Os comerciantes de Paraguaçu estão acostumados com o fenômeno da inadimplência, ou seja: as pessoas que compram e não pagam, que combinam e não cumprem, ou que alugam um imóvel e não pagam aluguel, em suma, as pessoas que deixam de honrar as dívidas contraídas. Para entender como essa grande inimiga do comércio age, de onde veio, e como funciona, é preciso olhar um pouco para a história contemporânea.
Antes do séc.XX, vigorava a civilização cristã, para a qual a palavra dada e a honra pessoal eram a base de todo o sistema de livre-mercado que ficou conhecido como capitalismo. No entanto, em 1917, com o advento da União Soviética e da ignominiosa revolução bolchevista, a sociedade que antes se baseava na ética e no valor – a meritocracia – foi sendo substituída pela sociedade baseada no roubo e na extorsão – a cleptocracia.
Bem demonstra este processo o livro O melhor inimigo que o dinheiro pode comprar, no qual o historiador britânico Anthony C. Sutton provou que a revolução soviética foi financiada com dinheiro de Wall Street, com vistas à obtenção de controle social. A coisa funciona assim: acelera-se a queda do capitalismo sobrecarregando a sociedade com uma burocracia sem fim, ao mesmo tempo em que se fomenta o endividamento de todas as empresas, para quebrar a economia e implantar com isso a opção totalitária socialista, na qual o poder é exercido por uma minoria de cleptocratas.
Assim, pode-se deduzir de que o projeto socialista, para dar certo, precisa que todas as pessoas físicas e jurídicas sejam/estejam lançadas à inadimplência, porque daí vem a alternativa socialista para impor seu regime à sociedade em caos. É fácil ver como certos governos incentivam isso.
O Presidente norte americano Bill Clinton (1992-2000), socialista confesso, criou as bases para que os bancos dos EUA emprestassem dinheiro a pessoas sem capacidade de pagar, apenas para gerar a crise monumental que teve seu ápice com a eleição de Barack Obama, também do partido democrata. Com isso garantiu mais 8 anos de governo para seu amigo socialista Barack Obama.
No Brasil, o maior exemplo disso é o “Bolsa-família”, que também foi projetado para quebrar a economia, ou seja, as pessoas só recebem à custa do estado sem ter que prestar nenhuma contrapartida e não querem pagar ninguém, porque sabe que sempre irá receber dinheiro do estado sem ter que fazer nada, por isso não há problema algum se o nome “ficar sujo”. Outro exemplo são os “manifestantes” do passe livre que querem adquirir as coisas sem pagar, só receber sem pagar, exigindo cada vez mais do estado que vai ficando cada vez mais exaurido.
Assim fica fácil deduzir de onde vem a onda de estelionatários, que emitem cheques sem fundo no comércio local, assim como as pessoas que compram e não pagam: o governo brasileiro é o maior de todos os devedores, com dívida total em torno de R$3 trilhões, pois o Sr. Lula da Silva conseguiu triplicar a dívida externa! Para tirar os 30 milhões da miséria (sic!) não foi com crescimento, mas com dívida.
Os governantes estão a dar este exemplo para as pessoas, e o mal da inadimplência só tem uma solução: o retorno aos valores cristãos que estão na base tanto da revolução industrial inglesa, da formação da constituição dos EUA e no desenvolvimento da moderna sociedade industrial que hoje temos. A ética, a honra, o cumprir com a palavra e com o combinado verbalmente é coisa de homens de caráter, e de caráter cristão.
Como dito em Gênesis, cap.20, versículo um dos 10 mandamentos da lei mosaica é a “Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o servo, nem sua versa, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” e “não proferirás falso testemunho contra o teu próximo . O estelionatário, o devedor, o inadimplente ofende diretamente esses dois mandamentos da Lei Mosaica, que está na base da ética judaico-cristã: para obter a vantagem ilícita, o caloteiro sempre faz uso de mentiras, subterfúgios e enganações.
O tipo mais cínico e despudorado de golpe na praça tem relação direta com os dados históricos acima discutidos: trata-se de um grupo de delinquentes auto-intitulados “Fora do Eixo”. Trata-se de uma trupe de golpistas que se dizem músicos e artistas, mas que na verdade são tão somente eestelionatários. Eles tiveram a cara de pau de inventar um “dinheiro de mentirinha”, chamado “cubo card”, o qual usam para “pagar” por serviços de alimentação e hospedagem que consomem em diversas cidades. Os proprietários, quando enganados, nunca veem a cor do dinheiro de verdade, como é o caso de José Ignácio Lima, dono de um restaurante em Cuiabá, que foi lesado inicialmente em R$21 mil reais, ou quase 2 mil refeições. A dívida hoje já foi reconhecida pela justiça e está em torno de R$60mil, devido ao tempo transcorrido. Para piorar, já foi constatado por meio de depoimentos de ex-integrantes do grupo Fora do eixo que lá se usa trabalho escravo de jovens desavisados com vistas a divulgar as ações do grupo, o qual conta com vastos recursos de verbas governamentais, obtidos por meio do relacionamento de seu fundador Pablo Capilé com o todo-poderoso agente cubano José Dirceu, apontado pelo STF como o chefe da quadrilha do Mensalão.
Vê-se que o próprio estado, quando não é o maior caloteiro – vide o caso dos velhinhos que morrem nas filas à espera do recebimento de precatórios judiciais do INSS – é o maior incentivador da inadimplência. Incentiva diretamente, por meio do financiamento a grupos de caloteiros, como Fora do Eixo, MST e UNE, e indiretamente, proibindo a expressão pública e o ensino da religião cristã nas escolas, que o único remédio contra o mau-caratismo dos caloteiros, pois ensina o valor da ética.
É sempre bom pensar de forma ampla e sem preconceitos para localizar de onde vêm os problemas eu nos afligem diariamente, como é o caso da inadimplência no comércio, pois muitas vezes o problema se localiza onde menos esperamos.
No caso da inadimplência, embora seja fácil provar que advém das ideias utópicas revolucionárias do séc.XX, a coisa toda é escondida com muito esforço pelos veículos midiáticos controlados pelo governo. Na dúvida, é sempre bom receber à vista, ou seja, acreditar nas raízes da civilização judaico-cristã do que nas conversinhas furadas da gente que idolatra o assassino Che Guevara, ou seja: são as ideias socialistas que geram a inadimplência na sociedade contemporânea.
Escrito por Dr. Dante Mantovani. Portal Conservador.
0 Comments