Marxismo Cultural – Portal Conservador https://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Wed, 30 Jun 2021 15:32:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.8.1 65453639 Transgênero derrota 21 mulheres e vence concurso Miss Nevada nos EUA https://portalconservador.com/transgenero-derrota-21-mulheres-e-vence-concurso-miss-nevada-nos-eua/ https://portalconservador.com/transgenero-derrota-21-mulheres-e-vence-concurso-miss-nevada-nos-eua/#comments Wed, 30 Jun 2021 15:32:24 +0000 https://portalconservador.com/?p=5429 read more →]]> Pela primeira vez, um participante transgênero venceu o concurso de Miss Nevada, nos Estados Unidos, derrotando 21 mulheres na competição, que aconteceu no domingo (27), no hotel -cassino South Point, em Las Vegas.

Kataluna Enriquez, 27 anos, começou a competir em concursos femininos no ano passado. “Para mim, o que importa é inclusão, diversidade e representatividade”, declarou. Agora o transgênero vai representar o estado de Nevada no concurso Miss EUA que será realizado em 29 de novembro.

“Não tive a jornada mais fácil da vida. Lutei contra o abuso físico e sexual. Lutei com a saúde mental”, disse em entrevista à KVVU-TV. “Não tive apoio, mas ainda sou capaz de prosperar, e ainda sou capaz de sobreviver e me tornar um pioneiro para muitos”, continuou.

O canal de TV informou que, se Enriquez ganhar o concurso em novembro, será o segundo competidor transgênero a se juntar ao concurso de Miss Universo, depois do transgênero espanhol Angela Ponce, em 2018.

Cultura popular do transgenerismo

De acordo com a CBN News, a cultura popular trata o transgenerismo como “uma coisa nova”, mas a Bíblia ensina claramente que não há outras categorias de gênero além de masculino e feminino. Os dois primeiros capítulos de Gênesis mostram o desígnio de Deus para a humanidade.

Há três anos, a Organização Mundial de Saúde declarou que ser transgênero não deve mais ser considerado um transtorno de saúde mental. Mas, outros pesquisadores, médicos e ex-pessoas LGBT discordam dessa descoberta.

A Dra. Michelle Cretella, presidente da Faculdade Americana de Pediatras, diz que é um grande problema que o termo “gênero” tenha sido adulterado para inventar mais de 60 gêneros diferentes.

“Nosso sexo é binário. É um traço biológico objetivo, e precisamos retornar a essa realidade”, alertou.

Destransição de gênero

Paralelamente a essa declaração, estão as pessoas que deixaram o estilo de vida LGBT e há diversos testemunhos de que o poder de Deus pode ajudar a curar distúrbios de identidade sexual.

Muitos abandonaram voluntariamente suas identidades “inventadas”, conforme a Dra. Michelle Cretella descreveu, para participar de eventos como a Marcha da Liberdade e para protestar contra um projeto de lei californiano que tenta proibir aconselhamento bíblico para aqueles que não querem mais sentir atração pelo mesmo sexo.

“Eu sou um exemplo vivo de que há um renascimento na comunidade LGBT”, disse MJ Nixon, uma ex-lésbica e co-fundadora da Marcha da Liberdade, ao CBN News.

“Quando vim a Cristo, Ele mostrou a minha verdadeira identidade”, disse. Nixon frequenta a Igreja Bethel em Redding, na Califórnia, liderada por Ken Williams e Elizabeth Woning.

“Eu nunca teria conseguido sem a ajuda de um conselheiro. Ele simplesmente me disse: ‘Ei, Jesus se preocupa com este problema’. Agora eu sei que a mudança é possível”, concluiu.

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Hungria aprova lei que proíbe conteúdos considerados pró-LGBT para crianças https://portalconservador.com/hungria-aprova-lei-que-proibe-conteudos-considerados-pro-lgbt-para-criancas/ https://portalconservador.com/hungria-aprova-lei-que-proibe-conteudos-considerados-pro-lgbt-para-criancas/#respond Tue, 15 Jun 2021 23:26:01 +0000 https://portalconservador.com/?p=5422 read more →]]> FOLHA PRESS – Em meio a fortes críticas de grupos de direitos humanos e da oposição ao premiê Viktor Orbán, o Parlamento da Hungria aprovou, nesta terça-feira (15), uma lei que proíbe a disseminação em escolas de conteúdos que sejam caracterizados como um meio de promoção da homossexualidade e da mudança de gênero.

O primeiro-ministro buscará um novo mandato no pleito do ano que vem, no qual tentará sua quarta vitória eleitoral consecutiva –ele comanda o país desde 2010. Para isso, tem apostado em uma postura cada vez mais radical em políticas sociais, com críticas à comunidade LGBT, às discussões de gênero e às políticas de imigração, o que tem gerado um acirramento da polarização na Hungria.

Com uma agenda cristã conservadora, o Fidesz, partido de Orbán, apresentou o projeto de lei na semana passada como uma emenda a outra proposta que estabelece punições contra o crime de pedofilia –uma manobra legislativa que, na prática, diminuiu as probabilidades de que os parlamentares votassem contra. O resultado se traduziu em 157 votos favoráveis e um contrário, já que a oposição decidiu boicotar a votação.

A medida, que tenta estabelecer relações entre a pedofilia e as questões LGBT, desencadeou um protesto nesta segunda-feira (14), véspera da votação, às portas do Parlamento. Milhares de manifestantes se reuniram em Budapeste com bandeiras de arco-íris e palavras de ordem contra a proposta de lei.

“Isso é horrível e desumano”, disse Dominika Pandzsa, funcionária de um jardim de infância, à agência de notícias Reuters. “Eles estão tentando privar as pessoas de todos os seus direitos. Isso trancaria algumas crianças no armário, e elas deveriam ter a oportunidade de se expor.”

Segundo a legislação aprovada, “conteúdos que representem a sexualidade ou promovam o desvio da identidade de gênero, mudança de sexo ou homossexualidade não devem ser acessíveis a menores de 18 anos”.

A lei determina a proibição da exposição de pornografia a crianças e adolescentes –mais uma forma de garantir apoio parlamentar ao projeto. Na prática, porém, segundo diversos grupos de direitos humanos, a restrição pode ser ampliada a qualquer material ou conteúdo que retrate orientações sexuais e identidades de gênero diversas, desde livros e filmes como Harry Potter até anúncios publicitários como os que a Coca-Cola veiculou no país em 2019. A propaganda do refrigerante mostrava um casal formado por dois homens e gerou uma onda de críticas e pedidos de boicote à marca por parte dos conservadores.

A nova legislação também determina a criação de uma lista restrita de organizações autorizadas a preparar palestras, oficinas ou aulas que abordem discussões de gênero e sexualidade nas escolas. Para membros do Fidesz, a medida impedirá que esse tipo de evento seja usado para “influenciar o desenvolvimento sexual de crianças”.

Os correligionários de Orbán alegam ainda que os chamados “programas de sensibilização” que compõem diversas campanhas contra a discriminação na Hungria “podem prejudicar gravemente o desenvolvimento físico, mental e moral” das crianças.

A mesma linha de raciocínio foi utilizada no ano passado, quando um livro infantil chamado “Wonderland Is For Everyone” (o país das maravilhas é para todos) foi severamente criticado pelos políticos conservadores da Hungria.

A coletânea de contos reunia histórias como a de dois príncipes que se apaixonavam um pelo outro e de uma “Branca de Neve” com a pele negra. Segundo seus criadores, o livro visa ajudar jovens a aprender a aceitar as minorias e combater o preconceito e o ostracismo social. A obra, no entanto, foi rotulada pelo governo como “propaganda homossexual” e banida das escolas.

Desde a semana passada, quando o projeto foi apresentado, grupos de defesa dos direitos humanos têm dito que a nova legislação restringe a liberdade de expressão e os direitos das crianças e põe em risco a saúde mental de jovens LGBT ao impedi-los de obter acesso a informação e apoio. Nesta terça, a relatora do Parlamento Europeu sobre a situação na Hungria, Gwendoline Delbos-Corfield, também criticou a nova lei dizendo que “usar a proteção infantil como desculpa para atingir as pessoas LGBTQI é prejudicial a todas as crianças”.

Em dezembro do ano passado, uma decisão do Parlamento da Hungria de emendar a Constituição do país passou a definir “família” como “baseada no casamento e na relação entre pais e filhos”. Segundo o texto modificado, “a mãe é uma mulher, o pai, um homem”, e os filhos devem ser criados com um espírito conservador. Na prática, a lei húngara passou a proibir definitivamente a adoção de crianças por casais formados por dois homens ou duas mulheres.

O governo de Orbán também intensificou sua retórica anti-LGBT ao proibir pessoas transgênero, que não se identificam com o gênero atribuído no nascimento, de alterarem seus documentos pessoais. A lei aprovada em maio do ano passado substitui a categoria “sexo” no registro civil por “sexo atribuído no nascimento”, definido como “sexo biológico baseado em características sexuais primárias e cromossomos”.

Também em 2020, um membro do Fidesz, o eurodeputado József Szájer, foi preso em Bruxelas após participar de uma orgia enquanto a cidade adotava medidas duras de isolamento para conter uma nova alta de casos de Covid-19. Meia hora antes do toque de recolher determinado na cidade, a polícia entrou em um prédio próximo à Grand Place, um dos mais importantes pontos turísticos da capital belga, e encontrou 25 pessoas, a maioria homens e muitos dos quais sem roupa. Estavam presentes diplomatas e políticos, e a polícia encontrou drogas no local.

Diante da repercussão do caso, Szájer deixou o partido de Orbán, para quem as ações do hoje ex-correligionário eram “indefensáveis” e iam contra os valores do Fidesz. Figura importante no cenário político do país e aliado do primeiro-ministro havia mais de 30 anos, ele ocupou uma cadeira na Assembleia Nacional da Hungria entre 1990 e 2004, quando foi eleito para o Parlamento Europeu.

A relação entre pessoas do mesmo sexo ainda é considerada um crime em 69 países, de acordo com o principal relatório mundial sobre o tema divulgado no ano passado, o “Homofobia de Estado”, produzido pela ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais).

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Juiz determina que professor suspenso por se opor à política trans seja reintegrado https://portalconservador.com/juiz-determina-que-professor-suspenso-por-se-opor-a-politica-trans-seja-reintegrado/ https://portalconservador.com/juiz-determina-que-professor-suspenso-por-se-opor-a-politica-trans-seja-reintegrado/#respond Tue, 08 Jun 2021 23:37:01 +0000 https://portalconservador.com/?p=5414 read more →]]> Um juiz do estado da Virgínia (EUA) determinou que a escola garanta o emprego de Byron “Tanner” Cross até o fim de 2021.

O professor de educação física Byron “Tanner” Cross, que foi suspenso por se opor à política transgênero adotada pela escola em que trabalhava, ganhou sua batalha inicial contra o distrito escolar de Loudoun, no estado da Virgínia (EUA).

Em uma carta nesta terça-feira (8), o juiz James E. Plowman ordenou que as Escolas Públicas do Condado de Loudoun (LCPS, na sigla em inglês) restaurassem a posição de Cross como professor de educação física na escola primária de Leesburg.

A liminar temporária permitirá que Cross mantenha seu emprego até 31 de dezembro de 2021, a menos que outras ordens sejam aplicadas.

O juiz argumentou que Cross provavelmente teria sucesso se seu caso fosse levado a julgamento, já que o distrito escolar não levou em conta seus direitos constitucionais. Plowman disse ainda que reintegrar seu emprego estava dentro do “interesse público”.

Na reunião do conselho escolar, em 25 de maio, o Cross expressou sua oposição às políticas de gênero da escola. “Eu sou um professor, mas primeiro eu sirvo a Deus, e não vou afirmar que um menino biológico pode ser uma menina e vice-versa porque é contra a minha religião. É mentir para uma criança, é abuso para uma criança e é pecar contra o nosso Deus”, disse.

Poucos dias depois do discurso, Cross foi avisado em uma carta que estava suspenso e sob investigação por sua conduta, “que teve um impacto prejudicial nas operações” da escola.

Religião influenciou a suspensão

O distrito escolar chegou a argumentar que estava suspendendo Cross não por seu discurso, mas por causa da perturbação criada pelo professor, mas o juiz rejeitou a alegação.

“O Tribunal concluiu que a interrupção invocada foi insuficiente”, escreveu o juiz, acrescentando que o discurso de Cross e o conteúdo religioso foram “centrais” para a decisão do LCPS.

O LCPS não quis comentar. A Alliance Defending Freedom (ADF), uma organização de liberdade religiosa que representa Cross, elogiou a decisão.

“Ninguém deve ser punido por expressar preocupação sobre uma política governamental proposta, especialmente quando o governo convida a comentar essa política”, disse o presidente e CEO da ADF, Michael Farris.

“Os educadores são como todo mundo — eles têm ideias e opiniões que devem ser livres para expressar”, acrescentou. “As soluções em que acreditam não devem custar seus empregos.”

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Jornal troca termo ‘mulher’ por ‘pessoa com vagina’ https://portalconservador.com/jornal-troca-termo-mulher-por-pessoa-com-vagina/ https://portalconservador.com/jornal-troca-termo-mulher-por-pessoa-com-vagina/#comments Fri, 13 Nov 2020 14:35:22 +0000 https://portalconservador.com/?p=5297 read more →]]> Por pressão do movimento trans, a definição tradicional de mulher está se tornando um tabu; se qualquer um pode mudar de gênero, é preciso usar uma nova definição para as mulheres no sentido convencional

“Pessoas com vagina tendem a ser excessivamente preocupadas com a higiene íntima”, diz uma reportagem digital do jornal “Folha de S.Paulo” desta semana. Uma segunda matéria fala sobre higiene “para quem tem um pênis”. Em nenhuma das duas aparecem os termos “mulher”, “homem”, “masculino” ou “feminino”. Seria só coincidência ou a prova de que chegou ao Brasil o tabu ao redor do termo “mulher”? Em julho, um site britânico usou um termo igualmente esquisito: “Criando um mundo pós-pandemia mais igualitário para pessoas que menstruam”. A escritora J.K. Rowling não deixou barato e, no Twitter, ironizou a expressão: “Pessoas que menstruam? Tenho certeza que havia uma palavra para essas pessoas. Me ajudem: mulhen, mulund, mumud?”.

Por que, de repente, os jornalistas politicamente corretos pararam de usar essa simples palavra? A resposta está na nova (e bizarra) definição de mulher que surgiu por pressão de ativistas transexuais. Para a maioria deles, mulher é qualquer pessoa que se identifique como tal. Um homem pode tranquilamente se tornar uma mulher como qualquer outra. A Associação Britânica de Psicologia já usa como definição este vai-e-vem aqui: “Ser uma mulher não necessariamente envolve ser capaz de ter filhos ou ter cromossomos XX ou seios. Ser uma mulher no contexto cultural britânico significa aderir a normas sociais da feminilidade, como ser carinhosa, social, emotiva e vulnerável. Mas claro que nem todas as mulheres aderem a esse comportamento”.

Se para ser mulher basta simplesmente se definir assim, então o conceito convencional (cromossomos XX, útero) se torna indevido, politicamente incorreto. Quando precisa falar especificamente de mulheres no sentido tradicional, como na reportagem da “Folha” desta semana, o jornalista fica num beco sem saída. Acaba criando atentados ao português como “pessoas com vagina” ou “pessoas que menstruam”. A nova definição causou, principalmente na Inglaterra, uma guerra entre feministas e transexuais. Uma ideia fundamental do feminismo é que a feminilidade tem problemas únicos: a gravidez, a TPM, a menopausa, a ameaça da violência masculina. Mas, se os homens podem em questão de meses se tornar mulheres, o feminismo perde seu alicerce. Diversas feministas têm sido canceladas por dizer algo um tanto óbvio: transexuais merecem respeito e tolerância, mas ser mulher é outra coisa.

Em 2018, Mehan Murphy, editora do maior portal canadense de feminismo, teve a conta do Twitter bloqueada por publicar estas quatro palavras: “homens não são mulheres”. O Twitter viu no post conduta odiosa e obrigou que ela retirasse a publicação caso quisesse continuar no site. No mesmo ano, a feminista Kellie-Jay Keen-Minshull alugou um outdoor em Liverpool e imprimiu nele uma simples definição do dicionário: “mulher: substantivo; adulto feminino”. Foi acusada de transfobia e discurso de ódio; a empresa do outdoor rompeu o contrato e pediu desculpas nas redes sociais. As reportagens da “Folha” mostram que essa polêmica maluca chegou ao Brasil. É claro que o brasileiro médio vai continuar usando o termo “mulher” como sempre fez. A novidade só mostra, mais uma vez, o distanciamento entre o cidadão comum e os jornalistas que se deixam levar pelo ativismo radical.

Escrito por Leandro Narloch. Comentários Jovem Pan.

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Autores de ‘vídeos homofóbicos’ deverão pagar R$ 80 mil de danos morais coletivos https://portalconservador.com/autores-de-videos-homofobicos-deverao-pagar-r-80-mil-de-danos-morais-coletivos/ https://portalconservador.com/autores-de-videos-homofobicos-deverao-pagar-r-80-mil-de-danos-morais-coletivos/#comments Sat, 11 Jul 2020 17:51:31 +0000 https://portalconservador.com/?p=5221 read more →]]> TJSP negou retirar vídeos do Mundo Canibal do ar, mas entendeu ser cabível indenização em ação movida por Defensoria

A 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou autores de animações com mensagens transfóbicas, homofóbicas e machistas, do canal Mundo Canibal, a indenizarem em R$ 80 mil por danos morais coletivos. O valor deverá ser revertido pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, que ajuizou a ação civil pública, em política de ações afirmativas para promover a igualdade e o combate às diferentes forma de discriminação. Leia a íntegra do acórdão.

O colegiado, por outro lado, não concordou com o pedido para retirar do ar o conteúdo, publicado em redes sociais, pois isso configuraria censura. Por unanimidade, foi provido parcialmente um recurso da Defensoria, que havia tido seu pedido negado em 1ª instância em 2017 pelo juiz Guilherme Madeira Dezem para retirar os vídeos do ar e para obter indenização por danos morais.

A Defensoria ajuizou a ação inicialmente contra Rodrigo e Ricardo Piologo, Rogério Gonçalves Ferreira Vilela, Fábrica de Quadrinhos Núcleo de Artes S/C LTDA – autores dos vídeos – e Google, Facebook e Twitter, plataformas nas quais foram publicados os conteúdos. O órgão defendeu configuração do dano moral, porque os vídeos fomentam “um contexto social de ódio, discriminação e menosprezo à população LGBT e violação aos direitos das mulheres e das crianças e adolescentes, incitando a violência”. Argumenta, ainda, que os vídeos são ilícitos jurídicos, por isso devem ser retirados do ar.

Um dos vídeos, intitulado “Piripaque”, se inicia com os seguintes dizeres: “Olhe, cara, sabe aquelas situações em que você SABE o que quer fazer, mas não tem CORAGEM de fazer?” São então mostradas as seguintes situações: personagem dá um soco na barriga de sua namorada gestante, provocando um aborto; filho que “vomita” fogo e mata sua mãe queimada após ela confessar o seu ofício de prostituta; pai que, de arma em punho, atira no estômago do filho e em sua cabeça, disparando, ainda, aos risos, diversos outros tiros em seu corpo, fazendo-o sangrar copiosamente, após descobrir-lhe homossexual.

O Ministério Público do Estado de São Paulo, em parecer, defendeu que o “humor” do vídeo “decorre da identificação: somente quem compartilha do desejo de realizar tais atos de violência, ou que os entendam no seu íntimo, como naturais, diante das situações narradas” irá achar graça no material. “O vídeo reforça machismo e homofobia e ainda naturaliza atos de violência contra minorias, tratando-os como se integrassem o inconsciente coletivo, como se as violências retratadas constituíssem desejos reprimidos, mas existentes em todos nós, bastando um remedinho para liberá-los”, disse o MPSP.

Em outra animação, de nome “Sr. Donizildo em Whatahhel Prostituto”, quando um personagem percebe que a profissional do sexo por ele contratada é, na verdade, uma travesti, ele passa a torturá-la, removendo com uma tesoura seu órgão sexual masculino e alongando, com alicates, seus mamilos, para que se transformem em seios.

Em seu voto, a desembargadora-relatora Clara Maria Araújo Xavier diz que “em uma sociedade desigual, na qual existe a disparidade entre grupos sociais, é comum que o grupo supostamente dominante naturalize a situação marginalizada da minoria e ache ‘graça’ em situações nas quais há uma clara violação de normas, sejam elas sociais, linguísticas, morais ou de dignidade pessoal. Tais violações, aliás, muitas das vezes são tidas como benignas e inofensivas, seja pela distância psicológica do espectador/criador com a norma violada, seja pelo pouco ou nenhum comprometimento desse mesmo espectador/criador com referida norma”.

“De todo modo, importante salientar que a ferramenta do ‘riso’, – tão enaltecida pelos requeridos em sua contestação, e, obviamente, tão desejada por quem tem o humor como ofício – não tem, por si só, o condão de escusar ou mesmo de minimizar discursos excessivos, muitas vezes revestidos de caráter discriminatório e excludente de direitos, independentemente de serem eles considerados ou não discursos de ódio”, continua a desembargadora.

Por isso, em sua visão, a indenização por danos morais é devida. Já o pedido de retirada do ar dos conteúdos não pode prosperar, porque não há o explícito cometimento de crime, e a liberdade de expressão deve prevalecer.

“Analisando os conteúdos produzidos pelos requeridos – e por mais que, ao senso crítico desta julgadora, sejam eles absolutamente repulsivos, toscos e grotescos – compartilho do entendimento externado pelo julgador a quo no sentido de que o Estado-juiz não pode, de fato, impedir a sua livre circulação, removendo-os da rede mundial de computadores. Isso porque não se pode ignorar, pelos motivos bem expostos na r. sentença, que o objeto do litígio se encontra mesmo em linha limítrofe, não havendo o claro cometimento de crime por parte dos réus, “nem mesmo na questionável figura jurídica da apologia ao crime”, disse.

E continua: “Forçoso reconhecer que pleitos objetivando a proibição da veiculação de manifestações artísticas que, a princípio, teriam ofendido terceiros, soam – salvo naqueles casos excepcionais de patente desproporcionalidade no ingresso dos direitos de personalidade – um tanto quanto temerários, seja porque não se pode judicializar a arte (uma vez que o exercício da atividade jurisdicional não se destina à crítica artística), seja porque a solução encontrada pela Constituição Federal para o suposto abuso da liberdade de expressão é aplicado a posteriori, mediante indenização e eventual responsabilização criminal do artista”.

Por fim, condena apenas Rodrigo, Ricardo, Rogério e Fábrica de Quadrinhos Núcleo de Artes S/C LTDA ao pagamento de R$ 80 mil em danos morais coletivos.

A ação tramita com o número 1059191-91.2016.8.26.0100.

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Presidente da Polônia quer mudar Constituição para proibir adoção por casal LGBT https://portalconservador.com/presidente-da-polonia-quer-mudar-constituicao-para-proibir-adocao-por-casal-lgbt/ https://portalconservador.com/presidente-da-polonia-quer-mudar-constituicao-para-proibir-adocao-por-casal-lgbt/#respond Mon, 06 Jul 2020 19:19:22 +0000 https://portalconservador.com/?p=5200 read more →]]> O presidente da Polônia, Andrzej Duda, propôs nesta segunda-feira (6) uma mudança na Constituição do país para proibir a adoção de crianças por casais gays. A medida foi anunciada antes de um concorrido segundo turno eleitoral, no próximo domingo (12).

O opositor da centrista Plataforma Cívica (PO), Rafal Trzaskowski, atual prefeito de Varsóvia, afirmou no fim de semana que também é contra a adoção de crianças por casais LGBT.

Duda é aliado do Partido Nacional da Lei e Justiça (PiS), que considera os direitos LGBT uma influência estrangeira invasora que mina os valores tradicionais da Polônia.

Para mudar a Constituição, é preciso o voto de dois terços dos membros da câmara baixa do Parlamento. Após eleição em outubro, o PiS governa com uma pequena maioria e não possui cadeiras suficientes para realizar essas mudanças.

Duda disse que espera conseguir um apoio mais amplo à sua proposta, incluindo alguns membros da PO, do grupo agrário PSL e do partido da Confederação, de extrema direita.

“Estou convencido de que, graças a isso, a segurança e a preocupação pelo bem das crianças serão garantidas em uma extensão muito maior”, disse Duda em um evento em Varsóvia.

A mudança constitucional especificaria que apenas casais heterossexuais poderiam adotar filhos, disse ele. Os tribunais teriam o direito de verificar os casais para garantir que eles se encaixem na definição.

Um porta-voz da PO disse que o partido era contra a mudança constitucional proposta por Duda. Trzaskowski havia dito anteriormente que era a favor de parcerias civis para gays e propôs um programa de educação sexual em Varsóvia que ensinaria sobre questões LGBT para as crianças.

No mês passado, Duda disse que a ideologia LGBT era pior que o comunismo e prometeu proibir o ensino sobre questões LGBT nas escolas, em um esforço para, segundo ele, proteger o que ele vê como a família tradicional.

A Polônia foi classificada neste ano como o pior país da União Europeia em relação aos direitos LGBT, em uma pesquisa realizada pela ONG ILGA-Europa, com sede em Bruxelas.

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PM do RJ pode ser punida por impedir festa de traficante em favela https://portalconservador.com/pm-do-rj-pode-ser-punida-por-impedir-festa-de-traficante-em-favela/ https://portalconservador.com/pm-do-rj-pode-ser-punida-por-impedir-festa-de-traficante-em-favela/#respond Sat, 20 Jun 2020 18:05:33 +0000 https://portalconservador.com/?p=5182 read more →]]> Partido Socialista Brasileiro, Defensoria Pública e ONGs fizeram reclamação contra o governador e o procurador-geral de Justiça

O “principado” do tráfico de drogas, estabelecido no Rio de Janeiro por decisão judicial que proíbe operações policiais contra os bandidos nas favelas, durante a pandemia, atingiu seu momento mais baixo com a reclamação do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Defensoria Pública e ONGs contra o governador e o procurador-geral de Justiça, pelo fato de policiais terem atrapalhado e impedido uma grande festa de aniversário de um chefe do tráfico, onde criminosos exibem armas e vendem drogas. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

A queixa do PSB et caterva, vergonhosa, foi ao ministro Edson Fachin, autor da liminar que proíbe a polícia agir contra bandidos nas favelas.

O promotor Bruno Carpes, conhecido por sua atuação corajosa contra o crime, classificou essa situação como “teatro dos absurdos”.

Para Bruno Carpes, o Estado optou por deixar as populações dessas favelas dominadas por traficantes, “agentes do mal e do terror”.

Parece realidade paralela: as autoridades agora precisam explicar os motivos para combater o tráfico. Já traficantes, não podem ser presos.

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Líder de movimento feminista diz que Sara Winter foi expulsa por sumir com dinheiro para protesto e espalhar mentiras https://portalconservador.com/lider-de-movimento-feminista-diz-que-sara-winter-foi-expulsa-por-sumir-com-dinheiro-para-protesto-e-espalhar-mentiras/ https://portalconservador.com/lider-de-movimento-feminista-diz-que-sara-winter-foi-expulsa-por-sumir-com-dinheiro-para-protesto-e-espalhar-mentiras/#respond Tue, 16 Jun 2020 17:12:45 +0000 https://portalconservador.com/?p=5167 read more →]]> Até 2012, ela fez parte do Femen. Ucraniana afirma que ela pediu dinheiro para realizar ação, mas ‘simplesmente desapareceu’

A extremista Sara Giromini, que adotou o pseudônimo Sara Winter, presa nesta segunda-feira (15) em Brasília em uma investigação sobre movimentos antidemocráticos, foi excluída do grupo feminista Femen em 2012 acusada de “desaparecer” após receber dinheiro para fazer protesto que não foi realizado e espalhar mentiras sobre a organização. As afirmações são de Inna Schevchenko, líder do Femen, em entrevista ao G1 por e-mail.

Sara Winter em protesto em 2012, época que pedia a cassação do então deputado federal Jair Bolsonaro

O Femen é um grupo feminista fundado na Ucrânia, famoso por protestos em várias partes do mundo de mulheres com seios à mostra e frases escritas no corpo. Na época em que deixou o grupo, Sara negou o uso irregular de dinheiro enviado pela matriz e disse que a organização assumiu uma postura “ditatorial” com as integrantes brasileiras.

Atualmente, Sara Giromini é chefe do grupo 300 do Brasil, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo a investigação que levou à prisão de Sara nesta segunda, o grupo é suspeito de organizar e captar recursos para atos antidemocráticos e de crimes contra a Lei de Segurança Nacional. Integrantes do grupo 300 participaram de ato no último sábado (13), quando manifestantes lançaram fogos de artifícios contra o prédio do STF.

O grupo também participou de acampamento em Brasília que foi desmontado por policiais militares após o Ministério Público do Distrito Federal classificar o movimento como “milícia armada”.

“O engajamento político recente da Sara e as desinformações que ela espalhou sobre o movimento feminista nos últimos anos são uma vergonha”, afirma Inna.
A filiação de Sara ao Femen ocorreu há oito anos, quando ela foi até a Ucrânia. Naquele ano, ela chegou a protestar pela cassação do então deputado federal Jair Bolsonaro, de quem hoje é aliada, segundo o inquérito das fake news.

“Ela se apresentou naquela época como uma dedicada feminista que queria liderar o movimento feminista no Brasil. Quando ela voltou ao Brasil, nós descobrimos por alguns jornalistas locais que Sara não era seu verdadeiro nome e que anteriormente ela estava envolvida em alguma organização estudantil de direita. Nossa surpresa e indignação foram enormes”, conta a ucraniana de 29 anos.

Já na época da filiação ao Femen, ativistas de esquerda a criticaram por ter adotado um pseudônimo igual ao de uma apoiadora nazista britânica morta em 1944: Sara Winter, cujo nome de batismo era Sara Domville-Taylor. “Há evidências, sim, da existência de uma Sara Winter na União Fascista Britânica, mas não é possível afirmar que há uma relação de causalidade entre a Sara Winter original e a adoção [do pseudônimo] da Sara Winter brasileira”, afirma Odilon Caldeira Neto, professor de História Contemporânea na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

A segunda chance, no entanto, durou poucos meses. O Femen afirma que enviou dinheiro para Sara viajar de São Paulo ao Rio para realizar um protesto que jamais foi realizado.

“No dia da ação ela simplesmente desapareceu”, diz a ucraniana, que decidiu expulsá-la.

“Depois disso, Sara começou uma campanha de desinformação vergonhosa contra o movimento feminista e contra a minha pessoa. Nós, entretanto, decidimos não abaixar ao nível dela e simplesmente ignoramos suas acusações ridículas, lamentando por ela”.

Atualmente, o Femen diz que Sara tem “ideologias perigosas” e se tornou uma adversária de todas as feministas, negando os direitos e autonomia pessoal das mulheres.

Depois de ter sido alvo de busca e apreensão no inquérito das fake news, que também apura ataques a membros do Supremo Tribunal Federal (STF), Sara disse que iria “infernizar” a vida do ministro Alexandre de Moraes.

Ela é investigada também pela Procuradoria da República do Distrito Federal por suposta incitação à subversão da ordem social.

Com informações G1.

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Clipe com Luísa Sonza alcançou 1 milhão de dislikes no YouTube em menos de 24 horas https://portalconservador.com/clipe-com-luisa-sonza-alcancou-1-milhao-de-dislikes-no-youtube-em-menos-de-24-horas/ https://portalconservador.com/clipe-com-luisa-sonza-alcancou-1-milhao-de-dislikes-no-youtube-em-menos-de-24-horas/#respond Sun, 14 Jun 2020 11:49:38 +0000 https://portalconservador.com/?p=5153 read more →]]> Com uma letra de conotação sexual e recheado de poses sensuais e referências para maiores de 18 anos, Luísa Sonza e o cantor conhecido como Vitão lançaram o clipe da música “Flores” na madrugada da última sexta-feira (12).

“Passa aqui mais tarde, hoje não tá fácil. Só me traga flores, sabe que eu relaxo… Deixa eu ficar em cima, você fica embaixo. Agora me olha, deixa que eu encaixo”, canta Luísa no trecho inicial da música.

O problema, é que juntamente com os acessos, vieram as avaliações negativas do vídeo. Em menos de 24 horas, o clipe já contava com o dobro de dislikes em relação as avaliações positivas.

No Twitter, a artista atribuiu as críticas ao machismo presente na sociedade e afirmou que não irá desativar as avaliações do vídeo:

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Bispos da Áustria propõem bênção oficial para casais homossexuais https://portalconservador.com/bispos-da-austria-propoem-bencao-oficial-para-casais-homossexuais/ https://portalconservador.com/bispos-da-austria-propoem-bencao-oficial-para-casais-homossexuais/#respond Wed, 27 May 2020 22:56:13 +0000 https://portalconservador.com/?p=5101 read more →]]> VIENA, 27 Mai. 20 / 09:00 am (ACI).- O comitê de liturgia do Episcopado austríaco publicou recentemente um livro propondo uma bênção oficial para casais homossexuais, uma prática que iria além das bênçãos que já são feitas na Catedral de Viena e que seria contrária ao ensinamento da Igreja Católica.

O texto da comissão presidida pelo Arcebispo de Salzburgo, Dom Franz Lackner, inclui contribuições de teólogos de língua alemã e uma seção litúrgica na qual aparece uma sugestão sobre como um casal homossexual seria abençoado em uma igreja, destacando a “fidelidade e exclusividade” do relacionamento.

O título do livro é “Bênção de casais do mesmo sexo” e um de seus principais autores é o Pe. Ewald Volgger, diretor do Instituto de Estudos Litúrgicos e Teologia Sacramental da Universidade Privada de Linz.

Em diálogo com o jornal diocesano de Linz, o sacerdote de 58 anos disse que espera que essa bênção oficial dos casais homossexuais seja estabelecida “o mais rápido possível”, embora tenha observado que “segundo o Catecismo da Igreja Católica as práticas homossexuais jamais podem ser consideradas atos aceitáveis e os homossexuais estão chamados à castidade”.

No entanto, o Pe. Volgger disse que nos últimos tempos “houve um movimento sobre este assunto” e que a revisão do Catecismo poderia ajudar a facilitar “uma liturgia oficial” que esteja “baseada na doutrina da Igreja”.

Sobre as razões da mudança na moral sexual da Igreja, o sacerdote disse que há uma variação na percepção do público e ressaltou que “a doutrina sobre homossexualidade foi debatida em toda a Europa de tal maneira que uma abertura não é apenas discutível, mas que pode ser necessária”.

“Há também um número considerável de bispos que gostariam de ver como repensar a área da moral sexual para a avaliação dos casais do mesmo sexo”, continuou e disse que essa mudança poderia fazer com que os ensinamentos da Igreja sejam mais aceitáveis ​​e relevantes.

O jornal diocesano assinala que os casais do mesmo sexo já recebem uma bênção na Catedral de Santo Estevão, em Viena, mas o Pe. Volgger disse que essa não é a bênção que ele tem em mente.

“Não, porque essa é provavelmente a bênção dos casais do mesmo sexo no Dia de São Valentim. Isso já está difundido e em prática. Uma bênção, como está proposta do ponto de vista litúrgico teológico, deve ter um caráter oficial, com o qual a Igreja expresse a obrigação de fidelidade e exclusividade do relacionamento. Certamente, é uma bela mensagem que na Catedral de Santo Estevão todos tenham um lugar e sejam abençoados”, disse o sacerdote.

Entre os autores do texto estão vários teólogos alemães. Além disso, e nos últimos anos, vários bispos na Alemanha falaram a favor da bênção de casais homossexuais na Igreja.

Após uma série de consultas em Berlim, no final de 2019, o presidente da Comissão de Matrimônio e Família do Episcopado Alemão e Arcebispo de Berlim, Dom Heiner Koch, declarou que os bispos alemães aceitavam que a homossexualidade é uma “forma normal” da identidade sexual humana.

O tema está no centro dos quatro fóruns do polêmico “processo sinodal” que está atualmente em andamento na Alemanha. Além disso, vários dos principais membros do Comitê Central de Católicos Alemães (ZDK), encarregados do processo junto com os bispos, são parlamentares que votaram a favor da redefinição do casamento para incluir as uniões homossexuais em 2017, conforme informo neste então a CNA Deutsch, agência em alemão do grupo ACI.

O Bispo de Osnabrück e vice-presidente da Conferência Episcopal, Dom Franz-Josef Bode, incentivou um “debate” sobre as bênçãos dos casais homossexuais e uma mudança na moral sexual da Igreja. Em uma entrevista em janeiro de 2018, o Bispo disse que “precisamos refletir como podemos pensar de maneira diferente sobre as relações entre duas pessoas do mesmo sexo” e se perguntou o que pode ser “bom, positivo e correto” nas uniões homossexuais.

Da mesma forma, o Arcebispo de Munique, Cardeal Reinhard Marx, disse em dezembro de 2019 que casais homossexuais podem receber uma bênção da Igreja “no sentido de um acompanhamento pastoral”.

Para o Arcebispo de Berlim, esses “desenvolvimentos” foram possíveis graças à exortação Amoris laetitia do Papa Francisco. Dom Koch participou do Sínodo da Família no Vaticano em 2015, junto com o Cardeal Marx, um evento no qual os bispos alemães exerceram pressão para que a Igreja aceitasse dar a comunhão aos divorciados em nova união.

Os ensinamentos da Igreja sobre homossexualidade

O ensinamento católico sobre homossexualidade está resumido em três números do Catecismo da Igreja Católica; 2357, 2358 e 2359. Nesses artigos, a Igreja ensina que os homossexuais “devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza” e que “evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta”.

A homossexualidade, como tendência, é “objetivamente desordenada” e “constitui, para a maior parte deles, uma provação”.

Apoiando-se na Sagrada Escritura, “a Tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’”, “não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual”, portanto, “não podem, em caso algum, ser aprovados”.

“As pessoas homossexuais são chamadas à castidade” e “pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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