Vivemos em uma sociedade em que as minorias buscam seu espaço e é com grande louvor que a sociedade deve abrir esse espaço, para que cada vez mais as diversidades de todo modo sejam aceitas.
O problema de hoje não está na constitucionalidade da busca da igualdade, mas sim, está no ponto a que estamos chegando, lugar onde as “minorias” estão forçando de um modo se assim podemos dizer “fascista” a sua aceitação e seus direitos que se tornam cada vez mais, superiores aos da grande massa da população. O direito de opinião deve ser respeitado, e não repugnado, as “minorias” devem ser aceitas, mas não se unirem em prol de uma transformação mundial de opiniões. O socialmente, moralmente correto hoje, me parece ser a opinião que não divirja da “minoria”, pois quem contrariá-la se sente cometendo um fato típico (um crime) se podemos assim dizer, pois quem diverge da opinião é rechaçado pela sociedade, é tido como retrógrado e preconceituoso.
Não de longe, podemos verificar semelhanças com a minoria ariana durante a segunda guerra mundial a qual incriminava a todos que não fossem de sua “raça” ou fossem contra sua superioridade, se observamos, ao invés de igualdade o que as “minorias” estão buscando é a “servidão” da maioria, uma vingança histórica.
Agora, dia 26 de março de 2014 a câmara dos deputados, em uma decisão extremamente política e totalmente em descompasso com os preceitos constitucionais, aprovou 20% de reserva de cargos públicos a negros e pardos. A Lei não estabelece nivelação social, não estabelece qualquer preceito ou complementação a não ser o pré-requisito cor da pelé. Em um estado igualitário, democrático, que preza pela dignidade da pessoa humana como o nosso, não vejo com bons olhos tal lei, é uma lei discriminatória, que atenta ao bom senso e a longa caminhada que os negros tiveram para serem aceitos em uma sociedade dominada por brancos. Tal lei ao invés de aumentar a igualdade, será definidora de um “apartheid brasileiro”, pois, sendo branco e pobre, as suas chances de sucesso serão ínfimas ou nulas, não é uma busca pela igualdade, mas sim, a busca de uma vingança histórica.
A partir do momento em que foram definidas cotas para uma capacitação adequada, tal qual as cotas em universidades, nada mais é fator de desigualdade, ou a formação dentro da sala das universidades é diferente? Brancos assistem à uma aula e negros e pardos a outra? Sejamos francos, que cotas para universidades são sim, uma forma de capacitar e tirar os mais afetados socialmente do seu vácuo de capacitação, agora burlar uma competição justa de pessoas que no mínimo possuem a capacitação exigida para o certame é uma completa afronta a igualdade de direitos e a idoneidade do Concurso Público.
Não podemos deixar que em uma democracia como a atual, o direito de opinar seja repugnado, incriminado como se o socialmente correto fosse aceitar todas as decisões que favorecem “minorias” e “afetados historicamente”, e que opiniões divergente sejam incriminadas e tidas como amorais, antissociais, preconceituosas e outros “adjetivos” usados para rechaçar o pensamento. Vejam bem, cito “opinião”, jamais outro modo de ato que possa ferir o direito do próximo. Acredito que todos devem ter o direito de opinar porque a diversidade nada mais é que ouvirmos a opinião de todos, como bem disse Voltaire: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.”
Espero que o STF, em sendo aprovada no Senado Federal e sancionada tal Lei, pela Presidência da República, tome uma medida dentro dos preceitos constitucionais e de logo entenda que tal lei gera um nível de insatisfação e de toda certeza aumenta o racismo que não estava mais em discussão a um bom tempo. Quem fala, é um branco, gaúcho, pobre, nascido no interior do estado, que estudou em escola pública toda a sua vida, conseguiu vaga em um curso de direito em universidade particular na cidade de Santa Maria, através do Enem e PROUNI no ano de 2010, sem cursinho preparatório, através de muito estudo e é servidor público desde os dezoito anos, que conhece negros com um nível social bem acima e que serão beneficiados por tal medida discriminatória.
Escrito por Halisson Mussoline. Estudante do 7º semestre de Direito e Servidor Público.
Olá, gostei do seu comentário, possuo as mesmas ideias e gostaria de acrescentar que sou branco, pobre e acabei de concluir o cursos de ensino superior em Biomedicina na UFPE. Tudo que consegui foi por nada menos do que mérito meu, entrei sem cota, estudou por conta própria (nunca tive professor de química e física no primeiro e segundo ano, entre outras coisas)e me sinto extremamente prejudicando com essa lei. Antes mesmo de concluir o meu curso a minha pretensão era ingressar num concurso federal e conseguir estabilidade, porém, diante disso, vejo que as coisas serão muito mais difíceis.
Imagino se o concurso abre com 4 vagas: 1 para deficientes, 1 para negros e as outras são para livre concorrência (isso até inventarem outra coisa, como cotas para as mulheres). É óbvio que minha situação será muito difícil, além de estudar par amostrar que sou capaz, tenho que estudar para dizer que sou muito mais superior.
Um dia essa ditadura das minorias cairá por terra e eu estaria lá para enterra-la.