lobby muçulmano – Portal Conservador http://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Sat, 27 Aug 2016 23:41:30 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.6.1 65453639 Países cristãos que acolhem ‘refugiados’ muçulmanos; mas recusam cristãos http://portalconservador.com/paises-cristaos-que-acolhem-refugiados-muculmanos-mas-recusam-cristaos/ http://portalconservador.com/paises-cristaos-que-acolhem-refugiados-muculmanos-mas-recusam-cristaos/#respond Wed, 23 Sep 2015 11:00:33 +0000 http://portalconservador.com/?p=2512 read more →]]> O cristianismo é persona non grata em alguns países europeus. Este parece ser o caso notadamente da Inglaterra e do palco da Revolução Francesa, a França. Ambos se comprometeram a acolher, respectivamente, 20 mil e 24 mil imigrantes. Contudo, as regras estabelecidas por ambos os governos discriminam os cristãos, que é o grupo de pessoas que mais necessita de acolhimento.

“CRISTÃOS SÃO DEIXADOS POR ÚLTIMO”. O alarme foi soado na Inglaterra pelo ex-arcebispo da Cantuária, Lord Carey, que escreveu no Telegraph: “Quem entre nós pede há meses compaixão pelas vítimas da Síria, vive uma grande frustração, porque a comunidade cristã, mais uma vez, é abandonada e deixada por último”. O primeiro-ministro David Cameron, de fato, anunciou que acolherá somente aqueles que já se encontram em um acampamento de refugiados das Nações Unidas.

DISCRIMINAÇÃO. “Mas, assim – continua o antigo primaz anglicano -, Cameron inadvertidamente discrimina as comunidades cristãs, que são as mais afetadas por esses carniceiros desumanos que se autodenominam Estado islâmico. Você não vai encontrar nenhum cristão em campos da ONU, porque eles são atacados e feitos alvos dos muçulmanos que os expulsam desses campos. Por isso, eles procuram refúgio em casas particulares e nas igrejas”.  Ao invés de discriminar os cristãos, “a Inglaterra deveria considerá-los uma prioridade, porque eles são o grupo mais vulnerável. Além disso, nós somos uma nação de origem cristã e os cristãos sírios não teriam problemas para se adaptar. Alguns não vão gostar do que eu vou dizer, mas nos últimos anos a imigração muçulmana em massa para a Europa tem sido excessiva e levou ao surgimento de guetos onde eles vivem à  margem da sociedade”.

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APELO DOS ANGLICANOS: Após a publicação deste artigo, o atual arcebispo da Cantuária, Justin Welby, falou pessoalmente do problema durante uma reunião privada com o primeiro-ministro britânico. Ele repetiu as palavras pronunciadas segunda-feira diante da Câmara dos Lordes: “Nos campos de refugiados da ONU, a radicalização e a intimidação são generalizadas. Assim, a população cristã foi forçada a fugir desses campos. Qual é a política do governo para alcançar os refugiados que não estão nos campos?”.

EXIGÊNCIAS PRECISAS. O problema da discriminação contra os cristãos no acolhimento de refugiados não acontece apenas na Grã-Bretanha, mas também na França. O especialista em Síria da Universidade de Tours, Frederic Pichon, declarou em 11 de setembro na Rádio Courtoisie: “Esta tarde, eu falei com um alto funcionário da República que trabalha no acolhimento de refugiados e ele me disse que eu poderia divulgar essa informação. Então, eu aproveito esta oportunidade para fazê-lo: há exigências específicas da parte do governo para ignorar o problema dos cristãos no Oriente”.

INÚTIL PEDIR VISTO. Em primeiro lugar, de acordo com as informações de Pichon, o motivo pelo qual “os cristãos iraquianos e sírios esperam até oito meses por um visto na sede da Embaixada da França no Líbano” é porque “o dossier sobre cada um deles é examinado por uma empresa privada de propriedade de um muçulmano sunita”. Ele continua: “É um alto funcionário, um prefeito que me revelou que ele mesmo aconselhou os cristãos a não buscar os vistos, mas tentar atravessar através da Turquia”, e depois buscar as vias ilegais percorridas por todos os outros imigrantes ilegais, “se eles quiserem arriscar a ter uma chance”.

CONTRA O REGIME. Mas o que seriam essas “exigências precisas” por parte do governo? “Segundo o que me revelou o funcionário do governo francês, o conceito é o seguinte: ‘Sírios podem ser acolhidos, mas sob a condição de que eles não sejam favoráveis ao regime [Assad]’”. Subentendido: se você é alauíta ou cristão, você é considerado pró-regime, e assim o seu visto “nunca chegará”.

TRADUTORES ÁRABES. Este não é o único problema. Falando no mesmo programa de rádio, Marc Fromager, chefe da “Aide à l’Eglise en détresse” (Ajuda à Igreja que Sofre) revelou: “Não é de hoje que eu recebo denúncias desse tipo aqui na França”. Por exemplo, os cristãos egípcios que fogem do seu país, porque são ameaçados. O caso deles está sendo tratado com a ajuda de tradutores de árabe que são quase todos muçulmanos de origem norte-Africana. Estranhamente, quase nunca acontece destes cristãos serem reconhecidos como tendo direito a asilo político e assim são rejeitados. Ao invés disso, os muçulmanos são bem-vindos com muita facilidade. Seria necessário tradutores neutros sob o plano religioso e que façam seu trabalho com isenção, porque era evidente que os cristãos egípcios se encontravam em perigo físico”.


Escrito por Leone Grotti. Temp.it. Traduzido por Gercione Lima (Fratres in Unum.com)

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O que você não sabe do jovem muçulmano preso por levar relógio em escola nos EUA http://portalconservador.com/o-que-voce-nao-sabe-do-jovem-muculmano-preso-por-levar-relogio-em-escola-nos-eua/ http://portalconservador.com/o-que-voce-nao-sabe-do-jovem-muculmano-preso-por-levar-relogio-em-escola-nos-eua/#comments Sat, 19 Sep 2015 16:06:09 +0000 http://portalconservador.com/?p=2491 read more →]]> “Menino muçulmano preso por criar um relógio e levar para a escola”. Vamos aos fatos que a imprensa não vai te contar e que tornam a história toda mal contada e estranha:

1. Ahmed Mohamed, 14 anos, muçulmano filho de sudaneses e morador da cidade de Irving, no Texas, apareceu na escola, sem avisar ninguém, com uma mala preta. Dentro da mala, uma placa-mãe, fios e outras peças eletrônicas que, para um não-especialista, poderiam perfeitamente ser confundidos com uma bomba.

2. O adolescente leva a mala para o professor de eletrônica, que pede para ele não ficar circulando com a mala pela escola. Ele desobedece o professor e leva a mala-relógio para a aula de inglês. O trabalho não foi solicitado por ninguém, o aluno fez o relógio sem avisar o professor ou pedir qualquer assistência, não era feira de ciências, nada.

3. Durante a aula de inglês, a mala começa a fazer sons e a professora se assusta, quer entender o que está acontecendo mas o rapaz não esclarece. A professora então chama a segurança da escola, que aciona a polícia.

4. Ao interrogar o estudante, a polícia relata que ele estava agressivo e não esclareceu que a mala era um relógio, o motivo de ter levado a mala para a escola ou que já havia mostrado ao professor de eletrônica. Os policiais disseram que conversaram com Ahmed e que ele se recusou a dar qualquer explicação sobre o que seriam os dispositivos dentro da mala. O rapaz acabou sendo levado para a delegacia.

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5. No Texas, fingir que está carregando uma bomba é crime previsto em lei. Qualquer cidadão que causar medo, constrangimento ou pânico ao portar uma bomba falsa está cometendo um crime. A única desconfiança dos policiais, o tempo todo, era que o rapaz estivesse querendo fazer uma pegadinha ou causar pânico com uma bomba falsa. Na delegacia, simplesmente liberaram o rapaz, que acabou não sendo acusado de nada.

6. Barack Obama adorou a história e publicamente convidou o jovem muçulmano para fazer uma visita à Casa Branca. Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, publicou um texto dando apoio ao rapaz, assim como a NASA e Hillary Clinton. O Twitter ofereceu um estágio para ele. Sua resposta foi que estava surpreendido por não acreditar que as pessoas se importassem com um jovem muçulmano. Certo.

7. A imprensa e a esquerda estão fazendo um carnaval sobre a suposta “islamofobia”. Nesse caso, todos os elementos de uma ação publicitária de marketing de guerrilha estão lá: o menino inofensivo, com jeito de nerd e amante das ciências e do saber, contra os texanos brancos, racistas, broncos, cristãos e inimigos da ciência e do conhecimento, junto com a polícia truculenta e preconceituosa.

8. Alguns fanáticos por eletrônica resolveram olhar a foto do interior da tal mala e há uma desconfiança que nem seja um relógio feito por ele. Tudo indica que é um kit pré-fabricado, dos anos 70, que se compra com facilidade pelo eBay. Nada de genial ou revolucionário. Veja mais detalhes aqui: http://bit.ly/1iXpY53

9. O pai de Ahmed, Mohamed Elhassan Mohamed, é um imigrante sudanês que fez o sonho americano. Chegou na América sem nada e hoje é um próspero empresário, dono de vários negócios, inclusive uma assistência técnica de computadores. A imprensa resolveu, por motivos ainda não perfeitamente esclarecidos, não falar praticamente nada dele, mas ele é um elemento-chave na história.

10. Mohamed Elhassan Mohamed é um ativista muçulmano que está sempre tentando chamar a atenção da imprensa sobre supostos casos de islamofobia, já tendo até participado de debates públicos sobre o assunto. Ele se candidatou duas vezes à presidente no Sudão, se auto-intituta um “sheik” e diz ter milhares de seguidores no seu país de origem, o que fontes locais negam. Ele também se diz um líder espiritual da sua região no Texas, o que as próprias autoridades muçulmanas dos EUA não reconhecem.

11. O pai de Ahmed é também ligado à CAIR (Council on American–Islamic Relations), principal grupo de lobby muçulmano nos EUA, cuja função é exatamente influenciar a opinião pública sobre temas relativos à comunidade islâmica. O CAIR tem ligações com a Irmandade Muçulmana e com o Hamas. Seus críticos dizem que a especialidade do CAIR é “vitimologia”, fabricar casos de “islamofobia” para sensibilizar a imprensa e os formadores de opinião.

Tudo é muito nebuloso e é inegável que a possibilidade de ter sido tudo uma ação de marketing de guerrilha não pode ser descartada no momento. No tempo em que havia imprensa, é provável que a história fosse devidamente investigada, mas infelizmente hoje só a versão oficial será repetida pelos palhaços que lêem o NYT de manhã e acham que seus resumos na TV são qualquer coisa parecida com jornalismo.

Escrito por Alexandre Borges.

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Quem financia o Estado Islâmico? Desvendando o exército do terror http://portalconservador.com/quem-financia-o-estado-islamico-desvendando-o-exercito-do-terror/ http://portalconservador.com/quem-financia-o-estado-islamico-desvendando-o-exercito-do-terror/#comments Sun, 06 Sep 2015 18:07:26 +0000 http://portalconservador.com/?p=2462 read more →]]> Cristãos, yazidis e turcos estão entre os mais perseguidos pelo Estado Islâmico, grupo dissidente da Al Qaeda que ocupou grandes partes do território do Iraque e da Síria. Eles estão mirando sistematicamente homens, mulheres e crianças baseados em sua filiação religiosa ou étnica e estão realizando impiedosamente uma limpeza étnica e religiosa generalizada nas áreas sob seu controle. O Estado Islâmico surgiu em 2006 depois da invasão dos EUA e seus aliados ao Iraque, com sobreviventes da Al Qaeda no país, e ganhou força entre 2011 e 2013 quando teve início a rebelião na Síria. Seu atual comandante é Abu Bakr al-Baghdad.

Quando o EI invadiu a cidade de Mossul, capital da província de Ninewah, no Iraque – conquistando uma extensão de terras equivalente ao tamanho da Grã Bretanha –, o EI possuía apenas 800 combatentes. Hoje seu efetivo é estimado pela CIA entre 20 mil e 40 mil combatentes com acesso a recursos de 2 bilhões de dólares oriundos de fontes diversas, entre as quais seqüestros, roubos e, principalmente, a exploração e venda de petróleo da refinaria de Beiji, no norte do Iraque. Segundo experts, o Estado Islâmico controla 12 campos de petróleo no Iraque e na Síria, com capacidade de produzir 150 mil barris por dia, com receitas diárias estimadas em até 3 milhões de dólares.

Cinco meses antes da queda de Mossul o presidente Barak Obama havia menosprezado o EI, tachando-o de “um bando inexperiente de terroristas”. De onde veio o Estado Islâmico e como ele conseguiu fazer tanto estrago em tão pouco tempo?

Os Estados Unidos estiveram em guerra contra o EI por quase uma década, incluindo aí suas várias encarnações, como a Al-Qaeda no Iraque, depois como Conselho Consultivo Mujahidin e, por fim, Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Muita coisa relativa a esse inimigo totalitário e teocrático permanece esquecida ou simplesmente pouco investigada. Debates a respeito de sua ideologia, estratégia de guerra e dinâmica interna persistem em todos os países comprometidos com a sua derrota. O EI é, na realidade, o último front em uma culminação sangrenta de uma longa disputa dentro da hierarquia do jihadismo internacional.

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Examinando o EI como ele é hoje em dia, com base em entrevistas com militantes ativos (alguns já falecidos), espiões, agentes adormecidos e também suas vítimas, chega-se à conclusão de que um dos principais centros de recrutamento de militantes foram os presídios, especialmente no Oriente Médio, que serviram, por anos, como academias do terror, onde extremistas conhecidos puderam congregar, tramar e desenvolver suas habilidades de convencimento e liderança, recrutando uma nova geração de combatentes.

O EI é uma organização terrorista, mas não é apenas uma organização terrorista. É também uma máfia adepta em explorar mercados obscuros internacionais que existem há décadas para o tráfico de petróleo e armas. É um completo aparato de Inteligência que se infiltra em organizações rivais e recruta silenciosamente membros ativos antes do controle total dessas organizações, derrotando-as no campo de batalha ou tomando suas terras. É uma máquina de propaganda eficiente e hábil na disseminação de suas mensagens e no recrutamento de novos membros através das mídias sociais. A maioria dos seus principais comandantes serviu no exército ou nos serviços de segurança de Saddam Hussein.

O EI apresenta-se para uma minoria sunita no Iraque e uma maioria sunita mais perseguida e vitimada na Síria como a última linha de defesa da seita contra uma série de inimigos – os “infiéis” Estados Unidos, os Estados “apóstatas” do Golfo Pérsico, a ditadura alauita ”Nusayri” na Síria, a unidade “rafida” e de resistência no Irã e a última satrápia de Bagdá. Estima-se que além do Estado Islâmico existam outros 450 grupos rebeldes operando na Síria.

O EI, de forma brutal e inteligente, destruiu as fronteiras dos Estados-Nação da Síria e do Iraque e proclamou-se o restaurador de um império islâmico. Tem como capital a cidade de Mossul, seu idioma oficial é o árabe, o governo é um Califado Islâmico, declarado em 29 de junho de 2014; possui uma bandeira e um brasão de armas. Já criou sua própria bandeira, tribunais, ministérios, passaportes e até placas de carros. Em novembro de 2014 criou a sua própria moeda, parte de um plano para restaurar o Califado que dominou o Oriente Médio a mais de 1.300 anos.

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Abu Bakr al-Baghdadi – ungido Califa Ibraim – proclamou o fim do ISIS (em inglês Islamic State of Iraq and al-Sham) e o nascimento do Estado Islâmico no dia 28 de junho de 2014, o primeiro dia do Ramadã. A partir de então, apenas o Estado Islâmico passaria a existir, dividindo a humanidade em dois campos. O primeiro era “o campo dos muçulmanos e dos mujahidin (guerreiros sagrados) por toda a parte”; o segundo era “o campo dos judeus, dos Cruzados e seus aliados”.

O campo de treinamento do EI e de seus antecessores, na fronteira do Afeganistão com o Paquistão, que treinou os idealizadores dos ataques ao World Trade Center, tem três fases distintas de treinamento e doutrinação. A primeira consiste em “dias de experimentação”, com a duração de 15 dias, durante os quais um recruta é sujeito à “exaustão psicológica e moral” – para separar os fracos dos verdadeiros guerreiros. A segunda é o “período de preparação militar”, com a duração de 45 dias, durante os quais um recruta aprende como empunhar armas leves, evolui para o lançamento de mísseis portáteis superfície-ar e cursos de cartografia. A terceira e última fase é o “curso de táticas de guerra de guerrilhas”, no qual é ensinada a teoria militar de Von Clausewitz para terroristas.

Em março de 2009, o Departamento de Defesa dos EUA mudou oficialmente o nome das operações contra o EI de “Guerra Global Contra o Terror” para “Operações Contingenciais Externas” e em maio de 2013 o presidente Obama declarou que a “guerra ao terror” havia terminado.

Sete meses depois, em janeiro de 2014, em uma entrevista à revista “The New Yorker” Obama minimizou o poder do Estado Islâmico comparando-o a um “jayvee” (equipe de esportes de estudantes terceiranistas). Se os EUA quisessem fazer uma demonstração de força no Iraque e na Síria, poderiam expulsar rapidamente o EI de seus esconderijos. Porém, o difícil viria depois, com a provável onda de atentados e guerra assimétrica que certamente duraria anos e teria custos enormes. Obama, dezoito meses depois, em 8 de junho de 2015, disse que sua administração “ainda não tinha nenhuma estratégia” para lidar com o Estado Islâmico. Ao que tudo indica sua administração continua “sem estratégia até hoje”.

Pelo que se observa, o Estado Islâmico sim, tem uma estratégia, pois a guerra jihadista contra o Ocidente e seus aliados continua crescendo. Em agosto de 2014, Obama declarou que a estratégia dos EUA no combate ao EI está amparada em quatro pilares: ataques aéreos, apoio aos aliados locais, esforços de contraterrorismo para prevenir ataques, e assistência humanitária contínua a civís.

Em setembro de 2014 o presidente Barak Obama em uma sessão na ONU declarou que “os países devem evitar o recrutamento e o financiamento de combatentes estrangeiros”. Segundo ele, “os EUA irão trabalhar para destruir essa rede da morte”, em alusão ao Estado Islâmico. E prosseguiu: “Nós vamos apoiar a luta dos iraquianos e dos sírios para proteger suas comunidades. Vamos treinar e equipar as forças que estão lutando contra esses terroristas em solo. Vamos trabalhar para acabar com o financiamento deles e parar o fluxo de combatentes que se juntam ao grupo. Eu peço ao mundo que se junte a nós nessa missão”. E concluiu fazendo um apelo aos muçulmanos para rejeitarem a ideologia do Estado Islâmico. Obama encerrou seu discurso dizendo que “as palavras que dissemos aqui precisam ser transformadas em ação…com os países e entre eles, não apenas nos dias que se seguem, mas nos anos que virão”.

Uma Resolução proposta pelos EUA foi aprovada por unanimidade no Conselho de Segurança da ONU. Ao final, mais de 40 países se ofereceram para fazer parte da coalizão “anti-EI”, liderada pelos EUA. Em junho de 2015 Obama voltou a referir-se ao EI declarando que “falta recrutar e treinar mais militares iraquianos dispostos a combater o Estado Islâmico. Não temos ainda uma estratégia completa, pois faltam compromissos dos iraquianos no que diz respeito a como é feito o recrutamento e como é que as tropas serão treinadas”.

Os EUA gastam, em média, cerca de 9 milhões de dólares por dia para combater o Estado Islâmico, e os custos totais já passam de 2,7 bilhões desde o início da campanha de bombardeios contra o EI. Em qualquer atividade – passando pela organização e pela hierarquia -, o EI está anos-luz à frente das demais facções que atuam na região. Apresenta o que parece ser o início da estrutura de um semi-Estado – ministérios, tribunais e até mesmo um sistema tributário rudimentar -. Nos campos de treinamento cerca de 300 crianças com idades até 16 anos recebem instrução como combatentes e terroristas suicidas no EI. Aprendem a ideologia fundamentalista e a manusear armas pesadas. Esses campos são anunciados como “Clubes de Escoteiros”,

Uma revista editada pelo Estado Islâmico, intitulada “DABIQ”, que já está na sua terceira edição, publicada em várias línguas, inclusive o inglês, apresenta o EI como a única voz muçulmana no mundo, na tentativa de cooptar estrangeiros para lutarem pelo Califado no Iraque e na Síria. Segundo o Conselho de Segurança da ONU, somente no ano de 2014 cerca de 15 mil estrangeiros de mais de 80 países, viajaram à Síria e ao Iraque a fim de lutarem ao lado do EI e grupos terroristas semelhantes. A ONU ressaltou que o aumento nesse número ocorre em uma escala “sem precedentes”. Segundo a União Européia, mais de 5 mil europeus se uniram à jihad na Síria e no Iraque, mas segundo a Comissária Européia de Justiça, esse número “é muito subestimado”.

O Estado Islâmico foi designado como organização terrorista pelos seguintes países: EUA em 17/12/2004, Austrália em 2/3/2005, Canadá em 20/8/2012, Arábia Saudita em 7/3/2014, Inglaterra em 20/6/2014, Indonésia em 1/8/2014 e Alemanha em 12/9/2014. Os cristãos que vivem nas áreas dominadas pelo Estado Islâmico têm apenas três opções: se converterem ao islamismo; pagar um imposto religioso (o jizya); ou morrer. Militantes do Estado Islâmico estariam sendo contrabandeados para a Europa pelas gangues que operam no Mar Mediterrâneo, segundo um fonte do governo líbio declarou à BBC. Os extremistas são misturados aos migrantes que viajam nos barcos desde a costa africana em direção ao continente europeu, porque a Polícia não sabe quem é refugiado e quem é militante do EI, pois isso é extremamente difícil.

Em setembro de 2015, a Polícia Federal descobriu uma rede de apoiadores do Estado Islâmico em São Paulo. A descoberta assusta, ainda mais porque terrorismo não é considerado crime no Brasil. Para concluir, uma análise do general Álvaro Pinheiro, em abril de 2015:

“A possibilidade do Estado Islâmico/ISIS desencadear o terrorismo nos cinco continentes, corroborada pelos recentes atentados na Bélgica, Canadá, Austrália, França e Tunísia, é encarada em todo o mundo ocidental com a máxima responsabilidade. Nesse contexto, a infiltração do EI/ISIS na área da Tríplice Fronteira no Cone Sul da América do Sul é absolutamente consensual no âmbito da Comunidade de Inteligência Internacional. Não encarar esse indício com a devida responsabilidade é mais um verdadeiro crime de lesa pátria”.

Escrito por Carlos I.S. Azambuja, historiador.

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