Brasil – Portal Conservador https://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Thu, 14 May 2020 13:12:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.3.3 65453639 Bolsonaro: “Tem que reabrir, nós vamos morrer de fome” https://portalconservador.com/bolsonaro-tem-que-reabrir-nos-vamos-morrer-de-fome/ https://portalconservador.com/bolsonaro-tem-que-reabrir-nos-vamos-morrer-de-fome/#respond Thu, 14 May 2020 13:12:03 +0000 https://portalconservador.com/?p=5026 read more →]]> Presidente pediu que governadores revejam medidas de isolamento

Em conversa com jornalistas na saída do Palácio da Alvorada na manhã desta quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer um apelo para que os governadores reabram a economia em seus estados. Segundo ele, a manutenção do bloqueio no comércio fará as pessoas “morrerem de fome”.

– Tem que reabrir, nós vamos morrer de fome, a fome mata. Então, pessoal, o apelo que eu faço aos governadores, revejam essa política, estou pronto para conversar, vamos preservar vida, vamos, dessa forma (continuidade do comércio fechado) o preço lá na frente serão centenas de vidas que vamos perder – declarou.

O presidente também falou que a manutenção das medidas de fechamento da economia é o caminho “do fracasso” e poderá “quebrar o Brasil”.

– Vai chegar um ponto que o caos vai se fazer presente aqui, essa história de “lockdown”, vamos fechar tudo, não é esse o caminho, esse é o caminho do fracasso, quebrar o Brasil. Governador, prefeito, que entrou nessa onda lá atrás, faça como eu já fiz algumas vezes na minha vida, se desculpa e faz a coisa certa – completou.

]]>
https://portalconservador.com/bolsonaro-tem-que-reabrir-nos-vamos-morrer-de-fome/feed/ 0 5026
Alckmin exige “governança global” executiva para controlar a população em caso de pandemia https://portalconservador.com/alckmin-exige-governanca-global-executiva-para-controlar-a-populacao-em-caso-de-pandemia/ https://portalconservador.com/alckmin-exige-governanca-global-executiva-para-controlar-a-populacao-em-caso-de-pandemia/#respond Wed, 13 May 2020 18:56:19 +0000 https://portalconservador.com/?p=5017 O ex-governador de São Paulo Geraldo Ackmin e o ex-ministro da Cidadania Osmar Terra participaram de um debate na CNN ontem, 12, sobre as medidas de flexibilização para a quarentena.

Alckmin, um defensor do isolamento, criticou várias medidas na gestão do governo atual e defendeu a criação da vacina contra coronavírus. Durante o debate, o ex-governador ressaltou ainda que numa pandemia dessas proporções, seria necessário um “organismo executivo global” para o combate eficaz dessas doenças.

Assista o vídeo:

]]>
https://portalconservador.com/alckmin-exige-governanca-global-executiva-para-controlar-a-populacao-em-caso-de-pandemia/feed/ 0 5017
STF decidirá com repercussão geral sobre símbolos religiosos em prédios públicos https://portalconservador.com/stf-decidira-com-repercussao-geral-sobre-simbolos-religiosos-em-predios-publicos/ https://portalconservador.com/stf-decidira-com-repercussao-geral-sobre-simbolos-religiosos-em-predios-publicos/#respond Mon, 20 Apr 2020 12:37:04 +0000 https://portalconservador.com/?p=4984 read more →]]> Plenário vai decidir se a presença de aparatos religiosos colide com a laicidade do Estado brasileiro

O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) já registrou o número suficiente de cinco votos para que venha a ser julgado – com repercussão geral para todas as instâncias – recurso extraordinário no qual se discute se a fixação de símbolos religiosos como o crucifixo em repartições públicas viola ou não os princípios da laicidade do Estado, da liberdade de crença, da impessoalidade da Administração Pública e da imparcialidade do Poder Judiciário.

Crucifixo no plenário do STF / Crédito: Rosinei Coutinho/SCO/STF

A questão foi suscitada pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator de recurso com agravo interposto pelo Ministério Público contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), segundo o qual “a presença de símbolos religiosos em prédios públicos não colide com a laicidade do Estado brasileiro”, tratando-se de “reafirmação da liberdade religiosa e do respeito a aspectos culturais da sociedade brasileira”.

O ARE 1.249.095 foi autuado no STF em janeiro deste ano, e o relator propôs que fosse julgado como leading case nos seguintes termos:

– “Com efeito, a causa extrapola os interesses das partes envolvidas, haja vista que a questão central dos autos alcança todos os órgãos e entidades da Administração Pública da União, Estados e Municípios. Presente, ainda, a relevância da causa do ponto de vista jurídico, uma vez que seu deslinde permitirá definir a exata extensão dos dispositivos constitucionais tidos por violados. Do mesmo modo, há evidente repercussão geral do tema sob a ótica social, considerados os aspectos religiosos e socioculturais envoltos no debate. Isto posto, manifesto-me pela existência de repercussão geral”.

Já acompanharam a proposta do relator – sem ainda entrar no mérito da questão – os ministros Dias Toffoli, Marco Aurélio, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.

A Procuradoria-Geral da República já se manifestou nos autos do ARE, em sentido contrário ao Ministério Público Federal em São Paulo, autor do recurso.

Em parecer datado de 9 de março último, o subprocurador-geral da República Wagner Batista opinou: “Pelo contrário, trata-se na verdade de expressão da liberdade religiosa e da diversidade cultural do povo brasileiro, que deve ser salvaguardada pela tolerância e respeito ao pluralismo. Esses elementos religiosos não representam qualquer alusão do Estado a determinada religião em detrimento de outra. Tampouco pode-se afirmar que de alguma forma influenciam os atos da Administração Pública, que são pautados pelos princípios da impessoalidade e da moralidade. Parecer pelo conhecimento do agravo para não prover o recurso extraordinário”.

Com informações JOTA.

]]>
https://portalconservador.com/stf-decidira-com-repercussao-geral-sobre-simbolos-religiosos-em-predios-publicos/feed/ 0 4984
Senadores simulam divisão do fundo eleitoral de R$ 2 bilhões, diz coluna https://portalconservador.com/senadores-simulam-divisao-do-fundo-eleitoral-de-r-2-bilhoes-diz-coluna/ https://portalconservador.com/senadores-simulam-divisao-do-fundo-eleitoral-de-r-2-bilhoes-diz-coluna/#respond Mon, 20 Apr 2020 10:47:36 +0000 https://portalconservador.com/?p=4977 read more →]]> Líder na lista é Eduardo Girão (Podemos), que levaria R$ 124 milhões ao Ceará

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Um grupo de senadores fez uma estimativa de quantos milhões de reais cada colega poderia levar à saúde do seu estado caso o Congresso abra mão do fundão eleitoral de R$ 2 bilhões. Trata-se de uma tentativa de angariar mais apoio à proposta. A informação é da coluna de Guilherme Amado, da revista Época.

De acordo com a publicação, o líder na lista é Eduardo Girão (Podemos), que levaria R$ 124 milhões ao Ceará. Carlos Viana (PSD) vem em seguida, com R$ 102 milhões a Minas Gerais.

Já o tucano Rodrigo Cunha, poderia anunciar R$ 98 milhões para Alagoas. O Muda Senado está empenhado. “Se esse valor do Fundão salvar uma vida da Covid-19, já terá valido a pena”, um senador escreveu aos colegas no WhatsApp.

‘Não tem caminho fácil’, diz Teich sobre fim da pandemia de coronavírus

Segundo ministro, desafios são “produndos” e envolvem o econômico e o social.

Para o ministro da Saúde, Nelson Teich, “não tem caminho fácil” para sair da crise causada pelo novo coronavírus, o causador da Covid-19. De acordo com o portal G1, o gestor afirmou durante uma videoconferência que reuniu ministros do G20, neste domingo (19), que após a crise sanitária os sistemas de saúde não serão mais os mesmos.

Recém empossado, na última sexta-feira (17), Teich assumiu o cargo que ocupou Luiz Henrique Mandetta, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após série de desavenças envolvendo a orientação de isolamento social, entre outras.

“Não tem caminho fácil para sair da crise e acredito que os sistemas de saúde nunca mais serão os mesmos depois dessa experiência”, afirmou Teich.

O ministro também reforçou a importância do trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS) e destacou que a pandemia traz desafios “profundos” não só para o Brasil, mas para todos os países. “A urgência da covid19 está nos confrontando a todos, e isso é crítico. E parabenizamos essa reunião dos ministros da Saúde do G20″.

]]>
https://portalconservador.com/senadores-simulam-divisao-do-fundo-eleitoral-de-r-2-bilhoes-diz-coluna/feed/ 0 4977
Inventário de Marisa surpreende com investimentos que podem chegar a R$ 256,6 milhões https://portalconservador.com/inventario-de-marisa-surpreende-com-investimentos-que-podem-chegar-a-r-2566-milhoes/ https://portalconservador.com/inventario-de-marisa-surpreende-com-investimentos-que-podem-chegar-a-r-2566-milhoes/#respond Sat, 11 Apr 2020 19:02:45 +0000 https://portalconservador.com/?p=4972 read more →]]> Até o magistrado da 1ª Vara de Família e Sucessões, da Comarca de São Bernardo do Campo, em São Paulo, onde tramita o inventário de Dona Maria Letícia Lula da Silva se surpreendeu. O juiz Carlos Henrique André Lisboa deu 20 dias de prazo para o inventariante apresentar explicações.

Lula precisa esclarecer uma aplicação de 2.566.468 unidades de CBD, com vencimento para o dia 18 de maio, emitidos pelo Banco Bradesco.

O ex-presidiário tem que dizer se tais investimentos se referem a contratos anexados aos autos. De acordo com os documentos, cada CBD vale R$ 100,00.

Caso cada título corresponda a esse valor, o investimento da ex-primeira dama da República chegaria a ordem de R$ 256,6 milhões.

A Lava Jato precisa urgentemente requerer o sequestro desses valores.

]]>
https://portalconservador.com/inventario-de-marisa-surpreende-com-investimentos-que-podem-chegar-a-r-2566-milhoes/feed/ 0 4972
Milão organizou campanha “Abrace um chinês” em fevereiro https://portalconservador.com/milao-organizou-campanha-abrace-um-chines-em-fev/ https://portalconservador.com/milao-organizou-campanha-abrace-um-chines-em-fev/#respond Sat, 28 Mar 2020 04:25:36 +0000 https://portalconservador.com/?p=4826 read more →]]> A cidade hoje conta mais de 4.800 mortes mesmo com quarentena. Jornalistas culpam dias de trabalho sem citar a campanha “anti-racista”

No mesmo dia em que a Secom da presidência lançou a campanha O Brasil não pode parar, o prefeito de Milão, na Itália, pediu desculpas, afirmando que a campanha “Milão não pode parar” foi um erro. A cidade conta, hoje, com 4.800 mortes em decorrência do coronavírus.

Como um dog whistle lamentavelmente viralizado, vozes que defendem quarentena obrigatória, imposta pelo governo com risco de pena aos “infratores” (multa? prisão?), passaram a acusar Bolsonaro de “genocida”, justamente por não tomar medidas ditatoriais, como governos estão fazendo pela Europa – ou governos estaduais fazem pelo Brasil, usando Milão como exemplo.

Logo ele, Bolsonaro, sendo acusado de não ditar regras, não prender pessoas simplesmente por estarem disponíveis, não aumentar seu próprio poder contra a população. Dito para 2018 com uma máquina do tempo, causaria tilt.

O que não foi noticiado por nenhum veículo de mídia, e também não viralizou entre quarentenistas, foi que a cidade de Milão foi organizadora de uma campanha chamada “Hug me, I’m not a vírus” (“abrace-me, eu não sou um vírus”), em que chineses pediam para serem abraçados com cartazes nas ruas em fevereiro.

A campanha em Milão foi para combater o “racismo”, como é chamado qualquer medida que não envolva fronteiras abertas, governanças transnacionais e substituição populacional hoje em dia. A campanha foi noticiada pela mídia chinesa, sob fartos aplausos ocidentais.

Em janeiro, a BBC já havia noticiado sobre um asiático francês que iniciara uma campanha com a hashtag #JeNeSuisPasUnVirus. O inimigo, à época, era o “racismo”. O mesmo que fazem hoje contra a expressão “vírus chinês”, sobre o coronavírus, que veio da China.

Já o Jerusalem Post comenta sobre o vídeo de Milão ao lembrar que a China não é modelo para conter o coronavírus – ou para qualquer outra coisa.

Em menos de um mês, a cidade estaria em um gigantesco lockdown, com mais mortes em sua região do que qualquer outro lugar do mundo (descontando a China, para quem acredita nos dados do governo chinês).

Hoje, culpa-se a falta de isolamento, ainda que as infecções e mortes pelo coronavírus na Itália tenham aumentando mesmo após a quarentena. Por alguma razão, não se comentou sobre a campanha anti-racista.

Publicado originalmente em sensoincomum.org.

]]>
https://portalconservador.com/milao-organizou-campanha-abrace-um-chines-em-fev/feed/ 0 4826
Justiça Federal no RJ suspende trechos de decreto presidencial que prevê atividades religiosas e lotéricas como serviços essenciais https://portalconservador.com/justica-federal-no-rj-suspende-trechos-de-decreto-presidencial-que-preve-atividades-religiosas-e-lotericas-como-servicos-essenciais/ https://portalconservador.com/justica-federal-no-rj-suspende-trechos-de-decreto-presidencial-que-preve-atividades-religiosas-e-lotericas-como-servicos-essenciais/#respond Fri, 27 Mar 2020 22:11:47 +0000 https://portalconservador.com/?p=4823 read more →]]> Decisão desta sexta-feira (27) é da 1ª Vara Federal de Duque de Caxias. Ministério Público Federal solicitou à Justiça a suspensão das atividades durante pandemia do novo coronavírus.

A Justiça Federal no Rio de Janeiro suspendeu os efeitos do decreto do presidente Jair Bolsonaro definindo como serviço público essencial atividades religiosas e o funcionamento de casas lotéricas. A decisão desta sexta-feira (27) é da 1ª Vara Federal de Duque de Caxias.

A determinação atende a pedido do Ministério Público Federal solicitando que as atividades religiosas e o funcionamento de lotéricas fossem suspensos enquanto durar o período de isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus.

Na quinta-feira (26), Bolsonaro editou um decreto tornando essas atividades essenciais em meio à pandemia. Ao encaixá-las nessa categoria, o presidente definiu que elas poderiam continuar em operação mesmo durante restrição ou quarentena em razão do vírus.

O decreto presidencial, porém, faz uma ressalva em relação aos cultos: segundo o texto publicado no “Diário Oficial da União”, o funcionamento da “atividade religiosa de qualquer natureza” deverá obedecer as “determinações do Ministério da Saúde”.

“O decreto coloca em risco a eficácia das medidas de isolamento e achatamento de curva de casos de coronavírus. É necessário conter essa extrapolação atual e assegurar que não sejam editadas medidas ainda mais ampliativas no futuro”, afirmou o procurador da República Julio José Araujo Junior, autor da ação.

]]>
https://portalconservador.com/justica-federal-no-rj-suspende-trechos-de-decreto-presidencial-que-preve-atividades-religiosas-e-lotericas-como-servicos-essenciais/feed/ 0 4823
Coronavírus: Tráfico ordena cancelamento de bailes funk em favelas https://portalconservador.com/coronavirus-trafico-ordena-cancelamento-de-bailes-funk-em-favelas/ https://portalconservador.com/coronavirus-trafico-ordena-cancelamento-de-bailes-funk-em-favelas/#respond Thu, 26 Mar 2020 14:48:27 +0000 https://portalconservador.com/?p=4817 read more →]]> Bailes funks em diversas favelas do Rio de Janeiro foram cancelados por ordem de traficantes. As determinações começaram na sexta-feira passada e se estendem até o próximo final de semana a fim de evitar aglomerações e a proliferação do novo coronavírus. As informações são do jornal Extra.

Duas facções diferentes que atuam no estado do Rio foram responsáveis pelas ordens. Para anunciar o cancelamento do baile funk que aconteceria na favela da Palmeirinha, em Duque de Caxias, no último sábado, as atrações do evento aparecem com máscaras. Sobre a propaganda, aparece a palavra “cancelado”. A favela é dominada pela maior facção do tráfico de drogas do estado.

No Complexo do Chapadão, na Zona Norte, ocupado pela mesma quadrilha, os bailes estão suspensos por tempo indeterminado.

Na favela onde atua um grupo rival, em Acari, os criminosos também suspenderam eventos. “Devido a atual situação dessa pandemia de coronavírus em toda a região, não terá evento neste sábado. Pedimos a colaboração de todos: evitar aglomerações, som altos e bares. Grato, a diretoria agradece”.

No Morro da Mineira, na favela Furquim Mendes, na Vila do João, no Jardim Catarina e no B13, em Caxias os bailes funk também foram cancelados.

]]>
https://portalconservador.com/coronavirus-trafico-ordena-cancelamento-de-bailes-funk-em-favelas/feed/ 0 4817
Sem ações, faltará UTI para 42 mil https://portalconservador.com/sem-acoes-faltara-uti-para-42-mil/ https://portalconservador.com/sem-acoes-faltara-uti-para-42-mil/#respond Thu, 26 Mar 2020 12:15:52 +0000 https://portalconservador.com/?p=4814 read more →]]> Modelo matemático simula impacto da epidemia de Covid-19 nos sistemas de saúde estaduais

Quase 42 mil brasileiros com quadro grave de Covid-19 ficariam sem vaga na UTI, e mais de 37 mil sem respiradores, caso a epidemia atingisse uma parcela da população comparável à alcançada em Wuhan, na China, e caso a disseminação do novo coronavírus tivesse velocidade semelhante, sugere um novo modelo matemático que simula a saturação do sistema de saúde brasileiro. Nesse cenário, a primeira onda da epidemia duraria 79 dias e infectaria 1 milhão de brasileiros, ou 0,5% da população.

Num cenário hipotético de maior contágio, em que a epidemia atingisse 3% dos brasileiros, ou 6,3 milhões, faltariam vagas na UTI para mais de 300 mil e respiradores para 293 mil, por um período de 91 dias. Mesmo num cenário agressivo de contenção do vírus, que estendesse a duração da epidemia por 148 dias e achatasse a curva de contágio, faltariam mais de 15 mil UTIs e 13,5 mil respiradores no pico da demanda.

No cenário mais otimista, em que fossem suspensas todas as cirurgias eletivas para liberar vagas nas UTIs e, além disso, a capacidade de atendimento crescesse 10%, ainda haveria uma carência de quase 2 mil leitos de terapia intensiva no pico da epidemia, e mais de 2.500 infectados ficariam sem esse recurso essencial para salvar suas vidas.

Na prática, quem tivesse um quadro grave da Covid-19 e ficasse sem vaga na UTI passaria a viver o drama das centenas de europeus condenados pela superlotação dos hospitais com casos de doença. “Pacientes que necessitam estar em regime de tratamento intensivo, se não tiverem acesso, terão probabilidade muito alta de morte”, afirma Gonzalo Vecina Neto, da Faculdade de Saúde Pública da USP, responsável pelas premissas teóricas que embasaram os cálculos do matemático Lucas Amorim, doutorando na Universidade do Porto, e do economista Gustavo Kay, graduado na USP.

O objetivo do modelo elaborado pelos três, cujos resultados estão no artigo “Cenários para a demanda vs. oferta de leitos de UTIs e respiradores na epidemia Covid-19 no Brasil” (uma amostra é resumida nos gráficos ao final desta reportagem), não é prever quantos brasileiros serão infectados nem quantos morrerão. Não se trata de um modelo epidemiológico, como os elaborados recentemente por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas e do Instituto Oswaldo Cruz ou do Imperial College. Em vez tentar projetar o alcance ou o número de mortos na epidemia, a ferramenta simula o estresse provocado pela Covid-19 no sistema de saúde.

Com base no número de infectados estimado para cada estado da federação, o modelo avalia quantos precisarão de leitos de UTI ou de respiradores artificiais, de acordo com os dados do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Medicina. A demanda pelos dois recursos é comparada à oferta disponível, seguindo a evolução diária do contágio. O cálculo depende de dois parâmetros: a proporção da população que se supõe ter sido infectada ao final da epidemia e a velocidade intrínseca de propagação do vírus (afetada por características biológicas e pelas políticas adotadas para combatê-lo).

Como todo modelo matemático, trata-se não de um retrato absolutamente fiel, mas de uma simplicação para nos permitir enxergar melhor uma faceta da realidade. Dificilmente a epidemia terá o mesmo comportamento no Brasil todo. Na planilha disponível com o estudo, é possível variar os parâmetros para simular o impacto da Covid-19.

“O modelo permite às autoridades simular diferentes cenários para o uso dos recursos hospitalares brasileiros em cada um dos estados”, diz Amorim. “Pode ser adotado como ferramenta exploratória no planejamento para o combate da epidemia.” Na elaboração dos gráficos e quadros para esta reportagem, meramente ilustrativos, foram considerados quatro cenários, uniformes para todos os estados:

No cenário-base, o vírus se propaga com parâmetros compatíveis com os verificados em Wuhan: 30% de crescimento diário dos infectados no início da epidemia e 0,5% da população infectada no final;

No segundo cenário, mais pessimista, a doença se propaga com a mesma velocidade, mas atinge bem mais gente: 3% da população. Trata-se de um cenário ainda conservador, se levarmos em conta que o total de infectados numa epidemia dessa natureza sem nenhum tipo de controle chegaria a entre 20% e 60% dos brasileiros (e os gráficos comparativos provavelmente nem caberiam nesta página);

No terceiro cenário, a doença atinge a mesma parcela da população que no primeiro (0,5%), mas políticas de isolamento, distanciamento social e outros controles reduzem a velocidade de propagação à metade (15% ao dia). Com isso, a infecção se estende no tempo, achatando a curva de contágio (leia mais neste post);
No quarto cenário, além das políticas adotadas para deter o vírus, os hospitais adiam todas as cirurgias eletivas – na avaliação de Vecina, isso liberaria em torno de 30% da capacidade nas UTIs – e também há um investimento suficiente para ampliá-la em 10%.

Com tal ampliação, a necessidade de leitos de UTI cairia de 42 mil no cenário-base para 32 mil. A suspensão das cirurgias eletivas poderia reduzi-la um pouco mais, a 18 mil. Adotadas em conjunto, as duas medidas alcançariam, segundo o modelo, redução até 13 mil. Apenas acopladas às medidas para deter o contágio, como o isolamento social, poderiam limitar a escassez dos leitos de UTI a pouco mais de 2.500 no Brasil todo. Em nenhum dos demais cenários há redução comparável.

Quanto custaria investir nesses leitos? Pelas contas de Vecina, a instalação de cada um custa R$ 150 mil, e a operação gira em torno de R$ 5 mil diários por paciente. De acordo com os dados usados no modelo, depois da suspensão das cirurgias eletivas faltariam 3.717 vagas em UTI para atender a demanda, cada uma usada por uma média de 10 dias. Considerando que as taxas de ocupação das UTIs do SUS são de 90%, isso corresponderia a quase 4 mil novos leitos.

Fazendo, portanto, a conta do custo de instalação e operação, chegamos a um investimento perto de R$ 800 milhões, sem contar gastos em construçao e infra-estrutura. Não parece um valor absurdo para reduzir o impacto devastador da Covid-19. A dificuldade: boa parte dos leitos que podem salvar vidas pertence à rede privada e não está, portanto, disponível a todos os brasileiros.

Embora a quantidade de vagas nas UTIs dos hospitais privados seja equivalente à dos públicos, elas estão acessíveis apenas aos 48 milhões de brasileiros que têm planos de saúde. Uma ideia aventada por Vecina é que o SUS remunere de algum modo os hospitais privados pelo uso dos leitos pelos seus pacientes se houver carência. Se isso não for feito, o brasileiro com plano de saúde terá quatro vezes mais chance de salvar quando pegar a Covid-19 – mas nem isso servirá de garantia caso a epidemia se alastre a ponto de levar ao colapso todo o sistema.

Com informações Blog do Hélio Gurovitz.

]]>
https://portalconservador.com/sem-acoes-faltara-uti-para-42-mil/feed/ 0 4814
Coronavírus: O que é melhor? Deixar a epidemia seguir ou achatar a curva? https://portalconservador.com/coronavirus-o-que-e-melhor-deixar-a-epidemia-seguir-ou-achatar-a-curva/ https://portalconservador.com/coronavirus-o-que-e-melhor-deixar-a-epidemia-seguir-ou-achatar-a-curva/#respond Wed, 25 Mar 2020 20:42:48 +0000 https://portalconservador.com/?p=4808 read more →]]> Por mais alta que seja a taxa de mortalidade do coronavírus (também chamado Covid-19), a resposta do governo à ameaça é ainda mais perigosa. Se o atual bloqueio da vida econômica continuar, mais pessoas morrerão pelas contra-medidas do que pelo próprio vírus.

Em pouco tempo, o fornecimento básico de bens do dia-a-dia estará em risco. Ao interromper as cadeias globais de transporte suprimentos de medicamentos importantes logo vão faltar; até mesmo a oferta de alimentos estará em risco. É assim que uma estratégia de contenção funciona: operação bem-sucedida, paciente morto.

Duas estratégias

A principal preocupação dos responsáveis pela assistência à saúde não é o número absoluto de óbitos, mas seu objetivo é “achatar a curva”, ou seja, estender a frequência dos casos de infecção para evitar uma concentração temporária de casos. Com esse foco, as autoridades ignoram os efeitos colaterais de suas medidas. As agências estatais estão obcecadas em suavizar a curva e, assim, ignoram que perseguir quase exclusivamente esse objetivo trará mais danos colaterais do que o possível custo da própria epidemia.

Se os governos continuarem a agir como estão agindo agora, as pessoas logo serão confrontadas com o problema de não poderem mais comprar as coisas necessárias. Primeiro, porque as prateleiras estarão vazias; segundo, mais tarde, quando as prateleiras se encherem novamente não poderão mais comprar por falta de renda. As empresas fecharam e os salários não aparecerão nas contas bancárias. As datas de vencimento dos pagamentos não serão cumpridas. Não é o coronavírus que paralisará a economia, mas a maneira pela qual os políticos está respondendo à epidemia.

Uma outra estratégia (praticada parcialmente pela Coreia do Sul e até recentemente pelo Reino Unido) deixa o vírus seguir seu curso, interfere pouco na economia e espera que a população se imunizasse. Este é geralmente o caso quando 60–70% da população está infectada (modelo de imunidade de rebanho). As pessoas imunizadas são protegidas para a segunda onda, que geralmente segue a primeira em ataques de vírus.

Com esta estratégia, a vida cotidiana continua normalmente. Escolas, restaurantes e bares permanecem abertos. Eventos estão permitidos. O governo limita-se a apelos — para evitar riscos desnecessários, para tomar medidas preventivas individuais e, acima de tudo, convida os idosos a ficar em casa.

Na Europa e no resto do mundo, o estado de emergência foi proclamado. Mesmo que o pesadelo atual termine e os toques de recolher e proibições de viagens não existam mais, levará muito tempo para a economia se recuperar — não do vírus, mas da resposta ao vírus.

Nos Estados Unidos e em muitos países europeus, o estado assumiu o controle, acreditando que, por severas restrições da vida pública e privada, o governo poderia controlar a epidemia. A opinião prevalecente é de que não há alternativa ao método de praticamente acabar com a economia e impor severas restrições à vida cotidiana das pessoas.

No entanto, em vez do atual procedimento, pode-se deixar a vida continuar como de costume. De fato, até agora, não há mais mortes do que o habitual, mesmo na Europa. Na hipótese de que no futuro a taxa de mortalidade deva subir (neste momento, quem sabe?), pode-se lidar com o aumento de casos através de medidas emergenciais de curto prazo. Em vez dos imensos custos que a política atual acarreta, seria fácil começar agora com a preparação e expandir a capacidade de cuidar de doentes, moribundos e mortos.

Essa estratégia que respeita os direitos humanos contrasta com a “estratégia achatada” do intervencionismo estatal que se baseia numa ideologia totalitária.

A estratégia de nivelar a curva

O objetivo da estratégia política dominante é conter a epidemia para espalhar o contágio pelo vírus a longo prazo. Não se trata de reduzir o número total de mortes. Os órgãos estaduais preocupam-se em evitar o pico na distribuição de frequências e mudar o número de casos para o futuro (Fig. 1).

Figura 1: Curva de frequência para epidemias e capacidade do sistema de saúde

Fonte: MIT Press Reader

De acordo com esse modelo (observe que faltam números exatos), haveria um aumento acentuado na frequência de casos por dia sem medidas de proteção (Cases without protective measures), que, no entanto, também diminuiria rapidamente (Reduction in peak of outbreak). De acordo com o modelo, casos com medidas de proteção tornariam a curva suave e permaneceriam dentro dos limites de capacidade do sistema de saúde (Health care system capacity).

O modelo pode estar correto por si só, mas ignora a extensão dos danos causados pelas medidas de controle. Já temos uma amostra disso: além das restrições drásticas ao tráfego aéreo internacional e do fechamento parcial das fronteiras, há uma série de outras medidas que intervêm profundamente no dia a dia dos cidadãos e visam isolar o máximo possível a todos.

As autoridades querem fazer as pessoas acreditarem que as muitas restrições que já existem são medidas a curto prazo. Mas o que acontecerá se a estratégia de contenção durar muito mais do que o previsto? Agora, as consequências para a economia já são catastróficas. A cada dia e a cada semana, o dano aumenta com mais vigor. Mesmo quando as políticas conseguem conter a doença viral, os danos econômicos persistirão por muito mais tempo.

A ameaça real não é o coronavírus, mas a onda de falências e de desemprego que logo se espalhará pelas economias como um tsunami. Se os governos honrarem seus compromissos de ajuda e fizerem pagamentos compensatórios às pessoas e empresas afetadas, serão necessárias compensações financeiras tão altas que a inflação de preços poderá resultar e agravar o efeito da depressão econômica. Veremos um empobrecimento generalizado — não por causa da epidemia, mas por causa da resposta política à epidemia.

Primeiro, o governo destrói a economia, depois atua como uma oficina e reivindica a indispensabilidade do estado. No final, o custo do combate à epidemia será maior que o dano que apareceria se se deixa o vírus seguir seu caminho. Esta é a verdadeira tragédia do que está acontecendo. É o resultado de uma posição arrogante, a falsa afirmação de que políticas autoritárias sejam indispensáveis e servem para o bem-estar do povo.

Contra a política do pânico de medo

Sim, há motivos para entrar em pânico, mas não é o vírus, é a política contra Covid-19. O pânico organizado serve como um excelente teste para o estado do quanto ele pode aterrorizar os cidadãos e tirar suas liberdades sem encontrar resistência. Como ovelhas, as pessoas seguem as ordens de seus líderes. A mídia está preparando os cordeiros para irem silenciosamente e sem gritar para o matadouro.

Virologia, epidemiologia e áreas afins mostram que quase tudo o que os meios de comunicação, políticos e governos dizem está errado ou distorcido.

O número oficial de mortes atribuído ao coronavírus está incorreto. Não há uma maneira confiável de dizer, pelo aparecimento do vírus Covid-19 em um cadáver, que essa pessoa morreu por causa desse vírus. A vida das pessoas termina devido a inúmeros fatores e os idosos morrem de todos os tipos de doenças. Se o Covid-19 é encontrado em um cadáver, isso não prova que o vírus foi a causa da morte. O coronavírus é apenas uma das inúmeras causas possíveis.

As estatísticas sobre o número de portadores de vírus estão incorretas, uma vez que as taxas de erro dos dispositivos de teste para novos fenômenos de doenças são geralmente altas e, no caso de testes para o vírus Covid-19, provavelmente são ainda maiores, uma vez que a demanda por eles e seu uso aumentou extremamente em pouco tempo. Um conjunto de dados publicados pelas autoridades não significa que os números refletem os fatos corretamente. Mesmo testes padrão têm taxas de erro e, geralmente, vários testes são necessários para chegar a um julgamento confiável.

As modificações dos vírus existentes ocorrem constantemente. Sem testes específicos, a taxa de mutações não se detecta. Se ela fosse descoberta, você poderia entrar em pânico quase todos os dias. Pode-se ter certeza de que mais cedo ou mais tarde outro vírus aparecerá quando a epidemia de coronavírus tiver terminado. Imagine se os políticos reagirem da mesma forma como agora cada vez que se encontrar um novo tipo de vírus — algo que acontece continuamente — e a absurdidade da política atual se revela.

Além dos danos econômicos provocados pela política que está praticada em frente da epidemia, uma tragédia ainda maior se esconde: a perda dos direitos humanos fundamentais e da nossa liberdade individual. Dados os métodos modernos de vigilância, um novo tipo de totalitarismo superaria todos os horrores conhecidos dos regimes ditatoriais passados.

Conclusão

A estratégia de deixar o vírus correr e aceitar que as pessoas sejam infectadas muito rapidamente contrasta com a outra estratégia, que quer achatar a curva. No fim, ambos os modelos esperam uma taxa de infecção de cerca de dois terços da população. A primeira estratégia evita paralisar a economia e evade interferir na vida cotidiana. O governo se limita amplamente a apelar à população para que tome medidas de precaução e se adapte ao comportamento individual. A segunda estratégia visa prolongar o período de contágio, interferindo drasticamente na economia e na vida cotidiana, a fim de evitar sobrecarregar a capacidade existente do sistema de saúde.

A estratégia autoritária assume um enorme risco. Suas consequências já são visíveis. A política de fechar grande parte da economia destrói a delicada rede da divisão do trabalho e, assim, destrói a base da prosperidade. Mesmo que a estratégia de achatamento seja bem-sucedida, ela envolverá imensos danos colaterais, dos quais a economia não se recuperará por muito tempo. Uma estratégia melhor seria deixar a economia intacta e se preparar para uma eventual emergência sem muita interrupção da vida cotidiana.


Link do texto original.

]]>
https://portalconservador.com/coronavirus-o-que-e-melhor-deixar-a-epidemia-seguir-ou-achatar-a-curva/feed/ 0 4808