Karl Marx – Portal Conservador https://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Fri, 18 Oct 2019 21:09:29 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.8.6 65453639 Parlamento europeu equipara comunismo ao nazismo https://portalconservador.com/parlamento-europeu-equipara-comunismo-ao-nazismo/ https://portalconservador.com/parlamento-europeu-equipara-comunismo-ao-nazismo/#comments Fri, 18 Oct 2019 21:09:29 +0000 https://portalconservador.com/?p=4523 read more →]]> Histórica resolução aprovada por uma esmagadora maioria do Parlamento Europeu coloca comunismo e nazismo no mesmo nível, como regimes totalitários responsáveis por milhões de mortes

O Parlamento Europeu equiparou os regimes comunistas aos fascistas e nazis, condenando as atrocidades cometidas por ambos os regimes totalitários.No documento histórico, que foi aprovado em Setembro último com 535 votos a favor, 66 contra e 52 abstenções, o Parlamento Europeu «recorda que os regimes nazi e comunista são responsáveis por massacres, pelo genocídio, por deportações, pela perda de vidas humanas e pela privação da liberdade no século XX numa escala nunca vista na História da humanidade, e relembra o hediondo crime do Holocausto perpetrado pelo regime nazi; condena veementemente os actos de agressão, os crimes contra a humanidade e as violações em massa dos direitos humanos perpetrados pelos regimes nazi e comunista e por outros regimes totalitários».

Os deputados europeus dão assim corpo ao que muitos historiadores vinham assumindo em diferentes obras, como é o caso do “Livro Negro do Comunismo” escrito por um grupo de historiadores sob a direção do francês Stéphane Courtois, em que se revelam os números de mortes às mãos de ditadores comunistas: 65 milhões de mortos na China; quase 20 milhões na União Soviética; um milhão no Vietname; dois milhões no Cambodja e outros dois milhões na Coreia do Norte. «Ao todo, regimes comunistas mataram cerca de 100 milhões de pessoas — cerca de quatro vezes mais que o número de mortos pelos nazistas — tornando o comunismo a ideologia mais assassina da história humana», escreveu Marc Thiessan no Washington Post.

«Não posso estar mais de acordo com a resolução», disse ao nosso jornal o advogado e político António Lobo Xavier, acrescentando que «os crimes do fascismo e do nazismo estão no mesmo plano dos crimes do chamado socialismo real ou comunismo». Naquela resolução – que foi aprovada em Setembro mas estranhamente pouco divulgada e só agora noticiada pelo jornal espanhol ABC – o Parlamento Europeu exorta mesmo «todos os Estados-Membros da UE a fazerem uma avaliação clara e assente em princípios sobre os crimes e actos de agressão perpetrados pelos regimes comunistas totalitários e pelo regime nazi».

Intitulada “Importância da memória europeia para o futuro da Europa”, a resolução recorda ainda um vasto leque de recomendações e relatórios que resultam na necessidade de uma condenação internacional dos crimes dos regimes comunistas totalitários, do nazismo ou do fascismo. O 23 de Agosto foi mesmo instituído como o “Dia Europeu em Memória das Vítimas de todos os Regimes Totalitários e Autoritários”. Ainda na resolução aprovada, o Parlamento Europeu «considera que a Rússia continua a ser a maior vítima do totalitarismo comunista e que a sua evolução para um Estado democrático será entravada enquanto o governo, a elite política e a propaganda política continuarem a “branquear” os crimes comunistas e a glorificar o regime totalitário soviético» e por isso «exorta a sociedade russa a confrontar-se com o seu trágico passado».

Estatuto Editorial

A inclusão dos regimes comunistas no leque dos sistemas totalitários tem sido um tema ao qual muitos fogem, falando apenas do nazismo e do fascismo, mas a História é clara quanto à dimensão das atrocidades criminosas cometidas com base nestas ideologias. Por isso mesmo, há já largos anos que o nosso jornal, no seu Estatuto Editorial, «defende a Liberdade individual, a Fraternidade e a Solidariedade e opõe-se a quaisquer ideologias colectivistas, totalitárias, fascistas, comunistas ou outras, que alienam e escravizam os seres humanos».

Ditadores

Adolf Hitler (Alemanha)

Líder do Partido Nazista (1934 a 1945) foi responsável pelo genocídio de cerca de seis milhões de judeus mas causou a morte a mais de 40 milhões.

Benito Mussolini (Itália)

Liderou o Partido Naciona lFascista e é apontado como sendo uma das figuras-chave na criação do fascismo. Apoiou Hitler no Holocausto

Lenin (URSS)

Lenin foi o principal líder da Revolução Russa. Iniciou um caminho de execuções, tomada de reféns, campos de concentração, etc.

Joseph Stalin (URSS)

Governou a URSS entre a década 20 até sua morte em 1953 .?Nos Gulag, campos soviéticos de trabalho forçado, morreram mais de 10 milhões

Mao Tsé-Tung (China)

Ditador da República da China entre 1949 e 1976, Mao Tsé-Tung terá provocado a morte (assassinados ou à fome) de mais de 50 milhões

Pol Pot (Cambodja)

Foi líder do Partido Comunista do Camboja, o Khmer Vermelho. O seu domínio ditatorial resultou na morte de cerca de 2 milhões de pessoas

Fidel Castro (Cuba)

O regime comunista de Fidel Castro (49 anos de ditadura) é responsável por pelo menos 8.190 mortes, segundo o Cuba Archive

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Por que o marxismo odeia o Cristianismo https://portalconservador.com/por-que-o-marxismo-odeia-o-cristianismo/ https://portalconservador.com/por-que-o-marxismo-odeia-o-cristianismo/#comments Tue, 23 Dec 2014 20:48:04 +0000 http://portalconservador.com/?p=1642 read more →]]> O marxismo autêntico sempre odiou e sempre odiará o cristianismo autêntico. Se não puder pervertê-lo, então terá que matá-lo. Sempre foi assim e sempre será assim.

E por que essa oposição manifestada ao cristianismo por parte do marxismo? Por que o ódio filosófico, a política anticristã, a ação assassina direcionada aos cristãos? Por que o país número um em perseguição ao cristianismo não é muçulmano e sim a comunista Coréia do Norte?

As pessoas se iludem quando pensam no marxismo como doutrina econômica ou política. Economia e política são meros pontos. Marx não acreditava ter apenas as resposta para os problemas econômicos. Acreditava ter todas as respostas para todos os problemas.

Marxismo na verdade é uma crença, uma visão de mundo, uma fé. O socialismo nada mais é do que a aplicação dessa fé por um governo totalitário. O comunismo, por sua vez, é apenas a escatologia marxista, o suposto mundo paradisíaco que brotaria de suas profecias.

Comunismo-Portal-Conservador

E esta fé não apresenta o caráter relativista de um hinduísmo ou de um budismo. Tendo nascido dos pressupostos cristãos, o marxismo roubou seus absolutos e se apresenta como a verdade absoluta, como o único caminho para redenção da humanidade. E ainda que tenha se apossado dos pressupostos cristãos, inverteu tais pressupostos tornando-se uma heresia anticristã.

No lugar do teísmo o ateísmo, no lugar da Providência Divina o materialismo dialético. Ao invés de um ser criado à imagem e semelhança de Deus, um primata evoluído cuja essência é o trabalho, o homo economicus. O pecado é a propriedade privada, o efeito do pecado, simplesmente a opressão social. O instrumento coletivo para aplicar a redenção não é a Igreja, mas o proletariado, que através da ditadura de um Estado “redentor” conduziria o mundo a uma sociedade sem classes. E o resultado seria não os novos céus e a nova terra criados por Deus, mas o mundo comunista futuro, onde o Estado desaparecerá, as injustiças desaparecerão e todo conflito se transformará em harmonia. Está é a fé marxista, um evangelho que não admite rival, pois assim como dois corpos não ocupam o mesmo espaço, duas crenças igualmente salvadoras não podem ocupar o mesmo mundo, segundo o marxismo real.

Sim, o comunismo de Marx era um evangelho, a salvação para todos os conflitos da existência, fosse o conflito entre homem e homem, homem e natureza, nações e nações. Assim lemos em seus Manuscritos de Paris:

O comunismo é a abolição positiva da propriedade privada e por conseguinte da auto-alienação humana e, portanto, a reapropriação real da essência humana pelo e para o homem… É a solução genuína do antagonismo entre homem e natureza e entre homem e homem. Ele é a solução verdadeira da luta entre existência e essência, entre objetivação e auto-afirmação, entre liberdade e necessidade, entre indivíduo e espécie. É a solução do enigma da história e sabe que há de ser esta solução.

E como o marxismo nega qualquer transcendência, qualquer realidade além desta realidade, seu “paraíso” deve se realizar neste mundo por meio do controle total. Não apenas o controle político e econômico, mas o controle social, ideológico, religioso. Não pode haver rivais. Não pode haver cristãos dizendo que há um Deus nos céus a quem pertencem todas as coisas e que realizou a salvação através da morte e ressurreição de Cristo. Não pode haver outra visão de mundo que não a marxista, não pode haver outra redenção senão aquela que será trazida pelo comunismo. O choque é inevitável.

Está é a raiz do ódio marxista ao cristianismo. Seu absolutismo não permite concorrência. David H. Adeney foi alguém que viveu dentro da revolução maoísta (comunista) na China. Ele era um missionário britânico e pode ver bem de perto o choque entre marxismo e cristianismo no meio universitário, onde trabalhou. Chung Chi Pang, que prefaciou sua obra escreveu:

“(…) a fé cristã e o comunismo são ideologicamente incompatíveis. Assim, quando alguém chega a uma crise vital de decisão entre os dois, é inevitavelmente uma questão de um ou outro (…) [o autor] tem experimentado pessoalmente o que é viver sob um sistema político com uma filosofia básica diametralmente oposta à fé cristã”

Os marxistas convictos sabem da incompatibilidade entre sua crença e a fé cristã. Os cristãos ainda se iludem com uma possível amizade entre ambos. “… para Marx, de qualquer forma, a religião cristã é uma das mais imorais que há”. (Mclellan, op. Cit., p.54). E Lenin, que transformou a teoria marxista em política real, apenas seguiu seu guru:

“A guerra contra quaisquer cristãos é para nós lei inabalável. Não cremos em postulados eternos de moral, e haveremos de desmascarar o embuste. A moral comunista é sinônimo de luta pelo robustecimento da ditadura proletária”

Assim foi na China, na Rússia, na Coreia do Norte e onde quer que a fé marxista tenha chegado. Ela não tolerará o cristianismo, senão o suficiente para conquistar a hegemonia. Depois que a pena marxista apossar-se da espada, então essa espada se voltará contra qualquer pena que não reze conforme sua cartilha.

Os ataques aos valores cristãos em nosso país não são fruto de um acidente de percurso. É apenas o velho ódio marxista ao cristianismo, manifestando-se no terreno das ideias e das discussões, e avançando no terreno da legislação e do discurso. O próximo passo pode ser a violência física simples e pura. Os métodos podem ter mudado, mas sua natureza é a mesma e, portanto, as conseqüências serão as mesmas.

Se nós, cristãos, não fizermos nada, a história se repetirá, pois como alguém já disse, quem não conhece a história tende a repeti-la. E parece que mesmo quem a conhece tende a repeti-la quando foi sendo anestesiado pouco a pouco pelo monóxido de carbono marxista. Será que confirmaremos a máxima de Hegel, que afirmou que a “história ensina que não se aprende nada com ela”?

Escrito por Eguinaldo Hélio Souza.

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O que os nazistas copiaram de Marx https://portalconservador.com/o-que-os-nazistas-copiaram-de-marx/ https://portalconservador.com/o-que-os-nazistas-copiaram-de-marx/#comments Tue, 17 Jun 2014 12:46:46 +0000 http://portalconservador.com/?p=701 read more →]]> O marxismo afirma que a forma de pensar de uma pessoa é determinada pela classe a que pertence. Toda classe social tem sua lógica própria. Logo, o produto do pensamento de um determinado indivíduo não pode ser nada além de um “disfarce ideológico” dos interesses egoístas da classe à qual ele pertence. A tarefa de uma “sociologia do conhecimento”, segundo os marxistas, é desmascarar filosofias e teorias científicas e expor o seu vazio “ideológico”. A economia seria um expediente “burguês” e os economistas são sicofantas do capital. Somente a sociedade sem classes da utopia socialista substituirá as mentiras “ideológicas” pela verdade.

Este polilogismo, posteriormente, assumiu várias outras formas. O historicismo afirma que a estrutura lógica da ação e do pensamento humano está sujeita a mudanças no curso da evolução histórica. O polilogismo racial atribui a cada raça uma lógica própria.

Karl-Marx-Vestindo-a-Mascara-de-Hitler-Portal-Conservador

O polilogismo, portanto, é a crença de que há uma multiplicidade de irreconciliáveis formas de lógica dentro da população humana, e estas formas estão subdivididas em algumas características grupais.

Os nazistas fizeram amplo uso do polilogismo. Mas os nazistas não inventaram o polilogismo. Eles apenas criaram seu próprio estilo de polilogismo.

Até a metade do século XIX, ninguém se atrevia a questionar o fato de que a estrutura lógica da mente era imutável e comum a todos os seres humanos. Todas as interrelações humanas são baseadas nesta premissa de que há uma estrutura lógica uniforme. Podemos dialogar uns com os outros apenas porque podemos recorrer a algo em comum a todos nós: a estrutura lógica da razão.

Alguns homens têm a capacidade de pensar de forma mais profunda e refinada do que outros. Há homens que infelizmente não conseguem compreender um processo de inferência em cadeias lógicas de pensamento dedutivo. Mas, considerando-se que um homem seja capaz de pensar e trilhar um processo de pensamento discursivo, ele sempre aderirá aos mesmos princípios fundamentais de raciocínio que são utilizados por todos os outros homens. Há pessoas que não conseguem contar além de três; mas sua contagem, até onde ele consegue ir, não difere da contagem de Gauss ou de Laplace. Nenhum historiador ou viajante jamais nos trouxe nenhuma informação sobre povos para quem A e não-A fossem idênticos, ou sobre povos que não conseguissem perceber a diferença entre afirmação e negação. Diariamente, é verdade, as pessoas violam os princípios lógicos da razão. Mas qualquer um que se puser a examinar suas deduções de forma competente será capaz de descobrir seus erros.

Uma vez que todos consideram tais fatos inquestionáveis, os homens são capazes de entrar em discussões e argumentações. Eles conversam entre si, escrevem cartas e livros, tentam provar ou refutar. A cooperação social e intelectual entre os homens seria impossível se a realidade não fosse essa. Nossas mentes simplesmente não são capazes de imaginar um mundo povoado por homens com estruturas lógicas distintas ente si ou com estruturas lógicas diferentes da nossa.

Mesmo assim, durante o século XIX, este fato inquestionável foi contestado. Marx e os marxistas, entre eles o “filósofo proletário” Dietzgen, ensinaram que o pensamento é determinado pela classe social do pensador. O que o pensamento produz não é a verdade, mas apenas “ideologias”. Esta palavra significa, no contexto da filosofia marxista, um disfarce dos interesses egoístas da classe social à qual pertence o pensador. Por conseguinte, seria inútil discutir qualquer coisa com pessoas de outra classe social. Não seria necessário refutar ideologias por meio do raciocínio discursivo; ideologias devem apenas ser desmascaradas, denunciando a classe e a origem social de seus autores. Assim, os marxistas não discutem os méritos das teorias científicas; eles simplesmente revelam a origem “burguesa” dos cientistas.

Os marxistas se refugiam no polilogismo porque não conseguem refutar com métodos lógicos as teorias desenvolvidas pela ciência econômica “burguesa”; tampouco conseguem responder às inferências derivadas destas teorias, como as que demonstram a impraticabilidade do socialismo. Dado que não conseguiram demonstrar racionalmente a validade de suas idéias e nem a invalidade das idéias de seus adversários, eles simplesmente passaram a condenar os métodos lógicos. O sucesso deste estratagema marxista foi sem precedentes. Ele tornou-se uma blindagem contra qualquer crítica racional à pseudo-economia e à pseudo-sociologia marxistas. Ele fez com que todas as críticas racionais ao marxismo fossem inócuas.

Foi justamente por causa dos truques do polilogismo que o estatismo conseguiu ganhar força no pensamento moderno.

O polilogismo é tão inerentemente ridículo, que é impossível levá-lo consistentemente às suas últimas consequências lógicas. Nenhum marxista foi corajoso o suficiente para derivar todas as conclusões que seu ponto de vista epistemológico exige. O princípio do polilogismo levaria à inferência de que os ensinamentos marxistas também não são objetivamente verdadeiros, mas sim apenas afirmações “ideológicas”. Mas isso os marxistas negam. Eles reivindicam para suas próprias doutrinas o caráter de verdade absoluta.

Dietzgen ensina que “as idéias da lógica proletária não são idéias partidárias, mas sim o resultado da mais pura e simples lógica”. A lógica proletária não é “ideologia”, mas sim lógica absoluta. Os atuais marxistas, que rotulam seus ensinamentos de sociologia do conhecimento, dão provas de sofrerem desta mesma inconsistência. Um de seus defensores, o professor Mannheim, procura demonstrar que há certos homens, os “intelectuais não-engajados”, que possuem o dom de apreender a verdade sem serem vítimas de erros ideológicos. Claro, o professor Mannheim está convencido de que ele mesmo é o maior dos “intelectuais não-engajados”. Você simplesmente não pode refutá-lo. Se você discorda dele, você estará apenas provando que não pertence à elite dos “intelectuais não-engajados”, e que seus pensamentos são meras tolices ideológicas.

Os nacional-socialistas alemães tiveram de enfrentar o mesmo problema dos marxistas. Eles também não foram capazes nem de demonstrar a veracidade de suas próprias declarações e nem de refutar as teorias da economia e da praxeologia. Consequentemente, eles foram buscar abrigo no polilogismo, já preparado para eles pelos marxistas. Sim, eles criaram sua própria marca de polilogismo. A estrutura lógica da mente, diziam eles, é diferente para cada nação e para cada raça. Cada raça ou nação possui sua própria lógica e, portanto, sua própria economia, matemática, física etc. Porém, não menos inconsistente do que o Professor Mannheim, o professor Tirala, seu congênere defensor da epistemologia ariana, declara que a única lógica e ciência verdadeiras, corretas e perenes são as arianas. Aos olhos dos marxistas, Ricardo, Freud, Bergson e Einstein estão errados porque são burgueses; aos olhos dos nazistas, estão errados porque são judeus. Um dos maiores objetivos dos nazistas é libertar a alma ariana da poluição das filosofias ocidentais de Descartes, Hume e John Stuart Mill. Eles estão em busca da ciência alemã arteigen, ou seja, da ciência adequada às características raciais dos alemães.

Como hipótese, podemos supor que as capacidades mentais do homem sejam resultado de suas características corporais. Sim, não podemos demonstrar a veracidade desta hipótese, mas também não é possível demonstrar a veracidade da hipótese oposta, conforme expressada pela hipótese teológica. Somos forçados a admitir que não sabemos como os pensamentos surgem dos processos fisiológicos. Temos vagas noções dos danos causados por traumatismos ou por outras lesões infligidas em certos órgãos do copo; sabemos que tais danos podem restringir ou destruir por completo as capacidades e funções mentais dos homens. Mas isso é tudo. Seria uma enorme insolência afirmar que as ciências naturais nos fornecem informações a respeito da suposta diversidade da estrutura lógica da mente. O polilogismo não pode ser derivado da fisiologia ou da anatomia, e nem de nenhuma outra ciência natural.

Nem o polilogismo marxista e nem o nazista conseguiram ir além de declarar que a estrutura lógica da mente é diferente entre as várias classes ou raças. Eles nunca se atreveram a demonstrar precisamente no quê a lógica do proletariado difere da lógica da burguesia, ou no quê a lógica ariana difere da lógica dos judeus ou dos ingleses. Rejeitar a teoria das vantagens comparativas de Ricardo ou a teoria da relatividade de Einstein por causa das origens raciais de seus autores é inócuo. Primeiro, seria necessário desenvolver um sistema de lógica ariana que fosse diferente da lógica não-ariana. Depois, seria necessário examinar, ponto por ponto, estas duas teorias concorrentes, e mostrar onde, em cada raciocínio, são feitas inferências que são inválidas do ponto de vista da lógica ariana mas corretas do ponto de vista não-ariano. E, finalmente, seria necessário explicar a que tipo de conclusão a substituição das erradas inferências não-arianas pelas corretas inferências arianas deve chegar. Mas isso jamais foi e jamais será tentado por ninguém. Aquele gárrulo defensor do racismo e do polilogismo ariano, o professor Tirala, não diz uma palavra sobre a diferença entre a lógica ariana e a lógica não-ariana. O polilogismo, seja ele marxista ou nazista, jamais entrou em detalhes.

O polilogismo possui um método peculiar de lidar com opiniões divergentes. Se seus defensores não forem capazes de descobrir as origens e o histórico de um oponente, eles simplesmente taxam-no de traidor. Tanto marxistas quanto nazistas conhecem apenas duas categorias de adversários. Os alienados — sejam eles membros de uma classe não-proletária ou de uma raça não-ariana — estão errados porque são alienados. E os opositores que são de origem proletária ou ariana estão errados porque são traidores. Assim, eles levianamente descartam o incômodo fato de que há divergências entre os membros daquela que dizem ser sua classe ou sua raça.

Os nazistas gostam de contrastar a economia alemã com as economias judaicas e anglo-saxônicas. Mas o que chamam de economia alemã não difere em nada de algumas tendências observadas em outras economias. A economia nacional-socialista foi moldada tendo por base os ensinamentos do genovês Sismondi e dos socialistas franceses e ingleses. Alguns dos mais velhos representantes desta suposta economia alemã apenas importaram idéias estrangeiras para a Alemanha. Frederick List trouxe as idéias de Alexander Hamilton à Alemanha; Hildebrand e Brentano trouxeram as idéias dos primeiros socialistas ingleses. A economia alemã arteigen é praticamente igual às tendências contemporâneas observadas em outros países, como, por exemplo, o institucionalismo americano.

Por outro lado, o que os nazistas chamam de economia ocidental — e, portanto, artfremd [estranho à raça] — é em grande medida uma conquista de homens a quem que nem mesmo os nazistas podem negar o termo ‘alemão’. Os economistas nazistas gastaram muito tempo pesquisando a árvore genealógica de Carl Menger à procura de antepassados judeus; não conseguiram. É um despautério querer explicar o conflito que há entre a genuína teoria econômica e o institucionalismo e o empiricismo histórico como se fosse um conflito racial ou nacional.

O polilogismo não é uma filosofia ou uma teoria epistemológica. É apenas uma postura de fanáticos de mentalidade estreita que não conseguem conceber que haja pessoas mais sensatas ou mais inteligentes que eles próprios. Tampouco é o polilogismo algo científico. Trata-se da substituição da razão e da ciência pela superstição. É a mentalidade característica de uma era caótica.

Escrito por Ludwig von Mises. Extraído do livro ‘Omnipotent Government: The Rise of Total State and Total War’ (1944)

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As falhas, incoerências e falácias do arcabouço intelectual de Karl Marx https://portalconservador.com/as-falhas-incoerencias-e-falacias-do-arcabouco-intelectual-de-karl-marx/ https://portalconservador.com/as-falhas-incoerencias-e-falacias-do-arcabouco-intelectual-de-karl-marx/#respond Sat, 18 May 2013 18:02:34 +0000 http://portalconservador.com/?p=398 read more →]]> O principal trabalho teórico de Marx é sua grande obra em três volumes, sobre o capital. Os fundamentos de sua teoria da exploração estão expostos no primeiro destes volumes, o único a ser publicado em vida do autor em 1867. O segundo, editado postumamente por Engels, em 1885, está em total harmonia com o primeiro, quanto ao conteúdo. Menos harmônico é sabidamente o terceiro volume, publicado novamente após um intervalo de vários anos, em 1894. Muitas pessoas, entre elas o autor destas linhas, acreditam que o conteúdo do terceiro volume seja incompatível com o do primeiro, e vice-versa. Mas, como o próprio Marx não admitiu isso e, ao contrário, também no terceiro volume exigiu que se considerassem totalmente válidas as doutrinas do primeiro, a crítica deve considerar as teses expostas nesse primeiro livro expressão da verdadeira e permanente opinião de Marx. Mas é igualmente válido — e necessário — abordar no momento adequado as doutrinas do terceiro volume, como ilustração e crítica.

Karl_Marx_Ideologia

A teoria de Marx sobre o valor

Marx parte do principio de que o valor de toda mercadoria depende unicamente da quantidade de trabalho empregada em sua produção. Marx coloca este princípio no ápice de sua teoria, dedicando-lhe uma explicação extensa e fundamentada.

O campo de pesquisa que Marx se propõe a examinar para entender a origem do valor dos bens fica limitado originalmente às mercadorias, o que, para Marx, não significa todos os bens econômicos, mas apenas os produtos de trabalho criados para o mercado. Ele começa com uma análise da mercadoria. A mercadoria é, por um lado, uma coisa útil cujas qualidades satisfazem algum tipo de necessidade humana, um valor de uso; por outro, constitui o suporte material do valor de troca. A análise passa agora para este último.

O valor de troca aparece de imediato como a relação quantitativa, a proporção na qual valores de uso de um tipo se trocam com valores de uso de outro tipo, relação essa que muda constantemente, conforme tempo e lugar.

Portanto, parece ser algo casual. Mas nessa troca deveria haver algo de permanente, que Marx trata de pesquisar. E faz isso na sua conhecida maneira dialética:

Tomemos duas mercadorias, por exemplo, trigo e ferro. Seja qual for a sua relação de troca, pode-se representá-la sempre numa equação segundo a qual uma quantidade dada de trigo é igualada a uma quantidade de ferro, p. ex., um moio de trigo x quintais de ferro. O que significa essa equação? Que existe algo de comum, do mesmo tamanho, em duas coisas diferentes, ou seja, em um moio de trigo e x quintais de ferro. Portanto, as duas coisas se equiparam a uma terceira, que em si não é nem uma nem outra. Cada uma das duas, portanto, na medida em que tem valor de troca, deve ser reduzível a essa terceira.

Dialética do valor em Marx

Esse elemento comum não pode ser uma característica métrica, física, química, ou outra característica natural das mercadorias. Suas características corporais, aliás, só entram em consideração na medida em que as tornam úteis, e são, portanto, valores de uso. Mas, por outro lado, a relação de troca das mercadorias aparentemente se caracteriza por se abstrair dos valores de uso dessas mercadorias. Segundo ela, o valor de uso vale tanto quanto qualquer outro, desde que apareça na proporção adequada. Ou, como diz o velho Barbon: “… Um tipo de mercadoria é tão bom quanto outro, quando seu valor de troca for igual. Não existe distinção entre coisas do mesmo valor de troca.’ Como valores de uso, as mercadorias são principalmente de qualidades diferentes, como valores de troca só podem ser de quantidades diferentes e, portanto, não contêm um átomo sequer de valor de uso.

Abstraindo o valor de uso das mercadorias, elas guardam ainda uma característica, a de serem produtos de trabalho. No entanto, também o produto de trabalho já se transformou em nossas mãos. Se abstrairmos o seu valor de uso, também estaremos abstraindo os elementos e formas corporais que o tornam valor de uso. Não se trata mais de mesa, ou casa, ou fio, ou outra coisa útil. Todas as suas características sensoriais estão apagadas. Ele também já não é o produto da marcenaria, ou da construção, ou da tecelagem, ou de qualquer trabalho produtivo. Com o caráter utilitário dos produtos de trabalho, desaparece o caráter utilitário dos trabalhos neles efetuados, e somem também as diversas formas concretas desses trabalhos. Eles já não se distinguem entre si [p.283]: reduziram-se todos ao mesmo trabalho humano, trabalho humano abstrato.

Consideremos agora o que restou dos produtos de trabalho. Nada resta deles senão aquela mesma objetualidade espectral, mera gelatina de trabalho humano indistinto, ou seja, o gasto de forças de trabalho humanas sem consideração pela forma desse dispêndio. Essas coisas apenas nos dizem que na sua produção se gastou força de trabalho humano, se acumulou trabalho humano. Como cristais dessa substancia social comum, eles são valores.

Assim se define e se determine o conceito de valor. Segundo a teoria dialética, ele não é idêntico ao valor de troca, mas relaciona-se com ele de maneira íntima e inseparável: ele é uma espécie de destilado conceitual do valor de troca. Para usar as palavras do próprio Marx, ele é “a parte comum que aparece na relação de troca ou valor de troca das mercadorias”. O reverso é igualmente válido: “o valor de troca é a expressão necessária ou a manifestação do valor”.

O “tempo de trabalho socialmente necessário” de Marx

Marx passa da determinação do conceito de valor para a exposição de sua medida e grandeza. Como o trabalho é a substância do valor, consequentemente a grandeza do valor de todos os bens se mede pela quantidade de trabalho neles contido, ou seja, pelo tempo de trabalho. Mas não aquele tempo de trabalho individual, que aquele indivíduos que produziu o bem casualmente precisou gastar, mas o “tempo de trabalho necessário para produzir um valor de uso, nas condições sociais normais de produção disponíveis, e com o grau de habilidade e intensidade do trabalho possíveis nessa sociedade”.

Só a quantidade de trabalho socialmente necessário ou o tempo de trabalho socialmente necessário para produzir um valor de uso é que determina o seu valor. A mercadoria isolada vale aqui como exemplo médio da sua espécie. Mercadorias contendo igual quantidade de trabalho, ou que podem ser produzidas no mesmo tempo de trabalho, têm por isso o mesmo valor. O valor de uma mercadoria relaciona-se com o valor de outra mercadoria, da mesma forma que o tempo de trabalho necessário para a produção de uma delas se relaciona com o tempo de trabalho necessário para a produção da outra. Como valores, todas as mercadorias são apenas medidas de tempo de trabalho cristalizado.

A “lei do valor” de Marx

De tudo isso, deduz-se o conteúdo da grande “lei de valor”, que é “imanente à troca de mercadorias” e que domina as condições de troca. Essa lei significa — e só pode significar — que as mercadorias se trocam entre si segundo as condições de trabalho médio, socialmente necessário, incorporado nelas. Há outras formas de expressão da mesma lei: nas palavras de Marx, as mercadorias “se trocam entre si conforme seus valores” ou “equivalente se troca com equivalente”.

É verdade que, em casos isolados, segundo oscilações momentâneas de oferta e procura, também aparecem preços que estão acima ou abaixo do valor. Só que essas “constantes oscilações dos preços de mercado (…) se compensam, se equilibram mutuamente e se reduzem ao preço médio, que é sua regra interna”. Porém, no longo prazo, “nas relações de troca casuais e sempre variáveis”, “o tempo de trabalho socialmente necessário acaba sempre se impondo à força, como lei natural imperante”.

Marx considera essa lei como sendo a “eterna lei de troca de mercadorias”, como “racional”, como “a lei natural do equilíbrio”. Os casos eventuais em que mercadorias são trocadas a preços que se desviam do seu valor são considerados “casuais” em relação à regra, e os próprios desvios devem ser vistos como “infração da lei de troca de mercadorias”.

A “mais-valia” de Marx

Sobre essa base da teoria do valor, Marx ergue a segunda parte de sua doutrina, a sua famosa doutrina da mais-valia. Ele examina a origem dos ganhos extraídos pelos capitalistas dos seus capitais. Os capitalistas tomam determinada soma em dinheiro, transformam-na em mercadorias, e, por meio da venda, transformam as mercadorias em mais dinheiro — com ou sem um processo intermediário de produção. De onde vem esse incremento, esse excedente da soma de dinheiro obtida em relação à soma originalmente aplicada, ou, como diz Marx, essa mais-valia”?

Marx começa limitando as condições do problema, na sua peculiar maneira de exclusão dialética. Primeiro, ele explica que a mais-valia não pode vir do fato de que o capitalista, como comprador, compra as mercadorias regularmente abaixo do seu valor e, como vendedor, regularmente as vende acima do seu valor. Portanto, o problema é o seguinte: “Nosso ( … ) dono do dinheiro tem de comprar as mercadorias pelo seu valor, e vendê-las pelo seu valor, mas, mesmo assim, no fim do processo, tem de extrair delas um valor mais alto do que o que nelas aplicou. . . Essas são as condições do problema. Hic Rhodus, hic salta!” [Aqui é Rodes, então salte aqui!” (N. do T.)]

Marx encontra a solução dizendo que existe uma mercadoria cujo valor de uso tem a singular faculdade de ser uma fonte de valor de troca. Essa mercadoria é a ‘capacidade de trabalho’, ou seja, a força de trabalho. Ela é posta à venda no mercado sob dupla condição: a primeira, de que o trabalhador seja pessoalmente livre — caso contrário não seria a força de trabalho o que ele estaria vendendo, mas ele próprio, sua pessoa, como escravo; e a segunda, de que o trabalhador seja destituído “de todas as coisas necessárias para a realização de sua força de trabalho”, pois, se delas dispusesse, ele preferiria produzir por conta própria, pondo à venda seus produtos, em vez de sua força de trabalho.

Pela negociação com essa mercadoria, o capitalista obtém a mais-valia. O processo se dá da seguinte forma:

O valor da mercadoria “força de trabalho” depende, como o de qualquer outra mercadoria, do tempo de trabalho necessário para sua produção, o que, nesse caso, significa que depende do tempo de trabalho necessário para produzir todos os alimentos que são indispensáveis à subsistência do trabalhador. Se, por exemplo, para os alimentos necessários para um dia for preciso um tempo de trabalho de seis horas, e se esse tempo de trabalho corporificar três moedas de ouro, a força de trabalho de um dia poderia ser comprada por três moedas de ouro. Caso o capitalista tenha efetuado essa compra, o valor de uso da força de trabalho lhe pertence, e ele a concretiza fazendo o trabalhador trabalhar para ele. Se o fizesse trabalhar apenas as horas diárias corporificadas na força de trabalho pelas quais ele teve de pagar quando comprou essa força de trabalho (seis horas), não existiria a mais-valia.

Ou seja, as seis horas de trabalho não podem atribuir ao produto em que elas se corporificam mais do que três moedas, uma vez que foi isso que o capitalista pagou como salário. Contudo, os capitalistas não agem dessa maneira. Mesmo que tenham comprado a força de trabalho por um preço que corresponde só a seis horas de trabalho, fazem o trabalhador trabalhar o dia todo. Então, no produto criado durante esse dia, se corporificam mais horas de trabalho do que as que o capitalista pagou, o que faz o produto ter valor mais elevado do que o salário pago. A diferença é a “mais-valia”, que fica para o capitalista.

Tomemos um exemplo: suponhamos que um trabalhador possa tecer em seis horas cinco quilos de algodão em fio, com o valor de três moedas. Suponhamos, também, que esse algodão tenha custado vinte horas de trabalho para ser produzido e que, por isso, tem um valor de dez moedas; suponhamos, ainda, que o capitalista tenha despendido, por meio de sua máquina de tecer utilizada para estas seis horas de tecelagem, o correspondente a quatro horas de trabalho, que representam um valor de duas moedas. Assim, o valor total dos meios de produção consumidos na tecelagem (algodão + máquina de tecer) equivalerá a doze moedas, correspondentes a vinte e quatro horas de trabalho. Se acrescentarmos a isso as seis horas do trabalho de tecelagem, o tecido pronto será pois, no total, produto de trinta horas de trabalho, e terá, por isso, valor de quinze moedas. Se o capitalista deixar o trabalhador trabalhar apenas seis horas por dia, a produção do fio vai custar-lhe 15 moedas: 10 pelo algodão, 2 pelo gasto dos instrumentos, 3 em salário. Não existe mais-valia.

Muito diferente seriam as circunstâncias se este mesmo capitalista fizesse o trabalhador cumprir 12 horas diárias. Nestas 12 horas, o trabalhador processaria 10 quilos de algodão, nos quais já teriam sido corporificadas, anteriormente, 40 horas de trabalho, com um valor de 20 moedas. Os instrumentos teriam consumido o produto de 8 horas de trabalho, no valor de 4 moedas, mas o trabalhador acrescentaria ao material bruto um dia de 12 horas de trabalho, ou seja, faria surgir um valor adicional de 6 moedas. As despesas do capitalista — 20 moedas pelo algodão, 4 moedas pelo gasto dos instrumentos, e 3 pelo salário — somariam apenas 27 moedas. Iria, então, sobrar uma “mais-valia” de 3 moedas.

Portanto, para Marx, a mais-valia é uma consequência do fato de o capitalista fazer o trabalhador trabalhar para ele sem pagamento durante uma parte do dia. O dia de trabalho se divide, assim, em duas partes: na primeira, o “tempo de trabalho necessário”, o trabalhador produz seu próprio sustento, ou o valor deste; por essa parte do trabalho, ele recebe o equivalente em forma de salário. Durante a segunda parte, o “superávit em tempo de trabalho”, ele é “explorado”, e produz a “mais-valia”, sem receber qualquer equivalente por ela.

Portanto, o capital não é apenas controle sobre o trabalho, como diz Adam Smith. É essencialmente controle sobre o trabalho não-pago. Toda a mais-valia, seja qual for a forma em que vá se cristalizar mais tarde — lucro, juro, renda etc. — é, substancialmente, materialização de trabalho não pago. O segredo da autovalorização do capital reside no controle que exerce sobre determinada quantidade de trabalho alheio não pago.

Marx escolheu um método de análise defeituoso

Alguém que busque uma verdadeira fundamentação da tese em questão poderá encontrá-la por meio de dois caminhos naturais: o empírico e o psicológico. O primeiro caminho nos leva a simplesmente examinar as condições de troca entre mercadorias, procurando ver se nelas se espelha uma harmonia empírica entre valor de troca e gasto de trabalho. O outro — com uma mistura de indução e dedução muito usada em nossa ciência — nos leva a analisar os motivos psicológicos que norteiam as pessoas nas trocas e na determinação de preços, ou em sua participação na produção. Da natureza dessas condições de troca poderíamos tirar conclusões sobre o comportamento típico das pessoas. Assim, descobriríamos, também, uma relação entre preços regularmente pedidos e aceitos, de um lado, e a quantidade de trabalho necessária para produzir mercadorias de outro. Mas Marx não adotou nenhum desses dois métodos naturais de investigação. É muito interessante constatar, em seu terceiro volume, que ele próprio sabia muito bem que nem a comprovação dos fatos nem a análise dos impulsos psicológicos que agem na “concorrência” teriam bom resultado para a comprovação de sua tese.

Marx opta por um terceiro caminho de comprovação, aliás, um caminho bastante singular para esse tipo de assunto: a prova puramente lógica, uma dedução dialética tirada da essência da troca.

Marx já havia encontrado no velho Aristóteles que “a troca não pode existir sem igualdade, e a igualdade não pode existir sem a comensurabilidade”. Marx adota esse pensamento. Ele imagina a troca de duas mercadorias na forma de uma equação, deduz que nas duas coisas trocadas — portanto igualadas — tem de existir “algo comum da mesma grandeza”, e conclui propondo-se a descobrir o que é essa coisa em comum, à qual as coisas equiparadas podem ser reduzidas como valores de troca.

Fatos que antecedem uma troca devem evidenciar antes desigualdade do que igualdade

Gostaria de intercalar aqui um comentário. Mesmo a primeira pressuposição — a de que na troca de duas coisas existe uma “igualdade” das duas, igualdade essa que se manifesta, o que, afinal, não significa grande coisa — me parece um pensamento muito pouco moderno e também muito irrealista, ou, para ser bem claro, muito precário. Onde reinam igualdade e equilíbrio perfeitos não costuma surgir qualquer mudança em relação ao estado anterior. Por isso, quando no caso da troca tudo termina com as mercadorias trocando de dono, é sinal de que esteve em jogo alguma desigualdade ou preponderância que forçou a alteração.

Exatamente como as novas ligações químicas que surgem a partir da aproximação entre elementos de corpos: muitas vezes o “parentesco” químico entre os elementos do corpo estranho aproximado não é forte, mas é mais forte do que o “parentesco” existente entre os elementos da composição anterior. De fato, a moderna ciência econômica é unânime em dizer que a antiga visão escolástico-teológica da “equivalência” de valores que se trocam é incorreta. Mas não darei maior importância a esse assunto, e volto-me agora ao exame crítico daquelas operações lógicas e metódicas através das quais o trabalho termina por surgir como aquela coisa em “comum” à qual as coisas equiparadas se poderiam reduzir.

Método intelectual errôneo de Marx

Para a sua busca desse algo em “comum” que caracteriza o valor de troca, Marx procede da seguinte maneira: coteja as várias características dos objetos equiparados na troca e, depois, pelo método de eliminação das diferenças, exclui todas as que não passam nessa prova, até restar, por fim, uma única característica, a de ser produto de trabalho. Conclui, então, que seja esta a característica comum procurada.

É um procedimento estranho, mas não condenável. É estranho que, em vez de testar a característica de modo positivo — o que teria levado a um dos dois métodos antes comentados, coisa que Marx evitava —, ele procure convencer-se, pelo processo negativo, de que a qualidade buscada é exatamente aquela, pois nenhuma outra é a que ele procura, e a que ele procura tem de existir. Esse método pode levar à meta desejada quando é empregado com a necessária cautela e integridade, ou seja, quando se tem, escrupulosamente, o cuidado necessário para que entre realmente, nessa peneira lógica, tudo o que nela deve entrar para que depois não se cometa engano em relação a qualquer elemento que porventura fique excluído da peneira.

Mas como procede Marx?

Desde o começo, ele só coloca na peneira aquelas coisas trocáveis que têm a característica que ele finalmente deseja extrair como sendo a “característica em comum”, deixando de fora todas as outras que não a têm. Faz isso como alguém que, desejando ardentemente tirar da urna uma bola branca, por precaução coloca na urna apenas bolas brancas. Ele limita o campo da sua busca da substância do valor de troca às “mercadorias”. Esse conceito, sem ser cuidadosamente definido, é tomado como mais limitado do que o de “bens” e se limita a produtos de trabalho, em oposição a bens naturais. Consequentemente, fica óbvio que, se a troca realmente significa uma equiparação que pressupõe a existência de algo “comum da mesma grandeza”, esse “algo comum” deve ser procurado e encontrado em todas as espécies de bens trocáveis: não só nos produtos de trabalho, mas também nos dons da natureza, como terra, madeira no tronco, energia hidráulica, minas de carvão, pedreiras, jazidas de petróleo, águas minerais, minas de ouro etc.[1]

Excluir, na busca do algo “comum” que há na base do valor de troca, aqueles bens trocáveis que não sejam bens de trabalho é, nessas circunstâncias, um pecado mortal metodológico. É como se um físico que quisesse pesquisar o motivo de todos os corpos terem uma característica comum, como o peso, por exemplo, selecionasse um só grupo de corpos, talvez o dos corpos transparentes, e, a seguir, cotejasse todas as características comuns aos corpos transparentes, terminando por demonstrar que nenhuma das características — a não ser a transparência — pode ser causa de peso, e proclamasse, por fim, que, portanto, a transparência tem de ser a causa do peso.

A exclusão dos dons da natureza (que certamente jamais teria ocorrido a Aristóteles, pai da ideia da equiparação na troca) não pode ser justificada, principalmente porque muitos dons naturais, como o solo, são dos mais importantes objetos de fortuna e comércio. Por outro lado, não se pode aceitar a afirmação de que, em relação aos dons naturais, os valores de troca são sempre casuais e arbitrários: não só existem preços eventuais para produtos de trabalho, como também, muitas vezes, os preços de bens naturais revelam relações nítidas com critérios ou motivos palpáveis. É conhecido que o preço de compra de terras constitui um múltiplo da sua renda segundo a porcentagem de juro vigente. É também certo que, se a madeira no tronco ou o carvão na mina obtêm um preço diferente, isso decorre da variação de localização ou de problemas de transporte e não do mero acaso.

Marx se exime de justificar expressamente o fato de haver excluído do exame anterior parte dos bens trocáveis. Como tantas vezes, também aqui sabe deslizar sobre partes espinhosas de seu raciocínio com uma escorregadia habilidade dialética: ele evita que seus leitores percebam que seu conceito de “mercadoria” é mais estreito do que o de “coisa trocável”. Para a futura limitação no exame das mercadorias, ele prepara com incrível habilidade um ponto de contato natural, através de uma frase comum, aparentemente inofensiva, posta no começo do seu livro: “A riqueza das sociedades em que reina a produção capitalista aparece como uma monstruosa coleção de mercadorias.” Essa afirmação é totalmente falsa se entendermos o termo “mercadoria” no sentido de produto de trabalho, que o próprio Marx lhe confere mais tarde. Pois os bens da natureza, incluindo a terra, são parte importante e em nada diferente da riqueza nacional. Mas o leitor desprevenido facilmente passa por essas inexatidões, porque não sabe que mais tarde Marx usará a expressão “mercadoria” num sentido muito mais restrito.

Aliás, esse sentido também não fica claro no que se segue a essa frase. Ao contrário, nos primeiros parágrafos do primeiro capitulo fala-se alternadamente de “coisa”, de “valor de uso”, de “bem” e de “mercadoria”, sem que seja traçada uma distinção nítida entre estes termos. ”

A utilidade de uma coisa”, escreve ele na p. 10, “faz dela um valor de uso”. “A mercadoria. . . é um valor de uso ou bem”. Na p. 11, lemos: “o valor de troca aparece… como relação quantitativa… na qual valores de uso de uma espécie se trocam por valorem de uso de outra.”

Note-se que aqui se considera primordialmente no fenômeno do valor de troca também a equação ‘valor de uso = bem’. E com a frase “examinemos a coisa mais de perto”, naturalmente inadequada para anunciar o salto para outro terreno, mais estreito, de análise, Marx prossegue: “Uma só mercadoria, um ‘moio’ de trigo, troca-se nas mais diversas proporções por outros artigos.” E ainda: “tomemos mais duas mercadorias” etc. Aliás, nesse mesmo parágrafo ele volta até com a expressão “coisas”, e logo num trecho muito importante, em que diz que “algo comum da mesma grandeza existe em duas coisas diferentes” (que são equiparadas na troca).

A falácia de Marx consiste em uma seleção tendenciosa de evidências

No entanto, na p. 12, Marx prossegue na sua busca do “algo comum” já agora apenas para o “valor de troca das mercadorias”, sem chamar a atenção, com uma palavra que seja, para o fato de que isso estreitará o campo de pesquisa, direcionando-o para apenas uma parcela das coisas trocáveis.

Logo na página seguinte (p. 13), ele abandona de novo essa limitação, e a conclusão, a que há pouco havia chegado para o campo mais restrito das mercadorias, passa a ser aplicada ao círculo mais amplo dos valores de uso dos bens. “Um valor de uso ou bem, portanto, só tem um valor, na medida em que o trabalho humano abstrato se materializa ou se objetiva nele!”

Se, no trecho decisivo, Marx não houvesse limitado sua pesquisa aos produtos de trabalho, mas tivesse também procurado o “algo comum” entre os bens naturais trocáveis, ficaria patente que o trabalho não pode ser o elemento comum. Se Marx houvesse estabelecido essa limitação de maneira clara e expressa, tanto ele quanto seus leitores infalivelmente teriam tropeçado nesse grosseiro erro metodológico. Teriam sorrido desse ingênuo artifício, através do qual se “destila”, como característica comum, o fato de “ser produto de trabalho”, pesquisando num campo do qual antes foram indevidamente retiradas outras coisas trocáveis que, embora comuns, não são “produto do trabalho”.

Só seria possível lançar mão deste artifício da maneira como o fez — ou seja, sub-repticiamente — com uma dialética ríspida, passando bem depressa pelo ponto espinhoso da questão. Expresso minha admiração sincera pela habilidade com que Marx apresentou de maneira aceitável um processo tão errado, o que, sem dúvida, não o exime de ter sido inteiramente falso.

Continuemos.

Por meio do artifício acima descrito, Marx conseguiu colocar o trabalho no jogo. Através da limitação artificial do campo de pesquisa, o trabalho se tomou a característica “comum”. No entanto, além dele, há outras características que deveriam ser levadas em conta, por serem comuns. Como afastar essas concorrentes?

Marx faz isso por meio de dois raciocínios, ambos muito breves, e ambos contendo um gravíssimo erro de lógica

No primeiro, Marx exclui todas as “características geométricas, físicas, químicas ou quaisquer outras características naturais das mercadorias”. Isso porque “suas características físicas só serão levadas em conta na medida em que as tornam úteis, portanto as transformam em valores de uso. Mas por outro lado, a relação de troca das mercadorias aparentemente se caracteriza pela abstração de seus valores de uso”. Pois “dentro dela (da relação de troca) um valor de uso cabe tanto quanto outro qualquer, desde que exista aí em proporção adequada”.

O que diria Marx do argumento que segue? Em um palco de ópera, três cantores, todos excelentes — um tenor, um baixo e um barítono —, recebem, cada um, um salário de 20.000 moedas por ano. Se alguém perguntar qual é a circunstância comum que resulta na equiparação de seus salários, respondo que, quando se trata de salário, uma boa voz vale tanto quanto outra: uma boa voz de tenor vale tanto quanto uma boa voz de baixo, ou de barítono, o que importa é que a proporção seja adequada. Assim, por poder ser, “aparentemente”, afastada da questão salarial, a boa voz não pode ser a causa comum do salário alto.

É claro que tal argumentação é falsa. É igualmente claro também que é incorreta a conclusão a que Marx chegou, e que foi por mim aqui transcrita. As duas sofrem do mesmo erro. Confundem a abstração de uma circunstância em geral com a abstração das modalidades específicas nas quais essa circunstância aparece. Em nosso exemplo, o que é indiferente para a questão salarial é apenas a modalidade específica da boa voz, ou seja, se se trata de voz de tenor, baixo ou barítono. Mas não a boa voz em si.

Da mesma forma, para a relação de troca das mercadorias, abstrai-se da modalidade específica sob a qual pode aparecer o valor de uso das mercadorias, quer sirvam para alimentação, quer sirvam para moradia ou para roupa. Mas não se pode abstrair do valor de uso em si. Marx deveria ter deduzido que não se pode fazer abstração desse último, pelo fato de que não existe valor de troca onde não há valor de uso. Fato que o próprio Marx é forçado a reconhecer repetidamente.[2]

Mas coisa pior acontece com o passo seguinte dessa cadeia de argumentação. “Se abstrairmos do valor de uso das mercadorias”, diz Marx textualmente, “resta-lhes só mais uma característica: a de serem produtos de trabalho”. Será mesmo? Só mais uma característica? Acaso bens com valor de troca não têm, por exemplo, outra característica comum, qual seja, a de serem raros em relação à sua oferta? Ou de serem objetos de cobiça e de procura? Ou de serem ou propriedade privada ou produtos da natureza?

E ninguém diz melhor nem mais claramente do que o próprio Marx que as mercadorias são produtos tanto da natureza quanto do trabalho: Marx afirma que “as mercadorias são combinação de dois elementos, matéria-prima e trabalho”, e conclui dizendo que “o trabalho é o pai (da riqueza) e a terra é sua mãe”.

Por que, pergunto eu, o princípio do valor não poderia estar em qualquer uma dessas características comuns, tendo de estar só na de ser produto de trabalho? Acresce que, a favor dessa última hipótese, Marx não apresenta qualquer tipo de fundamentação positiva. A única razão que apresenta é negativa, pois diz que o valor de uso, abstraído, não é princípio de valor de troca. Mas essa argumentação negativa não se aplica, com igual força, a todas as outras características comuns, que Marx ignorou?

E há mais ainda! Na mesma p. 12, em que Marx abstraiu da influência do valor de uso no valor de troca, argumentando que um valor de uso é tão importante quanto qualquer outro, desde que exista em proporção adequada, ele nos diz o seguinte sobre o produto de trabalho:

Mas também o produto de trabalho já se transformou em nossas mãos. Se abstrairmos do seu valor de uso, abstrairemos também dos elementos materiais e das formas que o tornam valor de uso. Ele já não será mesa, casa ou fio, ou outra coisa útil. Todas as suas características sensoriais serão eliminadas. Ele não será produto de trabalho em marcenaria, construção ou tecelagem, ou outro trabalho produtivo. O caráter utilitário dos trabalhos corporificados nos produtos de trabalho desaparece se desaparecer o caráter utilitário destes produtos de trabalho, da mesma forma que desaparecem as diversas formas concretas desse trabalho: elas já não se distinguem; são reduzidas a trabalho humano igual, a trabalho humano abstrato.

Será que se pode dizer, de modo mais claro e explícito, que, para a relação de troca, não apenas um valor de uso, mas uma espécie de trabalho, ou produto de trabalho, “vale tanto quanto qualquer outro, desde que exista na proporção adequada”? E que se pode aplicar ao trabalho exatamente o mesmo critério em relação ao qual Marx antes pronunciou seu veredito de exclusão contra o valor de uso? Trabalho e valor de uso têm, ambos, um aspecto quantitativo e outro qualitativo. Assim como o valor de uso é qualitativamente diverso em relação a mesa, casa ou fio, assim também são qualitativamente diferentes os trabalhos de marcenaria, de construção ou de tecelagem. Por outro lado, trabalhos de diferentes tipos podem ser diferenciados em função de sua quantidade, enquanto é possível comparar valores de uso de diferentes tipos segundo a magnitude do valor de uso. É absolutamente inconcebível que circunstâncias idênticas levem, ao mesmo tempo, à exclusão de alguns elementos e à aceitação de outros!

Se, por acaso, Marx houvesse alterado a sequência de sua pesquisa, teria excluído o trabalho com o mesmo raciocínio com que exclui o valor de uso. Com o mesmo raciocínio com que premiou o trabalho, proclamaria, então, que o valor de uso, por ser a única característica que restou, é aquela característica comum tão procurada. A partir daí poderia explicar o valor como uma “cristalização do valor de uso”.

Creio que se pode afirmar, não em tom de piada, mas a sério, que nos dois parágrafos da p. 12 onde se abstrai, no primeiro, a influência do valor de uso e se demonstra, no segundo, que o trabalho é o “algo comum” que se buscava, esses dois elementos poderiam ser trocados entre si sem alterar a correção lógica externa. E que, sem mudar a estrutura da sentença do primeiro parágrafo, se poderia substituir “valor de uso” por “trabalho e produtos de trabalho”, e na estrutura da segunda colocar, em lugar de “trabalho”, o “valor de uso”!

Assim é a lógica e o método com que Marx introduz em seu sistema o princípio fundamental de que o trabalho é a única base do valor. Julgo totalmente impossível que essa ginástica dialética fosse a fonte e a real justificativa da convicção de Marx. Um pensador da sua categoria — e considero-o um pensador de primeiríssima ordem —, caso desejasse chegar a uma convicção própria, procurando com olhar imparcial a verdadeira relação das coisas, jamais teria partido por caminhos tão tortuosos e antinaturais. Seria impossível que ele tivesse, por mero e infeliz acaso, caído em todos os erros lógicos e metodológicos acima descritos, obtendo, como resultado não conhecido nem desejado, essa tese do trabalho como única fonte de valor.

Creio que a situação real foi outra. Não duvido de que Marx estivesse sinceramente convencido de sua tese. Mas os motivos de sua convicção não são aqueles que estão apresentados em seus sistemas. Ele acreditava na sua tese como um fanático acredita num dogma. Sem dúvida, foi dominado por ela por causa das mesmas impressões vagas, eventuais, não bem controladas pelo intelecto, que antes dele já tinham desencaminhado Adam Smith e David Ricardo, e sob influência dessas mesmas autoridades. E ele, certamente, jamais alimentou a menor dúvida quanto à correção dessa tese. Seu princípio tinha, para ele próprio, a solidez de um axioma. No entanto, ele teria de prová-lo aos leitores, o que não conseguiria fazer nem empiricamente nem segundo a psicologia que embasa a vida econômica.

Voltou-se, então, para essa especulação lógico-dialética que estava de acordo com sua orientação intelectual. E trabalhou, e revolveu os pacientes concertos e premissas, com uma espécie de admirável destreza, até obter realmente o resultado que desejava e que já de antemão conhecia, na forma de uma conclusão externamente honesta.

Conforme vimos acima, Marx teve pleno sucesso nessa tentativa de fundamentar convincentemente sua tese, enveredando pelos caminhos da dialética. Mas será que teria obtido algum amparo se tivesse seguido aqueles caminhos específicos que evitou, ou seja, o empírico e o psicológico?

****
Notas

[1] Karl Knies objeta com muito acerto contra Marx: “Na exposição de Marx não há nenhum motivo pelo qual a equação 1 “moio” de trigo = x quintais de madeira produzida na floresta não permita uma segunda equação, também válida, que diga: 1 “moio” de trigo = w quintais de madeira virgem = y acres de terra virgem = z acres de terra cultivada com prados naturais.” (Das Geld, Iª ed. p. 121;1 2ª ed p. 157).

[2] Por exemplo, na p. 15, final: “Por fim, nenhuma coisa pode ter valor sem ser objeto de uso. Se for inútil, o trabalho nela contido será inútil, não valerá como trabalho (sic!), e por isso não constituirá valor.”

Já Karl Knies chamara atenção para o erro lógico do texto. Veja-se Das Geld, Berlim, 1873, p. 123 ss. (2ª ed. p. 160 ss). Estranhamente, Adler (Grundlagen der Karl Marxschen Kritik, Tübingen, 1887, p. 211 ss) entendeu mal meu argumento, quando me censura dizendo que “boas vozes” não são mercadorias no sentido marxista. Para mim, não se tratava de considerar “boas vozes” como bens econômicos, segundo a lei marxista de valor, mas sim de dar o exemplo de um silogismo que revela o mesmo erro de Marx. Eu poderia muito bem escolher outro exemplo, que não tivesse nenhuma relação com o terreno econômico. Por exemplo, poderia ter demonstrado que, segundo a lógica marxista, o “algo comum” está em haver colorido em sabe-Deus-o-quê, mas não em haver uma mistura de várias cores. Pois uma mistura de cores — por exemplo, branco, azul, amarelo, preto, violeta — vale para a qualificação “colorido” o mesmo que a mistura de verde, vermelho, laranja, azul etc., desde que as cores apareçam em proporção adequada. Portanto, vamo-nos abstrair, no momento, das cores e das misturas de cor!

Escrito por Eugen von Böhm-Bawerk.

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Karl Marx: Satanista Confesso https://portalconservador.com/karl-marx-satanista-confesso/ https://portalconservador.com/karl-marx-satanista-confesso/#comments Thu, 25 Apr 2013 00:11:24 +0000 http://portalconservador.com/?p=35 read more →]]> Nos últimos séculos temos ouvido muito falar em comunismo/socialismo, capitalismo, esquerda, partidos totalitários, classe dominante, proletariado. Brigas intermináveis no campo das idéias, entre grupos militantes políticos/ideológicos e religiosos nos induzem a crer que estamos em meio a uma guerra no campo das ideias e ideais que visa claramente à perseguição principalmente ao cristianismo.

E, em meio esta confusão, um personagem muito polêmico odiado por uns, amados por outros, tem sido usado e citado em discursos inflamados a favor da liberdade de pensamento e direitos humanos. Karl Marx, conhecido como o pai do comunismo, autor do manifesto comunista, conquistou o mundo afirmando ter a resposta quanto a ajudar os famintos, necessitados e oprimidos sobre a terra, querendo fazer uma crítica a Deus, pois satirizava o fato de Jesus ter a resposta para se chegar ao céu.

Karl Marx, o filósofo da revolução

Karl_Marx

O pensador alemão que era considerado um dos mais influentes de todos os tempos, investigou a mecânica do capitalismo e previu que o sistema seria superado pela emancipação dos trabalhadores. Muitas ideias de Max foram produtivas, sim, e aproveitadas hoje principalmente na educação, psicologia, porém as interpretações são diversas, feitas conforme a subjetividade e interesses de cada um. Marx que dizia lutar contra a alienação das mentes, na verdade criou um movimento alienante pelo total proselitismo ideológico, disfarçado de direitos humanos dignos. Muitas guerras, perseguições e injustiças sociais devem a este movimento (o tiro saiu muitas vezes pela culatra).

Dois momentos da história europeia foram vividos por Marx intensamente e tiveram importantes reflexos em sua obra: as revoltas antimonárquicas de 1848 – na Itália, na França, na Alemanha e na Áustria – e a Comuna de Paris que, durante pouco mais de três meses em 1871, levou os operários ao poder, influenciados pelas ideias do próprio Marx. A insurreição acabou reprimida, com um saldo de 20 mil mortes, 38 mil prisões e 7 mil deportações.

No início de sua vida o comunista Marx era dominado por uma ideia: como ajudar as massas exploradas. O que as empobrece, afirmava ele, é o capitalismo, a utopia de Karl Max incluía além de direitos trabalhistas justos, remuneração conforme suas necessidades, divisão de bens igualitários, sem governo, nem guerras, nem revolução, sem injustiças sociais etc. um pais das maravilhas. Com esse pensamento promoveu uma grande guerra não apenas entre as classes, mas individual, pois perseguir um sonho de “liberdade”, sem limites, sem regras sem controle, gera uma prisão interior e uma insatisfação, frustrante por nunca conseguir atingir o objetivo.

Ele passou esta ideia para uma população massacrada por uma classe dominante rica que ele chamava burguesia, capitalista e, para conseguir este feito, segundo ele, era necessário muito mais que destruir essa classe, o capitalista, era necessário destruir todas as religiões que traziam uma felicidade ilusória. Marx afirmava que com a extinção da religião, da fé, de Deus que impregnava a mente das pessoas, o ser humano faria um retorno a uma felicidade mais real. Abandonar DEUS era condição para se chegar a esta felicidade. “A crítica à religião é, portanto, a crítica a este vale de lágrimas do qual a religião é a auréola.” (Introdução a Crítica à Filosofia da Lei, de Hegel).

Karl Marx passou essa ideia para o mundo, que para realizar o ideal comunista de sociedade justa, era necessário abandonar Deus, pois somente o comunismo tinha a resposta para o mundo, e Max foi um dos principais responsáveis em colocar o mundo dos pensadores filósofos contra as igrejas, difundir o ateísmo, e contou com o fato histórico de que a igreja cristã, nos primórdios, andava lado a lado com os exploradores do mundo, só não comentavam seus adeptos que ele era rico, família abastada, ou seja, proletária capitalista.

O marxismo impressiona a opinião pública por causa do seu sucesso, mas o sucesso não prova coisa alguma. O sucesso não confirma somente a verdade, mas também o erro e muitos erros foram cometidos em nome desse ideal de sociedade justa sem Deus e sem religião.

O que poucos conhecem e divulgam é que Karl Marx era no começo de sua história um Cristão, tendo chegado inclusive chegou a escrever uma grande obra literária com 10 volumes onde declarava sua Fé. Nela lembram estas lindas palavras:

“Através do amor de Cristo, voltamos nossos corações ao mesmo tempo para nossos irmãos que intimamente são ligados a nós e pelos quais Ele deu-Se a Si mesmo em sacrifício.” (“Marx e Engels”, Obras Reunidas, l0 volume – Internacional Publishers, New York, 1974 ).

Cristo aparece nos escritos de Marx muito tempo após ele se haver transformado em um fervoroso militante contra a religião. Até mesmo em um confuso livro sobre economia política como “O Capital“, no qual reflexões sobre religião são de pouca importância, o maduro e antirreligioso Marx escreveu, totalmente fora do contexto:

O cristianismo, com seu culto do homem abstrato, mais especificamente em seus desenvolvimentos burgueses, protestantismo, deísmo, etc., é a forma de religião mais conveniente.” (Capítulo 1, seção IV) Lembremo-nos, Marx começou como um crente cristão.

“Seu conhecimento da fé e moral cristãs é bastante claro e bem fundamentado. Até certo ponto conhece também a história da igreja cristã.” (Arquivo para a história do socialismo e movimento dos trabalhadores, 1925, na Alemanha).

Mas depois do magistério algo misterioso acontece na vida de Max, que o tonou antirreligioso. Ele escreve em um poema: “Desejo vingar-me d’Aquele que governa lá em cima.”.

Karl Marx era filho de família rica, não passou necessidade, não teve sofrimentos nem frustrações, aparentemente, com sua família. Porém foi acometido por uma rebelião contra Deus, contra a religião de difícil compreensão. Não era a defesa da laicidade que pregava e sim, claramente, contra Deus, não era um descredito de um mito, mas uma clara oposição a alguém que ele sabia que existia e resolveu lutar contra. Um jovem que sonhava com justiça social, amor ao próximo cheio de sonhos, como poderia ter agora declarações tão pessimistas e tão revoltantes contra um Deus que ele dizia amar e conhecer.

Assim um deus tirou de mim tudo na maldição e suplício do destino. Todos os seus mundos foram-se, sem retorno! Nada me restou a não ser a vingança! “Meu desejo é me construir um trono Seu topo seria frio e gigantesco Sua fortaleza seria o medo sobre-humano E a negra dor seria seu general “Quem olhar para ele com olhar são Voltará, mortalmente pálido e silencioso, Arrebatado por cega e fria morte. Possa a sua felicidade preparar-lhe o seu túmulo.” (Karl Marx, Obras Reunidas, Vol. I, N. York, International Publishers, 1974)

Existe um drama pouco conhecido, que ele compôs também durante seus anos de estudante. Chama-se “Oulanem”.

Caracteristicamente, “Oulanem” é uma inversão de um nome santo: é um anagrama de Emanuel, nome bíblico para Jesus, que em hebraico significa “Deus conosco”. Tais inversões de nomes são consideradas eficazes na magia negra. “Somente poderemos compreender o drama Oulanem, se ouvirmos primeiro a estranha confissão feita por Marx em um poema intitulado “O Violinista”, mais tarde declamado tanto por ele como pelos seus seguidores:”.

O biógrafo de Marx escreve: Os vapores infernais elevam-se e enchem o cérebro, Até que eu enlouqueça e meu coração seja totalmente mudado. Vê esta espada? O príncipe das trevas Vendeu-a para mim.” Estas linhas ganham significado quando se sabe que nos rituais de iniciação superior dos cultos satânicos é vendido ao candidato uma espada encantada que assegura o sucesso. Ele paga por ela assinando, com o sangue tirado dos pulsos, um pacto segundo o qual sua alma pertencerá a Satanás após a morte. E agora uma citação do drama Oulanem:Era Karl Marx um satanista? Richard Wurmbrand

Werner Blumeberg, em seu livro Retrato de Marx, cita uma carta escrita pelo pai de Marx a seu filho, em 2 de março de 1837: “O seu progresso, a preciosa segurança de ver seu nome tornar-se um dia muito famoso e o seu bem-estar material não são os únicos desejos do meu coração. Estas foram ilusões que alimentei por longo tempo, mas posso assegurar-lhe que a sua realização não me teria tornado feliz. Somente se o seu coração permanecer puro e humano, e se nenhum demônio for capaz de afastar seu coração dos melhores sentimentos, somente então eu serei feliz.”

Em seu poema “A Donzela Pálida”, ele escreve:

Assim, eu perdi o direito ao céu, Sei disso perfeitamente. Minha alma, outrora fiel a Deus, Está destinada ao inferno.” Não é necessário qualquer comentário. Marx começara com ambições artísticas.

Seus poemas e dramas são importantes para revelar o estado de seu coração, de seu espírito mas, não tendo valor literário, não receberam qualquer reconhecimento. Marx abandonou a poesia por um ideal revolucionário em nome de Satanás, contra uma sociedade que não apreciou seus poemas, uma tradição judaica que o rejeitou. Começou então nessa fase uma rebelião total contra Deus. Ele disse “Eu nutro ódio contra todos os deuses.”

Sua filha Eleanor escreveu um livro chamado “O Mouro e o General, Recordações de Marx e Engels” (Dietz Publishing House, Berlim,1964). Neste livro ela conta as estórias horripilantes que ele contava amedrontando suas duas irmãs pequenas sempre com conteúdo satânico, estórias de pacto com o demônio.

O biógrafo de Marx escreve:

“Pode haver muito poucas dúvidas quanto ao fato de que aquelas estórias intermináveis eram autobiográficas… Ele tinha o ponto de vista do diabo quanto ao mundo e a maldade do diabo. Às vezes, ele parecia reconhecer que estava executando obras do mal.”

Marx segundo o autor do livro “Era Karl Max Um Satanista?” odiava todos os deuses; odiava qualquer conceito de Deus. Desejava ser o homem que iria expulsar Deus. O socialismo foi a isca utilizada para induzir proletários e intelectuais a aceitarem esse ideal demoníaco.

Quando os soviéticos, em seus primeiros anos, adotaram o slogan “Vamos expulsar os capitalistas da terra e Deus do céu”, estavam simplesmente cumprindo o legado de Karl Marx.

Karl Marx não era ateu e sim satanista

Afirma o autor do livro “Era Karl Marx Um Satanista?” Essencial afirmar enfaticamente que Marx e seus colegas, enquanto anti-Deus, não eram ateus, como os marxistas atuais descrevem a si próprios. Isto é, enquanto denunciavam e ultrajavam abertamente a Deus, odiavam um Deus em quem acreditavam. Sua existência não é posta em dúvida; Sua supremacia, sim.

Quando a revolução comunista irrompeu em Paris em 1871, o Camarada Flourence declarou: “Nosso inimigo é Deus. O ódio a Deus é o princípio da sabedoria ” (“Filosofia do Comunismo”, Charles Boyer, Fordham Umversity Press, N. York, 1952) Marx elogiava muito os camaradas que proclamavam abertamente este propósito.

Com desdém lançarei meu desafio Bem na face do mundo, E verei o colapso desse pigmeu gigante Cuja queda não extinguirá meu ardor. Então vagarei semelhante a um deus, vitorioso, Pelas ruínas do mundo, E, dando às minhas palavras uma força dinâmica, Sentir-me-ei igual ao Criador.” (Marx antes do Marxismo, tradução de D. McLellan, MacMillan)

Marx adotou o satanismo após uma luta interior. Os poemas foram terminados em um período de grave enfermidade, o resultado dessa tempestade em seu coração. Nessa época ele escreve sobre “seu desgosto em ter de fazer um ídolo de uma teoria que detesta. Ele está doente”.

Maldição familiar de Karl Marx

O motivo dominante da conversão de Marx ao comunismo aparece claramente em uma carta de seu amigo George Jung para Ruge. Não é a emancipação do proletariado, nem o estabelecimento de uma melhor ordem social. Jung escreve: “Se Marx, Bruno Bauer e Feuerbach se unissem para fundar uma revisão político-teológica, Deus faria bem em cercar-se de todos os Seus anjos e abandonar-se à autocomiseração, pois estes três certamente iriam expulsá-lo do céu…” (Citação de MacLellan, ver acima) Todos os satanistas ativos destruíram vidas. O mesmo sucedeu com Marx.Arnold Kunzli, em seu livro K. Marx – “Um Psicograma” (Europa-Verlag, Z.urich, 1966), conta-nos o tipo de vida de Marx que levou ao suicídio duas filhas e um genro. Três crianças morreram de subnutrição. Sua filha Laura, casada com o socialista Laforgue também sepultou três de seus filhos. Em seguida, ela e o marido suicidaram-se. Outra filha, Eleanor, decidiu fazer o mesmo, junto com o marido. Ela morreu. Ele voltou atrás no último minuto. As famílias dos satanistas estão sob maldição. Mais tarde teve um filho com a empregada e colocou o nome de Engels, que igualmente era cristão no começo de sua vida, e deixou de ser quando se envolveu com comunismo, sua desconversão ao cristianismo foi dolorosa.”

O homem que convenceu Engels (seu melhor amigo que o introduziu no comunismo) ) a tornar-se comunista foi o mesmo Moses Hess que antes convencera Marx, Hess escreveu, após encontrar-se com Engels em Cologne: “Ele separou-se de mim como um comunista super zeloso. É assim que eu produzo devastação.” (Moses Hess, Obras Selecionadas, Publishing House Joseph Melzer, Cologne, 1962) “Eu produzo devastação ” Era este o propósito supremo da vida de Hess? É também o de Lúcifer.

Engels estava plenamente consciente do perigo satanista. Em seu livro “Schelling, o Filósofo em Cristo”, Engels escreveu:

Desde a terrível Revolução Francesa, um espírito inteiramente novo e demoníaco entrou em grande parte da humanidade, e o ateísmo levanta sua audaciosa cabeça de um modo tão desavergonhado e insidioso que poder-se-ia pensar que as profecias das Escrituras estão agora cumpridas. Vejamos primeiramente o que as Escrituras dizem quanto ao ateísmo dos últimos tempos. O Senhor Jesus diz em Mat. 24: 1 l aparecimento do iníquo) é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios da mentira, e com todo o engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira; a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.’ ” E assim por diante. Engels cita escritura após escritura, tal como o mais convicto dos teólogos teria feito. Ele continua: “Não temos mais indiferença ou frieza em relação ao Senhor. Não, é uma inimizade aberta, declarada, e no lugar de todas as seitas e partidos temos agora apenas dois: cristãos e anti-cristãos… Vemos os falsos profetas entre nós… Eles circulam pela Alemanha, e querem introduzir-se em toda parte; divulgam seus ensinos satânicos nas praças e carregam a bandeira do diabo de uma cidade para outra, seduzindo a pobre juventude, a fim de lançá-la no mais profundo abismo de inferno e morte.” Ele termina o seu livro com as palavras do Apocalipse: 13: ‘ Levantar-se-ão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará em quase todos. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo para testemunho a todas as nações. Então virá o fim’ E no versículo 24:’ Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.’ E São Paulo diz, em II Tess. 2:3: ‘Será revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou objeto de culto..’.

O homem que escreveu tais poemas e advertências contra o satanismo, o homem que orou com lágrimas para guardar-se desse perigo, o homem que reconheceu que Marx era possuído de mil demônios, torna-se o maior colaborador de Marx na luta demoníaca “para abolir toda religião e todos os costumes”. (“O Manifesto Comunista”, de Marx e Engels). A teologia liberal(BAUER) fez isso. Ela compartilha com Marx e Engels a culpa pelos milhares de inocentes mortos pelo comunismo.

O Comunista Marx Não era Ateu era Satanista ele fazia preleções sobre assuntos como ”Perversidade de Deus” (exatamente como agem os adeptos de Satã; ao contrário dos ateístas, eles não negam a existência de Deus, a não ser para enganar a outros; eles sabem de Sua existência, porém descrevem-no como perverso.

Outra ligação importante para confirmar a ligação de Karl marx. com o satanismo é a relação do marxismo e a teosofia que não é acidental. A teosofia divulgou no Ocidente doutrina indiana da não existência de uma alma individual. O que a teosofia realiza através da persuasão o marxismo realiza através do poder do chicote. Despersonaliza os homens, transformando-os em robôs submissos ao Estado.

No Manifesto Comunista,

Marx expressou seu desejo de abolir todas as religiões, o que se supõe incluiria também a eliminação do culto satanista. Contudo, sua esposa refere-se a ele como sumo sacerdote e bispo. De qual religião? A única religião europeia que tem sumos sacerdotes é a satanista. Que cartas pastorais teria escrito ele, um homem tido por ateísta? Onde estão essas cartas? Há uma parte da vida de Marx que não foi pesquisada. Alguns biógrafos de Marx poderiam ter certa intuição quanto ao relacionamento entre a adoração ao diabo e o assunto tratado em seus livros.

Não possuindo, porém, o necessário discernimento espiritual, não podiam entender os fatos que tinham ante os olhos. Contudo, o testemunho deles é interessante. O marxista Franz Mehring escreveu em seu livro “Karl Marx” (G. Allen & Unwin Ltd., Londres, 1936): “Embora o pai de Karl Marx tenha falecido alguns dias após o vigésimo aniversário de seu filho, ele parece ter observado, com secreta apreensão, o demônio em seu filho predileto… Fleury. Marx não imaginou, e nem poderia ter imaginado, que o rico cabedal de cultura burguesa que ele transmitira a seu filho Karl, como uma valiosa herança para a vida, contribuiria apenas para libertar o demônio que ele temia”.

Morte do pai do Comunismo

Marx morreu em desespero, como todos os satanistas. Em 25 de maio de 1883 ele escreveu a Engels: “Como a vida é insípida e vazia, mas como é desejável!”

O segredo do Comunismo

Existe um segredo por detrás do marxismo que apenas alguns poucos marxistas sabem. Lenine escreveu: “Após meio século, nem sequer um dos marxistas compreendeu Marx.” (Citado em Hegel, por W. Kaufmann, Doubleday, 1965) (Pg18)

Existe um segredo também por detrás da vida de Lenine. Ele escreve o seguinte a respeito do Estado Soviético:
“O Estado não funciona como desejamos. Como funciona? O carro não obedece. Um homem está ao volante e parece dirigi-lo, porém o carro não corre na direção desejada. Ele avança conforme o desejo de uma outra força.”(Lenine, Obras em Francês, volume XXXIII, p.284) O que é essa outra força misteriosa que anula até mesmo os planos dos líderes bolchevistas? Teriam eles negociado com uma força que esperavam dominar, mas que provou ser mais poderosa, além de suas próprias previsões, levando-os ao desespero? (Pg19)

Comunismo uma hipocrisia Marxista

Em uma carta de 1921 (vol. XXXVI, p.572), Lenine escreve: “Todos nós merecemos ser enforcados numa corda suja. E eu não perdi as esperanças de que isso se realize, desde que somos incapazes de condenar esta suja burocracia. Se isso acontecer, será bem feito.”

Esta foi a última esperança de Lenine, após toda uma vida de lutas pela causa comunista: ser merecidamente enforcado em uma corda suja. Essa esperança não foi realizada em sua vida, mas quase todos os que trabalharam com ele foram finalmente executados por Stálin, após terem confessado publicamente haver servido outros poderes que não o proletariado que simularam socorrer.

Neste momento estou em choque com a confissão a de Lenine: “Espero que sejamos enforcados em cordas sujas!”?

Que contraste com a declaração de outro lutador, o apóstolo Paulo,(Cristão) que quase no fim de sua vida: escreveu “Combati o bom combate, completei a carreira… Já agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia.” (Il Tim. 4:7, 8)

A verdade é mostrada por fatos e expus uma parte pequena da história de vida de Karl Marx, mas o que move o pensamento humano, não são as respostas e sim as perguntas que farei agora.

1. Por que “os demônios”? Por que não “o proletariado” ou “o povo”? Por que esta evocação das forças satânicas?
2. O que isso tem a ver com as legítimas exigências da classe trabalhadora por melhores salários? Posso entender que os comunistas prendam padres e pastores como contra revolucionários.
3. Mas por que os padres foram forçados a dizer a missa sobre excrementos e urina, na prisão rumena de Piteshti?
4. Por que cristãos foram torturados para tomarem a comunhão com esses mesmos elementos? Por que a obscena zombaria da religião? (1. Cirja Retorno do Inferno e D. Bacu Piteshti)
5. Por que o sacerdote da Igreja Ortodoxa Rumena Roman Braga, prisioneiro dos comunistas na época (seu endereço atual é o “Bispado Ortodoxo Rumeno”, Jacksonville, Michigan, USA), teve seus dentes arrancados um a um com uma barra de ferro, para fazê-lo blasfemar?

Os comunistas explicaram a ele e a outros: “Se nós os matarmos, vocês, cristãos, irão para o céu. Porém não desejamos que sejam coroados mártires. Vocês devem primeiro amaldiçoar a Deus e então ir para o inferno.”

Os marxistas são tidos por ateus que não creem nem no céu nem no inferno.

Nestas circunstâncias extremas, o marxismo tirou sua máscara ateísta, revelando sua verdadeira face, que é o SATANÍSMO A perseguição comunista à religião pode ter uma explicação humana. A fúria dessa perseguição sem limites é SATÂNICA. (Pg24)

“A luta contra Deus para arrebatar seus crentes” é a única explicação lógica da luta comunista contra o batismo. Na Albânia, o sacerdote Stephen Kurti foi condenado à morte por haver batizado uma criança. Batismos devem ser feitos em segredo na China Vermelha ou na Coréia do Norte. (Pg25)

Os Kolhozniks (trabalhadores das fazendas coletivas) não têm carteiras de identidade e portanto só podem batizar seus filhos secretamente (Igor Shafarevitch, “A Legislação sobre Religião na URSS”, Seuil, França, 1973).

Batismo expressão do Cristianismo combatida pelos satanistas

A luta comunista contra o batismo admite a crença no seu valor para a alma. Nações cujos fundamentos estão ligados a determinadas religiões, como Israel, Paquistão ou Nepal, opõem-se ao batismo, o sinal exterior da aceitação do cristianismo.

Mas para os ateus, como os comunistas declaram ser, o batismo nada significa. Não beneficia e não prejudica o batizado. Porque então a luta comunista contra o batismo? Porque os comunistas “lutam contra Deus para arrebatar os seus crentes”. A sua ideologia não é realmente inspirada pelo ateísmo. Qualquer um que deseje saber mais sobre o relacionamento entre o marxismo e o oculto deveria ler Descobertas Psíquicas atrás da Cortina de Ferro, de Sheila Ostrander e Lynn Schrõder (Englewood Cliffs, N. Jersey, Prentice-Hall, 1970).(pg 25)

Qual foi a contribuição específica de Marx ao plano de Satanás para a humanidade? Foi muito ‘grande’. A Bíblia ensina que Deus criou o homem à sua própria imagem (Gên. 8:24).

O jornal soviético Sovietskaia Molodioj, de 14.2.76, acrescenta nova e irrefutável prova das ligações entre o marxismo e o satanismo. O jornal russo descreve como os comunistas militantes, sob o regime czarista, tumultuavam as igrejas e zombavam de Deus. Para este fim, os comunistas usavam uma versão blasfema do “Pai Nosso”: “Pai nosso, que estás em Petersburgo (o nome antigo de Leningrado); Amaldiçoado seja o teu nome, Possa o teu reino despedaçar-se, Possa a tua vontade não ser feita, Sim, nem mesmo no inferno. Dá-nos o pão que nos roubaste, E paga nossas dívidas, assim como pagamos as tuas até agora, Não nos deixes cair em tentação Mas livra-nos do mal – a polícia de Plehve (o Primeiro Ministro czarista) E põe um fim neste maldito governo. mas, como tu és fraco e pobre de espírito, poder e autoridade, Fora contigo por toda a eternidade. Amém.” O objetivo principal do comunismo em conquistar novos países não é estabelecer novo sistema social ou econômico, e sim zombar de Deus e louvar a Satanás.

Conclusão

Minha intenção em fazer este estudo é trazer a sociedade Cristã, a verdadeira intenção de Karl Max (autor do manifesto comunista) um homem que foi e é adorado por muitos, mas que, travou uma guerra pessoal contra Deus. Quero fazer um alerta de que realmente o inicio deste movimento comunista que prometeram direitos e igualdade, liberdade tão sonhada pela sociedade, era na verdade um movimento anticristão. Liderado por um satanista que usou cidadãos bem intencionados muitas vezes sofridos, como bode expiatório, massa de manobra, para travar uma luta espiritual e carnal, um Deus, que ele acreditava sabia que existia. Definitivamente me perdoe os adoradores de KARL MAX, mas ele não era Ateu. Ele não só acreditava em Deus, como achava poder derrota-lo e somente atraiu para si e para sua família desgraça.

O povo sem saber, enganado pelas pseudo boas intenções manifesta em grandes e elaborados discursos na verdade ajudou a promover as piores guerras e perseguições, que é o objetivo do seu opositor satanás.

Hoje o comunismo aboliu muitas ações que eram aceitas na época Karl Max, Porém faço um alerta de que a base deste comunismo é o satanismo e devemos prestar atenção a esses movimentos que em nome da liberdade da falsa igualdade estão mesmo é promovendo atos diabólicos para destruir as famílias, a maior instituição criada por Deus.

Quando votamos, em um candidato estamos favorecendo na verdade o partido, e podemos abrir portas dos fundos para militantes pró-aborto, drogas, anti família e ante Deus. Por isso devemos buscar conhecer, como funciona nossa política e apostar em partidos e candidatos que se comprometam com nossas causas.

Escrito por Marisa Lobo.

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Marxismo Refutado https://portalconservador.com/marxismo-refutado/ https://portalconservador.com/marxismo-refutado/#comments Tue, 19 Mar 2013 11:59:21 +0000 http://portalconservador.com/?p=28 read more →]]> Neste trabalho busco rememorar incontáveis trabalhos de ciências econômicas, lógica, antropologia dentre incontáveis outras ciências e que ao longo do tempo, provaram com veemência que o marxismo é pseudociência, cabível somente como objeto de debate literário. Devo lembrar que sua prática consiste em um ato criminal e fere os mais fundamentais direitos humanos. Infelizmente o mundo acadêmico possui uma inclinação irracional para esta teoria, permitindo que seu espectro sobreviva incidindo sobre diversas áreas, tais como sociologia, psicologia, economia e ate mesmo direito! É uma lástima incomensurável perceber que a mentira persiste em um meio, cujo interesse é buscar a verdade, aproximando-se dela a cada experimentação. Embora já refutado de forma cabal por muitos autores, tais como ; Menger, Bohm-Bawerk, Misses, Hayek, Popper dentre incontáveis outros, este tipo de perspectiva nociva persiste como um fantasma decadente da ignorância. Laboratorialmente, o marxismo já se evidenciou o maior mal da humanidade, provocando o maior genocídio da historia (matando centenas de milhões) e alastrado a miséria e servidão de formas jamais vistas (Europa Oriental, África e parte da Ásia).

Refutação a Luta de Classes

A base para o pensamento marxista é a suposição da existência de duas antagônicas classes sociais no modelo capitalista e que estariam em constante conflito; burguesia (empregadores) x proletariado (assalariados). No que concerne a historia da cultura ocidental, as classes sociais antes existentes na cultura ocidental (nobreza/clero/servos), desapareceram com a Revolução Francesa. A revolução trouxe consigo a ascensão de uma nova classe; a burguesia. O termo burgo, surge na Europa medieval para exprimir todos os que se afastavam do domínio feudal, após a solidificação das fronteiras europeias, e a expulsão dos bárbaros. Deste modo, tornou-se possível o ressurgimento das cidades europeias ao redor dos castelos através do sistema de troca, conhecido como mercantilismo. Esta classe é oriunda dos antigos servos feudais e que antes estavam sob a tutela da monarquia, podendo então sobreviver a partir de suas livres relações. O que temos no mundo moderno é a extensão desta única classe apenas diferenciada entre níveis econômicos, e que variam de acordo com procedimentos administrativos. Portanto qualquer individuo dentro do sistema de livre-mercado pode assumir papel de empregador ou assalariado; um direito que é assegurado juridicamente (no Brasil cpf/cnpj). Para isto, necessitara de uma reserva financeira e que dependerá do tipo de investimento. Sua evolução econômica dependera em grande parte da qualidade de seu serviço e de sua capacidade administrativa e conhecimento de livre-mercados (tendências). Este será o ponto culminante para a permanência ou desobrigação de um individuo como empregador. No entanto Marx justifica a suposta dicotomia pela “Mais-Valia” que sugere que o empregador explora seus empregados, de modo que a luta de classes se torna inevitável. Este é o vetor ideológico de toda a teoria marxista.

Refutação a Mais-Valia

A mais-valia é uma falácia das mais cômicas e pretensiosas. Embora alguns estudiosos sugiram que Marx fora honesto a desenvolver esta teoria, particularmente duvido desta premissa. Esta clara nas propostas de Marx a tendência à dissolução do Estado em todos seus argumentos. É como encontrar um objetivo e tentar justificá-lo, como ocorre nas premissas marxistas e socialistas contemporâneas. Segundo a teoria da Mais-Valia, postulada em O Capital, o lucro do modelo capitalista esta em um excedente de trabalho, fica a disposição do empregador. Hipoteticamente, um trabalhador que exerça 8 horas de carga horária, recebe apenas 1 hora e seu excedente constitui o lucro que vos é explorado. Nesta perspectiva Marx não considera o obvio; as mercadorias não são vendidas ao mesmo tempo em que são produzidas. Portanto devem ser estocadas e depois vendidas. Assim, não existem meios para que o valor do volume produzido seja pago, ao ritmo que são produzidas. Logo o empregador não explora seus funcionários, mas vos ajuda, lhes fornecendo renda adiantada dos bens por eles produzidos, antes que sejam totalmente vendidas. A falha desta teoria esta no valor do trabalho onde o valor dos produtos decorre dos custos da produção e do tempo decorrido, influindo supostamente no valor dos produtos, repercutindo no valor do trabalho. Obviamente o valor do produto não decorre destes valores, mas de uma serie de fatores subjetivos identificados pela Lei de Utilidade Marginal, e que coordenam a oferta e demanda. Segundo esta perspectiva, cada consumidor possui um conjunto de valores subjetivos, que influenciam em seu consumo. Portanto mesmo todo tempo e custo empregue na produção não serão capazes de garantir sua venda. Eles podem estagnar nas lojas, caindo de preço, ou se tornarem supervalorizados. Assim o empregador não terá garantias de sua venda, nem do retorno do capital investido, o que indica que o lucro capitalista não depende do custo nem do tempo, mas do valor subjetivo que é dado às mercadorias, mais a associação das instituições ao mercado¹. Deste modo a teoria marxista de mais valia é totalmente refutada.

Refutação ao Materialismo Histórico e Dialético

O materialismo histórico e dialético (embora negado por determinados marxistas) é outra lastima teórica, pois depende de um reducionismo histórico extremamente absurdo a fins de vigorar a antítese ideológica de Marx. Para Marx, o contexto histórico é movido pelo capital, ou seja; pela matéria. Portanto é pela e através da matéria (ação do ponto de vista físico) que devem ocorrer às revoluções, como principio dialético. Esta teoria é equivocada, uma vez que anulada a subjetividade do fluxo histórico, qualquer movimento sobre ele (revolução comunista) seria justificável. Marx estipulou teoricamente que a sociedade humana e sua historia são movidas exclusivamente pelas forças produtivas (influenciado pelo materialismo de Feuerbach), sem que em qualquer momento relevasse a subjetividade, supostamente alienada pela matéria, o que consiste em um evidente reducionismo histórico. A evidência esta na arqueologia e é amplamente tratada em psicologia e antropologia, e revelam que o senso criativo da subjetividade move o homem desde tempos memoriais, como na pintura rupestre. É o homem que move a matéria e com ela o fluxo histórico (vetor subjetivo). Por fim, obviamente a dialética não se aplicaria a história, por ser um exercício cognitivo e não um método empírico ou que tenha vínculo com esta ciência. Mais terrível é fundir a dialética com o materialismo, uma vez que a dialética consiste em um exercício lógico e retórico, não cabendo ser empregue a análises físicas. Por exemplo; para estudar a natureza de um átomo, não se faz necessário, nem válido contrapor os dados presentes sobre ele, na espera de algum resultado, senão por um exercício mental. A argumentação de que a historia deve ser medida pela contraposição revolucionária é apenas uma forma de calcar seu ideário de dominação.

Refutação a teoria econômica de Marx

O marxismo prega que a pobreza surge com a instituição privada (influência de Rousseau) e deste modo pede seu fim. Para ele a instituição privada gera assimetrias de riquezas. Ocorre, pois Marx considera o ser material e não subjetivo. Sabemos que cada indivíduo possui noções particulares, ofícios particulares e formas distintas de empregar seus esforços e a partir disto; ganhos assimétricos. Mais terrivelmente Marx culpa o gênese da riqueza (instituição privada) pela pobreza e pede com sua dissolução a submissão de todos. A pobreza jamais seria consequente da instituição privada, mas fruto de privação capital. Neste caso, o homem pode ser privado do capital em função de suas escolhas ou em função de alguma força que se imponha. É exatamente isto que o marxismo faz, ao impor-se negando a instituição privada, uma vez que Marx sugere o fim do uso de moeda e das livres relações comerciais. Sem a moeda é impossível estabelecer cálculos econômicos e acentuar a oferta à demanda, gerando escassez de produtos, o que resulta em miséria e servidão aos poderes governamentais, tornando impossível a pratica de qualquer livre-iniciativa – como sugere a escola austríaca. Segundo a refutação de Mises; uma vez que cada indivíduo possui um ritmo distinto de consumo, motivado por suas características particulares, a reposição deste produto deve ocorrer pelo livre mercado, uma vez que é impossível para o Estado determinar quando e quanto produzir, a fins de suprir as necessidades dos cidadãos. Marx oblitera das ciências econômicas seu real caráter científico, obliterando todo empirismo desde a mais simples matemática financeira ao estudo das estruturas complexas de mercado, ao exigir a destituição da moeda. Isto prova que a teoria de Marx nunca fora ciência econômica, uma vez que a ciência econômica necessita de validade empírica, mas consiste em sua total negação e destruição. Talvez para a mente acéfala de Marx, fosse difícil compreender a mais simples aritmética aplicada à matemática financeira o que justifica sua tentativa de destruir a ciência exata em prol da simples especulação literária e de seu golpe oportunista, narrado como um manifesto partidário – O manifesto do partido comunista.

Refutação a teoria de Estado de Marx

Marx deixa claro que visa estabelecer uma ditadura e que os meios para isto é a revolução sangrenta. Ele chama esta ditadura de “Ditadura do Proletariado”. Para Marx, o Estado deve ser dissolvido pelos revolucionários partidários de sua ideologia. Karl Marx manipula pela mentira incitando a discórdia, uma vez que usa a inveja a ignorância para seduzir os mais fracos. Na teoria de Estado de Marx é governado por um partido; O Partido Comunista e a ele não existe oposição. Não existe voto e as decisões federais são tomadas em exclusivos pelos lideres do partido. Obvio; sem instituição com qual poder algo poderia ser reivindicado? Marx traçou teoricamente os meios necessários para estabelecer sua ditadura e que visa eliminação étnica (como cita em carta), abolição dos direitos civis e a total eliminação da liberdade política (O Manifesto do Partido Comunista), econômica (O Capital), religiosa (A questão judaica), ideológica e cultural. A teoria do Estado de Marx é falha, pois as ordens centrais não são passivas aos intentos da população, falhando no sentido democrático, mas também no sentido de manutenção da instituição governamental. Ocorre uma vez que sem perceber os intentos, cabe ao Estado marxista (como no caso da URSS) o fracasso administrativo, econômico e governamental, o que gerará revolta. Deste modo, mesmo que seja impressa lei marcial, como ocorre no sistema marxista, a supressão destes direitos e valores culmina inevitavelmente na fragilidade do Estado e na inevitável dissolução do sistema.

Refutação do marxismo como ciência

O marxismo é claramente uma pseudociência, por diversos fatores. Primeiramente o marxismo rejeita os pilares da ciência tradicional como o empirismo, positivismo e o racionalismo. Como bem sugere Popper Marx sugere como lei científica da história a inevitável passagem do capitalismo ao socialismo e depois ao comunismo. Entretanto Marx não define qualquer limite de tempo para este previsão. Trata-se apenas de uma profecia; uma superstição que usa do nome da ciência, o “socialismo científico”. Sobretudo, o marxismo jamais seria cientifico, pois rejeita o uso de moeda, o que leva irredutivelmente ao problema de calculo econômico, bem citado pela escola austríaca de economia. Esta racionalização equivocada vai contra a natureza humana e suas necessidades particulares de consumo, negando o valor subjetivo e todo tipo de liberdade econômica. Devo lembrar que nenhuma das teorias de Marx se sustenta diante cálculos ou experimentação. Tamanha falácia nem deveria ser comentada no mundo acadêmico. Caso seja viável, devemos repensar a possibilidade de discutir a possibilidade do geocentrismo.

Marxismo na prática

Em função do problema de calculo econômico (teorizado pela escola austríaca), da eliminação dos livres mercados (maximizando a qualidade dos serviços/tecnologias) e pela redução das liberdades intelectuais e das forças produtivas (estatizadas) as nações Comunistas caíram em um fracasso inevitável. Somente no primeiro ano do governo Comunista, morreram de fome, cerca de 5 milhões de russos. Nos campos de prisioneiros da URSS (Gulag) somados a fome provocada pelo regime comunista, somente no governo de Stalin, foram 24 milhões de mortos. Na China de Mao Tse Tung morreram 60 milhões de pessoas. Somando ao Vietnam, Coréia do Norte, e demais nações comunistas os números chegam a 110 milhões de civis mortos. Sem contar a Segunda Guerra Mundial e o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (o partido nazista) de ordem Leninista. Não devemos esquecer que muitos países Africanos adotaram o modelo marxista, caindo na mais terrível miséria durante o final do século XX, propiciando quase um bilhão de miseráveis.

Marxismo x Capitalismo

Após o fracasso econômico das teorias de Marx o desenvolvimento mundial começa a emergir, diante a “mágica dos livres mercados”. A evidência empírica de que o capitalismo gera riqueza e não pobreza esta na associação entre dois gráficos; Índice de Desenvolvimento X Índice de Liberdade Econômica (Index of Economic Freedom) que analise o nível de capitalismo. A partir desta analise, percebemos que as nações com maiores índices de desenvolvimento humano são todas capitalistas, enquanto os menores índices são de nações que restringiram o uso da moeda (ex-comunistas e socialistas). Os IDH mais elevados são de nações que em geral possuem uma economia mista, que mescla welfere state e liberalismo econômico como Noruega, Canadá, Austrália e Coréia do Sul. Não existe uma única nação marxista na historia que fora bem sucedida. Já o capitalismo mostra seu real poder nestas nações que bem o aplicara.

Escrito por Christiano di Paulla.

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