aborto – Portal Conservador https://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Mon, 20 Apr 2020 12:37:04 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.3.2 65453639 STF decidirá com repercussão geral sobre símbolos religiosos em prédios públicos https://portalconservador.com/stf-decidira-com-repercussao-geral-sobre-simbolos-religiosos-em-predios-publicos/ https://portalconservador.com/stf-decidira-com-repercussao-geral-sobre-simbolos-religiosos-em-predios-publicos/#respond Mon, 20 Apr 2020 12:37:04 +0000 https://portalconservador.com/?p=4984 read more →]]> Plenário vai decidir se a presença de aparatos religiosos colide com a laicidade do Estado brasileiro

O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) já registrou o número suficiente de cinco votos para que venha a ser julgado – com repercussão geral para todas as instâncias – recurso extraordinário no qual se discute se a fixação de símbolos religiosos como o crucifixo em repartições públicas viola ou não os princípios da laicidade do Estado, da liberdade de crença, da impessoalidade da Administração Pública e da imparcialidade do Poder Judiciário.

Crucifixo no plenário do STF / Crédito: Rosinei Coutinho/SCO/STF

A questão foi suscitada pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator de recurso com agravo interposto pelo Ministério Público contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), segundo o qual “a presença de símbolos religiosos em prédios públicos não colide com a laicidade do Estado brasileiro”, tratando-se de “reafirmação da liberdade religiosa e do respeito a aspectos culturais da sociedade brasileira”.

O ARE 1.249.095 foi autuado no STF em janeiro deste ano, e o relator propôs que fosse julgado como leading case nos seguintes termos:

– “Com efeito, a causa extrapola os interesses das partes envolvidas, haja vista que a questão central dos autos alcança todos os órgãos e entidades da Administração Pública da União, Estados e Municípios. Presente, ainda, a relevância da causa do ponto de vista jurídico, uma vez que seu deslinde permitirá definir a exata extensão dos dispositivos constitucionais tidos por violados. Do mesmo modo, há evidente repercussão geral do tema sob a ótica social, considerados os aspectos religiosos e socioculturais envoltos no debate. Isto posto, manifesto-me pela existência de repercussão geral”.

Já acompanharam a proposta do relator – sem ainda entrar no mérito da questão – os ministros Dias Toffoli, Marco Aurélio, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

A Procuradoria-Geral da República já se manifestou nos autos do ARE, em sentido contrário ao Ministério Público Federal em São Paulo, autor do recurso.

Em parecer datado de 9 de março último, o subprocurador-geral da República Wagner Batista opinou: “Pelo contrário, trata-se na verdade de expressão da liberdade religiosa e da diversidade cultural do povo brasileiro, que deve ser salvaguardada pela tolerância e respeito ao pluralismo. Esses elementos religiosos não representam qualquer alusão do Estado a determinada religião em detrimento de outra. Tampouco pode-se afirmar que de alguma forma influenciam os atos da Administração Pública, que são pautados pelos princípios da impessoalidade e da moralidade. Parecer pelo conhecimento do agravo para não prover o recurso extraordinário”.

Com informações JOTA.

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Planned Parenthood não quer compartilhar equipes médicas para salvar vidas na pandemia de COVID-19 https://portalconservador.com/planned-parenthood-nao-quer-compartilhar-equipes-medicas-para-salvar-vidas-na-pandemia-de-covid-19/ https://portalconservador.com/planned-parenthood-nao-quer-compartilhar-equipes-medicas-para-salvar-vidas-na-pandemia-de-covid-19/#respond Wed, 08 Apr 2020 00:32:52 +0000 https://portalconservador.com/?p=4964 read more →]]> A imagem de profissionais de saúde corajosos e abnegados envoltos em sacos de lixos no Hospital Mount Sinai West, no centro de Manhattan, devido à escassez de equipamentos de proteção individual, é uma foto horrível da crise do coronavírus. Apesar das garantias do governador Andrew Cuomo de que ‘tudo está bem, as enfermeiras relatam que uma grave escassez está colocando suas vidas em risco, e foi feito um pedido de ação nacional, pedindo doações de equipamentos.

Uma organização que não atende a chamada é a Planned Parenthood, que parece insistir em que manter seu equipamento de proteção pessoal para matar vidas sem interrupção é mais importante do que ajudar aqueles que tentam salvar vidas, mesmo por seu próprio risco.

Meera Shah, diretora médica da Planned Parenthood nos subúrbios de Long Island, Westchester e Rockland, na cidade de Nova York, disse que as clínicas não fechariam, acrescentando: “Os cuidados relacionados à gravidez, principalmente os de aborto, são essenciais.”

Como o New York Post observou: “Como os suprimentos básicos estão perigosamente esgotados, os hospitais precisam da ajuda de todos agora”. Mas, em vez de contribuir com os esforços para salvar vidas vulneráveis ​​em todo o país, o principal fornecedor de abortos do país trabalha 24 horas, tentando garantir que seus negócios continuem inalterados. De fato, esse momento de crise é usado para pressionar por mais recursos e reduzir a regulamentação de seus negócios.

Em uma jogada incrível, a Planned Parenthood Keystone até enviou um apelo de angariação de fundos para equipamentos de proteção individual, pedindo aos residentes da Pensilvânia que doassem equipamentos que salvam vidas a sua empresa. De fato, uma pesquisa nos sites da Planned Parenthood em todo o país deixa claro que, se você acha que tem o coronavírus, eles não podem ajudar.

Enquanto isso, outras empresas estão encerrando algumas operações para reconfigurar seus esforços para fabricar equipamentos que salvam vidas.

Empresas como Ford, 3M, MyPillow, Hanes e Anheuser-Busch alteraram seus recursos para criar produtos voltados àqueles na linha de frente. Outros, como Apple e Facebook, doaram equipamentos de proteção individual que tinham à mão. Governadores de todo o país enfrentaram a questão de como distribuir recursos e pessoal médico, rotulando alguns procedimentos não essenciais no momento.

No Students for Life of America, reunimos apoiadores e estudantes que agora estão em casa e deslocados por esta crise para contatar seus governadores, pedindo-lhes que priorizem os cuidados que salvam vidas e as necessidades das pessoas na linha de frente.

No Texas, o governador Greg Abbott respondeu ao “desastre de saúde pública” do COVID-19 decidindo que as cirurgias não essenciais, incluindo o aborto, deveriam cessar porque “a capacidade hospitalar e o equipamento de proteção individual estão sendo esgotados pelas cirurgias, e procedimentos que não são clinicamente necessários para corrigir uma condição médica séria ou para preservar a vida de um paciente”.

A resposta da Planned Parenthood não foi contribuir para a necessidade no Texas, mas levar o Abbott ao tribunal para permanecer operacional. E o mesmo é feito em vários estados norte-americanos.

“O governador Abbott e ativistas anti-aborto em todo o país estão forçando uma luta política e legal em meio a uma crise de saúde pública”, disse o presidente e CEO interino da Federação de Planejamento Familiar dos Estados Unidos, Alexis McGill Johnson. “Os líderes eleitos estão gastando tempo e recursos valiosos, aproveitando uma pandemia global para ganhar pontos políticos, em vez de se reunir para responder a esta crise”.

Mas aqui está uma verificação dos fatos: o aborto não é a cura para o coronavírus, e a briga legal veio da Planned Parenthood.

Todos os dias, Cuomo aparece na televisão para falar sobre o que Nova York precisa, criticando muitos que ele acredita que não fizeram o suficiente. Quando você telefonará para a Planned Parenthood e a indústria do aborto para priorizar as necessidades dos doentes e dos que sofrem?

Este momento único requer sacrifício de todos nós e é doloroso. Os profissionais de saúde merecem todo o nosso apoio enquanto lutam para salvar vidas. O mínimo que a Planned Parenthood pode fazer é dar um tempo no seu negócio de aborto e contribuir com esses esforços.

Tradução: ACTUALL
Texto original: Kristan Hawkins – Students for Life USA postado originalmente no Washington Examiner

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Dois mil fetos humanos achados em casa de médico são enterrados https://portalconservador.com/dois-mil-fetos-humanos-achados-em-casa-de-medico-sao-enterrados/ https://portalconservador.com/dois-mil-fetos-humanos-achados-em-casa-de-medico-sao-enterrados/#comments Thu, 13 Feb 2020 21:52:44 +0000 https://portalconservador.com/?p=4670 read more →]]> (13 de Fev. de 2020) Mais de 2 mil fetos humanos que haviam sido encontrados na casa de um médico nos Estados Unidos foram enterrados no estado de Indiana na quarta-feira (12), informou a imprensa americana.

O médico Ulrich Klopfer, que morreu em setembro do ano passado, fez abortos por décadas em Indiana. Poucos dias após sua morte, 2.246 fetos humanos foram encontrados preservados em sua casa, em Crete, a cerca de 55 km de Chicago, em Illinois. Depois, outros 165 foram achados na mala de um carro em um escritório onde o médico mantinha vários veículos.

O enterro foi organizado pelo procurador-geral de Indiana, Curtis Hill, em um cemitério na cidade de South Bend.

“Hoje, finalmente celebramos os 2.411 bebês não nascidos cujos restos foram, sem razão, guardados pelo Dr. Ulrich Klopfer depois que ele realizou os abortos de 2000 a 2003”, disse Hill no enterro. “Esses bebês mereciam mais do que uma garagem escura e fria ou o porta-malas de um carro”.

Os investigadores do caso não explicaram como ficou determinado que os restos fetais eram do início dos anos 2000, segundo a rede CNN.

Hill, que é republicano, busca um segundo mandato como procurador-geral, e vem destacando, durante a campanha, sua defesa das leis que aumentam as restrições ao aborto no estado (veja detalhes mais abaixo na reportagem). Ele enfrenta acusações de assédio a uma parlamentar local e outras três mulheres em um bar, na cidade de Indianápolis, em 2018, e ainda aguarda uma decisão da Suprema Corte de Indiana sobre o caso.

Estar nos holofotes durante o enterro poderia ajudar o procurador-geral a conseguir apoio entre conservadores, disse a Associated Press.

“Estou tão grata que, finalmente, os corpos desses meninos e meninas serão tratados com a dignidade que mereciam”, disse Cathie Humbarger, que chefia a organização Right to Life (“Direito à Vida”, em português) no nordeste de Indiana.

Leis antiaborto

O aborto é permitido em todos os 50 estados americanos desde 1973, mas vários deles vêm aprovando medidas ou leis para tentar restringir o acesso ao procedimento — incluindo Indiana.

Em 2016, por exemplo, o então governador Mike Pence — hoje vice-presidente dos EUA — sancionou uma lei que vetava o aborto por justificativas como raça, sexo, ou deficiências do feto. O texto foi derrubado pela Suprema Corte americana, mas outra parte dele, que exigia um enterro ou uma cremação de restos fetais depois de um aborto, foi mantida.

No caso do médico Ulrich Klopfer, quando os fetos foram encontrados na casa dele, estavam dentro dentro de sacos plásticos pequenos e fechados que continham produtos químicos para preservar material biológico.

Além das regras sobre descarte de restos fetais, Klopfer também não seguiu as leis do estado sobre preenchimento de documentos, disseram as autoridades. Não foram encontradas provas de que o médico realizava procedimentos em sua casa.

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Youtuber pede que universitários assinem petição para proteger ovos de águia, e depois uma para proteger fetos https://portalconservador.com/youtuber-pede-que-universitarios-assinem-peticao-para-proteger-ovos-de-aguia-e-depois-uma-para-proteger-fetos/ https://portalconservador.com/youtuber-pede-que-universitarios-assinem-peticao-para-proteger-ovos-de-aguia-e-depois-uma-para-proteger-fetos/#respond Sun, 15 Sep 2019 12:30:20 +0000 https://portalconservador.com/?p=4498 read more →]]> Will Witt, Youtuber estado-unidense do canal PragerU, conduziu uma experiência no Echo Park, em Los Angeles, ponto de encontro comum entre universitários da cidade. Nela, Will pede pra que pessoas aleatórias assinem uma petição pela proteção dos ovos de águia.


Todos assinam imediatamente, felizes da vida. Afinal, quem é o ser maligno que quer fazer mal às pobres águias ainda dentro de seus ovos? Uma das mulheres, ao assinar a petição, diz “águias são gente também”. “Espero que você salve as águias”, disse outra.

Logo em seguida das conversas amenas envolvendo águias, Will vai para a próxima etapa da experiência. Ele vira a folha e pede pra que assinem uma petição pela proteção de fetos humanos. Então tudo muda de figura.

A mesma mulher que disse que “águias são pessoas também”, diz que é “pró-aborto”, e que portanto não assinaria.

Uma outra, a que disse que espera a salvação das águias, também se recusa a assinar, porque é pró-aborto.

Uma mulher justifica a aparente contradição, dizendo que “uma mulher deve ter mais direitos do que uma águia”. Outra diz que “uma mulher tem o direito de tomar decisões sobre o próprio corpo”, e adiciona: “bebês são nojentos”.

O vídeo, intitulado “Um ovo de águia é mais valioso do que um humano?” causou polêmica e conta com mais de 500.000 visualizações.

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Candidato presidencial esquerdista da Argentina promete legalizar o aborto https://portalconservador.com/candidato-presidencial-esquerdista-da-argentina-promete-legalizar-o-aborto/ https://portalconservador.com/candidato-presidencial-esquerdista-da-argentina-promete-legalizar-o-aborto/#respond Fri, 16 Aug 2019 17:23:08 +0000 https://portalconservador.com/?p=4479 read more →]]> BUENOS AIRES (Reuters) – O candidato presidencial à esquerda da Argentina, Alberto Fernández, que venceu as eleições primárias do país no fim de semana, declarou que irá “descriminalizar e legalizar” o aborto, se eleito em outubro.

Fernández e sua companheira de chapa, a ex-presidente Cristina de Kirchner, venceram a corrida principal no domingo e se tornaram candidatos do partido TODOS, um partido de esquerda que tem seus antecedentes no movimento peronista herdado do ditador fascista Juan Perón, de 1940.

Falando à Net TV da Argentina, Fernandez disse em referência ao aborto: “Eu não quero que outra mulher morra. Deve ser descriminalizado imediatamente.”

Fernandez acrescentou: “Tomei a decisão política de descriminalizar e legalizar o aborto porque não quero que outra mulher morra. Primeiro, deve ser descriminalizado para acabar com o aborto clandestino. Não devemos ignorar o que está acontecendo. É um problema de saúde pública”.

O aborto na Argentina continua sendo um crime punível, exceto nos casos de estupro, se a vida ou a saúde da mãe estiver em risco, ou se a mulher tiver deficiência mental. Em agosto passado, o Senado da Argentina votou contra a legalização do aborto, apesar de uma votação anterior na Câmara dos Deputados da Argentina em favor da legalização .

Fernandez disse que pretende introduzir gradualmente a liberalização do aborto na república sul-americana.

“Parece-me que há dois estágios: primeiro, tem que começar com a descriminalização para acabar com o aborto clandestino, para que as mulheres possam ter mais mecanismos para proteger sua saúde”, disse ele.

Em julho, no entanto, Fernandez disse durante sua campanha que, uma vez ele se torna presidente, ele quer descriminalizar o aborto “imediatamente”.

No domingo, uma contagem de 87,37% dos votos expressos na primeira corrida mostrou que Fernandez e Kirchner obtiveram 47,37% dos votos, contra os 32,30% que votaram no presidente, Mauricio Macri. O spread de 15 pontos fez Wall Street estremecer na segunda-feira, com os acionistas reagindo vendendo títulos argentinos. O Presidente Macri introduziu reformas econômicas e cortou os subsídios populares em um esforço para estabilizar a economia nacional e a moeda. Assim, ele ganhou a ira dos esquerdistas e peronistas que o acusaram de se curvar aos interesses dos Estados Unidos e do Fundo Monetário Internacional. Se os resultados da primária de domingo se repetirem em 27 de outubro, data da eleição geral, Macri certamente perderá na primeira rodada.

A única pesquisa presencial realizada por uma agência independente (Celag) descobriu que Fernandez está liderando a Macri em 42,5% a 33,5% nas intenções dos eleitores.

Publicado em Templário de Maria.

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Aborto legalizado faria homens coagirem ainda mais as mulheres a abortar, diz jurista https://portalconservador.com/aborto-legalizado-faria-homens-coagirem-ainda-mais-as-mulheres-a-abortar-diz-jurista/ https://portalconservador.com/aborto-legalizado-faria-homens-coagirem-ainda-mais-as-mulheres-a-abortar-diz-jurista/#respond Thu, 07 Mar 2019 13:50:44 +0000 https://portalconservador.com/?p=4425 read more →]]> Em mais uma entrevista da nossa série com os expositores pró-vida da audiência sobre a ADPF 442 realizada pelo Supremo Tribunal Federal no início de agosto, o Sempre Família conversou com a advogada Regina Beatriz Tavares da Silva. Doutora em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Associação de Direito de Família e das Sucessões (ADFAS), a advogada aprofundou alguns dos temas tratados na sua exposição e deixou claro que manter a legislação sobre o aborto como está é uma questão de proteção à própria mulher. Confira:

Sempre Família: A senhora lembrou que com o passar dos anos a legislação brasileira se tornou cada vez mais atenta à proteção aos vulneráveis. Como a proteção ao nascituro se encaixa nesse processo?

Regina Beatriz Tavares da Silva: A nossa legislação é protetiva, a começar pela Constituição Federal, que não gera qualquer margem de dúvida a respeito da proteção da vida desde a concepção em seu artigo 5º, que fala do “direito à vida” e não do “direito à vida do ser humano nascido”. Quando a lei não distingue, não cabe ao interprete distinguir – esse é um princípio básico da intepretação das normas jurídicas. O problema está justamente em propor a modificação da legislação através do STF, o que iria muito além da sua competência. O STF não tem competência legislativa e muito menos competência de alteração constitucional. Eu tenho a expectativa de que o STF não exacerbe a sua competência ao modificar leis quando não pode fazê-lo. O que o STF pode fazer é interpretar as leis na consonância da Constituição Federal.

SF: A senhora afirmou que o direito à vida por vezes colide com outros direitos fundamentais, mas diante deles não admite ponderação.

Regina Beatriz: Exato. O direito à vida é o mais importante de todos, chamado de direito fundamental no Direito Constitucional e de direito da personalidade no Direito Civil. É indiscutivelmente o mais importante porque só a partir da vida outros direitos podem ser exercidos. A partir do momento em que fosse autorizado matar um nascituro, obviamente ele jamais poderia exercer qualquer outro direito. Então é claro que o princípio da ponderação, que é tão bem visto no Direito brasileiro – como deve ser –, se aplica a outros direitos, mas não ao direito à vida. Tanto que no Brasil não existe pena de morte e a vida do ser humano é protegida de muitas formas.

SF: A senhora acha que exista uma tendência cultural que põe o direito à vida abaixo de outros direitos?

Regina Beatriz: Não é uma tendência cultural. É a tendência de apenas um movimento, que se diz feminista, mas nem sequer o é efetivamente. Feminismo é um movimento de proteção à mulher, inclusive do ser humano do gênero feminino que está por nascer, que gera igualdade e não privilégios. O feminismo é protetivo, mas o que se defendeu junto ao STF foi a autorização a matar um ser humano em gestação. Isso não é feminismo. Isso não é proteção. E não corresponde a uma tendência cultural. A maior parte dos brasileiros não aceita o aborto, a não ser nas condições excepcionais já previstas no Código Penal. No meu modo de entender, essas exceções estão corretas. Uma mulher que foi estuprada não pode ser obrigada a levar a gestação adiante. Assim como, entre a vida da mulher e a do ser humano em gestação, prevalece a vida da mulher. O Código Penal é sábio. E a maioria dos brasileiros pensa assim e hoje sabe se expressar muito bem contra o aborto. Até um tempo atrás, a maioria era silenciosa. Apenas as minorias gritavam. A maioria precisa falar em voz alta como as minorias, para que tenhamos noção de todo. Senão a gente passa a imaginar que todo mundo quer o aborto.

SF: A questão da proteção à mulher se relaciona com algo que a senhora disse na audiência: que a legalização do aborto aumentaria o número de casos em que a mulher é coagida a abortar.

Regina Beatriz: Sim, e menciono esses casos não baseada em estatísticas, que não são confiáveis, mas em razão da minha própria advocacia. Trato de conflitos em relações familiares o tempo todo. Vejo isso no dia a dia. Uma mulher gestante é vulnerável e fica fragilizada mesmo quando tem todo o suporte possível. Quem dirá uma mulher sofrendo pressão para abortar. E se tiver liberado, claro, é muito mais fácil. A argumentação de quem coage fica facilitada. Manter a legislação como está é uma questão de proteção à própria mulher. Toda mulher que aborta leva em si a marca do aborto. Não conheço uma mulher sequer que tenha realizado um aborto e não leve para o resto da vida a culpa de ter feito isso.

SF: A senhora disse ainda que é necessário pensar em outras soluções para esse tipo de problema. Que caminhos seriam possíveis para evitar esses casos?

Regina Beatriz: A curto prazo, uso de preservativos: camisinha, o mais barato – é de graça, não apenas no carnaval. Métodos contraceptivos que não sejam abortivos, porque a pílula do dia seguinte é obviamente abortiva. A médio prazo, a educação. Educar as meninas e meninos desde novos, ensinando-lhes que não devem ter relações sexuais prematuramente. Ensinar a eles que a relação sexual é algo muito importante durante toda a vida de uma pessoa. São necessárias políticas públicas que, além de divulgar melhor o acesso ao preservativo e questões relacionadas a doenças sexualmente transmissíveis, passem a se preocupar com a educação sexual no sentido positivo, inclusive para os homossexuais – jogando no lixo a ideologia de gênero, que não se confunde com a homossexualidade. Ideologia de gênero é querer que todas as crianças passem a sofrer de disforia de gênero, que é uma doença.

Entrevista realizada por Sempre Família.

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Nova Iorque permitirá abortar bebês até nada menos que 1 dia antes do parto https://portalconservador.com/nova-iorque-permitira-abortar-bebes-ate-nada-menos-que-1-dia-antes-do-parto/ https://portalconservador.com/nova-iorque-permitira-abortar-bebes-ate-nada-menos-que-1-dia-antes-do-parto/#respond Tue, 12 Feb 2019 17:05:09 +0000 https://portalconservador.com/?p=4401 read more →]]> Lei arbitrária e subjetiva também garante 6 meses de aborto grátis e mais 3 se houver alegação de “risco de bem-estar” para a gestante

O Estado de Nova Iorque aprovou a lei mais extrema que já existiu nos Estados Unidos em relação ao extermínio de seres humanos no ventre materno: as mulheres poderão abortar até nada menos que um dia antes do nascimento do bebê.

A “fundamentação” para essa lei é tão absurdamente arbitrária que, se a gestante der à luz e matar seu bebê logo após o parto, cometerá crime de infanticídio, mas, se o fizer na véspera, alegando “problemas de bem-estar“, o mesmíssimo crime contra a mesmíssima vítima será considerado perfeitamente legal.

O espantoso “novo critério” foi “legado” à população de Nova Iorque pelos seus parlamentares que, por 38 votos contra 24, aprovaram a assim chamada “Lei de Saúde Reprodutiva” no Estado. As unidades da federação norte-americana são autônomas para legislar sobre o aborto, diferentemente do Brasil.

Os promotores da nova lei escolheram uma data emblemática para os defensores do aborto: o aniversário do caso “Roe versus Wade“, o polêmico processo que estabeleceu jurisprudência favorável ao aborto naquele país no início da década de 1970. A própria protagonista do caso, anos depois, se arrependeu e se tornou ativista pró-vida, mas os militantes abortistas mantêm essa data como um marco vitorioso para o que chamam de “direitos reprodutivos”. O advogado que ganhou o controverso caso, aliás, esteve presente na sessão que aprovou a nova legislação abortista nova-iorquina.

Após aprovar a mudança na lei, o governador democrata Andrew Cuomo, que hipocritamente se define como “católico”, declarou, apelando para o insustentável sofisma de que o bebê seria parte disponível do corpo da gestante:

“Com a assinatura desta lei, estamos enviando uma mensagem clara de que não importa o que acontece em Washington: as mulheres de Nova Iorque terão sempre o direito fundamental de controlar o seu próprio corpo”.

6 meses de aborto gratuito e mais 3 se houver “risco de bem-estar”

A legislação prevê que qualquer gestante poderá abortar sem nenhum tipo de restrição e sem qualquer necessidade de justificativa até a 24ª semana de gestação (6 meses de gravidez), período em cujo final um número significativo de bebês poderia sobreviver até mesmo após um parto prematuro.

Após estes 6 meses, a gestante ainda poderá abortar até a véspera do parto caso alegue “problemas de bem-estar“, um conceito subjetivo, abstrato e amplamente manipulável.

Via: Aleteia.

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Sobrinha de Martin Luther King: “Se você se diz contra o racismo, combata o aborto” https://portalconservador.com/sobrinha-de-martin-luther-king-se-voce-se-diz-contra-o-racismo-combata-o-aborto/ https://portalconservador.com/sobrinha-de-martin-luther-king-se-voce-se-diz-contra-o-racismo-combata-o-aborto/#comments Sun, 08 Jul 2018 23:26:16 +0000 http://portalconservador.com/?p=4048 read more →]]> “O aborto é a questão dos direitos civis do nosso tempo. Ele nega os direitos dos inocentes. Ele se recusa a ajudar os mais vulneráveis”. O nome do pastor Martin Luther King estará ligado para sempre aos direitos civis dos cidadãos afro-americanos. Sua herança espiritual está hoje nas mãos da família e, em particular, da sobrinha ativista Alveda King.

E ela, que tem dado continuidade à batalha do tio por um mundo inclusivo e acolhedor, tem sido clara ao afirmar que essa luta começa já na concepção de cada ser humano. Aliás, observa ela, “uma criança negra tem três vezes mais chances de ser morta no útero do que uma criança branca“.

Alveda acusou recentemente a famosa rede de cafeterias Starbucks de ser cúmplice do aborto. A sobrinha de Martin Luther King escreveu no Washington Examiner:

“Mediante as suas doações corporativas, [a Starbucks] financia uma das organizações mais racistas da história da nossa nação, a Planned Parenthood. Trata-se do principal provedor de abortos nos Estados Unidos: a cada ano, a rede executa mais de 300.000 interrupções da vida”.

Alveda relata que, desde 1973, ano em que foi legalizado no país, o aborto reduziu a população negra em mais de 25%. Estes números são confirmados por relatórios norte-americanos oficiais.

A rede abortista fundada por uma mulher eugenista hitleriana

Pouca gente sabe (e vários fingem não saber) que a Planned Parenthood foi fundada pela eugenista hitleriana Margaret Sanger como tentativa de eliminar aqueles que ela considerava “membros não idôneos” da sociedade. Basicamente, pessoas negras e portadores de deficiências. Não é casual que, até hoje, 80% das suas clínicas abortistas estejam localizadas em bairros de maioria negra.

Alveda King observa:

“A Planned Parenthood passou um século inteiro matando crianças e exterminando afro-americanos. Mas o vento está virando: a maioria dos americanos afirma que não quer o financiamento dos contribuintes ao aborto”.

E finaliza:

“Costumo dizer que o aborto é a questão dos direitos civis do nosso tempo. O aborto nega os direitos dos inocentes. Ele se recusa a ajudar os mais vulneráveis. O aborto erradica o feto da própria mãe e de toda a sociedade. Se você diz que é contra o racismo, então combata o aborto“.

Publicado originalmente em Aleteia.

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Bispos portugueses sobre reprovação da eutanásia no país: Uma vitória da vida https://portalconservador.com/bispos-portugueses-sobre-reprovacao-da-eutanasia-no-pais-uma-vitoria-da-vida/ https://portalconservador.com/bispos-portugueses-sobre-reprovacao-da-eutanasia-no-pais-uma-vitoria-da-vida/#respond Thu, 31 May 2018 17:50:41 +0000 http://portalconservador.com/?p=4012 read more →]]> Lisboa, 31 Mai. 18 / 05:00 am (ACI).- A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) congratulou-se com a reprovação na Assembleia da República de quatro projetos de lei que propunham a despenalização da eutanásia no país, decisão que classificaram como uma vitória.

“É uma vitória da vida em todo o seu sentido, da vida que nunca deveria ser posta à votação tendo em vista a sua eliminação”, assinala nota assinada pelo secretário da CEP, Pe. Manuel Barbosa. Os quatro projetos apresentados pelos partidos PS, BE, PAN e PEV foram discutidos e votados pelos deputados portugueses na terça-feira, 29 de maio, obtendo a maioria dos votos contrários à legalização da eutanásia.

“Como afirmou o Cardeal-Patriarca de Lisboa Dom Manuel Clemente, Presidente da CEP, devemos ir sempre no sentido de uma ‘sociedade solidária e paliativa onde todos se sintam protegidos. A vida é um bem absoluto e por isso tem que ser absolutamente protegido e promovido’”, reforça a nota.

No dia da votação dos projetos no Parlamento, centenas de pessoas se reuniram em frente ao Parlamento para se manifestar contra a eutanásia, em uma iniciativa promovida pela Federação Portuguesa pela Vida, responsável pela campanha ‘Toda Vida tem Dignidade’.

Além disso, durante os últimos dias, diversas manifestações foram realizadas para expressar a opinião contrária da população à despenalização desta prática no país.

Diante disso, a CEP considerou que a decisão dos deputados é também “uma vitória da democracia e de todos os que se empenharam na defesa da vida, desde as inúmeras instituições da sociedade civil e das várias associações de profissionais católicos até às confissões religiosas, com realce para a declaração comum destas confissões contra a Eutanásia”, assinada em 16 de maio pelo Grupo de Trabalho Inter-religioso Religiões-Saúde.

“Reconhecemos ainda o papel ativo que todas as comunidades cristãs e os seus pastores tiveram neste processo de defesa da vida através da oração e da sensibilização”, completa a nota.

Publicado originalmente em ACI Digital.

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Anti-natalistas. Espanhóis optam pela esterilização como meio de extinguir a raça humana https://portalconservador.com/anti-natalistas-espanhois-optam-pela-esterilizacao-como-meio-de-extinguir-a-raca-humana/ https://portalconservador.com/anti-natalistas-espanhois-optam-pela-esterilizacao-como-meio-de-extinguir-a-raca-humana/#respond Thu, 18 Jan 2018 00:47:52 +0000 http://portalconservador.com/?p=3780 read more →]]> Para os anti-natalistas, vida é sofrimento e o suicídio não pode resolver a questão, porque a morte também não vem isenta de dor. A solução que alguns espanhóis começam a seguir? Esterilização.

A vida é horrível: ou temos sede, ou temos fome, ou vontade de ir à casa de banho ou calor ou frio. Sofremos com desgostos de amor, despedimentos, despedidas, doenças, mortes, notas negativas, filas de trânsito ou dores menstruais. O pior? A morte não é muito melhor, bem pelo contrário, pelo que o cenário “se é assim tão mau por que não te suicidas e pronto?” não se qualifica como saída válida. O ideal, garante o filósofo a que a New Yorker deu recentemente o epíteto de “mais pessimista do mundo”, é mesmo nem sequer chegar a nascer.

Eis a premissa do movimento anti-natalista, divulgado essencialmente por David Benatar, diretor do departamento de Filosofia da Universidade do Cabo, na África do Sul, e autor de ‘Better Never to Have Been: The Harm of Coming into Existence’ (qualquer coisa como ‘É Melhor Nunca Ter Sido: O Mal de Passar a Existir’), e seguido por cada vez mais pessoas em todo o mundo.

Para Benatar, que dedica a obra aos pais — “apesar de me terem trazido para a existência” –, a saída para o universo é nada menos que a extinção da espécie humana e a forma de lá chegar o fim de todos os nascimentos. “Embora as boas pessoas façam grandes esforços para poupar os seus filhos do sofrimento, poucas delas parecem aperceber-se de que a única forma garantida de prevenir todo esse sofrimento é não lhes dar sequer vida”, escreveu o sul-africano, de 51 anos, já em 2006.

Inspirados por esta corrente de pensamento, partilhada por outros autores, como a britânica Sarah Perry, autora de ‘Every Cradle Is a Grave’ (‘Todos os berços são uma sepultura’), ou o norte-americano Thomas Ligotti, responsável por ‘The Conspiracy Against the Human Race’ (‘A Conspiração Contra a Raça Humana’), alguns espanhóis começam a tratar do assunto clinicamente.

Uma reportagem da revista Papel, do El Mundo, ouviu dois casais anti-natalistas que, garantem, nunca na vida irão ter filhos — apesar de alguns nem terem idade legal para isso, a convicção é tanta que conseguiram arranjar forma de se esterilizarem e assegurar o assunto.

Gemma Orozco, de 25 anos, garante que é antinatalista desde que se recorda — “Viver é sofrer e quem não existe não sofre. Sou anti-natalista desde que faço uso da razão” — e foi por isso que, com apenas 23 anos, se dirigiu ao centro de saúde e pediu que lhe laqueassem as trompas. “Disseram-me que não, que para fazê-lo tinha de ter pelo menos 35 anos ou dois filhos”, contou à Papel, três meses depois de finalmente fazer a intervenção, numa clínica privada. Marc, seu namorado, como não tinha seguro de saúde não conseguiu cumprir o objetivo: o sistema nacional de saúde espanhol não lhe permitiu que fizesse uma vasectomia.

“Não só lhe falei [à médica ginecologista que a consultou] sobre as minhas objeções éticas e morais face à ideia de trazer ao mundo uma pessoa sabendo de antemão que iria sofrer, como também lhe expliquei os meus argumentos ecológicos: o nosso mundo é um mundo superpovoado com gente a mais, onde a indústria pecuária é a principal responsável pelas alterações climáticas e pela desflorestação, não é razoável trazer para cá um novo ser humano. Já para não falar nos motivos políticos: vivemos sob um capitalismo terrível e sem piedade e ter um filho significa dar ao sistema um novo escravo, mais carne para canhão”, justificou Gemma Orozco à Papel. “Considero que ter um filho é um ato egoísta que responde apenas aos interesses dos progenitores“, concluiu.

Audrey García, de 39 anos, também laqueou as trompas aos 35. E, garantiu, inspiradas pelo seu blogue, que entretanto desativou, 14 pessoas ter-lhe-ão seguido o exemplo. “Falar da extinção humana pode parecer muito forte, mas a verdade é que somos algo nefasto. Extinguimos animais, destruímos o meio ambiente, não paramos de lutar. Também é inegável que só por nascer cada um de nós vai ter de lidar com o sofrimento, se não mais, pelo menos com o sofrimento e o medo que vêm com a morte.”

Publicado originalmente em Observador.pt.

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