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A teoria, no entanto, tem sido cada vez mais desafiada. Para outros cientistas, o cérebro do hominídeo nanico seria pequeno demais, sugerindo na verdade algum tipo de doença genética da família das microcefalias (nas quais a caixa craniana e todo o corpo da pessoa encolhem brutalmente). Assim, para eles, o Homo floresiensis não passaria de um humano moderno com microcefalia.
Tocheri e companhia tentaram averiguar essa hipótese investigando um detalhe aparentemente insignificante da munheca do espécime. Acontece que os ossinhos do pulso são muito diferentes entre humanos modernos e hominídeos mais primitivos.
Em especial, um osso conhecido como trapezóide (localizado logo abaixo do dedo indicador) tem forma de bota no Homo sapiens e nos neandertais, nossos primos mais próximos [sic]. Já entre os hominídeos mais antigos, como os australopitecos e o Homo habilis (os quais viveram há cerca de 1,7 milhão de anos [sic]), o mesmo ossinho tem forma de cunha. É a mesma forma presente, de maneira geral, também nos grandes macacos atuais.
Ora, a comparação do osso trapezóide do LB1 com o de macacos, humanos modernos e antigos revela que, digamos, ele não era modelo 2007. Pelo contrário, tinha configuração primitiva, muito diferente da que existe em Homo sapiens e neandertais. Como não se conhecem doenças capazes de causar justamente esse efeito, a conclusão mais lógica, dizem Tocheri e colegas, é que o hobbit realmente é uma versão bastante arcaica de hominídeo, e não um humano moderno doente.
Os adversários dessa idéia, porém, ainda não se dão por vencidos. Eis o que disse à agência de notícias Associated Press o antropólogo Robert D. Martin, do Museu Field de Chicago: “Ainda acho que o tamanho do cérebro [do LB1] ainda é pequeno demais, e esse problema continua sem resposta. As pessoas me perguntam se essas novas evidências mudam alguma coisa. Bem, não mudam. O problema é a interpretação dela.” Martin é um dos principais defensores da tese de que o hobbit era só um humano patológico.
(G1 Notícias)
Nota: É bem provável que muitos dos ditos “ancestrais humanos” tenham sido simplesmente humanos e outros, simplesmente macacos. Todos mais ou menos contemporâneos. O problema é que as pressuposições darwinistas dos pesquisadores acabam induzindo o resultado dos estudos. Eles tentam a todo custo montar a tal “árvore evolutiva”, mas a coisa está sempre mais para uma grande floresta.
Interessante possível referência aos “homens das cavernas” é feita no livro bíblico de Jó (30:3-8). Pessoas com deformidades físicas, segregadas da sociedade “normal” (como ocorria também com os leprosos do tempo de Jesus), habitariam locais inóspitos e deixariam ali suas marcas (como pinturas rupestres). Depois, seus ossos foram encontrados e tidos como restos dos “ancestrais” dos humanos modernos. Seria o “hobbit” um tipo desses? [MB]
Escrito por Michelson Borges. Blog Criacionismo.