Trump – Portal Conservador http://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Tue, 12 Sep 2017 23:47:07 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.8.1 65453639 Trump reverteu praticamente todas as suas promessas de campanha – para deleite do establishment http://portalconservador.com/trump-reverteu-praticamente-todas-as-suas-promessas-de-campanha-para-deleite-do-establishment/ http://portalconservador.com/trump-reverteu-praticamente-todas-as-suas-promessas-de-campanha-para-deleite-do-establishment/#respond Sat, 29 Apr 2017 01:03:36 +0000 http://portalconservador.com/?p=3354 read more →]]> É assim que funciona a política, e é difícil entender por que as pessoas ainda se surpreendem. Aconteceu o esperado: os eleitores de Trump estão assistindo à captura do Executivo americano pelo establishment de Washington. A captura é tão explícita, que todas as suas mudanças de postura estão sendo elogiadas pela grande mídia. O Washington Post, embora continue o atacando 24 horas por dia, já admite que ele vem adotando “posições mais centristas“. A BBC também fez a mesma observação.

Em menos de 100 dias, Trump deu uma guinada de 180 graus em várias áreas: Síria, Afeganistão, a promessa de revogar o ObamaCare, a alegação de que a China manipula sua moeda, relações com a Rússia, a importância da OTAN, a promessa de sair do NAFTA, a suspensão de novas contratações de funcionários públicos, a abolição do Ex-Im Bank, a re-nomeação de Janet Yellen como presidente do Federal Reserve, e a urgência de uma reforma tributária. Confira toda a lista aqui.

Comecemos pelos mais óbvios.

Durante toda a sua campanha eleitoral, Trump prometeu abertamente abolir o ObamaCare e, em seu lugar, simplesmente liberar a concorrência entre as seguradoras de saúde (o governo federal americano proíbe que a seguradora de um estado forneça serviços em outro estado). Tal mudança seria ótima. Porém, logo após sua eleição, ele mudou o tom e, em vez de abolir, passou a falar em “substituir”. Para isso, lutou pela aprovação de um novo modelo para o sistema de saúde, repleto de concessões aos democratas, elaborado pelo congressista republicano Paul Ryan.

Este modelo, denominado de RyanCare, era tão repleto de meios-termos, concessões e acomodações estatistas, que a ala mais libertária do Partido Republicano — denominada de Freedom Caucus — bloqueou sua aprovação. Trump, então, declarou guerra a eles. Só que isto será de pouca serventia a Trump, pois ele não possui grandes poderes políticos nos distritos destes congressistas. Com efeito, a maioria deles teve um desempenho eleitoral muito melhor que o de Trump em novembro passado.

Já o Export-Import Bank vem concedendo subsídios a grandes empresas exportadoras há décadas. A função deste banco é fomentar a exportação, e ele faz isso concedendo garantias para instituições bancárias que financiam as exportações de algumas empresas americanas. Na prática, o banco estatal serve aos interesses da Boeing e subsidiam as importações de produtos americanos pelos estrangeiros. Quando candidato, Trump disse que iria abolir o banco. Agora presidente, ele diz que apóia o banco.

Para o candidato Trump, a China manipulava a moeda para adquirir uma vantagem exportadora. O governo chinês, segundo Trump, estaria diminuindo artificialmente o valor de sua moeda. Como ele estaria fazendo isso é algo que Trump nunca explicou. E nem mais precisará, pois isso já é passado. Para Trump, a China não mais é uma manipuladora de moedas. O problema agora, segundo Trump, é o dólar, que estaria muito forte. Ainda mais esquisita foi sua justificativa para essa sua mudança de postura: segundo o próprio, ele parou de criticar a China simplesmente porque precisa da ajuda do país contra a Coreia do Norte.

E quanto ao Federal Reserve? Enquanto candidato, Trump criticou a política de juros baixos do Banco Central americano. Disse, corretamente, que ela prejudicava os poupadores. E que Janet Yellen deveria se envergonhar do que está fazendo. Não mais. Agora, a política do Fed é ótima, e Trump já até fala em conceder a Yellen mais um mandato como presidente do Banco Central americano.

E quanto ao inchaço da folha de pagamento do governo federal americano? Em seu terceiro dia como presidente, Trump assinou uma ordem executiva congelando a contratação de novos funcionários públicos fora das forças armadas. No início de abril, o congelamento derreteu, e as contratações federais voltaram a ser liberadas. A mais recente deserção ocorreu em relação à OTAN. Para o candidato Trump, a OTAN era obsoleta. Não mais. Agora, a OTAN é muito boa.

E quanto aos cortes de impostos para a classe média? Ele ainda tem de introduzir um projeto de lei. E o muro na fronteira com o México? Ele ainda tem de introduzir um projeto de lei.

E quanto a expulsar os imigrantes ilegais? Ele ainda tem de introduzir um projeto de lei. A administração diz que não mais haverá deportações em massa. Quando candidato, Trump disse que deportaria de 2 a 3 milhões de imigrantes ilegais que eram criminosos. Isso significa que teria de haver mais de 2.000 deportações por dia, durante quatro anos, para se chegar a 3 milhões. O custo seria de aproximadamente US$ 25.000 por deportação. O governo Obama deportou 333.000 apenas em 2015. Este número não mudou.

Algumas das mudanças, disseram membros do governo, demorarão para ser implantadas por causa dos custos, e também porque algumas das políticas terão de ser anunciadas por meio do registro federal. Funcionários do governo se recusaram a estimar os custos para a burocracia adicional necessária, inclusive a contratação de mais juízes especializados em imigração para acelerar as audiências, bem como a construção de um significativo número de novas casas de detenção para alojar imigrantes ilegais à espera da resolução de seus processos judiciais.

“Isso não irá acontecer amanhã”, disse um funcionário do Department of Homeland Security. [O Ministério da Segurança Nacional dos EUA].

Quando ocorrerá?

E quanto ao NAFTA? Quando candidato, Trump disse que retiraria os EUA do acordo comercial. Até agora, não apenas nenhuma mudança foi apresentada, como, de acordo com o site Vox:

Uma proposta do governo Trump que recentemente passou a circular no Congresso não parece querer uma transformação radical do NAFTA. Muito menos quer a sua abolição. Com efeito, todo o texto do documento parece … construtivo.

A proposta adota um teor surpreendentemente radiante em relação à importância do livre comércio com os parceiros dos EUA no NAFTA, Canadá e México, reconhecendo seus “interesses e valores em comum”. O documento contém vários daqueles fraseados convencionais sobre ‘acesso ao mercado’ e ‘redução das barreiras comerciais’ que costumam acompanhar este tipo de texto.

E, embora haja algumas cláusulas contra as quais México e Canadá possivelmente protestarão, é notável a ausência das propostas protecionistas tão defendidas por Trump durante sua campanha, as quais garantiriam que o acordo fosse revogado.

Essa agora é de especial interesse para aqueles que imaginavam que Trump atacaria os globalistas e a Nova Ordem Mundial:

O governo dos EUA pede a remoção de um dos três principais processos de solução de disputas judiciais sob o NAFTA, conhecido como Capítulo 19, o qual permite a criação de tribunais internacionais para ajudar a ordenar desavenças acerca de medidas criadas para punir fraudes comerciais. No entanto, não pede a eliminação do mais controverso de todos — o sistema de solução de disputas judiciais envolvendo investidores e governos, o qual permite que investidores processem governos em tribunais comerciais privados, basicamente concedendo a grandes corporações o status de países sob a lei internacional.

Por fim, e quanto às tarifas sobre produtos importados? Ele ainda tem de introduzir um projeto de lei.

Esta última, ao menos, está sendo uma louvável reversão de postura.

Qual a surpresa?

Eleições presidenciais nada mais são do que um show de marionetes. A maioria das promessas de campanha, para o bem e para o mal, não se concretiza após as eleições. No entanto, e curiosamente, as pessoas seguem acreditando em promessas eleitorais e votando de acordo com elas, aparentemente sem se dar conta de quão pouco as campanhas e manobras eleitorais têm a ver com os resultados concretos do governo eleito. As pessoas votam por uma coisa e recebem outra completamente diferente.

Quando as pessoas vão às urnas, elas não estão votando em políticas específicas (exceto no caso de um referendo), mas sim em pessoas específicas — as quais, tão logo eleitas, não estão comprometidas com absolutamente nenhuma promessa. Uma vez no poder, eles podem fazer o que quiser. Tão logo o poder sobe à cabeça, elas estão livres para se comportar de qualquer maneira, desde que consigam se safar. Portanto, não, Trump não cometeu nenhuma traição eleitoral. Ele simplesmente está dando continuidade a uma tradição da democracia. Como bem disse o Procurador-Geral John Mitchell (governo Nixon) antes de ir para a cadeia: “Observem aquilo que fazemos, e não aquilo que falamos”.

Publicado em Instituto Mises Brasil. Escrito por Gary North.

]]>
http://portalconservador.com/trump-reverteu-praticamente-todas-as-suas-promessas-de-campanha-para-deleite-do-establishment/feed/ 0 3354
Casa Branca anuncia “importante presença” do governo de Trump na Marcha pela Vida http://portalconservador.com/casa-branca-anuncia-importante-presenca-do-governo-de-trump-na-marcha-pela-vida/ http://portalconservador.com/casa-branca-anuncia-importante-presenca-do-governo-de-trump-na-marcha-pela-vida/#respond Fri, 27 Jan 2017 12:33:22 +0000 http://portalconservador.com/?p=3155 read more →]]> WASHINGTON DC, 26 Jan. 17 / 11:00 am (ACI).- Sean Spicer, secretário de imprensa da Casa Branca, anunciou que o governo de Donald Trump terá uma “importante presença” na Marcha pela Vida, que acontecerá na sexta-feira, 27 de janeiro, em Washington D.C.

Em coletiva de imprensa no dia 24 de janeiro, um jornalista recordou a Spicer que o ex-presidente George W. Bush tinha o costume de saudar os participantes no evento e perguntou se Trump “continuará com essa tradução”.

“Obviamente teremos uma importante presença lá”, assegurou o secretário de imprensa da Casa Branca.

“Acredito que não é um segredo que o presidente fez campanha com um presidente pró-vida. É algo que é muito importante para ele, como foi evidenciado pela restauração da ‘política da Cidade do México’ que assinou”, assinalou.

Durante a campanha eleitoral que o levou à presidência, Trump promete nomear juízes pró-vida para a Suprema Corte, assinar leis para proibir abortos tardios e para que não se financie abortos com dinheiro dos impostos, assim como cortar o financiamento de fundos públicos para a multinacional do aborto Planned Parenthood.

Em seu terceiro dia no cargo, 23 de janeiro, Trump reinstaurou a “política da Cidade do México”, que proíbe o financiamento com dinheiro de impostos a organizações não governamentais que realizam ou promovem o aborto como uma política de controle de natalidade fora dos Estados Unidos.

Esta política, implementado pela primeira vez por Ronald Reagan em 1984, leva o nome da cidade em que foi anunciada. A norma é considerada uma referência da agenda política do novo presidente sobre o aborto.

Durante seu mandato, Bill Clinton revogou a norma, que foi reinstaurada mais tarde por George W. Bush. Barack Obama eliminou mais uma vez a “política da Cidade do México”.

Sean Spicer recordou que Kellyanne Conway, Conselheira do Presidente, participará da Marcha pela Vida, mas indicou que mais tarde terão “mais informação sobre a potencial participação do presidente”.

O secretário de imprensa da Casa Branca indicou que ainda não pode precisar o “nível de participação do presidente”, que poderia ser “uma saudação de alguma forma ou um telefonema”.

Via ACI Digital.

]]>
http://portalconservador.com/casa-branca-anuncia-importante-presenca-do-governo-de-trump-na-marcha-pela-vida/feed/ 0 3155
Leia na íntegra o discurso de Donald Trump como 45º Presidente dos EUA http://portalconservador.com/leia-na-integra-o-discurso-de-donald-trump-como-45o-presidente-dos-eua/ http://portalconservador.com/leia-na-integra-o-discurso-de-donald-trump-como-45o-presidente-dos-eua/#respond Sat, 21 Jan 2017 12:23:00 +0000 http://portalconservador.com/?p=3144 read more →]]> Presidente da Suprema Corte, Juiz Roberts; Presidente Carter; Presidente Clinton; Presidente Bush; Presidente Obama; meus concidadãos dos Estados Unidos da América; e cidadãos de todo o mundo; muito obrigado.

Nós, o povo americano, estamos nos unindo hoje em um esforço para reconstruir o nosso país e restaurar a esperança para todos os americanos. Juntos, iremos determinar os rumos da América e influenciar a direção do mundo por muitos e muitos anos. Não tenham dúvidas de que teremos de enfrentar desafios e que momentos difíceis virão, mas nós faremos o que tem de ser feito e alcançaremos êxito e sucesso.

De quatro em quatro anos, nos reunimos nestas escadas para realizar uma transferência pacífica e ordeira do poder e, hoje, somos gratos ao Presidente Obama e à sua esposa, Michelle, pela ajuda que nos ofereceram durante a transição. Meus agradecimentos!

A cerimônia de hoje, entretanto, tem um significado muito especial, pois hoje não estamos assistindo apenas a transferência de poder de um presidente para outro; estamos assistindo a transferência de poder de Washington para vocês, o povo americano.

Por muito tempo, um pequeno grupo encastelado na capital do nosso país desfrutou das benesses do poder, colocando as despesas e os custos desses privilégios sobre as costas cansadas do povo americano.

Washington tem prosperado, mas o povo americano não desfruta dessa prosperidade. A classe política está cada vez mais rica, e o povo cada vez mais pobre. O aparato governamental aumenta e se agigante enquanto os empregos deixam nosso país e nossas indústrias enfrentam a falência ou são levadas para o exterior. O establishment faz de tudo para se proteger, mas não move um dedo para proteger o povo americano, deixando-o desprotegido e sem segurança. Isso mostra que as vitórias do establishment não são as nossas vitórias; que os triunfos do establishment não são os nossos triunfos. Durante anos, enquanto eles celebravam na capital do nosso belo país, no restante do nosso vasto território as famílias americanas sofriam e não não viam qualquer motivo para celebrar.

 

Isso tudo começa a mudar hoje. Isso tudo começa a mudar agora. Isso tudo começa a mudar aqui. Porque este não é o meu momento, este é o momento de vocês. Este momento pertence a todos vocês, quer vocês tenham votado em mim ou não. Este momento pertence a todos os que estão reunidos aqui hoje, a todos os que estão assistindo a cerimônia ao redor do nosso país e a todos os que não estão assistindo também. Este dia é de vocês. Esta celebração é de vocês. E, de hoje em diante, estes Estados Unidos da América pertencem a vocês — e não mais a uma pequena elite de burocratas.

O que realmente importa não é qual partido controla nosso governo, mas se o governo é controlado pelo povo. O dia 20 de janeiro de 2017 entrará para a história como o dia em que o povo retornou ao poder da nossa grande nação, como o dia em que o povo retomou o controle sobre o governo, que antes estendia os seus tentáculos para controlá-los.

Os homens e mulheres esquecidos do nosso país não mais serão esquecidos ou deixados de lado. Hoje, neste momento, a sua voz está sendo ouvido por todo o mundo.

Vocês se uniram a mim e juntos reunimos dezenas de milhões de pessoas para formar um movimento histórico e sem precedentes. No centro deste movimento está a convicção inegociável de que a existência de uma nação só é justificada na medida em que essa nação serve aos interesses de seus cidadãos.

Os americanos querem a liberdade para escolher as melhores escolas para os seus filhos; a garantia de que viverão em vizinhanças seguras para as suas famílias; e a oportunidade de conquistar grandes empregos para si próprios. Estas são demandas justas e razoáveis feitas por um povo justo e correto. Mas, para muitos americanos, essas demandas estão longe de serem atendidas.

Há incontáveis pais e mães de família sofrendo com a pobreza de seus filhos em nossas cidades; milhares de fábricas abandonadas e enferrujadas em todo o país, nos lembrando do triste estado da nossa economia; nosso sistema educacional, no qual despejamos bilhões de dólares, é incapaz de oferecer o conhecimento e a formação que nossos jovens buscam; e a criminalidade e o banditismo das gangues e do narcotráfico roubam de nós muitas vidas preciosas, deixando nosso país com uma quantidade imensurável de potencial desperdiçado e de sonhos perdidos.

A matança de americanos acaba hoje mesmo. Nós somos uma nação. Nós somos como um corpo indivisível. As dores de cada família que enfrenta a perda de um ente querido é também a nossa dor. As lágrimas de cada americano são também as nossas lágrimas. Os sonhos de cada americano são também os nossos sonhos. Do mesmo modo, o sucesso deles será o nosso sucesso. Nós todos partilhamos de um só coração, de um só lar e agora compartilharemos o mesmo futuro glorioso e próspero. O juramento que fiz hoje é um juramento de absoluta lealdade ao povo americano — a cada um de vocês.

Por muitas décadas, nós enriquecemos indústrias estrangeiras enquanto sacrificávamos indústrias americanas; subsidíamos as forças armadas de outros países enquanto assistíamos ao declínio da nossa potência militar; defendemos as fronteiras de outras nações com as nossas próprias vidas enquanto ignorávamos as nossas próprias fronteiras. Por muito tempo, gastamos trilhões e trilhões de dólares no exterior, investindo na reconstrução de incontáveis países, enquanto assistíamos à nossa infrastrutura se deteriorar e se tornar decadente. Por muito tempo, nos sacrificamos para tornar outros países ricos e prósperos, enquanto víamos a prosperidade, a força e a confiança do nosso país ser dissipada.

Uma a uma, milhares de fábricas foram fechadas e transferidas para países que não respeitam o nosso país, revelando um desdém sem igual pelos milhões e milhões de trabalhadores americanos deixados para trás. Até hoje, a riqueza de nossa classe média foi tirada por meio de impostos e depois distribuída ao redor do mundo, enquanto seus empregos eram roubados e seus valores eram vilipendiados. A partir de hoje, olharemos para o futuro com a certeza de que seremos tão grandes quanto já fomos em nossos melhores dias e que nossa classe média não será mais objeto de desdém ou escárnio.

Todos nós, reunidos aqui hoje, estamos anunciando um decreto que será ouvido em toda cidade e em todas as capitais ao redor do mundo; em todos os salões e em todos os corredores do poder. De hoje em diante, uma nova visão guiará as ações da nossa nação. De hoje em diante, nosso lema será “América Primeiro”. Toda e qualquer decisão, toda e qualquer proposta, toda e qualquer política pública, seja no âmbito comercial, no âmbito tributário, no âmbito da política externa ou da imigração, tudo o que fizermos será feito com o trabalhador americano e suas família em nossas mentes; tudo o que fizermos será feito para beneficiá-los.

Nós protegeremos nossa nação e nossas fronteiras; nós protegeremos os nossos interesses de países que desrespeitam a nossa nação, que roubam a propriedade intelectual dos nossos produtos, e que se apoiam em todo tipo de trapaça para roubar nossas empresas e destruir nossos empregos. A proteção das nossas fronteiras e da nossa soberania nos colocará no caminho da prosperidade e fará da nossa nação uma nação forte e poderosa. Eu lutarei por isso e lutarei pelo interesse americano com toda a força, até o último fôlego do meu corpo e farei de tudo para nunca decepcioná-los.

A América voltará a vencer e nós venceremos como nunca antes em nossa história. Nós iremos restaurar nossas fronteiras. Nós iremos restaurar nossos empregos. Nós iremos restaurar nossa prosperidade. Nós restauraremos os nossos sonhos e as nossas esperanças. Nós teremos novas rodovias, novas ferrovias, novas pontes, novos túneis, novos aeroportos, novas estruturas portuárias e veremos nosso país se reerguer. O assistencialismo dos programas sociais darão lugar aos empregos e ao trabalho duro; e nosso país será reconstruído por mãos americanas e pelo suor americano. De hoje em diante, nós seguiremos duas regras simples: compraremos dos Estados Unidos da América e contrataremos americanos.

Evidentemente, buscaremos a amizade e as boas relações com as nações de todo o mundo, mas faremos isso com a consciência e a convicção de que toda nação tem o direito e o dever de colocar seus próprios interesses no topo de suas prioridades. Não desejamos impor nosso estilo de vida a ninguém, mas o exibiremos como um exemplo brilhante a ser seguido e imitado por todos os que buscam a prosperidade, a segurança, a estabilidade e a felicidade. Nós iremos na frente, abriremos o caminho com um brilho radiante que todos poderão ver e seguir. Nós reforçaremos nossas antigas alianças e buscaremos novos aliados, unindo o mundo civilizado para erradicar o terrorismo islâmico da face da Terra.

A pedra angular, o alicerce, das nossas políticas será o comprometimento patriótico com a nossa nação e, através da lealdade com o nosso país, redescobriremos a lealdade uns com os outros. Pois quando nossos corações se abrem ao patriotismo, não sobra espaço para os preconceitos e para as divisões, pois lembramos que, antes de mais nada, somos todos americanos.

A Bíblia nos revela o quão bom e agradável é que os filhos de Deus vivam em união. Portanto, devemos dizer o quer quisermos; expressar nossos pensamentos sem temor; debater nossas divergências de forma honesta; mas sempre buscar a solidariedade e a união. Quando a América está unida, a América é invencível.

Não há motivos para temor. Estamos protegidos e sempre estaremos protegidos. Seremos protegidos pelos heróis e heroínas das nossas Forças Armadas, pelos nossos policiais e por todos os agentes de segurança do nosso país; e, acima de tudo, seremos protegidos por Deus.

Por fim, quero lembrá-los que temos de voltar a pensar grande e a sonhar grande. Na América, nós sempre entendemos que uma nação só permanece viva enquanto ela batalha para ir mais longe, para realizar mais do que realizou no passado, para se tornar cada vez mais próspera, mais inteligente, mais forte…

Tenham certeza de uma coisa: nós não iremos falha; nosso país irá progredir e prosperar. Não mais aceitaremos políticos que só sabem falar e que jamais colocam a mão na massa. A era dos discursos vazios chegou ao fim. É chegada a era da ação! É chegada a era de quem se preocupa menos com discursos e mais com resultados!

Não deixem que ninguém os convença de que tudo isso é impossível. Não há desafio grande demais para a luta, para o coração e para o espírito do povo americano. Vocês serão os protagonistas dessa nova era e vocês não irão falhar. Nosso país irá progredir e prosperar novamente.

Este novo milênio está apenas começando, pronto para desvendar os mistérios do universo; para reduzir a miséria e o sofrimento causado por doenças; pronto para trazer à existência as invenções e as tecnologias do futuro. Há muito a se fazer e muito a se conquistar, e o espírito empreendedor americano mais uma vez se revelará superior a qualquer outro. Nós lideraremos na ciência, na tecnologia e na inovação.

Uma nova era de orgulho, que se inicia hoje, renovará os nossos ânimos, levantará nossas cabeças e acabará com as divisões internas que enfrentamos.

Este é o momento e a hora de lembrarmos uma lição que nossos soldados e policiais jamais esquecerão: quer sejamos negros, brancos ou mestiços, todos derramamos o mesmo sangue vermelho dos patriotas, todos gozamos das mesmas liberdades gloriosas que foram conquistadas com esse sangue, e todos honramos nossa grande bandeira.

Quer tenham nascido em meio à expansão urbana de Detroit ou nas planícies de Nebraska, nossas crianças olham para o mesmo céu, alimentam seus corações com os mesmos sonhos e receberam o fôlego da vida do mesmo Criador. Portanto, peço aos americanos de todas as cidades — próximas ou distantes, grandes ou pequenas, de fronteira a fronteira, de oceano a oceano — que ouçam essas palavras: vocês jamais serão ignorados novamente; sua voz, sua esperança e seus sonhos definirão o destino da América; e sua coragem e seu amor guiarão todos nós em nossos desafios e escolhas.

Juntos faremos com que a América seja forte de novo. Juntos faremos com que a América seja próspera de novo. Juntos faremos com que a América seja segura de novo. E, sim, juntos faremos com que a América seja grande de novo.

Muito obrigado a todos. Que Deus abençoe vocês. Que Deus abençoe a todos nós. E que Deus abençoe a América!

Traduzido por Filipe G. Martins.

]]>
http://portalconservador.com/leia-na-integra-o-discurso-de-donald-trump-como-45o-presidente-dos-eua/feed/ 0 3144
Trump tomará posse jurando sobre Bíblia que ganhou da mãe http://portalconservador.com/trump-tomara-posse-jurando-sobre-biblia-que-ganhou-da-mae/ http://portalconservador.com/trump-tomara-posse-jurando-sobre-biblia-que-ganhou-da-mae/#respond Fri, 20 Jan 2017 14:00:43 +0000 http://portalconservador.com/?p=3141 read more →]]> Seguindo uma tradição de séculos, os novos presidente e vice-presidente dos Estados Unidos tomarão posse fazendo um juramento com uma das mãos sobre a Bíblia.

Donald Trump anunciou que usará duas. A primeira é Bíblia que foi usada pelo presidente Abraham Lincoln em sua posse, em 1861. Ela também foi a escolha de Barack Obama nas duas vezes que assumiu o cargo, em 2009 e 2013.

Porém, por decisão sua, Trump também colocará a mão direita na Bíblia que sua mãe lhe presenteou em 1955. Durante uma entrevista recente à rede CBN, ele mostrou que guarda com carinho o Livro Sagrado com a dedicatória mencionado que ele se formara em um curso básico da Escola Bíblica Dominical da Primeira Igreja Presbiteriana de Jamaica, um subdistrito do bairro de Queens, em Nova York.

Até o momento não foi revelado se ele tomará posse com as Bíblias fechadas ou abertas em uma passagem específica, como preferiram alguns presidentes no passado. É possível que ele cite passagens bíblicas em seu discurso de posse, como já fizeram vários de seus antecessores.

Durante a campanha eleitoral, Donald Trump recebeu o apoio público de diversos líderes cristãos, algo que, segundos os analistas, teve grande influência sobre o eleitorado conservador. Como parte da cerimônia oficial, ele receberá a bênção de seis líderes religiosos, o maior número já visto em uma posse presidencial norte-americana.

Vice anunciou qual texto bíblico lhe guiará

Já o vice, Mike Pence, que fará o juramento em uma cerimônia à parte, escolheu a mesma Bíblia usada por Ronald Reagan, em 1981 e 1984. Não apenas isso, ele também selecionou a passagem que estará aberta durante a cerimônia: 2 Crônicas 7:14.

A escolha de um texto específico é vista como simbolismo de que a passagem o guiará. O texto diz: “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra”.

Intransigente sobre questões como o aborto e o casamento homossexual, Mike Pence esteve 12 anos no Congresso norte-americano. Foi governador do estado de Indiana entre 2013 e 2016, quando decidiu concorrer ao lado de Trump. Em entrevista recente, ele se descreveu como “cristão, conservador e republicano, por esta ordem de importância”.

Repetidas vezes pediu aos cristãos norte-americanos que orassem por ele e pelas decisões que seu governo precisará tomar. Com informações CBN

]]>
http://portalconservador.com/trump-tomara-posse-jurando-sobre-biblia-que-ganhou-da-mae/feed/ 0 3141
Brasileiro está cada vez mais conservador, diz pesquisa do Ibope http://portalconservador.com/brasileiro-esta-cada-vez-mais-conservador-diz-pesquisa-do-ibope/ http://portalconservador.com/brasileiro-esta-cada-vez-mais-conservador-diz-pesquisa-do-ibope/#comments Fri, 23 Dec 2016 16:29:54 +0000 http://portalconservador.com/?p=3113 read more →]]> De acordo com José Roberto Toledo, do Estadão, o conservadorismo tem crescido em todo o mundo, trata-se de um fenômeno global. “Não foi apenas a eleição de Donald Trump que deflagrou o recente crescimento do conservadorismo no mundo. Pouco antes, o Brexit, na Inglaterra, já era evidência de que o mundo estava mudando, guinando-se à direita, e a Alemanha onde Angela Merkel reelegeu-se pela terceira vez, sem dúvida, configurou-se como o exemplo mais claro dessa transformação”, disse.

E continuou: “No Brasil, o conservadorismo sempre foi forte e a marca de uma população cujo congresso, ao se pronunciar sobre temas de qualquer sorte, insiste em enfatizar os valores da tradicional família brasileira, os deveres a Deus e o culto à propriedade. Tratando-se da democracia representativa brasileira, esses são os valores de grande parte da população.”

0007639770

De fato, esta é uma realidade visível a olhos nus, tanto pelos resultados das últimas eleições em todo o mundo como pelo que se vê nas redes sociais. O Ibope, no entanto, foi às ruas e constatou que é exatamente isso:

Para analisar essa característica social, o Ibope fez cinco perguntas: 1) legalização do aborto, 2) casamento entre pessoas do mesmo sexo, 3) pena de morte, 4) prisão perpétua, 5) redução da maioridade penal. O questionário funciona como um Índice de Conservadorismo, que separa em termos sucintos os progressistas dos conservadores.

O conservador dos conservadores respondeu ser contra os itens 1 e 2, e a favor dos demais – na escala do Ibope, ele marcará 1 de conservadorismo. Já o liberal dos liberais é a favor dos dois primeiros itens, e contra o resto: seu índice é zero. Entre um e outro, o Ibope dividiu os brasileiros em três faixas, conforme a quantidade de respostas conservadoras.

De acordo com a pesquisa, o grupo dos que atingiram alto grau de conservadorismo cresceu de 49% para 54% entre 2010 e 2016. As vitórias eleitorais da família Bolsonaro nas últimas eleições expõem de maneira muito clara: No Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro foi o vereador mais votado nas eleições de 2016. Em 2014, seu pai, Jair Bolsonaro, foi o deputado federal que mais teve votos.

Ainda de acordo com dados do indicativo, os conservadores aumentaram entre todas as faixas etárias e de renda, em ambos os sexos, em todas as religiões e em quase todas as regiões e níveis educacionais. O apoio à pena de morte pulou de 31% para 49% nos últimos seis anos. A favorabilidade à redução da maioridade penal – para permitir que adolescentes sejam julgados como adultos – cresceu de 63% para 78%. E a defesa da prisão perpétua para crimes hediondos aumentou de 66% para 78% desde 2010.

Publicado por Jornal Livre.

]]>
http://portalconservador.com/brasileiro-esta-cada-vez-mais-conservador-diz-pesquisa-do-ibope/feed/ 1 3113
Donald Trump é retirado às pressas de comício após “atentado” http://portalconservador.com/donald-trump-e-retirado-as-pressas-de-comicio-apos-atentado-em-nevada/ http://portalconservador.com/donald-trump-e-retirado-as-pressas-de-comicio-apos-atentado-em-nevada/#respond Sun, 06 Nov 2016 04:06:25 +0000 http://portalconservador.com/?p=3028 read more →]]> 06.11.2016 – O candidato republicano a Casa Branca, Donald Trump, foi retirado na madrugada deste domingo por agentes do Serviço Secreto no meio de seu comício na cidade de Reno, no Estado de Nevada. Um porta-voz do Serviço Secreto limitou-se a dizer em um comunicado que um “indivíduo não-identificado” gritou e fez referência a uma “arma” na plateia, embora nenhuma arma tenha sido efetivamente encontrada após uma “busca metódica” realizada pelos agentes.

O suspeito foi imediatamente levado sob custódia por uma multidão de agentes, policiais e oficiais da S.W.A.T, uma unidade norte-americana altamente especializada de combate. Trump estava no meio de seu discurso de campanha quando a confusão teve início. O candidato olhava diretamente para a plateia, quando ao tentar ofuscar a luz do palco com a mão (provavelmente para tentar visualizar melhor o ocorrido), foi puxado por dois agentes. O candidato foi retirado às pressas com a cabeça baixa.

trump3

Logo após o ocorrido, Trump limitou-se a agradecer a atuação do Serviço Secreto: “Ninguém disse que ia ser fácil para nós, mas nosso trabalho nunca será interrompido. Nunca seremos interrompidos. Quero agradecer o Serviço Secreto. Esses caras são fantásticos.” Não obstante, Trump retornou para o palco para continuar seu discurso, recusando as recomendações dos agentes em não voltar para o palco.

donald-trump-20

Mais tarde, a assessoria de Trump divulgou um pequeno comunicado seu sobre o incidente: “Eu gostaria de agradecer o Serviço Secreto dos Estados Unidos e a aplicação eficaz da Lei em Reno e do estado de Nevada por sua resposta rápida e profissional”, disse Trump. “Eu também quero agradecer as milhares de pessoas presentes, por seu apoio inabalável e inacreditável. Nada vai nos parar! E nós faremos a América grande novamente”. Make America Great Again vem sendo o lema de Trump desde as primárias.

Não é a primeira vez que agentes do Serviço Secreto vêm em apoio para proteger Trump. Em março, um homem foi detido após tentar ultrapassar o palco para alcançar Trump em um comício na cidade de Dayton, estado de Ohio, embora no caso ele não tenha sido escoltado para fora do palco. Em um comício em Las Vegas, no mês de junho, um homem foi preso após tentar tomar um arma de um policial para atirar em Trump.

Assista ao vídeo:

Com informações CNN.

+ Atualização às 12h24. Já se sabe o nome do manifestante detido pelo início da confusão no comício de Trump. Trata-se, em verdade, de um militante democrata infiltrado, de nome Austyn Crites, filiado ao partido na cidade de Reno, conforme informações repassadas pelo portal de mídia norte-americana CJ Pearson. Ele teria gritado “gun” (arma) diversas vezes.

trump-34

trump-24

 

]]>
http://portalconservador.com/donald-trump-e-retirado-as-pressas-de-comicio-apos-atentado-em-nevada/feed/ 0 3028
5 motivos pelos quais Donald Trump será o próximo presidente dos Estados Unidos http://portalconservador.com/5-motivos-pelos-quais-donald-trump-sera-o-proximo-presidente-dos-estados-unidos/ http://portalconservador.com/5-motivos-pelos-quais-donald-trump-sera-o-proximo-presidente-dos-estados-unidos/#comments Sat, 23 Jul 2016 13:54:09 +0000 http://portalconservador.com/?p=2951 read more →]]> MICHAEL MOORE – Sinto muito por ser o portador de más notícias, mas fui direto com vocês no ano passado quando disse que Donald Trump seria o candidato republicano à Presidência. E agora trago notícias ainda mais terríveis e deprimentes: Donald J. Trump vai ganhar a eleição de novembro.

Esse palhaço desprezível, ignorante e perigoso, esse sociopata será o próximo presidente dos Estados Unidos. Presidente Trump. Pode começar a treinar, porque você vai dizer essas palavras pelos próximos quatro anos: “Presidente Trump”. Nunca na minha vida quis estar tão errado como agora.

Vejo o que você está fazendo agora. Está sacudindo a cabeça loucamente – “Não, Mike, isso não vai acontecer!”. Infelizmente, você está vivendo numa bolha anexa a uma câmara de eco, onde você e seus amigos vivem convencidos de que o povo americano não vai eleger um idiota como presidente.

Você alterna entre o choque e a risada por causa dos últimos comentários malucos que ele fez, ou então por causa do narcisismo vergonhoso de Trump em relação a tudo, afinal de contas tudo tem a ver com ele. E aí você ouve Hillary e enxerga a primeira mulher presidente, respeitada pelo mundo, inteligente, preocupada com as crianças, alguém que vai continuar o legado de Obama porque isso é obviamente o que o povo americano quer! Sim! Outros quatro anos disso!

Você tem de sair dessa bolha imediatamente. Precisa parar de viver em negação e encarar a verdade que sabe que é muito, muito real. Tentar se acalmar com fatos – “77% do eleitorado é composto por mulheres, negros, jovens adultos de menos de 35 anos; Trump não tem como ganhar a maioria dos votos de nenhum desses grupos!” – ou com a lógica – “as pessoas não vão votar num bufão, ou contra seus próprios interesses!” – é a maneira que seu cérebro encontra para te proteger do trauma. Como quando você ouve um estampido na rua e pensa “foi um pneu que estourou” ou “quem está soltando fogos?”, porque não quer pensar que acabou de ouvir alguém sendo baleado. É a mesma razão pela qual todas as primeiras notícias e relatos de testemunhas sobre o 11 de setembro diziam que “um avião pequeno se chocou acidentalmente contra o World Trade Center”.

Queremos – precisamos – esperar pelo melhor porque, honestamente, a vida já é uma merda, e é difícil sobreviver mês a mês. Não temos como aguentar mais notícias ruins.Então nosso estado mental entra no automático quando alguma coisa assustadora está realmente acontecendo. As primeiras pessoas atingidas pelo caminhão em Nice passaram seus últimos momentos na Terra acenando para o motorista; elas acreditavam que ele tinha simplesmente perdido o controle e subido na calçada. “Cuidado!”, elas gritaram. “Tem gente na calçada!”

Bem, pessoal, não se trata de um acidente. Está acontecendo. E, se você acredita que Hillary Clinton vai derrotar Trump com fatos e inteligência e lógica, obviamente passou batido pelo último ano e pelas primárias, em que 16 candidatos republicanos tentaram de tudo, mas nada foi capaz de parar essa força irresistível. Hoje, do jeito que as coisas estão, acho que vai acontecer – e, para lidar com isso, primeiro preciso que você aceite a realidade e depois talvez, só talvez, a gente encontre uma saída para essa encrenca.

Não me entenda mal. Tenho grandes esperanças em relação ao meu país. As coisas estão melhores. A esquerda ganhou a guerra cultural. Gays e lésbicas podem se casar. A maioria dos americanos têm uma posição liberal em relação a quase todas as questões: salários iguais para as mulheres; aborto legalizado; leis mais duras em defesa do meio ambiente; mais controle de armas; legalização da maconha. Uma enorme mudança aconteceu – basta perguntar ao socialista que ganhou as primárias em 22 Estados. E não tenho dúvidas de que, se as pessoas pudessem votar do sofá de casa pelo Xbox ou Playstation, Hillary ganharia de lavada.

Mas as coisas não funcionam assim nos Estados Unidos. As pessoas têm de sair de casa e pegar fila para votar. E, se moram em bairros pobres, negros ou hispânicos, não só enfrentam filas maiores como têm de superar todo tipo de obstáculo para votar. Então, na maioria das eleições é difícil conseguir que pelo menos metade dos eleitores compareça às urnas.

E aí está o problema de novembro — quem vai ter os eleitores mais motivados e mais inspirados? Você sabe a resposta. Quem é o candidato com os apoiadores mais ferozes? Cujos fãs vão estar na rua das 5h até a hora do fechamento da última urna, garantindo que todo Tom, Dick e Harry (e Bob e Joe e Billy Joe e Billy Bob Joe) tenham votado? Isso mesmo. Este é o perigo que estamos correndo. E não se iluda. Não importa quantos anúncios de TV Hillary fizer, quão melhor ela se portar nos debates, quantos votos os libertários roubarem de Trump — nada disso vai ser capaz de detê-lo.

donald-trump-970x671

Você precisa parar de viver em negação e encarar a verdade que sabe que é muito, muito real. Eis as 5 razões pelas quais Trump vai ganhar:

1. A matemática do Meio-Oeste, ou bem-vindo ao Brexit do Cinturão Industrial. Acredito que Trump vá concentrar muito da sua atenção em quatro Estados tradicionalmente democratas do cinturão industrial dos Grandes Lagos — Michigan, Ohio, Pensilvânia e Wisconsin. Estes quatro Estados elegeram governadores republicano desde 2010 (só a Pensilvânia finalmente elegeu um democrata). Nas primárias de Michigan, em março, mais eleitores votaram nos republicanos (1,32 milhão) que nos democratas (1,19 milhão). Trump está na frente de Hillary nas últimas pesquisas na Pensilvânia e empatado com ela em Ohio. Empatado? Como a disputa pode estar tão apertada depois de tudo o que Trump tem dito? Bem, talvez porque ele tenha dito (corretamente) que o apoio de Clinton ao Nafta (acordo de livre comércio da América do Norte) ajudou a destruir os Estados industriais do Meio-Oeste.

Trump vai bater em Clinton neste tema, e também no tema da Parceria Trans-Pacífica (TPP) e outras políticas comerciais que ferraram as populações desses quatro Estados. Quando Trump falou à sombra de uma fábrica da Ford durante as primárias de Michigan, ele ameaçou a empresa: se eles realmente fossem adiante com o plano de fechar aquela fábrica e mandá-la para o México, ele imporia uma tarifa de 35% sobre qualquer carro produzido no México e exportado de volta para os Estados Unidos. Foi música para os ouvidos dos trabalhadores de Michigan. Quando ele ameaçou a Apple da mesma maneira, dizendo que vai forçar a empresa a parar de produzir seus iPhones na China e trazer as fábricas para solo americano, os corações se derreteram, e Trump saiu de cena com uma vitória que deveria ser de John Kasich, governador do vizinho Estado de Ohio.

De Green Bay a Pittsburgh, isso, meus amigos, é o meio da Inglaterra: quebrado, deprimido, lutando. As chaminés são a carcaça do que costumávamos chamar de classe média. Trabalhadores nervosos e amargurados, que ouviram mentiras de Ronald Reagan e foram abandonados pelos democratas. Estes últimos ainda tentam falar as coisas certas, mas na verdade estão mais interessados em ouvir os lobistas do Goldman Sachs, que na saída vão deixar um cheque de gordas contribuições.

O que aconteceu no Reino Unido com a Brexit vai acontecer aqui. Elmer Gantry é o nosso Boris Johnson e diz a merda que for necessária para convencer a massa de que essa é a sua chance! Vamos mostrar para TODOS eles, todos os que destruíram o Sonho Americano! E agora o Forasteiro, Donald Trump, chegou para dar um jeito em tudo! Você não precisa concordar com ele! Você nem precisa gostar dele! Ele é seu coquetel molotov pessoal para ser arremessado na cara dos filhos da mãe que fizeram isso com você! DÊ O RECADO! TRUMP É SEU MENSAGEIRO!

E aqui entra a matemática. Em 2012, Mitt Romney perdeu por 64 votos no colégio eleitoral. Some os votos de Michigan, Ohio, Pensilvânia e Wisconsin. A conta dá 64. Tudo o que Trump precisa para vencer é levar os Estados tradicionalmente republicanos de Idaho à Geórgia (Estados que jamais votarão em Hillary Clinton) e esses quatro do cinturão industrial. Ele não precisa do Colorado ou da Virgínia. Só de Michigan, Ohio, Pensilvânia e Wisconsin. E isso será suficiente. É isso o que vai acontecer em novembro.

2. O último bastião do homem branco e nervoso. Nosso domínio masculino de 240 anos sobre os Estados Unidos está chegando ao fim. Uma mulher está prestes a assumir o poder! Como isso aconteceu?! Diante da nosso nariz! Havia sinais, mas os ignoramos. Nixon, o traidor do gênero, nos impôs a regra que disse que as meninas da escola têm de ter chances igual de jogar esportes. Depois deixaram que elas pilotassem aviões de carreira. Quando mal percebemos, Beyoncé invadiu o campo no Super Bowl deste ano (nosso jogo!) com um exército de Mulheres Negras, punhos erguidos, declarando que nossa dominação estava terminada. Meu Deus!

Este é apenas um olhar de relance no que se passa na cabeça do Homem Branco Ameaçado. A sensação é que o poder se lhes escapou por entre as mãos, que sua maneira de fazer as coisas ficou antiquada. Esse monstro, a “feminazi”, que, como diz Trump, “sangra pelos olhos ou por onde quer que sangre”, nos conquistou — e agora, depois de aturar oito anos de um negro nos dizendo o que fazer, temos de ficar quietos e aguentar oito anos ouvindo ordens de uma mulher? Depois disso serão oito anos dos gays na Casa Branca! E aí os transgêneros! Você já entendeu onde isso vai parar. Os animais vão ter direitos humanos e uma porra de um hamster vai governar o país. Isso tem de acabar!

3. O problema Hillary. Podemos falar sinceramente, só entre nós? E, antes disso, permita-me dizer que gosto de Hillary — muito — e acho que ela tem uma reputação que não merece. Mas ela apoiou a guerra no Iraque, e depois disso prometi que jamais votaria nela de novo. Mantive essa promessa até hoje. Para evitar que um protofascista se torne nosso comandante-chefe, vou quebrar essa promessa. Infelizmente acredito que Hillary vá dar um jeito de nos enfiar em algum tipo de ação militar. Ela está à direita de Obama. Mas o dedo do psicopata Trump vai estar No Botão, e isso é o suficiente. Voto em Hillary.

Vamos admitir: nosso maior problema aqui não é Trump — é Hillary. Ela é extremamente impopular — quase 70% dos eleitores a consideram pouco confiável e desonesta. Ela representa a política de antigamente: faz de tudo para ser eleita. É por isso que ela é contra o casamento gay num momento e no outro está celebrando o matrimônio de dois homens. As mulheres jovens são suas maiores detratoras, o que deve magoar, considerando os sacrifícios e batalhas que Hillary e outras mulheres da sua geração tiveram de enfrentar para que a geração atual não tivesse de ouvir as Barbara Bushes do mundo dizendo que elas têm de ficar quietas e bater um bolo.

Mas a garotada também não gosta dela, e não passa um dia sem que um millennial me diga que não vai votar em Hillary. Nenhum democrata, e seguramente nenhum independente, vai acordar em 8 de novembro para votar em Hillary com a mesma empolgação que votou em Obama ou em Bernie Sanders. Não vejo o mesmo entusiasmo. Como essa eleição vai ser decidida por um único fator — quem vai conseguir arrastar mais gente pra fora de casa e para as seções eleitorais –, Trump é o favorito.

4. O eleitor deprimido de Sanders. Pare de reclamar que os apoiadores de Bernie não vão votar em Clinton — eles vão votar! As pesquisas já mostram que um número maior de eleitores de Sanders vai votar em Hillary este ano do que o de eleitores de Hillary que votaram em Obama em 2008. Não é esse o problema. O alarme de incêndio que deveria estar soando é que, embora o apoiador médio de Sanders vá se arrastar até as urnas para votar em Hillary, ele vai ser o chamado “eleitor deprimido” — ou seja, não vai trazer consigo outras cinco pessoas. Ele não vai trabalhar dez horas como voluntário no último mês da campanha.

Ele nunca vai se empolgar falando de Hillary. O eleitor deprimido. Porque, quando você é jovem, não tem tolerância nenhuma para enganadores ou embusteiros. Voltar à era Clinton/Bush para eles é como ter de pagar para ouvir música ou usar o MySpace ou andar por aí com um celular gigante. Eles não vão votar em Trump; alguns vão votar em candidatos independentes, mas muitos vão ficar em casa. Hillary Clinton vai ter de fazer alguma coisa para que eles tenham uma razão para apoiá-la — e escolher um velho branco sem sal como vice não é o tipo de decisão arriscada que diz para os millennials que seu voto é importante. Duas mulheres na chapa — isso era uma ideia boa. Mas aí Hillary ficou com medo e decidiu optar pelo caminho mais seguro. É só mais um exemplo de como ela está matando o voto jovem.

5. O efeito Jesse Ventura. Finalmente, não desconte a capacidade do eleitorado de ser brincalhão nem subestime quantos milhões de pessoas se consideram anarquistas enrustidos. A cabine de votação é um dos últimos lugares remanescentes em que não há câmeras de segurança, escutas, mulheres, maridos, crianças, chefes, polícia. Não tem nem sequer limite de tempo. Você pode demorar o tempo que for para votar, e ninguém pode fazer nada. Você pode votar no partido, ou pode escrever Mickey Mouse e Pato Donald. Não há regras, E, por isso, a raiva que muitos sentem pelo sistema político falido vai se traduzir em votos em Trump. Não porque as pessoas concordem necessariamente com ele, não porque gostem de sua intolerância ou de seu ego, mas só porque podem.

Só porque um voto em Trump significa chutar o pau da barraca. Assim como você se pergunta por um instante como seria se jogar das cataratas do Niágara, muita gente vai gostar de estar no papel de titereiro, votando em Trump só para ver o que acontece. Lembra nos anos 1990, quando a população de Minnesota elegeu um lutador de luta livre para governador? Elas não o fizeram porque são burras ou porque Jesse Ventura é um estadista ou intelectual político. Elas o fizeram porque podiam. Minnesota é um dos Estados mais inteligentes do país. Também está cheio de gente com um senso de humor distorcido — e votar em Ventura foi sua versão de uma pegadinha no sistema político. Vai acontecer o mesmo com Trump.

Voltando para o hotel depois de participar de um programa da HBO sobre a convenção republicana, um homem me parou. “Mike”, ele disse, “temos de votar em Trump. TEMOS que dar uma chacoalhada as coisas”. Foi isso. Era o suficiente para ele. “Dar uma chacoalhada nas coisas”. O presidente Trump certamente faria isso, e uma boa parcela do eleitorado gostaria de sentar na plateia e assistir o show.


Este artigo foi originalmente publicado pelo HuffPost US e traduzido do inglês.

]]>
http://portalconservador.com/5-motivos-pelos-quais-donald-trump-sera-o-proximo-presidente-dos-estados-unidos/feed/ 5 2951