Hollywood – Portal Conservador https://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Tue, 03 Jul 2018 19:39:44 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.3.2 65453639 Mais 10 filmes conservadores para você assistir – Parte 3 https://portalconservador.com/mais-10-filmes-conservadores-para-voce-assistir-parte-3/ https://portalconservador.com/mais-10-filmes-conservadores-para-voce-assistir-parte-3/#comments Sat, 17 Feb 2018 23:20:56 +0000 http://portalconservador.com/?p=3793 read more →]]> 1. Silêncio (2016)

Dirigido pelo famoso diretor americano Martin Scorsese e com participação de Liam Neeson (o Barão de Ibelin em Cruzada) como um padre jesuíta, o filme retrata a dura perseguição sofrida pelos católicos no Japão do século XVII, onde o cristianismo fora proibido. De um solo inicialmente fértil para a difusão do cristianismo (onde se apontava mais de trezentos mil fieis), a reunificação do Japão promovida por um novo governo proibiu as ordens católicas, infligindo até mesmo aos padres inimagináveis torturas. Contam-se mais de cinco mil e quinhentos mártires, recriando-se uma verdadeira fé primitiva: uma fé das cavernas. No Japão, chamavam-se Kakure Kirishitan: os cristãos escondidos.

2. Um Estado de Liberdade (2016)

Matthew McConaughey (aquele mesmo de Interestelar) é o fazendeiro Newton Knight, durante a Guerra civil americana (1861-1865). Knight luta pelo fim da escravidão, mas também contra a Secessão. Reunindo diversos fazendeiros do seu condado, chegou a instituir um pequeno Estado livre, formando a primeira comunidade inter-racial do sul dos Estados Unidos. É um filme baseado numa história real. Conservadores são em, grande medida, verdadeiros patriotas. Mas defender-se de um Estado autoritário é um direito natural. Entre o primeiro valor e o segundo, os conservadores tendem a optar pelo último.

3. Man Down (2017)

Man Down não foi distribuído no Brasil, apesar de contar com o estrelato de Shia Labeouf, o astro de Transformers. Man Down retrata o drama sofrido pelos veteranos do Exército norte-americano na Guerra do Afeganistão. Poucos militares podem sair sem sequelas – sejam físicas ou emocionais – num ambiente hostil em que se é testado todos os dias. A dor da perda dos amigos e dos familiares é permanente e irreversível – o suicídio é um problema recorrente no exército estadunidense. O filme pode ser encontrado em sites de torrent brasileiros com o seguinte título: “A Guerra (2017)”, o título mais apropriado seria “Homem ao Chão”.

4. O Sol é para Todos (1962)

Baseado no livro de mesmo nome, escrito por Harper Lee, O Sol é para Todos conta a história de um advogado branco, interpretado por Gregory Peck (ganhador do Oscar de Melhor Ator por este filme) que defende um homem negro da acusação de estupro de uma mulher branca, filha de um rico fazendeiro da região. O palco é uma cidadezinha do sul dos Estados Unidos da década de 30, onde negros são automaticamente culpados das acusações. A história é contada pela perspectiva das crianças, assumindo uma conotação pouco usual aos filmes do gênero.

5. Nocaute (2015)

Jake Gyllenhaal interpreta o lutador de boxe fictício “Billy Hope”, detentor do cinturão e invicto há 43 lutas. Imbatível, O Grande Hope não sabia o que lhe esperava – sua mulher morre num embate com um rival, atingida por uma bala perdida, e ele vê o que lhe é mais caro desmoronar rapidamente. “Nocaute”, podem dizer alguns, tem tudo para repetir o clichê dos filmes de boxe. Mas a vitória nos ringues aqui terá outro sentido, qual seja o de recuperar o amor de sua única filha. É um filme típico estadunidense, mas também valoroso como tal: individualidade e meritocracia, redenção, amor à família.

6. O Melhor Jogo da História (2005)

Shia Labeouf é o jovem Francis Ouimet, um pobre morador inglês que sempre sonhou em jogar golfe, um esporte elitizado numa sociedade inglesa do século XX. É um drama real que retratou a superação de um filho de operário imigrante, desde cedo reprimido de seus desejos de trabalhar com o esporte. Ouimet começou trabalhando como caddie e viria a ser um golfista talentoso, o primeiro amador a vencer o torneio US Open de golfe de 1913, desbancando os maiores golfistas profissionais de seu tempo, como Harry Verdon (interpretado por Stephen Dillane) e Ted Ray.

7. Tempo de Glória (1989)

“Tempo de Glória” é baseado em fatos reais, e Matthew Broderick (famoso por interpretar Ferris Bueller em Curtindo a Vida Adoidado, clássico de 1986) assume o papel do Coronel Robert Gould Shaw, um oficial branco destacado para comandar o primeiro batalhão composto unicamente de soldados negros durante a Guerra Civil Americana. O curioso é que o próprio ator é um descendente do Coronel Shaw. O filme que também conta com Denzel Washington (Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo filme) retrata o preconceito típico dispensado aos negros da época, mas também o heroísmo de uma divisão inteira de negros – que em certo momento combate em solo com o próprio Shaw, lado a lado – para conquistar um forte inimigo.

8. Corações de Ferro (2014)

Normalmente a presença de Brad Pitt em qualquer filme tende a agradar bastante o público. Em Corações de Ferro, Pitt é o capitão Don “Wardaddy”, liderando um pequeno punhado de cinco soldados contra batalhões inteiras de nazistas. À parte dos típicos filmes hollywoodianos onde os protagonistas conseguem realizar proezas homéricas, Corações de Ferro deve ser visto pela qualidade técnica e pela temática principal – que não é necessariamente a guerra – mas a relação de amizade e companheirismo de cinco soldados que se veem como membros de uma mesma família. Quem desempenha papeis ainda mais importantes que o de Pitt, é certamente Logan Lerman (astro da série de livros Percy Jackson), no papel de um jovem que se recusa à fuzilar soldados rendidos, e Shia Labeouf no papel de Boyd ‘Bible’, o Bíblia, um militar metodista que roga a Deus em todos os momentos.

9. Trilogia Matrix (1999)

Poucos são aqueles que certamente não assistiram a trilogia e que permitiu a Keanu Reeves, no papel de “Neo” sua ascensão ao estrelato de Hollywood. Ocorre que os três filmes não poderiam estar excluídos de uma lista geral de filmes conservadores. A obra se revela filosófica, de difícil compreensão, não sendo incomum ser preciso assistir mais de uma vez. Ocorre que entre a “Matrix” e o mundo real há um descompasso. Escrevi um artigo explorando uma faceta do que vemos sendo uma das partes da matrix: a promiscuidade. O próprio filme é senão a própria pílula da verdade – viver na matrix ou encarar a dura verdade do mundo real.

10. O Livro de Eli

Denzel Washington estrela Eli, um andarilho num mundo pós-apocalíptico. No filme, pouco se sabe as razões de tamanha destruição – de certo, e por algum motivo, todos os livros religiosos foram queimados. Mas também o trabalho intelectual parece inexistir por completo. Poucos são os alfabetizados. “O Livro de Eli” é o seu bem mais precioso, e ele o protege à todo custo. Trata-se de um exemplar da Bíblia, tradução do Rei Jaime, a única disponível no mundo retratado. Eli precisa encontrar um lugar que lhe seja seguro. É um drama violento, mas com certas doses de religiosidade.

Gostaram da terceira parte? Vocês veem que ainda falta algum filme conservador? Deixem suas sugestões nos comentários (;

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Conheça mais 10 filmes obrigatórios para conservadores – Parte 2 https://portalconservador.com/conheca-mais-10-filmes-obrigatorios-para-conservadores-parte-2/ https://portalconservador.com/conheca-mais-10-filmes-obrigatorios-para-conservadores-parte-2/#comments Thu, 11 May 2017 23:07:37 +0000 http://portalconservador.com/?p=3376 read more →]]> 1. À Espera de um Milagre (1999)

Baseado num livro homônimo de Stephen King, “À Espera de um Milagre” conta a história de John Coffey (como o café, mas não se escreve igual) um detento negro sentenciado a morte por eletrocussão. John Coffey foi acusado de estuprar e matar duas irmãs gêmeas de nove anos em uma fazenda do estado da Louisiana. Interpretado por Michael Clarke Duncan, Coffey é um negro alto, forte e musculoso, mas com o comportamento de uma criança pura e infantil. Como poderia ele ter cometido um crime tão brutal? Essa é certamente a pergunta-chave de toda a narrativa. O chefe da prisão é Paul Edgecomb, interpretado por Tom Hanks, que se surpreende com a capacidade sobrenatural e dos dons milagrosos que aquele desconhecido detento negro possui. Marmanjos ou donzelas, preparem os lenços.

2. O Resgate do Soldado Ryan (1998)

Dirigido por Steven Spielberg, poucos teriam sido aqueles que não assistiram este que foi um dos maiores filmes de guerra norte-americana da indústria de Hollywood. Mas certamente não poderia faltar a esta lista. “O Resgate do Soldado Ryan” conta a história do Capitão Miller, interpretado por Tom Hanks, envolvido numa busca condenada ao fracasso de resgatar apenas um único soldado: James Ryan, que perdeu todos os seus três irmãos nos combates da Segunda Guerra Mundial. Inúmeros soldados do batalhão do Capitão Miller morreram na guerra para salvar apenas um único homem. Patriotismo, lealdade, honra, coragem… Os valores ensinados são diversos.

3. Doze Homens e Uma Sentença (1957)

“12 Homens e uma sentença” já foi refilmado em algumas oportunidades, a que se destaca a refilmagem de 1997. Mas o que nos interessa é a versão em preto e branco de 1957, interpretado por Henry Fonda (pai do sobrenome Fonda no cinema norte-americano) no papel do Jurado de número #8. Aqui não interessa o nome dos jurados. Certamente um grande mérito do diretor Sidney Lumet, em retratar um típico processo penal da justiça americana. Do gênero drama, o filme faz uma defesa implícita dos princípios penais e da justiça. Não devem restar dúvidas sobre uma condenação, e mais além: pré-julgamentos são crimes contra a justiça. Uma grande obra para os amantes do Direito.

4. Karol – O Homem que se tornou Papa (2005)

O polonês Piotr Adamczyk interpreta São João Paulo II na história de sua vida. O papa e agora santo da Igreja era um mero jovem estudante polonês de 18 anos quando assistiu a sua amada Polônia ser dominada pelos nazistas, e nos anos seguintes, pelos comunistas. Conhecedor infeliz de ambos os totalitarismos, João Paulo II foi um dos grandes personagens da história contemporânea ao ter auxiliado nos processos que levaram a queda do comunismo russo.

5. Rocky Balboa (2006)

Dirigido e interpretado pelo próprio Sylvester Stallone na figura de Rocky Balboa, o filme homônimo de 2006 é uma boa opção para quem desconhece os filmes mais antigos de Rocky. É um filme dramático, e o Rocky do século XXI ainda reside no mesmo bairro decadente, preso em suas glórias passadas. Até que decide retornar ao boxe, e Rocky se envolve numa história de superação de si próprio, entregando lições de foco e determinação para aqueles que o assistem. Não se trata de um mero filme de boxe, com certeza.

6. Homens de Honra (2000)

Baseado em fatos reais, “Homens de Honra” conta a história de Carl Brashear, o primeiro mergulhador-mestre negro da história da marinha norte-americana, feito alcançado em 1970, num período em que o racismo ainda era uma figura predominante nas forças armadas dos Estados Unidos. Até então, o espaço reservado aos negros no Exército ou Marinha era o da cozinha ou como auxiliares de serviços-gerais. O papel de Carl é interpretado pelo excelente Cuba Gooding Jr. O filme também conta com Robert de Niro no papel do chefe Billy Sunday, que reconheceu a determinação de Carl em se tornar marinheiro. Carl nasceu em uma típica família pobre e negra do Estado de Kentucky. Cansado da vida difícil e das mãos calejadas do trabalho de arar a terra tal como seu pai, Carl não desistiu até alcançar os seus objetivos, não obstante ter sido em 1968 o primeiro amputado da Marinha a retornar ao serviço da ativa. O filme ensina duras lições de honra, perseverança, trabalho duro, patriotismo e família.

7. Até o Último Homem (2016)

“Até o Último Homem” é mais um filme conservador dirigido por Mel Gibson. Baseado em fatos reais, o filme retrata os feitos de um mero médico americano, Desmond Doss (interpretado por Andrew Garfield), que se recusou a pegar em armas em plena Segunda Guerra Mundial. Desmond resgatou mais de setenta soldados americanos na Batalha de Okinawa, numa das maiores ilhas do Japão, sem ter disparado um único tiro. Movido por sua fé e não obstante o heroísmo, o verdadeiro Desmond Doss é lembrado por ter sido o primeiro “objetor de consciência” da história dos Estados Unidos a receber uma Medalha de Honra.

8. As Cinco Pessoas que você encontra no Céu (2004)

Este é um grande livro que se tornou um grande filme. Escrito por Mitch Albom, o filme dirigido por Lloyd Kramer conta a história do solitário “Eddie Manutenção”, um auxiliar de um parque de diversões que morre ao tentar salvar uma garotinha de um acidente no parque. Em meio a flashbacks, a experiência pós-morte de Eddie é uma obra de auto-conhecimento, já que este se depara com a figura de cinco personagens enigmáticos que influenciou (ou que foi por este influenciado) sua trajetória de vida. Uma verdadeira obra-prima.

9. Interestelar (2014)

Do gênero ficção científica (ou seria ficção fantástica?) e dirigido por Christopher Nolan, acredito que este filme venha a surpreender aqueles que o veem adicionado a esta lista de filmes conservadores. Interestelar é certamente mais um daqueles filmes pós-apocalípticos que alcançaram enorme sucesso nos últimos anos. Mas, distintamente, tem um espírito conservador próprio por adicionar um outro recurso para além do cataclisma generalizado: o amor. Nenhuma tecnologia até então teria sido capaz de sobreviver a espécie humana, sedenta dos recursos naturais mais básicos. O personagem principal é Dr. Cooper, interpretado por Matthew McCounaughey, um cientista e piloto da NASA que perdeu décadas da vida com os filhos para a salvar a humanidade de sua extinção. Não é um filme para telespectadores preguiçosos (por sua longa duração) ou desatentos, já que a atenção aos detalhes é necessária para a compreensão do todo.

10. Cristiada (2012)


Dirigidor por Dean Wright, o filme mostra uma realidade desconhecida até mesmo para os católicos latinos, por retratar uma dura perseguição movida a Igreja Católica no final da década de 1920 pelo Estado do México. A guerra envolvido os cristeros (pessoas comuns do povo mexicano) e o Estado trouxe mártires para a Igreja, como o beato José Luis Sánchez del Rio, sacrificado aos 14 anos por soldados do governo mexicano por defender a liberdade religiosa e a profissão da fé católica.

E vocês, o que acharam da Parte 2 dos filmes conservadores? Já assistiram todos?

Não viu a primeira parte? Veja aqui.

Quer ver a terceira parte? Clique aqui.

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Conheça 10 filmes obrigatórios para conservadores – Parte 1 https://portalconservador.com/conheca-10-filmes-obrigatorios-para-conservadores/ https://portalconservador.com/conheca-10-filmes-obrigatorios-para-conservadores/#comments Sat, 04 Mar 2017 02:22:03 +0000 http://portalconservador.com/?p=3278 read more →]]> 1. A Paixão de Cristo (2004)

Dirigido por Mel Gibson, o filme retrata a história do Deus que se fez Homem, para redimir a humanidade. Ele conta a trajetória de Jesus Cristo quando começou a pregar o Evangelho em Jerusalém. Interpretado por Jim Caviezel, ator que veio a ser descartado em Hollywood por assumir o papel, o filme foca no sofrimento e no martírio de Jesus. É uma obra-prima, pelo excelente trabalho de fotografia e de conhecimento do aramaico e hebraico, idiomas populares na época de Jesus e que são utilizados no diálogo ao longo do filme, bem como também do uso do latim pelos romanos. Não é um filme para crianças, certamente, dado que este se concentra no sofrimento e na entrega de Jesus à humanidade, com diversos minutos se concentrando em chibatadas com lâminas afiadas.

2. Sniper Americano (2015)

Interpretado por Bradley Cooper e dirigido por Clint Eastwood, o filme conta a história de Chris Kyle, maior atirador da história do Exército norte-americano, que esteve na Guerra do Iraque logo após o atentado de 11 de Setembro de 2001. O filme conta a trajetória de um “caipira” comum do Texas e que ingressa nos SEALs, uma equipe de elite da Marinha americana. “Sniper Americano” demonstra com altas doses de realismo os dilemas morais e espirituais dos soldados que serviram no Iraque, ensinando valores carentes na sociedade moderna, como a virilidade e honra masculina, o patriotismo e uma defesa implícita da Bíblia e da família natural.

3. Doze Anos de Escravidão (2013)

Doze Anos de Escravidão conta a história de Solomon Northup, um negro livre e de elevada cultura na sociedade escravista norte-americana do século XIX. Interpretado por Chiwetel Ejiofor, conhecido como o físico do apocalipse “2012”, Solomon é um violinista bastante respeitado e requisitado nos ambientes da música. Prestes a fazer negócios com proprietários de circos, Solomon é enganado, preso e vendido como se fosse escravo. Mais do que qualquer outro filme que tenha a escravidão como tema, Doze Anos de Escravidão foca na realidade dura e cruel da escravidão: a submissão imposta aos escravos e os mais variados castigos físicos. Diversos são os valores pregados pelo filme: o amor conservador a família, a resiliência mental de um homem de elite convertido em escravo, e o conflito espiritual entre fé e descrença, a honra e força masculina.

4. Cruzadas (2005)

Interpretado por Orlando Bloom no papel de Balian de Ibelin, o filme conta a história de um simples ferreiro que se torna cavaleiro e barão de Ibelin, um território na cidade de Jerusalém, que se passa no século XII. Jerusalém havia sido conquistada pela Primeira Cruzada (1090), incentivada pelo papa Urbano II para proteger o caminho dos peregrinos e libertar a Terra Santa do jugo dos muçulmanos. Apesar de integrar esta lista de filmes a serem assistidos por conservadores, “Cruzadas” é um filme politicamente correto, escrito como se não pretendesse ofender ninguém – exceto aos cristãos, como parece ser, retratando muçulmanos piedosos e tolerantes ao compasso que demonstram cristãos cruéis, mentirosos e gananciosos, defendidos por um péssimo e covarde bispo. Apesar da beleza do filme, da construção dos personagens e das batalhas épicas, “Cruzadas” não é um filme historicamente defensável. Mas ainda deve ser visto porque retrata o heroísmo de um homem comum, movido pela compaixão e pela vontade de defender o povo, a honra e lealdade masculina.

5. Trilogia Batman (2005-2012)

Dirigido por Christopher Nolan e interpretado por Christian Bale, a trilogia que começa em Batman Begins conta a história de um jovem bilionário (Bruce Wayne) que fica órfão após presenciar o assassinato dos pais. Apesar da notória riqueza e dos excessos cometidos pelo personagem, toda a trajetória de Batman passa pelo seu trabalho moral e espiritual de combater a criminalidade que assola “Gotham City”, ou precisamente, Nova Iorque – e como suas escolhas foram altamente prejudiciais para sua vida amorosa e profissional. Wayne conseguiu a proeza de perder mais da metade da fortuna e correr o risco de ser despejado de sua mansão após o investimento de bilhões de dólares em energia limpa e renovável, que viria a se tornar uma arma nuclear nas mãos da famigerada Liga das Sombras, uma organização revolucionária que pretende “libertar e purificar a humanidade”, através de atentados. Qualquer semelhança com ideologias do século XX, como o nazismo e o comunismo são meras coincidências…

6. Trilogias O Senhor dos Anéis (2001-03) e O Hobbit (2012-14)

Ambas as trilogias fazem parte do fantástico mundo de J. R. R. Tolkien, um fervoroso católico britânico. É difícil de se resumir o épico tolkiano, mas as obras retratam com maestria o pensamento conservador. O amor aos parentes, a paixão pelas belezas da natureza, a coragem dos pequeninos hobbits – uma defesa arraigada dos hábitos e das tradições, o amor ao “país”, a certeza de que o mal deve ser combatido à todo custo. A maior das contribuições a obra partiu da Bíblia (vale dizer isto para os desavisados e que não se atentam a detalhes) – a sedução das “raças” pelo poder figurado em anéis de poder, conferidos por Sauron, o Senhor do Escuro. Os personagens são mais comuns a fé cristã do que se imagina – a maior das rainhas do povo “Elfo”, uma linda e resplandecente senhora, de notória sabedoria, é uma representação da Virgem Maria. O maior dos personagens, o Mago Branco, é uma representação do papa – e a raça humana que se situa meio que à deriva, com as nações definhando pela avareza e pelos pecados da carne, o convite de seres comuns para a redenção.

7. Forrest Gump: O Contador de Histórias (1994)

Forrest Gump é um filme cómico, mas uma obra-prima. Estrelado por Tom Hanks, Forrest é um jovem norte-americano com Q.I bem reduzido, mas que tem muito a ensinar. Além de ser um cristão que sempre age moralmente certo, é um homem bravo, combatente na Guera do Vietnã e que sempre seguiu seu coração – quer para onde ele os levasse. Apesar de ter sido construído como uma crítica – ainda que válida – ao americanismo, Forrest Gump nos premia com bons ensinos conservadores.

8. Sinais (2002)

É o meu filme favorito – e estrelado por Mel Gibson. “Sinais” pode falar sobre tudo – menos sobre invasões alienígenas. Ele conta a história de Graham Hess, um viúvo e ex-sacerdote anglicano que perde a fé após a morte da esposa em um acidente de carro. Mas o filme perpassa num cenário quase que apocalíptico, sem embora dar atenção ao que acontece no mundo. É um conflito acima de tudo moral e espiritual entre Graham Hess e ele mesmo – e o quanto a perda de sentido foi prejudicial para sua vida. É um filme conservador do início ao final.

9. O Patriota (2000)

Se fosse possível resumir “O Patriota”, o faria com duas palavras: dever patriótico. Dessa vez Mel Gibson encarna a figura de Benjamin Martin, herói de guerra no processo de independência dos Estados Unidos frente a Inglaterra do século XVIII. Entrar na guerra nunca lhe passou pela cabeça. Mas Benjamin Martin entendeu que as vezes a guerra é necessária, para defender aqueles em que amamos.

10. Gran Torino (2008)

Dirigido e interpretado por Clint Eastwood no papel do Sr. Kowalski, é um veterano da guerra da Coreia de hábitos arraigados. Seu relacionamento com asiáticos, a contragosto, o faz repensar sobre seus próprios valores.

Já assistiram todos os filmes da nossa primeira parte?

Vejam a nossa segunda parte.

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Elijah Wood fala sobre escândalos de pedofilia em Hollywood https://portalconservador.com/elijah-wood-fala-sobre-escandalos-de-pedofilia-em-hollywood/ https://portalconservador.com/elijah-wood-fala-sobre-escandalos-de-pedofilia-em-hollywood/#respond Sat, 28 May 2016 02:34:26 +0000 http://portalconservador.com/?p=2887 read more →]]> Elijah Wood passou a maior parte de sua vida na indústria do entretenimento. Como um ator mirim aclamado pela crítica aos nove anos, ele continuou a crescer, literalmente, sob os holofotes. Ele, portanto, sabe algumas coisas do lado feio de Hollywood – especialmente sobre a sua tendência de se aproveitar de crianças. Embora os atores e atrizes costumem manter suas bocas fechadas sobre esses assuntos por medo de serem “suicidados” ou “terem uma overdose”, deslizes às vezes ocorrem e pedaços da verdade emergem.

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Durante uma entrevista ao jornal britânico Sunday Times, o ator Elijah Wood desviou um pouco o tom da conversa e dirigiu-se ao “lado obscuro de Hollywood” afirmando que o abuso infantil é desenfreado e que “há um monte de víboras nessa indústria”. Na entrevista, o ator disse que não sofreu abusos graças à proteção de sua mãe e de sua família. Abriu o jogo especificando que certas pessoas de alta proeminência em Hollywood abusam de crianças sem repercussão alguma.

“É evidente que algo grande estava acontecendo em Hollywood. Foi tudo organizado para isso. Há um monte de víboras nessa indústria, pessoas que só têm os seus próprios interesses em mente. Há escuridão lá no fundo – qualquer coisa que você puder imaginar, isso provavelmente já aconteceu”.

Elijah, em seguida, explicou que as vítimas não têm nenhum recurso porque “não podem falar tão alto quanto as pessoas no poder.”

“Essa é a tragédia de tentar revelar o que está acontecendo com as pessoas inocentes. Eles podem ser esmagados, mas suas vidas foram irreparavelmente prejudicadas.”

Elijah disse que ele foi poupado do abuso, principalmente porque sua mãe não lhe permitia participar de festas de Hollywood infames cheias de pervertidos de todos os tipos. Essas observações corroboram as afirmações de Corey Feldman de que Hollywood está “atualmente abrigando cerca de 100 abusadores ativos”.

“Ela estava muito mais preocupada com me criar para ser um bom ser humano do que facilitar a minha carreira. Quando você é inocente você tem muito pouco conhecimento do mundo e você quer ter sucesso. Pessoas com interesses parasitas vão ver você como presa delas.” […] “Eu posso dizer-lhe que o problema número 1 em Hollywood era e é e sempre será a pedofilia. Esse é o maior problema para as crianças nessa indústria… Esse é o grande segredo”.[1]

Em 2013, Feldman explicou que “uma das pessoas mais bem sucedidos na indústria do entretenimento, que ainda está ganhando dinheiro a rodo”, abusou de seu melhor amigo Corey Haim.

“Um homem adulto o convenceu [Haim] que era perfeitamente normal para homens mais velhos e rapazes mais jovens na indústria terem relações sexuais, que isso era o que todos os ‘caras faziam’. Então, eles se afastaram para uma área isolada entre dois trailers, durante uma pausa para o almoço do elenco e da equipe, e Haim, inocente e ambicioso como ele era, permitiu ser sodomizado”. [2]

Voltando atrás?

Quase toda vez que uma celebridade fala sobre a verdade na indústria, eles sentem a necessidade urgente de voltar atrás, negar e afirmar que elas foram “tiradas do contexto”. Será que eles recebem um telefonema de alguém ameaçando acabar com a carreira e/ou a vida delas? Seja qual for o caso, Elijah sentiu a necessidade de esclarecer que ele nunca testemunhou qualquer abuso e que suas afirmações foram baseadas no que ele viu em um documentário.

“The Sunday Times entrevistou-me sobre o meu último filme, mas a história tornou-se sobre algo completamente diferente. E isso causou uma série de manchetes falsas e enganosas. Eu tinha acabado de ver um documentário poderoso e falei brevemente com o repórter sobre o assunto, que teve consequências que eu não tinha a intenção. Lição aprendida.

Deixe-me ser claro: esse assunto de abuso infantil é um passo importante que deve ser discutido e devidamente investigado. Mas, como eu deixei absolutamente claro para o escritor, não tenho experiência de primeira mão ou observação do tema, por isso não posso falar com qualquer autoridade sobre além dos artigos que eu li e filmes que já vi.”

Essas declarações patéticas que ele fez voltando atrás é simplesmente mais uma prova de que a elite de Hollywood tem um poder muito grande sobre os artistas e os meios de comunicação, enquanto desfruta de total imunidade contra a lei.


Referências

[1] http://www.dailymail.co.uk/tvshowbiz/article-2025357/Paedophilia-Hollywoods-biggest-problem-alleges-child-star-Corey-Feldman.html

[2] http://www.nydailynews.com/entertainment/gossip/corey-feldman-book-details-sexual-abuse-coreys-article-1.1490863

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Ditadura do proletariado em Gotham City https://portalconservador.com/ditadura-do-proletariado-em-gotham-city/ https://portalconservador.com/ditadura-do-proletariado-em-gotham-city/#comments Sun, 09 Feb 2014 01:02:28 +0000 http://portalconservador.com/?p=265 read more →]]> Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge confirma mais uma vez como os blockbusters de Hollywood são indicadores precisos da situação ideológica da nossa sociedade. A narrativa (resumida) se dá da seguinte maneira. Oito anos depois dos eventos de Batman – O Cavaleiro das Trevas, capítulo anterior da saga Batman, a lei e a ordem prevalecem em Gotham City: sob os extraordinários poderes do Ato Dent, o comissário Gordon praticamente erradicou o crime violento e organizado. No entanto, ele se sente culpado pela cobertura dos crimes de Harvey Dent (Dent morreu ao tentar matar o filho de Gordon, salvo por Batman, que assumiu a culpa em nome da manutenção do mito de Dent, levando a uma demonização de Batman como vilão de Gotham) e planeja admitir a conspiração em um evento público de celebração a Dent, mas acaba concluindo que a cidade não está preparada para a verdade. Bruce Wayne, que não atua mais como Batman, vive isolado na própria mansão enquanto sua empresa desmorona depois de ter investido em um projeto de energia limpa criado para aproveitar a energia nuclear, mas encerrado quando ele descobriu que o núcleo poderia ser transformado em uma bomba. A lindíssima Miranda Tate, membra do conselho administrativo da Wayne Enterprises, convence Wayne a refazer a sociedade e continuar com seus trabalhos filantrópicos.

Aqui entra o (primeiro) vilão do filme: Bane, líder terrorista e antigo membro da Liga das Sombras, consegue a cópia do discurso de Gordon. Depois que as tramas financeiras de Bane quase levam a empresa de Wayne à falência, Wayne confia a Miranda a tarefa de controlar seus negócios, além de ter com ela um breve caso amoroso. (Nesse aspecto ela compete com a gata-ladra Selina Kyle, que rouba dos ricos para redistribuir a riqueza, mas acaba se juntando a Wayne e às forças da lei e da ordem.) Ao descobrir a movimentação de Bane, Wayne retorna como Batman e confronta Bane, que afirma ter assumido a Liga das Sombras após a morte de Ra’s Al Ghul. Depois de deixar Batman gravemente ferido em um combate corpo a corpo, Bane o coloca numa prisão de onde é praticamente impossível fugir. Seus companheiros de prisão contam para Wayne a história da única pessoa que conseguiu escapar: uma criança motivada pela necessidade e pela mera força de vontade. Enquanto o prisioneiro Wayne se recupera dos ferimentos e se prepara para ser Batman de novo, Bane consegue transformar Gotham City em uma cidade-Estado isolada. Primeiro ele atrai para o subsolo a maior parte dos policiais de Gotham e os prende lá; depois provoca explosões que destroem a maioria das pontes que conectavam Gotham City ao continente, anunciando que qualquer tentativa de deixar a cidade resultaria na detonação do núcleo de Wayne, do qual se apoderou e transformou em uma bomba.

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Chegamos então ao momento crucial do filme: a tomada de poder por parte de Bane acontece junto com uma vasta ofensiva político-ideológica. Bane revela publicamente o acobertamento da morte de Dent e liberta os prisioneiros detidos pelo Ato Dent. Condenando os ricos e poderosos, ele promete devolver o poder ao povo, convocando as pessoas comuns a “tomarem a cidade de volta” – Bane revela-se como “o manifestante definitivo do Occupy Wall Street, convocando os 99% a se juntarem para derrubar as elites sociais”[1]. Segue-se então a ideia do filme de poder do povo: uma sequência mostra  uma série de julgamentos e execuções dos ricos, as ruas tomadas pelo crime e pela vilania… alguns meses depois, enquanto Gotham City continua sofrendo o terror popular, Wayne consegue fugir da prisão, retorna a Gotham como Batman e convoca os amigos para ajudá-lo a libertar a cidade e desarmar a bomba nuclear antes que ela exploda. Batman confronta e domina Bane, mas Miranda intervém e apunhala Batman – a benfeitora social revela-se como Talia al Ghul, filha de Ra’s: foi ela que escapou da prisão quando criança e foi Bane que a ajudou a fugir. Depois de comunicar seu plano de terminar a tarefa do pai de destruir Gotham, Talia foge. Na confusão que se segue, Gordon destrói o dispositivo que permitia a detonação remota da bomba enquanto Selina mata Bane, permitindo que Batman vá atrás de Talia. Ele tenta forçá-la a levar a bomba para a câmara de fusão onde pode ser estabilizada, mas Talia inunda a câmara. Talia morre quando seu caminhão bate, confiante de que a bomba não pode ser detida. Usando um helicóptero especial, Batman transporta a bomba para além dos limites da cidade, onde ela explode sobre o oceano e supostamente o mata.

Agora Batman é celebrado como um herói cujo sacrifício salvou Gotham City, enquanto Wayne é tido como morto nos motins. Após seus bens serem divididos, Alfred vê Bruce e Selina juntos em um café em Florença, enquanto Blake, jovem policial honesto que conhecia a identidade de Batman, herda a Batcaverna. Em suma, “Batman salva a situação, aparece incólume e continua com uma vida normal, enquanto outro o substitui no papel de defender o sistema”[2]. A primeira pista dos fundamentos ideológicos desse final é dada por Gordon, que, no (suposto) enterro de Wayne, lê as últimas linhas de Um conto de duas cidades, de Dickens: “Esta é, sem dúvida, a melhor coisa que faço e que jamais fiz; este é, sem dúvida, o melhor descanso que terei e que jamais tive”. Alguns críticos do filme interpretaram essa citação como um indício de que o filme “atinge o nível mais nobre da arte ocidental. O filme apela para o centro da tradição norte-americana – o ideal do nobre sacrifício pelo povo comum. Batman deve se humilhar para ser exaltado e renunciar à própria vida para encontrar uma nova. […] Como máxima figura de Cristo, Batman sacrifica a si para salvar os outros”[3].

Dessa perspectiva, com efeito, Dickens está apenas a um passo de distância de Cristo no Calvário: “Pois aquele que quiser salvar a sua vida, vai perdê-la, mas o que perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. De fato, que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro mas arruinar a sua vida?” (Mt 16:25-26 da Bíblia de Jerusalém). O sacrifício de Batman como repetição da morte de Cristo? Essa ideia não seria comprometida pela última cena do filme (Wayne com Selina em um café em Florença)? O equivalente religioso desse final não seria a conhecida ideia blasfema de que Cristo realmente sobreviveu à crucificação e teve uma vida longa e pacífica (na Índia, ou talvez no Tibete, de acordo com algumas fontes)? A única maneira de remir essa cena final seria interpretá-la como um devaneio (alucinação) de Alfred, que se senta sozinho em um café em Florença. Outra característica dickensiana do filme é a queixa despolitizada sobre a lacuna entre ricos e pobres – no início do filme, Selina sussurra para Wayne enquanto eles dançam em um baile exclusivo da elite: “Está vindo uma tempestade, sr. Wayne. É melhor que estejam preparados. Pois quando ela chegar, todos se perguntarão como acharam que poderiam viver com tanto e deixar tão pouco para o resto”. Nolan, como todo bom liberal, está “preocupado” com essa disparidade e reconhece que essa preocupação impregnou o filme:

O que vejo do filme relacionado ao mundo real é a ideia de desonestidade. O filme inteiro trata da chegada do seu ponto crítico. […] A ideia de justiça econômica perpassa o filme, e por duas razões. Primeiro, Bruce Wayne é um bilionário. Isso tem de ser levado em conta. […] E segundo, há muitas coisas na vida, e a economia é uma delas, em que precisamos confiar em grande parte do que nos dizem, pois a maioria de nós se sente desprovida das ferramentas analíticas para saber o que está acontecendo. […] Não acho que existe uma perspectiva de direita ou de esquerda no filme. Ele faz apenas uma avaliação honesta, ou uma exploração honesta, do mundo em que vivemos – de coisas que nos preocupam.[4]

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Para todos os participantes, inclusive Batman, a moralidade é relativizada, torna-se uma questão de conveniência, algo determinado pelas circunstâncias (Divulgação)

Por mais que os espectadores saibam que Wayne é extremamente rico, eles tendem a se esquecer de onde vem a riqueza dele: fabricação de armas e especulação financeira, e é por isso que as jogadas de Bane na Bolsa de Valores podem destruir seu império – traficante de armas e especulador, esse é o verdadeiro segredo por trás da máscara do Batman. De que modo o filme lida com isso? Ressuscitando o tema arquetípico dickensiano do bom capitalista que se envolve no financiamento de orfanatos (Wayne) versus o mau e ganancioso capitalista (Stryver, como em Dickens). Nessa moralização dickensiana excessiva, a disparidade econômica é traduzida na “desonestidade” que deveria ser “honestamente” analisada, embora não tenhamos nenhum mapeamento cognitivo confiável, e uma abordagem “honesta” como essa nos leva a mais um paralelo com Dickens – é como afirmou Jonathan (corroteirista), irmão de Christopher Nolan, sem rodeios: “Para mim, Um conto de duas cidades foi o retrato mais angustiante de uma civilização reconhecível e descritível que se desintegrou completamente em pedaços. Com os terrores em Paris, na França daquela época, não é difícil imaginar que as coisas dariam tão errado assim”[5]. As cenas do vingativo levante populista no filme (uma multidão sedenta pelo sangue dos ricos que os ignoraram e exploraram) evocam a descrição de Dickens do Reino do Terror, tanto que, embora não tenha nada a ver com política, o filme segue o romance de Dickens ao retratar “honestamente” os revolucionários como fanáticos possuídos, e assim fornece a caricatura do que, na vida real, seriam revolucionários comprometidos ideologicamente no combate da injustiça estrutural. Hollywood conta o que o establishment quer que saibamos – que os revolucionários são criaturas brutais, sem nenhum respeito pela vida humana. Apesar da retórica emancipatória sobre a libertação, eles têm projetos sinistros por trás. Portanto, quaisquer que sejam as razões, elas precisam ser eliminadas.[6]

Tom Charity destacou corretamente “a defesa que o filme faz do establishment na forma de bilionários filantrópicos e uma polícia corrupta” – na sua desconfiança das pessoas que resolvem as coisas com as próprias mãos, o filme “demonstra tanto o desejo por justiça social quanto o medo do que realmente pode parecer nas mãos de uma multidão”[7]. Aqui, Karthick levanta uma questão bem clara sobre a imensa popularidade da figura do Coringa no filme anterior: qual o motivo de uma atitude tão hostil para com Bane quando o Coringa foi tratado com tanta mansidão no filme anterior? A resposta é simples e convincente:

O Coringa, que clama por anarquia na sua mais pura manifestação, enfatiza a hipocrisia da civilização burguesa como ela existe, mas é impossível traduzir suas visões em uma ação de massa. Bane, por outro lado, representa uma ameaça existencial ao sistema de opressão. […] Sua força não é apenas a psique, mas também sua capacidade de comandar as pessoas e mobilizá-las rumo a um objetivo político. Ele representa a vanguarda, o representante organizado dos oprimidos que promove a luta política em nome deles para gerar mudanças sociais. Tamanha força, com o maior dos potenciais subversivos, não tem lugar dentro do sistema. Ela precisa ser eliminada.[8]

No entanto, ainda que Bane não tenha o fascínio do Coringa de Heath Ledger, há uma característica que o distingue desse último: o amor incondicional, a mesma fonte da sua dureza. Em uma cena curta mas comovente, vemos como, em um ato de amor no meio do sofrimento terrível, Bane salvou a garota Talia sem se importar com as consequências e pagando um preço terrível por isso (foi espancado quase até a morte por defendê-la). Karthick tem toda razão ao situar esse acontecimento dentro da longa tradição, de Cristo a Che Guevara, que exalta a violência como uma “obra do amor”, como nas famosas palavras do diário de Che Guevara: “Devo dizer, correndo o risco de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é guiado pelo forte sentimento do amor. É impossível pensar em um revolucionário autêntico sem essa qualidade”[9]. O que encontramos aqui nem é tanto a “cristificação de Che”, mas sim uma “cheização do próprio Cristo” – o Cristo cujas palavras “escandalosas” de Lucas (“se alguém vem a mim e não odeia seu próprio pai e mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser meu discípulo” [Lc 14:26]) apontam exatamente na mesma direção que a famosa citação de Che: “É preciso ser duro, mas sem perder a ternura”. A afirmação de que “o verdadeiro revolucionário é guiado pelo forte sentimento do amor” deveria ser interpretada juntamente com a declaração muito mais “problemática” de Guevara sobre os revolucionários como “máquinas de matar”:

O ódio é um elemento da luta; o ódio impiedoso do inimigo que nos ergue acima e além das limitações naturais do homem e nos transforma em eficazes, violentas, seletivas e frias máquinas de matar. Assim devem ser nossos soldados; um povo sem ódio não derrota um inimigo brutal.

Ou, parafraseando Kant e Robespierre mais uma vez: o amor sem crueldade é impotente; a crueldade sem amor é cega, paixão efêmera que perde todo seu vigor. Guevara está parafraseando as declarações de Cristo sobre a unidade do amor e da espada – em ambos os casos, o paradoxo subjacente consiste nisto: o que torna o amor angelical, o que o eleva acima da mera sentimentalidade instável e patética, é essa mesma crueldade, o seu elo com a violência – é esse elo que eleva o amor acima e além das limitações naturais do homem e o transforma em pulsão incondicional. É por isso que, voltando a O Cavaleiro das Trevas Ressurge, o único amor autêntico no filme é o de Bane, o “amor do terrorista”, em nítido contraste a Batman.

Nesse mesmo viés, a figura de Ra’s, pai de Talia, merece um exame mais cuidadoso. Ra’s é uma mistura de características árabes e orientais, um agente do virtuoso terror lutando para contrabalancear a corrompida civilização ocidental. O personagem é interpretado por Liam Neeson, ator cuja persona na tela geralmente irradia uma nobre bondade e sabedoria (ele faz o papel de Zeus em Fúria de Titãs), e que também representa Qui-Gon Jinn em A Ameaça Fantasma, primeiro episódio da série Star Wars. Qui-Gon é um cavaleiro Jedi, mentor de Obi-Wan Kenobi, bem como o descobridor de Anakin Skywalker, acreditando que Anakin é O Escolhido que restituirá o equilíbrio do universo, ignorando os alertas de Yoda sobre a natureza instável de Anakin; no final de A Ameaça Fantasma, Qui-Gon é morto por Darth Maul[10].

Na trilogia Batman, Ra’s também é professor do jovem Wayne: em Batman Begins, ele encontra Wayne em uma prisão chinesa; apresentando-se como Henri Ducard, ele oferece um “caminho” para o garoto. Depois que Wayne é libertado, ele segue até a fortaleza da Liga das Sombras, onde Ra’s está esperando, embora se apresente como servo de outro homem chamado Ra’s Al Ghul. Depois de um longo e doloroso treinamento, Ra’s explica que Bruce deve fazer o que for preciso para combater o mal, embora revele que eles treinaram Bruce para liderar a Liga com o intuito de destruir Gotham City, que eles acreditam ter se tornado irremediavelmente corrupta. Portanto, Ra’s não é a simples encarnação do Mal: ele representa a combinação de virtude e terror, a disciplina igualitária que combate um império corrupto, e assim pertence ao fio condutor (na ficção recente) que vai de Paul Atreides em Duna até Leônidas em300 de Esparta. E é crucial que Wayne seja seu discípulo: Wayne foi formado como Batman por ele.

Duas críticas do senso-comum se apresentam aqui. A primeira é de que houveviolência e matanças monstruosas nas revoluções reais, desde o estalinismo ao Khmer Vermelho, por isso está claro que o filme não está apenas engajado na imaginação revolucionária. A segunda, oposta, é esta: o atual movimento Occupy Wall Street não foi violento, seu objetivo definitivamente não era um novo reino do terror; na medida em que se espera que a revolta de Bane extrapole a tendência imanente do movimento OWS, o filme, portanto, deturpa de maneira absurda seus objetivos e estratégias. Os atuais protestos antiglobalistas são o exato oposto do terror brutal de Bane: este representa a imagem espelhada do terror estatal, uma seita fundamentalista e homicida dominada e controlada pelo terror, e não a sua superação por meio da auto-organização popular… As duas críticas compartilham a rejeição da figura de Bane. A resposta a essas duas críticas é múltipla.

Primeiro, devemos esclarecer o atual escopo da violência – a melhor resposta para a afirmação de que a reação violenta da multidão à opressão é pior que a opressão original foi dada por Mark Twain no seu Um ianque na corte do rei Artur: “Houve dois ‘Reinos do Terror’, se bem nos lembramos; um forjado na incandescente paixão, outro no desumano sangue frio. […] Mas todos os nossos temores, que os tenhamos pelo menor terror, o momentâneo, por assim dizer; pois o que é o terror da morte súbita pelo machado se comparado à morte em toda uma vida de fome, frio, insulto, crueldade e desilusão? O cemitério de qualquer cidade pode bem conter os caixões cheios desse breve terror, que todos aprendemos com afinco a temer e lamentar; mas a França inteira mal conteria os caixões cheios daquele outro terror, mais antigo e verdadeiro, o terror de amargura e atrocidade indizíveis, que nenhum de nós aprendeu a encarar em toda sua amplitude ou desprezo que merece”.

Depois, deveríamos desmistificar o problema da violência, rejeitando afirmações simplistas de que o comunismo do século XX agiu com uma violência homicida excessiva demais, e de que deveríamos tomar cuidado para não cair mais uma vez nessa armadilha. Com efeito, trata-se de uma terrível verdade – mas esse foco voltado diretamente para a violência obscurece uma questão basilar: o que houve de errado no projeto comunista do século XX como tal, qual foi o ponto fraco imanente desse projeto que impulsionou o comunismo a recorrer (não só) aos comunistas no poder para a violência irrestrita? Em outras palavras, não basta dizer que os comunistas “negligenciaram o problema da violência”: foi um aspecto sócio-político mais profundo que os impulsionou à violência. (O mesmo se aplica à ideia de que os comunistas “negligenciaram a democracia”: seu projeto geral de transformação social impôs sobre eles esse “negligenciar”.) Portanto, não é apenas o filme de Nolan que foi incapaz de imaginar o poder autêntico do povo – os próprios movimentos “reais” de emancipação radical também não o fizeram e continuam presos nas coordenadas da antiga sociedade, e, por essa razão, muitas vezes o efetivo “poder do povo” foi esse horror violento.

E, por último, mas não menos importante, é muito simples dizer que não há potencial violento no movimento OWS e similares – há sim uma violência em jogo em todo processo emancipatório autêntico: o problema com o filme é que ele traduziu essa violência de uma maneira errada em terror homicida. Qual é, então, a sublime violência em relação à qual até mesmo o mais brutal assassinato é um ato de fraqueza? Façamos uma digressão em Ensaio sobre a lucidez, de José Saramago, que conta a história dos estranhos eventos na capital sem nome de um país democrático não identificado. Quando a manhã do dia das eleições é arruinada por chuvas torrenciais, a quantidade de eleitores presentes é extremamente baixa, mas o tempo melhora no meio da tarde e a população segue em massa para as seções eleitorais. No entanto, o alívio do governo logo acaba quando a contagem de votos revela que 70% das cédulas na capital foram deixados em branco. Frustrado por esse aparente lapso civil, o governo dá aos cidadãos a chance de refazer o fato uma semana depois, em mais um dia de eleição. O resultado é pior: agora 83% dos votos foram brancos. Os dois principais partidos políticos – o governante partido da direita (p.d.d.) e seu principal adversário, o partido do meio (p.d.m.) – entram em pânico, enquanto o infeliz e marginalizado partido da esquerda (p.d.e.) apresenta uma análise afirmando que os votos brancos são, essencialmente, um voto por sua agenda progressiva. Sem saber como responder a um protesto benigno, mas certo de que existe uma conspiração antidemocrática, o governo rapidamente rotula o movimento de “terrorismo puro e duro” e declara estado de emergência, permitindo a suspensão de todas as garantias constitucionais e adotando uma série de medidas cada vez mais drásticas: os cidadãos são apanhados aleatoriamente e desaparecem em interrogatórios secretos, a polícia e a sede do governo saem da capital, proibindo a entrada e a saída da cidade e, por fim, fabricando seu próprio líder terrorista. A cidade toda continua funcionando quase normalmente, as pessoas se esquivam de todas as ofensivas do governo com uma harmonia inexplicável e com um verdadeiro nível gandhiano de resistência não violenta… isso, a abstenção dos eleitores, é um exemplo de “violência divina” verdadeiramente radical que desperta reações de pânico brutal nos detentores do poder.

Voltando a Nolan, a trilogia dos filmes do Batman, portanto, segue uma lógica imanente. Em Batman Begins, o herói continua dentro dos limites de uma ordem liberal: o sistema pode ser defendido com métodos moralmente aceitáveis. O Cavaleiro das Trevas é de fato uma nova versão de dois clássicos de faroeste de John Ford (Sangue de Heróis e O Homem Que Matou o Facínora) que retratam como, para civilizar o ocidente selvagem, é preciso “publicar a lenda” e ignorar a verdade – em suma, como nossa civilização tem de se fundamentar em uma Mentira: é preciso quebrar as regras para defender o sistema. Ou, dito de outra forma, em Batman Begins, o herói é simplesmente uma figura clássica do vigilante urbano que pune os criminosos naquilo que a polícia não pode; o problema é que a polícia, órgão responsável pela imposição das leis, relaciona-se de maneira ambígua à ajuda de Batman: enquanto admite sua eficácia, ela também considera Batman uma ameaça ao seu monopólio do poder e uma testemunha da sua ineficácia. No entanto, a transgressão de Batman aqui é puramente formal, consiste em agir em nome da lei sem a legitimação para fazê-lo: nos seus atos, ele nunca viola a lei. O Cavaleiro das Trevas muda essas coordenadas: o verdadeiro rival de Batman não é o Coringa, seu oponente, mas Harvey Dent, o “cavaleiro branco”, o novo e agressivo promotor público, um tipo de vigilante oficial cuja batalha fanática contra o crime o conduz ao assassinato de pessoas inocentes e o destrói. É como se Dent fosse a resposta à ordem legal da ameaça de Batman: contra a vigilante luta de Batman, o sistema gera seu próprio excesso ilegal, seu próprio vigilante, muito mais violento que Batman, violando diretamente a lei. Desse modo, há uma justiça poética no fato de que, quando Bruce planeja revelar ao público sua identidade como Batman, Dent o interrompe e se apresenta como Batman – ele é “mais Batman que o próprio Batman”, efetivando a tentação à qual Batman ainda era capaz de resistir. Então quando, no final do filme, Batman assume os crimes cometidos por Dent para salvar a reputação do herói popular que incorpora a esperança para o povo comum, seu ato modesto tem uma ponta de verdade: Batman, de certa forma, devolve o favor a Dent. Seu ato é um gesto de troca simbólica: primeiro Dent toma para si a identidade de Batman, e depois Wayne – o Batman verdadeiro – toma para si os crimes de Dent.

Por fim, O Cavaleiro das Trevas Ressurge ultrapassa ainda mais os limites: Bane não seria Dent levado ao extremo, à sua autonegação? Dent que chega à conclusão de que o sistema é injusto, de modo que, para combater a injustiça com eficácia, é preciso atacar diretamente o sistema e destruí-lo? E, como parte da mesma atitude, Dent que perde as últimas inibições e está pronto para usar toda sua brutalidade assassina para atingir esse objetivo? O advento dessa figura muda a constelação inteira: para todos os participantes, inclusive Batman, a moralidade é relativizada, torna-se uma questão de conveniência, algo determinado pelas circunstâncias: é uma guerra de classes aberta, tudo é permitido para defender o sistema quando estamos lidando não só com gângsteres malucos, mas com uma revolta popular.

Será, então, que isso é tudo? O filme deveria ser categoricamente rejeitado por quem se envolve em lutas emancipatórias radicais? As coisas são mais ambíguas, e é preciso interpretar o filme da maneira que se interpreta um poema político chinês: as ausências e as presenças surpreendentes também contam. Recordemos a antiga história francesa sobre uma esposa que reclama do melhor amigo do marido, dizendo que o amigo tem se insinuado sexualmente para ela: leva algum tempo para que o amigo surpreso entenda a mensagem – de uma maneira invertida, ela o está incitando a seduzi-la… É como o inconsciente freudiano que não conhece a negação: o que importa não é um juízo negativo sobre algo, mas o simples fato de que esse algo seja mencionado – em O Cavaleiro das Trevas Ressurge, o poder do povo ESTÁ AQUI, encenado como um Evento, em um passo fundamental dado a partir dos oponentes habituais de Batman (criminosos megacapitalistas, gângsteres e terroristas).

Temos aqui a primeira pista – a perspectiva de que o movimento OWS tome o poder e estabeleça a democracia do povo em Manhattan é nítida e completamente tão absurda e irreal que não podemos deixar de fazer a seguinte pergunta: POR QUE UM IMPORTANTE BLOCKBUSTER DE HOLLYWOOD SONHA COM ISSO, POR QUE EVOCA ESSE ESPECTRO? Por que sequer sonhar com o OWS culminando em uma violenta tomada de poder? A resposta óbvia (manchar o OWS com acusações de que ele guarda um potencial terrorista totalitário) não é o bastante para explicar a estranha atração exercida pela perspectiva do “poder do povo”. Não admira que o funcionamento apropriado desse poder continue branco, ausente: nenhum detalhe é dado sobre como funciona esse poder do povo, sobre o que as pessoas mobilizadas estão fazendo (é preciso lembrar que Bane diz que as pessoas podem fazer o que quiserem – ele não impõe sobre elas a sua própria ordem).

É por isso que a crítica externa do filme (“sua retratação do reino do OWS é uma caricatura ridícula”) não basta – a crítica tem de ser imanente, tem de situar dentro do próprio filme uma multiplicidade de sinais que aponte para o Evento autêntico. (Recordemos, por exemplo, que Bane não é apenas um terrorista brutal, mas sim uma pessoa de profundo amor e sacrifício.) Em suma, a ideologia pura não é possível, a autenticidade de Bane TEM de deixar rastros na tecitura do filme. É por isso que o filme merece uma leitura mais íntima: o Evento – a “república do povo de Gotham City”, a ditadura do proletariado sobre Manhattan – é imanente ao filme, é o seu centro ausente.

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Referências

[1] Tyler O’Neil, “Dark Knight and Occupy Wall Street: The Humble Rise”,Hillsdale Natural Law Review, 21 de julho de 2012.

[2] Karthick RM, “The Dark Knight Rises a ‘Fascist’?”, Society and Culture, 21 de julho de 2012.

[3] Tyler O’Neil, cit.

[4] Christopher Nolan, entrevista na Entertainment 1216 (julho de 2012), p. 34.

[5] Entrevista de Christopher e Jonathan Nolan ao Buzzine Film.

[6] Karthick, cit.

[7] Forrest Whitman, “The Dickensian Aspects of The Dark Knight Rises”, 21 de julho de 2012.

[8] Karthick, cit.

[9] Citado em Jon Lee Anderton, Che Guevara: A Revolutionary Life, New York: Grove 1997, p. 636-637.

[10] Notemos a ironia do fato de que o filho de Neeson é um xiita devoto, e que o próprio Neeson às vezes fala sobre a sua futura conversão ao islamismo.

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