propaganda do grupo terrorista Black Panthers, tendo inclusive feito um dos discursos mais famosos dos Panteras Negras como convidado especial.

Se a mudança de eixo mudou o mundo na década de 60 e quase mudou o Ocidente, pode-se dizer que a luta de Ali fora dos ringues logrou êxito sobretudo nesta década de sua morte. Hoje, o discurso progressista deixou de ser uma massa de operários guiada por líderes sindicais, preferindo circundar celebridades capazes de angariar jovens e qualquer pessoa com uma frustração que sirva como causa de revolta para se tornarem a nova infantaria revolucionária.

Muhammad Ali, um dos maiores esportistas do século XX e, o que é mais significativo, um dos maiores ícones americanos de um esporte com grande platéia americana, lutou com corpo e alma, literalmente, contra tudo o que a América, que lhe deu tudo, representa. Sem o poderio americano, a imprensa, o incentivo ao lazer como segundo motor econômico graças à poupança e ao acúmulo, sem a enorme industrialização americana que permitia que o país se dedicasse a atividades simbólicas, nada do que Ali era poderia ter acontecido. Na mais normal das hipóteses, seria um varredor de rua sem instrução. Na melhor, viraria um escravo do regime, como são os grandes esportistas vivendo sob o socialismo.

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O esporte, na América que Muhammad Ali tanto se sentia desconfortável, movimentava a economia e dava oportunidades (e faculdades) a quem não conseguiria pagá-las de outra forma. Não era um culto neopagão ao corpo aliado à propaganda, como no caso socialista (ver A Origem Desportiva do Estado, de Ortega y Gasset, o Homo ludens de Johan Huizinga ou The KGB Plays Chess, de Yuri Felshtinsky e Boris Gulko). Era o que permitia Ali a ter suas crises espirituais, tão dependentes do tédio – aquilo que já foi spleen, já foi existencialismo, já foi náusea, já foi queda e se tornou -ismo adolescente.

Muhammad Ali buscou no islamismo a solução para seu vazio espiritual. O próprio nome que escolheu deixa antever a mentalidade do desajustamento moderno: sobretudo jovens que não “se encontram” nos padrões da sociedade, ao invés de viverem fora de uma infantil expectativa de aceitação, preferem um modelo de sociedade ou espiritualidade onde todos são iguais e homogêneos, crendo que igualdade e justiça se equivalem, que todos os desajustes são abolidos na submissão completa a um molde único universal. Quantos Muhammads e quantos Alis o islamismo produziu no mundo?

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É o contra-fluxo quase inescapável da era da celebridade: alçadas ao estrelato por um talento específico, muitas vezes grandioso (no caso de esportistas, quase inegável), pessoas sem um estofo espiritual e intelectual para suas vidas apelam a ideologias e ícones pregadores para cobrir um rombo de solidez de personalidade.

Quando a celebridade ainda possui algum ranço social capaz de dar pasto ao vitimismo e à mentalidade revolucionária total, a festa é completa: Muhammad Ali era negro num estado sulista rural, como outros podem sentir uma “pressão” por estar fora de algum padrão: ser mulher, ser gay, não ser filho de Donald Trump.

O novo modelo de mentalidade revolucionária permite unir a bela vida nas sociedades cristãs e capitalistas do Ocidente, com toda a pompa de uma Quinta Avenida e a liberdade de expressão para criticar as bases civilizacionais em Washington e ainda ser louvado e convidado à Casa Branca por isso, sem os inconvenientes de ser mesmo um perseguido ou um sofredor nas mãos de tiranos, flagelo da pobreza ou tentar ter uma vida minimamente confortável sem tudo aquilo que o capitalismo produziu, a começar pela comida farta.

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Muhammad Ali foi o molde a celebridade envolvida com política do século XX, que ganhou tanta rapidez em sua ascensão no reino das redes do século XXI: alguém com issues, pessoas com algum (ou extremo) talento, um carisma muito peculiar (o wit de Ali dificilmente se coadunaria com qualquer muçulmano no mundo) e uma vontade de mudar o mundo, desde que haja uma boa platéia.

Sempre pedem clichês, da igualdade ao respeito, da luta racial ao feminismo e ao multiculturalismo. Não mais enxergam a ordem social pelo prisma de uma lei para todos (uma criação que não foi de nenhuma das “minorias” defendidas), mas querem tomar o lugar de quem criou esta ordem. Muhammad Ali ele próprio declarava sem parar sua vontade de escorraçar “os brancos” do establishment e transformar seus cupinchas no próprio establishment.

Curiosamente, o belíssimo filme Ali teve como protagonista o não menos genial Will Smith interpretando o boxeador. Will Smith ele próprio não costuma perceber a grandeza de suas obras, como a do filme À Procura da Felicidade, em que, no papel de Chris Gardner, interpreta um representante comercial que vai à falência, dorme no metrô, tem de sair correndo de um estágio não remunerado para conseguir vaga em um abrigo para moradores de rua com seu filho – tudo para, com seu próprio talento, se tornar um dos investidores de maior sucesso na gloriosa história americana.

Chega a chocar ver um ator tão brilhante, fazendo uma história tão sensível, se submetendo aos flertes com a cientologia e protagonizando um show de vitimismo barato com o último Oscar, que não teve indicação de atores negros.

Assim também foi Muhammad Ali: um gênio dos esportes que, numa era de celebridades palpiteiras, tentou ser um símbolo de uma luta que ia contra tudo o que ele próprio era. Concretizando seu islamismo sufista e o terrorismo Black Panther (homenageado no último Super Bowl, embora Marcelo Rubens Paiva nada tenha entendido e tenha até encontrado um “racismo branco” ali), a América seria um país completamente diferente.

Não um país melhor, como crêem os socialistas seguidores de celebridades, modismos e -ismos do século XXI: seria um país em que nunca poderíamos render loas ao talento dentro do ringue de Muhammad Ali.


Escrito por Flavio Morgenstern. Publicado no Senso Incomum.org.

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A Conquista do Reino Unido pelo Islã https://portalconservador.com/a-conquista-do-reino-unido-pelo-isla/ https://portalconservador.com/a-conquista-do-reino-unido-pelo-isla/#respond Tue, 10 May 2016 01:49:27 +0000 http://portalconservador.com/?p=2866 read more →]]> Dois dias após os eleitores de Londres terem escolhido o primeiro prefeito muçulmano da capital inglesa, Sadiq Khan (foto), a cidade amanheceu com centenas de seus famosos ônibus vermelhos de dois andares exibindo a inscrição Subhan’Allah, que significa Glória a Alá. Oficialmente trata-se de uma campanha de uma das inúmeras entidades de caridade muçulmana destinada a angariar fundos para o Ramadã na Síria e para, nas palavras dos dirigentes dessa entidade, promover uma imagem positiva do islã. A entidade em questão, Islamic Relief, teve suas contas no HSBC britânico fechadas por suspeita de que os recursos arrecadados em doações são desviados para grupos e atividades terroristas.

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A campanha na verdade é mais uma ação de imposição da cultura e valores islâmicos contra uma sociedade que decidiu, por obra de engenharia social levada a cabo pela esquerda marxista, abrir mão do legado cultural e religioso que formou sua civilização e se submeter passivamente a uma outra cultura em nome do multiculturalismo. E Londres elegeu um prefeito muçulmano porque a maioria dos eleitores e dos habitantes da cidade não são mais britânicos e sim muçulmanos de primeira, segunda ou terceira geração que adentraram ao país não para absorver sua cultura, mas sim para destrui-la e impor a sua própria.

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Os muçulmanos lograram êxito nesse seu intento graças ao apoio ostensivo da esquerda local, inclusive do Partido Trabalhista Britânico, que já teve como líder um certo Tony Blair, grande amigo e companheiro de armas de Fernando Henrique Cardoso no campo da socialdemocracia. O mesmo partido que desde o ano passado tem um novo líder, Jeremy Corbyn, um líder sindical de perfil radical que, se fosse comparado a um brasileiro, se assemelharia e muito ao falecido dirigente do PSOL Plínio de Arruda Sampaio. Corbyn já declarou explicitamente que ele considera o grupo terrorista Hamas e o suposto povo palestino os verdadeiros amigos dos britânicos. Afirmou também que se os trabalhistas vencerem as próximas eleições gerais britânicas e ele se tornar primeiro-ministro, uma de suas medidas será retirar a Inglaterra da OTAN e endurecer as relações com Israel.

No caso da campanha muçulmana nos ônibus londrinos, e que também está sendo feita no transporte público das cidades de Manchester, Leicester, Birmingham e Bradford, não se viu até agora nenhum dos defensores do laicismo do estado dizer uma única palavra. Se fosse uma campanha cristã ou judaica trazendo dizeres como Glória a Jesus ou Glória a Deus, seguramente essas mesmas sacripantas do laicismo estariam protestando em nome desse laicismo, e temperando seus relinchos com a alegação de uma possível ofensa aos muçulmanos. Mas diante da campanha muçulmana no transporte público da cidade, as sacripantas laicistas se calarão.

E se calarão por que o discurso da laicidade do estado no ocidente sempre serviu apenas para ocultar a intenção de combater e atacar os fundamentos morais e éticos judaico-cristãos que formaram a civilização ocidental. Não foi e não é por outra razão que a esquerda marxista abraça o laicismo quando diz respeito a símbolos e expressões que expressam esses fundamentos, mas se cala quando diz respeito ao islã. Pois a rigor, para a esquerda,  seja ela a esquerda socialdemocrata supersoft ou a esquerda mais radical,  pouco importa se o estado é laico ou não, pois essa não é a questão.

A questão para a esquerda não é se o estado é ou não laico:  The issue never is the issue, como ensinou Saul Alinsky, que provavelmente foi um dos primeiros a perceber isso. A questão é procurar todas as formas para atacar, solapar e destruir a civilização do ocidente, pois a esquerda a odeia. E esse ódio não teve início com Karl Marx, mas bem antes, ainda no final do século dezoito, por meio de uma insurgência anticristã que deu origem a primeira, e felizmente efêmera, ditadura do mundo moderno. Um ditadura que foi erigida em nome da liberdade, igualdade e fraternidade.

Escrito por Paulo Eneas. Blog pessoal.

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O que a imprensa brasileira não vai te contar sobre a crise de refugiados na Alemanha https://portalconservador.com/o-que-a-imprensa-brasileira-nao-vai-te-contar-sobre-a-crise-de-refugiados-na-alemanha/ https://portalconservador.com/o-que-a-imprensa-brasileira-nao-vai-te-contar-sobre-a-crise-de-refugiados-na-alemanha/#respond Thu, 14 Jan 2016 01:23:05 +0000 http://portalconservador.com/?p=2730 read more →]]>

O que a imprensa bananeira não vai te contar sobre os desdobramentos da crise dos refugiados na Alemanha:

– Segundo o Bild, o jornal não-asiático mais vendido do mundo, a polícia foi orientada a não reportar ou dar publicidade aos crimes cometidos por refugiados para não deixar que o problema seja “instrumentalizado pela extrema-direita”. Você leu corretamente, a polícia alemã está sendo acusada de esconder a vastidão dos crimes há meses por motivação política do governo Merkel. Outras agências de notícias também reportaram a operação-abafa das autoridades policiais da Alemanha.

– A Alemanha recebeu em 2015 o número recorde de 1,1 milhão de refugiados, o maior contingente na Europa e cinco vezes mais do que o pais recebeu no ano anterior.

– Refugiados estão sendo atraídos por quadrilhas locais para cometer assaltos, traficar drogas, entre outros crimes. O problema é ainda maior do que parece. O jornal diz que alguns refugiados começam a cometer crimes assim que entraram no país.

– Um crime comum é o roubo de celulares, muito populares entre os próprios refugiados. Há um mercado negro enorme de celulares roubados entre eles.

– Autoridades alemãs estimam que serão gastos 17 bilhões de euros este ano pelo governo com refugiados no país.

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Angela Merkel, que aparece na foto do post fazendo selfies com refugiados, está sob fogo cruzado de ambos os lados da política do país. A esquerda critica Merkel por suas declarações abstratas contra o multiculturalismo, a direita reclama da frouxidão das regras de imigração e da lentidão para deportar criminosos.

– A prefeita de Colônia, cidade onde houve mais registros de crimes na noite de Ano Novo, declarou que vai publicar nos próximos dias um “código de conduta” para as mulheres da cidade, como se a culpa de “provocar” os estupros fosse delas. É a assimilação de idéias nada ocidentais que tratam mulheres como cidadãs de segunda classe e responsáveis pelos crimes que os homens cometem, como as esposas de maridos adúlteros que são apedrejadas em praça pública. Há países em que o testemunho de uma mulher num tribunal não é sequer levado em conta.

– No último sábado, a polícia de Colônia dispersou com jatos de água uma manifestação de mais de mil pessoas que protestavam contra Merkel e os “rapefugees”, um neologismo que junta “rape” (estupro) e “refugees” (refugiados).

– A esquerda da cidade também protestou, classificando a reação contra os refugiados de “nazista”. Segundo relatos dos manifestantes, a polícia da cidade de Colônia estaria sem saber o que fazer e que não “ousava tocar” em refugiados para não ser classificada de racista.

Podem anotar: os problemas mal começaram. A politização dos crimes cometidos por imigrantes na Alemanha promete ser o maior de todos os crimes.

– “Menina palestina que chorou na frente de Ângela Merkel quer que Israel desapareça” http://on.fb.me/1HZEFMU

– “A Europa está sendo estuprada. E não é uma metáfora.” http://on.fb.me/1PIwSGA

– “O que pensava o Aiatolá Ruhollah Khomeini (1902-1989), líder máximo da Revolução Iraniana de 1979” http://on.fb.me/1JD0upK

Escrito por Alexandre Borges.

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