Itália – Portal Conservador http://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Sun, 11 Feb 2018 19:07:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.9.4 65453639 Crise dos refugiados: a hipocrisia dos países árabes-islâmicos ricos http://portalconservador.com/crise-dos-refugiados-a-hipocrisia-dos-paises-arabes-islamicos-ricos2/ http://portalconservador.com/crise-dos-refugiados-a-hipocrisia-dos-paises-arabes-islamicos-ricos2/#respond Thu, 17 Sep 2015 03:58:33 +0000 http://portalconservador.com/?p=2482 read more →]]> 1. A atual crise dos refugiados que fogem da guerra na Síria e de outros conflitos no Médio Oriente e Sul do Mediterrâneo (Iraque, Afeganistão, Líbia, etc.) tem provocado intermináveis discussões e profundas divisões entre os europeus.

O assunto é, sem dúvida, dos mais delicados que a União Europeia tem em mãos — mais até do que a crise da Zona Euro e da Grécia —, devido às possíveis consequências duradouras nas sociedades europeias. Nada indica que a dimensão da vaga de refugiados vá diminuir nos próximos tempos, pela persistência das guerras que as originam. Às vagas de refugiados acrescem os expressivos fluxos de migrantes à procura de melhores condições de vida, da Europa Balcânica (especialmente do Kosovo) e da África subsariana. Tendo em conta que, na crise atual, a principal origem dos refugiados é a Síria — e que estes são maioritariamente árabes e muçulmanos sunitas —, uma questão ocorre: por que razão não são os países árabes ricos do Médio Oriente o principal destino de acolhimento desses refugiados? (Ver a análise feita neste artigo da BBC de 2/9//2015, “Migrant crisis: Why Syrians do not flee to Gulf States”) A questão faz tanto mais sentido se pensarmos que a proximidade geográfica, linguística, cultural e religiosa é muito maior do que face a Estados europeus como a Alemanha, a Áustria, ou a Itália, por exemplo. (Poderá ser um contra-argumento que aquilo que atrai os refugiados para a Europa não é só a prosperidade material, mas também a democracia, a liberdade e a tolerância). Esta mesma interrogação foi colocada por um muçulmano britânico, Zahid Nawaz, numa carta dirigida ao Financial Times, publicada a 28/08/2015 sob o título “Hypocrisy of the Muslim Gulf countries” / Hipocrisia dos Países Muçulmanos do Golfo. Vale a pena reproduzir aqui alguns excertos.

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Se é possível verificar muitas famílias muçulmanas nos refugiados, o mais comum são os milhares de muçulmanos em idade militar

O autor começa por deplorar a tragédia humana em curso, mostrando a sua decepção pela atitude dos países muçulmanos ricos do golfo “[…] ver refugiados sírios, iraquianos, afegãos e sudaneses, quase todos muçulmanos, arriscarem as suas vidas tentando viajar para a Europa quando há, potencialmente, uma rota muito mais fácil para a Arábia Saudita e os Emiratos, é extremamente decepcionante.” Em seguida, faz notar a atitude de quase indiferença face aos refugiados, contrastivamente com a política de financiamento de grupos rebeldes na guerra da Síria e a riqueza que ostentam: “Esta falta de vontade de enfrentar o custo humano ocorre apesar do alegado financiamento significativo da rebelião na Síria, pelo Qatar, Arábia Saudita e Emiratos. Enquanto isso, o Qatar continua a gastar enormes quantias num Mundial de Futebol e o Dubai em infra-estruturas para uma Expo-Mundial.” Por último, termina notando o seguinte: “os muçulmanos são continuamente lembrados para tratar os outros muçulmanos como parte da umma [a comunidade dos crentes] um elemento constante no desenvolvimento do Islão. Mas quando se trata de fomentar, a longo prazo, uma ação sustentável para manter refugiados muçulmanos em países muçulmanos, a hipocrisia dos regimes locais da Arábia Saudita, Emirados Árabes e Qatar é uma fonte de enorme decepção para mim e estou certo que para muitos outros muçulmanos.”

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Da Síria a Alemanha, alguns ‘refugiados’ chegam a percorrer 4 mil km

2. Se a Turquia (0,8 milhões), o Líbano (1,2 milhões) e a Jordânia (0,6 milhões) — Estados com fronteiras diretas com a Síria — já receberam um número elevado de refugiados do conflito sírio, o mesmo não se pode dizer da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Kuwait, Omã e Bahrein. Todos estes Estado estão, em termos geográficos, relativamente próximos da Síria, embora sem fronteiras diretas. Mas, mais importante do que isso, estão entre os mais ricos do mundo — mais até do que muitos dos países mais prósperos da União Europeia como veremos em seguida. Estão, certamente também, como já referimos, muito mais próximos em termos culturais, religiosos e linguísticos. Importa notar que estes são objetivamente fatores que tendem a facilitar a integração nas sociedades de acolhimento. Um olhar para as estatísticas do Banco Mundial (2014) não deixa grandes dúvidas sobre a riqueza e meios materiais destes países para acolherem muitos dos refugiados. Olhando para o topo, para os primeiros vinte e cinco lugares do ranking mundial do PIB per capita — ou seja dos países mais ricos do mundo —, encontramos o seguinte quadro. Seis Estados árabes-islâmicos encontram-se nesse ranking, por esta ordem: em 1º lugar o Qatar (à frente dos países europeus mais ricos, como o Luxemburgo e a Noruega); em 4º lugar o Kuwait (à frente, da Noruega, frequentemente considerada o país com mais qualidade de vida); em 8º lugar os Emirados Árabes Unidos (à frente da Suíça); em 11º lugar a Arábia Saudita (à frente de países europeus como a Holanda, Áustria, Suécia, Dinamarca ou Alemanha); em 17º lugar Omã (à frente da Suécia, Dinamarca e Alemanha); em 23º lugar o Bahrein (à frente da Bélgica, Finlândia, Reino Unido e França). Note-se ainda que, todos eles, à exceção de Omã, se encontram classificados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), na categoria mais elevada, o desenvolvimento humano muito elevado. No ranking do PIB, as estatísticas do Banco Mundial (2014) confirmam também o já mencionado. A Arábia Saudita 19º lugar (à frente, por exemplo, de economias como a Suíça, a Suécia, a Bélgica ou Áustria); os Emirados Árabes Unidos em 30.º lugar (à frente da Dinamarca e Finlândia); o Qatar em 50.º, à frente da República Checa; o Kuwait, em 56.º lugar, à frente da Hungria, onde temos visto algumas das imagens mais desesperadas de refugiados em solo europeu.

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3. Poderá argumentar-se que são Estados de pequena dimensão, pelo que teriam dificuldades em fazer esse acolhimento. Talvez, mas não é esse, seguramente, o caso da Arábia Saudita. Com um território superior a 2 milhões de km² e cerca de 28 milhões de habitantes, o país é bem conhecido pelos seus enormes recursos petrolíferos. Pelas suas ambições de potência regional do Médio Oriente e de liderar Islão, seria de esperar, pelo menos, uma atitude de solidariedade com os seus “irmãos muçulmanos” sunitas. A esmagadora maioria dos refugiados da Síria, como do Iraque ou Afeganistão, etc., são muçulmanos sunitas que, teoricamente, se sentiriam bem num país rico, com similar religião e proximidade cultural. (Nem sequer falamos em acolher outros seres humanos fora do Islão sunita, como os xiitas, yazidis ou cristãos…). Nada disso ocorre. O acolhimento é praticamente inexistente. O país nem sequer é signatário das convenções internacionais sobre os refugiados, o que lhe dá mãos livres para deportações em massa que regularmente faz. (Ver, entre muitos outros, o relatório da Human Rights Watch “Saudi Arabia: 12.000 Somalis Expelled. Mass Deportations Without Considering Refugee Claims” de 18/02/2014). O mesmo ocorre com os Emirados Árabes Unidos, uma federação de sete Emirados do Golfo Arábico (onde se destaca o riquíssimo Dubai, paraíso exótico de milionários), com cerca de 83 km² e pouco mais de 8 milhões de habitantes. Com algumas das maiores reservas de petróleo, sendo, como já referido, a 30º maior economia mundial e um dos Estados mais ricos do mundo poderia — deveria — ser um destino natural de muitos refugiados. Também não é. As razões são similares às da Arábia Saudita. Ambos criam enormes dificuldades no acesso ao seu território, através inúmeras restrições à concessão de vistos de entrada, ou qualquer reconhecimento do estatuto de refugiados, tal como consta das convenções internacionais. Muito convenientemente, também não são parte da Convenção das Nações Unidas de 1951, nem do Protocolo de 1967, sobre o estatuto dos refugiados. Similar situação ocorre com os restantes Estados árabes-islâmicos mais ricos do golfo: Qatar, Kuwait, Omã e Bahrein. Acresce o facto de normalmente não existir qualquer legislação interna sobre os refugiados, o que os deixa completamente à mercê da arbitrariedade. Ironicamente, até existe uma convenção no âmbito da Liga Árabe, feita em 1994, sobre o estatuto dos refugiados nos países árabes. Só que também não está em funcionamento porque não foi ratificada pelos seus signatários. É letra morta num papel.

4. Ainda está bem gravada na memória europeia o que foi a impressionante mobilização do mundo árabe-islâmico na altura da publicação das caricaturas do Profeta Maomé no jornal dinamarquês, Jyllands-Posten, em finais de 2005 e inícios de 2006. Os governantes da Arábia Saudita, Kuwait, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Omã, Bahrein, etc. foram alguns dos que mais protestos fizeram e mais mobilizaram as suas populações nesse sentido. A Organização da Conferência Islâmica (OCI) e a Liga Árabe estiveram também na linha da frente, incluindo da adoção de sanções e condenação da Dinamarca nas Nações Unidas. Hoje, quando o sofrimento de milhões de muçulmanos e outros, vítimas da guerra na Síria e dos múltiplos conflitos internos ao mundo árabe-islâmico, mais requeria a sua ação enérgica, tentam passar despercebidas e iludir as suas responsabilidades. A estratégia parece ser deixar cair o ônus do problema sobre a União Europeia, jogando com o impacto das trágicas imagens que temos visto nos media e o sentimento de culpa dos europeus. Infelizmente, o que se pode passar nos próximos anos, arrisca-se a ser um remake do que já vimos nos conflitos e tragédias humanitárias da Iugoslávia dos anos 1990. Se, para receber refugiados, as portas dos países árabes-islâmicos ricos estão fechadas, para expandir a sua influência político-religiosa na Europa, estas podem abrir-se rapidamente. São, ou deveriam ser, bem conhecidas as atividades da Arábia Saudita, do Qatar e outros, lesivas dos interesses europeus de integração das populações acolhidas. Nos anos 1990, o dinheiro saudita do petróleo apareceu, rapidamente, na Bósnia, no Kosovo, na Macedônia e na Albânia, para construir mesquitas e enviar imãs com a missão de expandirem o wahhabismo uma versão purista e retrógrada do Islão, a qual tende a radicalizar os muçulmanos num ambiente tão diferente como é o da Europa secular. Seguiram-se-lhe certas ONG’s, supostamente com fins caritativos mas mais preocupadas em islamizar — alimentos halal (permitidos), véu islâmico, etc. —, do que em prosseguir fins genuinamente humanitários. Se isto vier a acontecer novamente, será uma ironia (e miopia) europeia. Esta será tanto maior quanto, em grande parte, a crise de refugiados que hoje enfrentamos é, de alguma forma, consequência da rebelião armada contra o governo de Assad, financiada sobretudo pela Arábia Saudita e outros países árabes sunitas. É, também, resultado da míope intervenção europeia / ocidental na Líbia, para derrubar Kadhafi, que deixou o caos e a anarquia no Sul do Mediterrâneo, às portas da Europa.

Escrito por José Pedro Teixeira Fernandes. Jornal português Publico.pt.

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1 milhão de italianos dizem ‘não’ a ideologia de gênero http://portalconservador.com/1-milhao-de-italianos-dizem-nao-a-ideologia-de-genero/ http://portalconservador.com/1-milhao-de-italianos-dizem-nao-a-ideologia-de-genero/#comments Mon, 22 Jun 2015 19:52:13 +0000 http://portalconservador.com/?p=2359 read more →]]> ROMA (ZENIT.org)- 22 jun. 2015 – Grande sucesso da manifestação “Defendamos os nossos filhos”, na praça de São João de Latrão. Mais de um milhão de pessoas estiveram presentes na tarde do dia 20 de junho de 2015, como informou entusiasticamente, do palco, Massimo Gandolfini, presidente do Comitê organizador. O evento, muito esperado, nasceu das bases, em menos de 20 dias, pelo “boca a boca” nas redes sociais, sem intenções partidárias ou confessionais, sem muita publicidade.

Uma fórmula que, porém, funcionou. Evidentemente estas ideologias sobre o “gênero” – e todos os derivados que, de maneira sorrateira, estão sendo paulatinamente introduzidos nas escolas italianas – alarmaram uma multidão de pais, que só estavam à espera de uma ocasião para se reunirem e denunciarem a ideologia de gênero, definida pelo Papa Francisco como um “erro da mente humana” que ameaça prejudicar a serenidade psicossexual de gerações inteiras (apesar de muitos chegarem a afirmar que o “gênero” seja apenas uma invenção de “católicos-talibãs”).

O objetivo principal da manifestação, todavia, foi protestar pacificamente contra o Projeto de Lei da senadora Monica Cirinnà, que introduz, de fato, o casamento e as adoções gay pela via jurisprudencial, e a prática do útero de aluguel. Sobre esses assuntos, todos estavam de acordo: os neocatecúmenos (que representaram o grupo mais numeroso, com 250.000 membros, vindos de todas as regiões italianas), Manif pour Tous, as Sentinelas em Pé, os recém-fundados “Parlamentares em prol da Família”, os Evangélicos, o Movimento Pró-Vida, a associação Agapo e muitos outros. Foram poucos os representantes das paróquias e dos movimentos ligados à Conferência Episcopal Italiana. Estavam também presentes uma centena de parlamentares que fizeram questão de apoiar o evento no “anonimato”, dispersos na multidão.

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O que vimos foi, então, uma aglomeração vasta e diversificada, que ocupou também as ruas próximas à praça de São João de Latrão. “Somos um milhão. Vocês são o futuro deste país que está vivendo um inverno demográfico”, gritou Gandolfini do palco onde estava exposto oSalus Populi Romani ( “Protetora do Povo Romano”, ícone bizantino da Virgem com o Menino Jesus). “Esta praça hoje não é de um lobby, mas de um povo que gastou dinheiro do seu bolso, que fez renúncias e sacrifícios para poder estar aqui. A mensagem que vem do país real é forte e clara: para a maioria esmagadora dos italianos, família é a que se baseia no casamento entre um homem e uma mulher, e os nossos filhos têm direito a uma mãe e a um pai”, acrescenta Gandolfini.

Essas palavras nos fazem relembrar o Family Day de 2007, ocorrido nessa mesma praça de São João de Latrão, promovido e apoiado fortemente por uma Igreja mais unida, durante o governo do primeiro ministro Prodi. A atmosfera era a mesma. O tempo hoje, porém, foi diferente, marcado por uma chuva que abriu e fechou o encontro. Mas isso não desanimou pais, crianças, jovens e idosos presentes na praça: com a ajuda de sobretudos, sombrinhas, guarda-chuvas e barracas improvisadas, todos permaneceram em seu lugar, durante o dia inteiro. O metrô São João continuou a trazer pessoas até as 15h, horário do encerramento.

Além de bandeiras que apoiavam a família natural, havia balões coloridos, cartazes e faixas com dizeres do tipo: “Tirem as mãos dos nossos filhos”, “Gender is Danger”, “Toda ameaça à família é uma ameaça à sociedade”, “Deus homem e mulher os criou” etc. Felizmente não houve casos de violência, nem provocações por parte de grupos LGBT, como vaias ofensivas, lançamentos de objetos ou flash-mob (aglomerações improvisadas), anunciados nos dias anteriores. Os Juristas Católicos, de toda maneira, haviam já divulgado um comunicado por meio do qual convidavam os participantes a não reagir a nenhum tipo de ação, mantendo o caráter pacífico da manifestação.

Clique para exibir o slide.

O evento foi animado por vários convidados que se sucederam no palco, nomes célebres do cenário italiano pró-vida e pró-família: os advogados Simone Pillon e Gianfranco Amato, o ex-parlamentar Mario Adinolfi, diretor de “La Croce Quotidiano” (que realizou um desabafo original a propósito de Elton John…), a escritora Costanza Miriano, o jurista Alfredo Mantovano.

Também houve representantes religiosos, como Kiko Argüello, iniciador dos neocatecumenais; Cornelius Eke, da comunidade africana, representante das etnias; Giacomo Ciccone, representante dos evangélicos. O Imã Mohamed, da mesquita sunita de Centocelle, reafirmou com força que o gênero “é perigoso e prejudicial à humanidade. Com o nosso empenho podemos derrotá-lo”. Entre aplausos, Mohamed acrescentou: “Estamos aqui todos juntos, muçulmanos e cristãos, para defender a família. Também a comunidade islâmica se levanta contra esse projeto perigoso que põe em risco a existência da humanidade e que pretende poluir as mentes dos nossos filhos”.

Dentre outros, tomaram a palavra os cônjuges Vincenzo e Sara Aquino, pais de 11 filhos, que deram seu testemunho de família, frisando particularmente a importância da educação e as relações entre escola e família. Também foram lidas no palco as mensagens de apoio de mons. Vincenzo Paglia, Presidente do Pontifício Conselho para a Família, e do rabino chefe da comunidade hebraica de Roma, Riccardo Di Segno. Ganhou espaço também a voz da associação Agapo, que reúne pais de pessoas homossexuais. A Agapo repudiou firmemente o Projeto de Lei Cirrinà, porque – explicou – “não promove o bem dos homossexuais”.

Por fim, para concluir o evento, o testemunho musical de Kiko Argüello, que, com seu violão e acompanhado por uma pequena orquestra do Caminho, entoou um canto à Virgem Maria. Em seguida, Kiko, fazendo-se porta-voz do Papa, disse: “Parece que o Secretário da Conferência Episcopal Italiana tenha declarado algo diferente, mas o Santo Padre está conosco. Escrevi ao Papa Francisco, após ter recebido as cartas de algumas famílias de Brescia e Verona que me contavam o que acontece nas escolas de seus filhos. O Papa me respondeu, no domingo passado, e me disse que existem ideologias que colonizam as famílias e ‘contra as quais’ é necessário agir”.  Dito e feito. Esperamos que – como almejou Gandolfini – a voz deste milhão de pessoas seja ouvida também “nos palácios mais altos”.

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Elton John lidera movimento gay contra Dolce & Gabbana http://portalconservador.com/elton-john-lidera-movimento-gay-contra-dolce-gabbana/ http://portalconservador.com/elton-john-lidera-movimento-gay-contra-dolce-gabbana/#comments Thu, 19 Mar 2015 02:43:54 +0000 http://portalconservador.com/?p=2093 read more →]]> Dolce & Gabbana é uma famosa grife, com sede em Milão, na Itália, e uma das mais renomadas do mundo. Ambos os fundadores da grife, Domenico Dolce e Sttefano Gabbana, estão envolvidos no centro de uma campanha de boicote promovida pelo cantor inglês Elton John. O motivo? Declarações um “tanto tradicionais” por parte dos estilistas, que, notem, são homossexuais.

Em entrevista concedida à revista semanal Panorama, os estilistas declararam que defendem a família tradicional. “Você nasce de uma mãe e de um pai – ou pelo menos é assim que deveria ser. É por isso que não acreditamos em crianças criadas pela química, em bebês sintéticos e em barrigas de aluguel.” E concluiu: “Nós nos opomos a união gay. A única família é a tradicional”.

Ainda em 2006, Gabanna já havia comentado que não concorda com a ideia de uma criança crescer com dois pais homossexuais. “Uma criança precisa de uma mãe e de um pai”, falou, na época. “Eu não conseguiria imaginar a minha infância sem a minha mãe. Também acredito que é cruel tirar um bebê da sua mãe.”

Depois da publicação do semanário, Elton John foi incisivo em sua conta no Instagram: “Como vocês ousam se referir aos meus filhos lindos como ‘sintéticos’. E deveriam ter vergonha por apontarem seus dedinhos moralistas à fertilização in vitro… seu pensamento arcaico está em descompasso com nosso tempo, assim como sua moda. Nunca mais voltarei a vestir Dolce & Gabbana”. O músico finalizou a mensagem com a hashtag #BoycottDolceGabbana, incentivando outras pessoas a fazerem o mesmo. Famosos como o cantor Ricky Martin e a atriz Victoria Beckham aderiram à campanha.

Em sua conta pessoal, Gabbana foi incisivo: “Nós prezamos pela liberdade. Qualquer um pode fazer as escolhas que quiser. Domenico tem suas ideias, ele fez algumas escolhas. Elton John fez escolhas diferentes. Diferentes escolhas, vidas diferentes. Respeito igual. O que eu vejo, principalmente on-line, é um monte de pessoas gays que são homofóbicas: pessoas gays que vão atacar outras pessoas gays que expressem ideias que são diferentes das delas.”

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Elton John entra em um estúdio de gravação com uma sacola Dolce&Gabbana, para pôr o boicote em prática

Também Gabbana proferiu um comunicado: “Acreditamos firmemente na democracia e achamos que a liberdade de expressão é essencial para isso (…) Acreditamos no amor e na paz (…) Sou siciliano e cresci com o modelo da família tradicional, feito de mãe, pai e filhos. (…) Sei que existem outras realidades, e é justo que elas existam, mas essa é a minha opinião, isso é o que me foi dado. Cresci assim, mas isso não significa que não vou aprovar outras opções. Nós acreditamos na democracia e pensamos que a liberdade de expressão é essencial. Não era nossa intenção emitir juízos sobre as escolhas dos outros.”

Nota do editor: A militância gay internacional não representa a opinião dos próprios homossexuais. Existem muitos gays que defendem a família tradicional, como os estilistas Dolce e Gabbana o fazem (o que termina por jogar a própria opinião pessoal dos homossexuais ao ostracismo), e logo a militância busca os meios de calar à aqueles que julgam representar, como se os indivíduos humanos (divididos em grupos e colectivos) devessem rezar segundo à cartilha promovida e instalada conforme o ditame das organizações internacionais. Se mesmo dois homossexuais famosos estão enfrentando graves problemas com suas declarações pessoais, tão somente pela defesa da família tradicional, é de se imaginar o posicionamento do cidadão homossexual comum. Tempos nebulosos os que vivemos, em que a liberdade de expressão é uma grande farsa.

Assine a petição em apoio a Dolce&Gabbana, no Citizengo.

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