Economia – Portal Conservador https://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Fri, 03 Jul 2020 11:05:42 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.8.1 65453639 Pela primeira vez, mais da metade dos brasileiros não têm trabalho, diz IBGE https://portalconservador.com/pela-primeira-vez-mais-da-metade-dos-brasileiros-nao-tem-trabalho-diz-ibge/ https://portalconservador.com/pela-primeira-vez-mais-da-metade-dos-brasileiros-nao-tem-trabalho-diz-ibge/#respond Fri, 03 Jul 2020 11:05:42 +0000 https://portalconservador.com/?p=5194 read more →]]> Apenas 49,5% das pessoas com idade de trabalhar estavam ocupadas no trimestre encerrado em maio. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada na manhã desta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o menor nível de ocupação desde o início do levantamento, em 2012. Ainda, segundo o IBGE, o número apresenta uma queda de cinco pontos percentuais em relação ao trimestre encerrado em fevereiro.

“Pela primeira vez na série histórica da pesquisa, o nível da ocupação ficou abaixo de 50%”, diz Adriana Beringuy, analista da pesquisa. “Isso significa que menos da metade da população em idade de trabalhar está trabalhando. Isso nunca havia ocorrido na PNAD Contínua”, acrescenta. Ou seja: mais da metade da população com idade para trabalhar está desocupada.

O mercado de trabalho mostrou nos três meses até maio perda de vagas generalizadas, como consequência das medidas de paralisação para contenção do coronavírus, com comércios e indústrias sendo mantidos fechados e as pessoas em isolamento social.

Ainda, de acordo com o levantamento, a taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,9% no trimestre encerrado em maio, ante 11,6% até fevereiro. Dessa forma, o contingente de desempregados no Brasil entre março e maio atingiu 12,710 milhões, de 12,343 milhões entre dezembro e fevereiro.

Isso significa mais 368 mil pessoas à procura de trabalho em relação no trimestre até maio em relação aos três meses anteriores período anterior.

Ao mesmo tempo, o total de pessoas ocupadas teve recuo a 85,936 milhões, queda de 8,3% sobre o trimestre imediatamente anterior – ou 7,8 milhões de pessoas que saíram da população ocupada – e de 7,5% ante o mesmo intervalo de 2019.

“É uma redução inédita na pesquisa e atinge principalmente os trabalhadores informais. Da queda de 7,8 milhões de pessoas ocupadas, 5,8 milhões eram informais”, completou Beringuy.

Impacto da Covid-19

O impacto da pandemia mostrou toda sua força com perdas tanto entre os trabalhadores com carteira assinada quanto entre os informais. No trimestre até maio, os que tinham carteira assinada no setor privado eram 31,103 milhões, de 33,624 milhões entre dezembro e fevereiro, atingindo o menor nível da série.

Um total de 9,218 milhões de pessoas trabalhavam sem carteira assinada no período, contra 11,644 milhões no trimestre imediatamente anterior.

Já o número de trabalhadores domésticos recuou a 5,074 milhões de pessoas, o que corresponde a 1,170 milhão de trabalhadores a menos no mercado de trabalho.

Assim, o contingente na força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) chegou a 98,646 milhões de pessoas, uma queda de 7,406 milhões, ou 7%, em relação ao trimestre encerrado em fevereiro.

“O crescimento da população fora da força indica que as pessoas estão interrompendo a busca de trabalho por conta do distanciamento social. Para as pessoas lá na frente saírem da inatividade para conseguirem uma ocupação vai depender do desempenho da economia”, completou Beringuy.

Nos três meses até maio, o rendimento médio do trabalhador chegou a 2.460 reais, maior nível desde o início da série, de 2.374 reais até fevereiro. Mas, segundo o IBGE, esse aumento se deve à redução no número de trabalhadores informais, grupo que geralmente ganha remunerações menores.

Na segunda-feira, o Ministério da Economia informou que o Brasil fechou 331.901 vagas formais de trabalho em maio, pior desempenho para o mês da série iniciada em 2010, mas numa melhora em relação à performance fortemente negativa de abril.

A pesquisa Focus mais recente do BC mostra que a expectativa do mercado é retração de 6,54% para a economia este ano, indo a um crescimento de 3,50% em 2021.

*Com Reuters

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Empresário chinês lucra quase 2 mil milhões em seis semanas com máscaras https://portalconservador.com/empresario-chines-lucra-quase-2-mil-milhoes-em-seis-semanas-com-mascaras/ https://portalconservador.com/empresario-chines-lucra-quase-2-mil-milhoes-em-seis-semanas-com-mascaras/#respond Sat, 28 Mar 2020 22:23:17 +0000 https://portalconservador.com/?p=4842 read more →]]> O valor da participação de empresário chinês numa cotada fabricante de máscaras subiu 1,9 mil milhões de dólares, em seis semanas. A empresa detém cerca 40% de quota de mercado da China, neste segmento.

A participação que Yu Xiaoning detém na Dawn Polymer valorizou 1,9 mil milhões de dólares desde 20 de janeiro, com as ações da empresa fabricante de máscaras de proteção a dispararem 417% nestes período, segundo o Financial Times.

Desde que a propagação do coronavírus ganhou força em território chinês, e depois se expandiu em semelhante proporção para o resto do mundo, fabricar máscaras tem sido como imprimir dinheiro para esta empresa chinesa.

O valor da participação que Yu Xiaoning detém na empresa valorizou 13,5 mil milhões de renmimbis (1,9 mil milhões de dólares) para os 16,8 mil milhões de renmibis em seis semanas na empresa que detém 40% da quota de mercado de fabrico de máscaras médicas de proteção em território chinês.

“A competição por estes materiais tornou-se a chave para a prevenção global de epidemias”, disse Xue Zhanzhong, analista da Hengtai Securities, ao FT, acrescentando que “o limiar técnico e o processo de produção foram a razão pela qual o preço dos materiais aumentou recentemente”.

Yu Xiaoning lançou a Dawn Polymer em 2002 e começou a aperfeiçoar a produção de tecidos durante o surto de síndrome respiratória aguda grave em 2002.

“Por causa da Sars naquele ano, mudámos [o tecido] uma série de vezes até nos focarmos num produto essencial”, disse Yu à revista Chinese Entrepreneurs, numa entrevista. Agora, e “após 17 anos” a empresa tornou-se “num fabricante nacional líder em termos de tecnologia e produção”.

Em 2019, a fortuna pessoal de Yu estava avaliada em 3,6 mil milhões de renmibis.

Publicado originalmente em Jornal de Negocios Portugal.

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Milão organizou campanha “Abrace um chinês” em fevereiro https://portalconservador.com/milao-organizou-campanha-abrace-um-chines-em-fev/ https://portalconservador.com/milao-organizou-campanha-abrace-um-chines-em-fev/#respond Sat, 28 Mar 2020 04:25:36 +0000 https://portalconservador.com/?p=4826 read more →]]> A cidade hoje conta mais de 4.800 mortes mesmo com quarentena. Jornalistas culpam dias de trabalho sem citar a campanha “anti-racista”

No mesmo dia em que a Secom da presidência lançou a campanha O Brasil não pode parar, o prefeito de Milão, na Itália, pediu desculpas, afirmando que a campanha “Milão não pode parar” foi um erro. A cidade conta, hoje, com 4.800 mortes em decorrência do coronavírus.

Como um dog whistle lamentavelmente viralizado, vozes que defendem quarentena obrigatória, imposta pelo governo com risco de pena aos “infratores” (multa? prisão?), passaram a acusar Bolsonaro de “genocida”, justamente por não tomar medidas ditatoriais, como governos estão fazendo pela Europa – ou governos estaduais fazem pelo Brasil, usando Milão como exemplo.

Logo ele, Bolsonaro, sendo acusado de não ditar regras, não prender pessoas simplesmente por estarem disponíveis, não aumentar seu próprio poder contra a população. Dito para 2018 com uma máquina do tempo, causaria tilt.

O que não foi noticiado por nenhum veículo de mídia, e também não viralizou entre quarentenistas, foi que a cidade de Milão foi organizadora de uma campanha chamada “Hug me, I’m not a vírus” (“abrace-me, eu não sou um vírus”), em que chineses pediam para serem abraçados com cartazes nas ruas em fevereiro.

A campanha em Milão foi para combater o “racismo”, como é chamado qualquer medida que não envolva fronteiras abertas, governanças transnacionais e substituição populacional hoje em dia. A campanha foi noticiada pela mídia chinesa, sob fartos aplausos ocidentais.

Em janeiro, a BBC já havia noticiado sobre um asiático francês que iniciara uma campanha com a hashtag #JeNeSuisPasUnVirus. O inimigo, à época, era o “racismo”. O mesmo que fazem hoje contra a expressão “vírus chinês”, sobre o coronavírus, que veio da China.

Já o Jerusalem Post comenta sobre o vídeo de Milão ao lembrar que a China não é modelo para conter o coronavírus – ou para qualquer outra coisa.

Em menos de um mês, a cidade estaria em um gigantesco lockdown, com mais mortes em sua região do que qualquer outro lugar do mundo (descontando a China, para quem acredita nos dados do governo chinês).

Hoje, culpa-se a falta de isolamento, ainda que as infecções e mortes pelo coronavírus na Itália tenham aumentando mesmo após a quarentena. Por alguma razão, não se comentou sobre a campanha anti-racista.

Publicado originalmente em sensoincomum.org.

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Com uma morte por covid-19, Santa Catarina desiste da quarentena https://portalconservador.com/com-uma-morte-por-covid-19-santa-catarina-desiste-da-quarentena/ https://portalconservador.com/com-uma-morte-por-covid-19-santa-catarina-desiste-da-quarentena/#respond Fri, 27 Mar 2020 22:02:57 +0000 https://portalconservador.com/?p=4820 read more →]]> O governador Coronel Moisés vai permitir reabertura do comércio, shoppings, bares, restaurantes, lotéricas e setor hoteleiro a partir da semana que vem

O governador de Santa Catarina, Coronel Moisés, anunciou nesta quinta-feira (26) que vai autorizar a retomada da atividade econômica do Estado a partir da semana que vem. O Estado permanece em quarentena desde o último 17 como uma estratégia para tentar conter o avanço do coronavírus, que já matou uma pessoa e infectou 149 em Santa Catarina.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, Moisés afirmou que é necessário conciliar a convivência social com o combate à covid-19.

“Precisamos promover a convivência dos catarinenses com a pandemia da covid-19, conciliando as vertentes do convívio social, da preservação da vida das pessoas e da atividade econômica. Isso quer dizer que nós pesamos as duas coisas e estamos fazendo gradativamente um plano para que as pessoas possam voltar ao convívio de forma segura. Esse é o grande objetivo”, declarou o governador.

De acordo com o “Plano Estratégico de Retomada das Atividades Econômicas em Santa Catarina”, agências bancárias, correspondentes bancários, lotéricas e cooperativas de crédito voltarão a funcionar a partir da próxima segunda-feira (30), exclusivamente para atendimento de pessoas que necessitem de serviços presenciais.

Governo Bolsonaro lança campanha por ‘isolamento vertical’

Na quarta-feira (1), o comércio, inclusive shopping centers, academia, bares e restaurantes poderão abrir as portas.

O setor hoteleiro, as atividades da construção civil, escritórios de prestação de serviços e centros de distribuição e depósitos também voltarão a funcionar a partir da quarta-feira.

Mas os estabelecimentos que atendem o público devem respeitar regras impostas no decreto estadual. Entre elas a de limitar a entrada de pessoas a 50% da capacidade e manter a distância mínima de um metro e meio entre cada cliente.

O plano prevê que as empresas devem priorizar o afastamento de pessoas do grupo de risco, como idosos, hipertensos, dibéticos e gestantes, sem redução nos salários, e manter em home office trabalhadores do setor administrativo. As empresas ainda devem fornecer transporte fretado para os funcionários, desde que os ônibus não atinjam 50% da capacidade de lotação.

O plano ainda autoriza o retorno ao trabalho para empregados domésticos, prestadores de serviços e profissionais liberais.

Transporte coletivo e escolas

O governador Carlos Moisés anunciou ainda que os transportes coletivos permanecerão suspensos pelo prazo de mais sete dias, a contar da próxima quarta-feira. A determinação vale para ônibus municipais, intermunicipais, além da circulação e do ingresso no território catarinense dos veículos de transporte interestadual e internacional de passageiros, público ou privado.

As aulas nas redes pública e privada seguem suspensas até o dia 17 de abril, assim como missas, cultos e reuniões de qualquer natureza, de caráter público ou privado.

Pelo Twitter, o governador Coronel Moisés ressaltou que até a próxima segunda-feira, a quarentena continua valendo no Estado.

Brasil

A decisão vai em linha com a do presidente Jair Bolsonaro, que, nesta quinta-feira, lançou uma campanha pelo “isolamento vertica”, no qual defende que apenas essoas que se encontram no grupo de risco, como idosos e portadores de doenças crônicas permaneçam em suas casas.

O presidente também cricado governadores que adotaram medidas mais drásticas de isolamento social como forma de impedir o avanço da doença em seus Estados.

Bolsonaro tem dito que o melhor seria isolar os grupos de risco e que a economia não pode parar por conta da doença porque o custo social — desemprego e violência — pode ser ainda maior.

Até esta quinta-feira, o Brasil tinha 2.915 casos do coronavírus e 77 mortes confirmadas.

Com informações Portal R7.

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Sem ações, faltará UTI para 42 mil https://portalconservador.com/sem-acoes-faltara-uti-para-42-mil/ https://portalconservador.com/sem-acoes-faltara-uti-para-42-mil/#respond Thu, 26 Mar 2020 12:15:52 +0000 https://portalconservador.com/?p=4814 read more →]]> Modelo matemático simula impacto da epidemia de Covid-19 nos sistemas de saúde estaduais

Quase 42 mil brasileiros com quadro grave de Covid-19 ficariam sem vaga na UTI, e mais de 37 mil sem respiradores, caso a epidemia atingisse uma parcela da população comparável à alcançada em Wuhan, na China, e caso a disseminação do novo coronavírus tivesse velocidade semelhante, sugere um novo modelo matemático que simula a saturação do sistema de saúde brasileiro. Nesse cenário, a primeira onda da epidemia duraria 79 dias e infectaria 1 milhão de brasileiros, ou 0,5% da população.

Num cenário hipotético de maior contágio, em que a epidemia atingisse 3% dos brasileiros, ou 6,3 milhões, faltariam vagas na UTI para mais de 300 mil e respiradores para 293 mil, por um período de 91 dias. Mesmo num cenário agressivo de contenção do vírus, que estendesse a duração da epidemia por 148 dias e achatasse a curva de contágio, faltariam mais de 15 mil UTIs e 13,5 mil respiradores no pico da demanda.

No cenário mais otimista, em que fossem suspensas todas as cirurgias eletivas para liberar vagas nas UTIs e, além disso, a capacidade de atendimento crescesse 10%, ainda haveria uma carência de quase 2 mil leitos de terapia intensiva no pico da epidemia, e mais de 2.500 infectados ficariam sem esse recurso essencial para salvar suas vidas.

Na prática, quem tivesse um quadro grave da Covid-19 e ficasse sem vaga na UTI passaria a viver o drama das centenas de europeus condenados pela superlotação dos hospitais com casos de doença. “Pacientes que necessitam estar em regime de tratamento intensivo, se não tiverem acesso, terão probabilidade muito alta de morte”, afirma Gonzalo Vecina Neto, da Faculdade de Saúde Pública da USP, responsável pelas premissas teóricas que embasaram os cálculos do matemático Lucas Amorim, doutorando na Universidade do Porto, e do economista Gustavo Kay, graduado na USP.

O objetivo do modelo elaborado pelos três, cujos resultados estão no artigo “Cenários para a demanda vs. oferta de leitos de UTIs e respiradores na epidemia Covid-19 no Brasil” (uma amostra é resumida nos gráficos ao final desta reportagem), não é prever quantos brasileiros serão infectados nem quantos morrerão. Não se trata de um modelo epidemiológico, como os elaborados recentemente por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas e do Instituto Oswaldo Cruz ou do Imperial College. Em vez tentar projetar o alcance ou o número de mortos na epidemia, a ferramenta simula o estresse provocado pela Covid-19 no sistema de saúde.

Com base no número de infectados estimado para cada estado da federação, o modelo avalia quantos precisarão de leitos de UTI ou de respiradores artificiais, de acordo com os dados do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Medicina. A demanda pelos dois recursos é comparada à oferta disponível, seguindo a evolução diária do contágio. O cálculo depende de dois parâmetros: a proporção da população que se supõe ter sido infectada ao final da epidemia e a velocidade intrínseca de propagação do vírus (afetada por características biológicas e pelas políticas adotadas para combatê-lo).

Como todo modelo matemático, trata-se não de um retrato absolutamente fiel, mas de uma simplicação para nos permitir enxergar melhor uma faceta da realidade. Dificilmente a epidemia terá o mesmo comportamento no Brasil todo. Na planilha disponível com o estudo, é possível variar os parâmetros para simular o impacto da Covid-19.

“O modelo permite às autoridades simular diferentes cenários para o uso dos recursos hospitalares brasileiros em cada um dos estados”, diz Amorim. “Pode ser adotado como ferramenta exploratória no planejamento para o combate da epidemia.” Na elaboração dos gráficos e quadros para esta reportagem, meramente ilustrativos, foram considerados quatro cenários, uniformes para todos os estados:

No cenário-base, o vírus se propaga com parâmetros compatíveis com os verificados em Wuhan: 30% de crescimento diário dos infectados no início da epidemia e 0,5% da população infectada no final;

No segundo cenário, mais pessimista, a doença se propaga com a mesma velocidade, mas atinge bem mais gente: 3% da população. Trata-se de um cenário ainda conservador, se levarmos em conta que o total de infectados numa epidemia dessa natureza sem nenhum tipo de controle chegaria a entre 20% e 60% dos brasileiros (e os gráficos comparativos provavelmente nem caberiam nesta página);

No terceiro cenário, a doença atinge a mesma parcela da população que no primeiro (0,5%), mas políticas de isolamento, distanciamento social e outros controles reduzem a velocidade de propagação à metade (15% ao dia). Com isso, a infecção se estende no tempo, achatando a curva de contágio (leia mais neste post);
No quarto cenário, além das políticas adotadas para deter o vírus, os hospitais adiam todas as cirurgias eletivas – na avaliação de Vecina, isso liberaria em torno de 30% da capacidade nas UTIs – e também há um investimento suficiente para ampliá-la em 10%.

Com tal ampliação, a necessidade de leitos de UTI cairia de 42 mil no cenário-base para 32 mil. A suspensão das cirurgias eletivas poderia reduzi-la um pouco mais, a 18 mil. Adotadas em conjunto, as duas medidas alcançariam, segundo o modelo, redução até 13 mil. Apenas acopladas às medidas para deter o contágio, como o isolamento social, poderiam limitar a escassez dos leitos de UTI a pouco mais de 2.500 no Brasil todo. Em nenhum dos demais cenários há redução comparável.

Quanto custaria investir nesses leitos? Pelas contas de Vecina, a instalação de cada um custa R$ 150 mil, e a operação gira em torno de R$ 5 mil diários por paciente. De acordo com os dados usados no modelo, depois da suspensão das cirurgias eletivas faltariam 3.717 vagas em UTI para atender a demanda, cada uma usada por uma média de 10 dias. Considerando que as taxas de ocupação das UTIs do SUS são de 90%, isso corresponderia a quase 4 mil novos leitos.

Fazendo, portanto, a conta do custo de instalação e operação, chegamos a um investimento perto de R$ 800 milhões, sem contar gastos em construçao e infra-estrutura. Não parece um valor absurdo para reduzir o impacto devastador da Covid-19. A dificuldade: boa parte dos leitos que podem salvar vidas pertence à rede privada e não está, portanto, disponível a todos os brasileiros.

Embora a quantidade de vagas nas UTIs dos hospitais privados seja equivalente à dos públicos, elas estão acessíveis apenas aos 48 milhões de brasileiros que têm planos de saúde. Uma ideia aventada por Vecina é que o SUS remunere de algum modo os hospitais privados pelo uso dos leitos pelos seus pacientes se houver carência. Se isso não for feito, o brasileiro com plano de saúde terá quatro vezes mais chance de salvar quando pegar a Covid-19 – mas nem isso servirá de garantia caso a epidemia se alastre a ponto de levar ao colapso todo o sistema.

Com informações Blog do Hélio Gurovitz.

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Bolsonaro diz que é ‘inadmissível’ fechar shopping e estrada: ‘prejudica a economia’ https://portalconservador.com/bolsonaro-diz-que-e-inadmissivel-fechar-shopping-e-estrada-prejudica-a-economia/ https://portalconservador.com/bolsonaro-diz-que-e-inadmissivel-fechar-shopping-e-estrada-prejudica-a-economia/#respond Sun, 22 Mar 2020 18:44:46 +0000 https://portalconservador.com/?p=4773 read more →]]> O presidente criticou medidas restritivas impostas por governadores e prefeitos e impôs uma MP para centralizar decisões sobre a circulação de pessoas em todo o território nacional. Ele também defendeu que igrejas continuem abertas.

O presidente Jair Bolsonaro editou na noite de sexta-feira 20 uma medida provisória e um decreto que garantem ao governo federal a competência sobre a circulação interestadual e intermunicipal. A medida é uma respostas às ações tomadas por governadores, em especial ao do Rio, Wilson Witzel (PSC), e ao de São Paulo, João Doria (PSDB), no combate à pandemia do coronavírus.

Por meio da MP 926/2020, Bolsonaro definiu o que são serviços públicos e atividades essenciais, aquelas que não podem ser paralisadas, pois, segundo a medida, “colocam em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população” A medida provisória e o decreto têm força de lei que já estão em vigor.

Entre os serviços essenciais estão os relacionados à assistência de saúde e o transporte intermunicipal, interestadual e internacional de passageiros, além do transporte por aplicativo. O decreto fala ainda da importância de garantir o transporte de “cargas de qualquer espécie que possam acarretar desabastecimento de gêneros necessários à população”. A medida determina que restrições de trânsito sejam embasadas em fundamentação técnica da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Desde o início do aumento de casos de Covid-19 no país, Bolsonaro tem feito oposição a seus ex-aliados Witzel e Doria (PSDB), que começaram a tomar medidas para diminuir a circulação de pessoas, enquanto o presidente trata o assunto como “histeria”.

Na sexta-feira, 20, Bolsonaro subiu o tom contra Witzel diante da intenção do governador fluminense em interromper os voos no estado, assim como fechar as fronteiras do Rio de Janeiro. O presidente voltou a afirmar que a regulamentação sobre o setor aéreo e o transporte de cargas e passageiros pertence ao governo federal. “Parece que o Rio de Janeiro é outro país”, provocou.

Neste sábado, o governo do Estado de São Paulo decretou a instalação de uma quarentena obrigatória de 15 dias a partir da próxima terça-feira 24 para frear a pandemia de coronavírus. Segundo o governador João Doria, todos os serviços não essenciais devem fechar as suas portas até 7 de abril, com a possibilidade de prorrogação.

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O miserê da burocracia ou o feudalismo moderno https://portalconservador.com/o-misere-da-burocracia-ou-o-feudalismo-moderno/ https://portalconservador.com/o-misere-da-burocracia-ou-o-feudalismo-moderno/#comments Thu, 12 Sep 2019 21:13:29 +0000 https://portalconservador.com/?p=4483 read more →]]> O feudalismo não acabou. E esta é sua versão moderna, muito mais insensível e inconsequente

“Como é que o cara vai viver com 24 mil reais?” (…) “Infelizmente, não tenho origem humilde. Não estou acostumado com tanta limitação. (…) Estou fazendo a minha parte. Estou deixando de gastar R$ 20 mil de cartão de crédito e estou passando a gastar R$ 8 mil para poder viver com os meus R$ 24 mil.”

Um procurador do Estado de Minas Gerais está dando o que falar. E não é, certamente, por menos. Num país com quase 13 milhões de desempregados (e esta, sendo uma estatística do governo, é de se imaginar que o número é infelizmente muito maior) e onde 55 milhões de pessoas convivem na pobreza, e com o salário mínimo vigente de R$ 998, o servidor público em questão demonstra que vive em uma ilha da fantasia rodeada por uma bolha intransponível onde ele residiria num “limiar da pobreza”, como é possível escutar no áudio proferido numa sessão da Câmara de Procuradores do MPMG em que ele questiona o procurador-geral da Justiça, Antônio Sérgio Tonet.

Segundo o portal de transparência do MPMG, a remuneração bruta do servidor em questão em janeiro de 2019 foi de R$ 35.462,22, dos quais lhe rende uma remuneração mensal líquida de no mínimo 24 mil reais, valor que não leva em consideração as indenizações e outras remunerações retroativas e/ou temporárias. Ou seja, é mais um ilustre representante da alta burocracia brasileira, sustentado pelo “contribuinte público”, que desconhece a verdadeira realidade sócio-econômica do país em que reside. Uma grande amostra de que existe diversos “Brasis” no que já fora chamada Terra de Vera Cruz.

Por mais infeliz que tenha sido a declaração do membro do Ministério Público, esta é certamente mais uma oportunidade para repensar a desigualdade social criada e fomentada pelo próprio Estado, onde é pago na burocracia estatal salários em média 67% superiores aos que são pagos pelo setor privado. E mais além, revela parte (sendo imensamente gentil) do caráter da alta burocracia que não enxerga à quem eles deveriam servir num Estado democrático.

Esta situação escancara não somente a desigualdade, mas como as elites burocráticas brasileiras são insensíveis para quem vive em outros estratos sociais. Por mais que existam conceituações errôneas sobre o feudalismo – sistema social e político que existiu na Europa durante o medievo – a aristocracia medieval não deixava de servir a “plebe”, no geral. Lhe confiava segurança, um estado de permanência, lhes confiando a ordem e a Justiça do soberano. Nas guerras medievais, não faltam exemplos de monarcas que comandavam pessoalmente as tropas, indo mesmo à frente das batalhas e personificando a nação. No estado moderno, a burocracia sequer enxerga o plebeu. Talvez como a personificação de uma doença altamente infecciosa, ou algo a ser escondido à todo custo, mas certamente alguém à quem não se deve qualquer sentimento. Para o Estado moderno e sua burocracia, o “contribuinte” só existe no momento de pagar os impostos.

O servidor público, membro da alta burocracia, desconhece o que é ser um “servidor” e para quem ele deve de fato explicações. E é essa falta de empatia que contribui para o dissenso social. Ele vive para o salário, é empregado do Estado, trabalha por si e fim. Não que seja crime sobreviver, jamais. A desigualdade social também não deve ser vista por si mesma como algo a ser combatido, posto que a pobreza é uma condição intrínseca do ser humano. E, geralmente, é apropriada como discurso para o fortalecimento do próprio Estado, através do socialismo. Entretanto, a burocracia não deve ser jamais estática ou rígida. É esse quadro que favorece a criação de uma desigualdade mantida por um pequeno aparato de “nobres”. Mais parece algum tipo de feudalismo, porém moderno e totalmente desprovido de suas vantagens.

Burocracia é um termo certamente moderno. E por burocracia devemos compreender como uma classe de funcionários do Estado. Na antiguidade, Aristóteles trata propriamente da aristocracia, como uma forma de governo exercida pelos melhores cidadãos, por seu valor moral e intelectual. Sem maiores dificuldades, a burocracia em Aristóteles também deveria assumir uma nova roupagem aristocrática, dos melhores e destinada aos interesses da pólis, o nosso equivalente de “cidade”. No Estado moderno, a aristocracia não é moral, talvez nem mesmo intelectual. No Brasil, a aristocracia também é dos melhores – mas os melhores não por suas qualidades ou virtudes – apenas porque recebem os maiores salários.

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Quando homens pagam impostos, as mulheres tornam-se promíscuas https://portalconservador.com/quando-homens-pagam-impostos-as-mulheres-tornam-se-promiscuas/ https://portalconservador.com/quando-homens-pagam-impostos-as-mulheres-tornam-se-promiscuas/#respond Sun, 03 Dec 2017 14:12:18 +0000 http://portalconservador.com/?p=3724 read more →]]>

Desde o século passado, o crescimento sem precedentes nos orçamentos dos governos ocidentais alterou radicalmente a dinâmica entre os sexos. Esta expansão do governo foi causada pelo direito das mulheres ao voto, e o subsequente padrão de votação das mulheres. A resultante multiplicação de serviços públicos foi progressivamente substituindo o papel tradicional do homem, a qual diminuiu a complementaridade e a interdependência de homens e mulheres a nível individual. No entanto, os homens são, como um grupo, ainda os únicos reais provedores de dinheiro de impostos.

A transferência da dependência das mulheres, antes direcionada aos homens, agora para o governo afetou os parâmetros da promiscuidade. As atitudes sexuais das mulheres variam de acordo com sua dependência econômica percebida, tanto a nível cultural como a nível individual. As atitudes de promiscuidade das mulheres dependem do que podem obter em troca de sexo dentro de um determinado ambiente.

Em essência, quando os homens apoiam o governo, as atitudes sexuais das mulheres se afrouxam.

 

O DIREITO DAS MULHERES AO VOTAR & O TAMANHO DO GOVERNO

Poucas pessoas parecem reconhecer o fato de que o feminismo é uma ideologia política que visa principalmente reformular nosso sistema jurídico. A igualdade que o feminismo persegue é definida pela igualdade de direitos, que é concedida pelo governo. Como tal, sempre foi uma doutrina diretamente ligada ao governo e sua autoridade.

Os padrões de votação das mulheres desde o movimento do sufragio foram idênticos em todo o mundo ocidental: as mulheres votam em governos maiores, que proporcionam mais direitos. Nos Estados Unidos, 10 anos depois que as mulheres começaram a votar, o governo dobrou em tamanho (fonte). E desde então, as mulheres sempre votaram em plataformas políticas maiores e mais poderosas com mais benefícios (fonte).

O GOVERNO REDISTRIBUI RIQUEZA PARA MULHERES

Um grande governo orquestra a redistribuição da riqueza de homens para mulheres, por duas razões. A primeira é que os serviços governamentais beneficiam desproporcionalmente as mulheres. O segundo é que, como grupo, apenas os homens contribuem para sustentar o governo.

De fato, as mulheres são os principais beneficiários dos programas governamentais. As mulheres usam mais serviços de educação (fonte). As mulheres recebem mais apoios em suas rendas. As mulheres recebem receitas relacionadas com a licença maternidade (fonte). As mulheres recebem apoio por terem filhos (fonte). As mulheres recebem pensão alimentícia (fonte). A maioria dos empregados do setor público são mulheres (fonte). As mulheres têm mais abrigos (fonte). As mulheres usam os serviços de saúde mais frequentemente (fonte). As mulheres se beneficiam de bilhões em programas feministas, campanhas, lobbies e leis.

E o mais importante, veja este exemplo de serviço que as mulheres usam (fonte) e os homems declinam.

Enquanto o governo aumenta de tamanho devido aos padrões de votação das mulheres, o governo é financiado ironicamente apenas pelos homens. Em um estudo de contribuição fiscal, os pesquisadores descobriram que as mulheres usam tantos serviços e trabalham tão pouco que eles custam, em média, US $ 150.000 (cento e cinquenta mil dólares)! Por outro lado, os homens pagam impostos suficientes para reembolsar os serviços que eles utilizam (fonte).

 

Figura 17: Impacto fiscal cumulativo per capita por sexo & grupo de idade – 2010

Uma vez que, como grupo, apenas os homens pagam impostos e a maioria dos serviços são utilizados por mulheres, o governo serve como um novo distribuidor de dinheiro dos homens em serviços e dinheiro para mulheres.

A mulher é livre do homem, mas, como grupos, as mulheres ainda são completamente dependentes dos homens (via dinheiro dos impostos). Os homens ainda são provedores da sociedade, mas, em vez de ter plena autonomia em relação ao seu dinheiro, o governo leva uma grande parte disso para financiar serviços que serão principalmente utilizados pelas mulheres.

 

Meu corpo, minha escolha. Seu dinheiro, minha escolha

MERCADO DO VALOR SEXUAL

O valor sexual das mulheres flutua de acordo com as regras básicas do mercado: oferta e demanda. É por isso que as atitudes sexuais das mulheres variam radicalmente em todo o mundo, enquanto a permanência dos homens é constante (fonte). Porque seu valor sexual é determinado pelo mercado local. As mulheres usam seu valor sexual como uma moeda para troca social (fonte). Por exemplo, historicamente, os homens costumavam obter a sexualidade de uma mulher em troca de ser um provedor de toda a vida.

Numa sociedade em que as mulheres não têm acesso a direitos financeiros(!), as mulheres estão motivadas a manter o seu valor sexual no mais alto para ter uma moeda de troca mais valiosa. Os homens estarão mais dispostos a investir em uma família quando tiverem certeza de paternidade.

Em um experimento recente, pesquisadores da Universidade Brunel encontraram correlações entre a dependência financeira percebida pelas mulheres e seus valores anti-promiscuidade (fonte). Quanto mais as mulheres se sentiam dependentes financeiramente, mais aderiram aos valores anti-promiscuidade. Isso também foi encontrado no nível estadual. No nível estadual, a renda feminina mediana estava fortemente relacionada à moral da promiscuidade.

Poderíamos extrapolar estes resultados a nível nacional. É de conhecimento geral que os países mais feministas (por exemplo, Canadá, Suécia) têm as maiores taxas de imposto (53% e 57%, respectivamente) em todo o mundo.

 

TAMANHO DO GOVERNO & MERCADOS DO VALOR SEXUAL

À medida que o governo aumentava de tamanho, assumiu o papel social tradicional dos homens. Por outro lado, o governo está agora a cargo das responsabilidades que os homens consideraram valiosas para as mulheres.

Escolta. Provedor. O estado pode fazê-lo milhares de vezes melhor do que qualquer homem. Enquanto o Estado obtém mais recursos de homens, os homens perdem oportunidades para ser um parceiro valioso. No Ocidente, as crianças são extremamente dependentes do governo e completamente independentes de seu pai. Na vida de uma criança, desde os serviços de saúde neonatal, até a creche, até o jardim de infância, até a escola primária, até o ensino médio, para a faculdade, para universitários estes pais são completamente inúteis, além do fato de serem eles que estão sustentando tais serviços.

Quando os homens pagam impostos, tornam-se inúteis para mulheres e crianças, pelo menos no nível individual. Os homens não têm moeda de troca que não seja superada pelo governo. Isso leva ao afrouxamento da moral sexual, porque as mulheres não têm nada pelo que trocar sua sexualidade.

 

CONCLUSÃO

A ação das mulheres como grupo transferiu sua necessidade de um provedor, dos homens para o governo. Por conseguinte, aliviou qualquer obrigação delas serem valiosas para os homens para obter os recursos masculinos… incluindo a tradição histórica de garantir a certeza da paternidade masculina.

Este é um lembrete amargo de que o sexo nunca é gratuito. Quando o dinheiro não é regulamentado, o sexo torna-se regulado. Quando o sexo não é regulado, é porque o dinheiro é.

É por isso que existem tantas mulheres feministas comunistas. No fundo, elas sabem que quando o dinheiro não é uma moeda de troca viável, seu corpo será a única moeda. O que, você nunca notou o vínculo entre o comunismo e a promiscuidade feminina?

Moça antifa, atriz pornô e ativista comunista. Sem surpresa, estudante universitária também. : )

Traduzido por Ação Política.

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62 anos depois https://portalconservador.com/62-anos-depois/ https://portalconservador.com/62-anos-depois/#respond Thu, 31 Aug 2017 17:09:29 +0000 http://portalconservador.com/?p=3616 read more →]]> Café Filho chegou à Presidência, como todos sabem, diante de uma situação social e politicamente difícil para o Brasil: o suicídio de Getúlio Vargas. A principal preocupação de Café Filho era a da estabilização econômica. O próprio Presidente declarara que seu governo não pretendia ser popular, mas sim levar a cabo algumas medidas importantes.

Em 1953, Vargas se preocupava com uma política antiinflacionária. Para tanto, nomeou Oswaldo Aranha como Ministro da Fazenda. Em agosto do mesmo ano, o Ministro lançou o Plano Aranha. Em linhas gerais, o plano se sustentava em dois pilares: uma política de restrição de cŕedito e um novo sistema de controle cambial. Aparentemente, Vargas resolvera adotar medida ortodoxas no que tange à economia.

Apesar disso, todo o trabalho de Oswaldo Aranha foi por água baixo. Ainda quando Ministro do Trabalho, João Goulart havia prometido um aumento de 100% do salário-mínimo. A promessa foi concretizada por Vargas quando Jango já não fazia mais parte do Ministério. Contudo, o aumento de 100% do salário-mínimo afundou qualquer possibilidade de estabilização econômica baseada nos planos de Aranha. A inflação interna e os déficits nos pagamentos externos foram as outras duas âncoras que afundaram o plano. Restou a Café Filho administrar, da melhor forma possível, os prejuízos.

Mais de 60 anos depois, Michel Temer chega à Presidência do Brasil em condições tão adversas quanto. O processo de impeachment de Dilma Rousseff levou mais um vice à condição de Presidente. E, mais uma vez, em condições economicamente adversas. A economia do governo Dilma baseada no consumo e na liberação de crédito por parte de bancos públicos para empresários, gerou uma forte desestabilização econômica e trouxe de volta a temida inflação.

Deve-se salientar ainda a assinatura de decretos de suplementação com liberação de crédito, pela então Presidente, que resultaram na sua condenação pelo Senado Federal, que entendeu existir crime de responsabilidade fiscal.

Diante do grave estado da economia, deve-se premiar a atitude de Henrique Meireles, ministro da Fazenda de Michel Temer. A chamada PEC do teto dos gastos foi uma medida de extrema importância aprovada pelo Congresso Nacional. O Estado não possui recursos ilimitados para gastar à revelia. Faz-se necessário uma alocação desses recursos, que são escassos, lugar comum nos estudos de economia.

A Reforma Trabalhista aprovada também foi uma importante medida para reestabelecer a saúde da economia. A legislação trabalhista brasileira era arcaica, antiquada e a Justiça do Trabalho não é nada além do que uma justiça de distributiva, que visa cumprir um “papel social” abstrato que imagina possuir, focando mais em distribuição de renda do que na aplicação da lei.

No entanto, a última medida do Governo Temer deixa a desejar. Além da taxa tributária brasileira ser exorbitante, analisar a forma como se deu o aumento dos combustíveis não é preciosismo. Os princípios básicos do Direito estabelecem que uma norma não pode ter efeito retroativo, além de estabelecer, no mínimo, um dia entre sua data de publicação e sua efetiva aplicação.

O art. 196, §6 da CF/88 estabelece que qualquer lei que realize a majoração de alíqutas só poderá produzir efeitos 90 dias após sua publicação. Diante da determinação expressa constante na norma constitucional, não resta dúvida: como Temer pode ter editado um decreto que entrou em vigor na data de sua publicação?

As tentativas de apresentar uma recuperação econômica para a população, diante da baixa popularidade do Presidente, é válida. No entanto, os rombos nos cofres públicos não podem ser tapados com a retirada de dinheiro de uma população que se encontra endividada. Se Temer pretende apresentar resultados positivos, que passe a adota medidas econômicas ortodoxas no lugar de taxar arbitrariamente produtos que impactam, especialmente, na vida dos que mais se prejudicaram com a crise: os pobres.

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Morre o bilionário David Rockefeller, um dos maiores financiadores do aborto no mundo https://portalconservador.com/morre-o-bilionario-david-rockefeller-um-dos-maiores-financiadores-do-aborto-no-mundo/ https://portalconservador.com/morre-o-bilionario-david-rockefeller-um-dos-maiores-financiadores-do-aborto-no-mundo/#respond Tue, 21 Mar 2017 03:00:43 +0000 http://portalconservador.com/?p=3324 read more →]]> 20.03.2017 – Morreu nesta segunda-feira o multimilionário David Rockefeller, neto do magnata John D. Rockefeller (1839-1937) – considerado a pessoa mais rica da história moderna. Ele morreu em sua casa, em Pocantico Hills, Nova York, aos 101 anos. Sua fortuna era estimada em 3,3 bilhões de dólares.

Doutor em Ciências Econômicas pela Universidade de Chicago, Rockefeller participou da 2ª Guerra Mundial como funcionário de inteligência na Argélia e ajudante do adido militar em Paris. Em 1946, começou a trabalhar como gerente adjunto do departamento internacional do Chase Manhattan Bank, uma das maiores entidades financeiras de Nova York e, em 1955, foi nomeado vice-presidente executivo. Em 1961, chegou à presidência, cargo que ocupou até 1981, quando completou 65 anos.

Ele era filho de John D. Rockefeller Jr., que por sua vez era filho do lendário John D. Rockefeller, fundador da Standart Oil, uma companhia que chegou a ser responsável pela refinação de 80% a 90% de todo o petróleo do mundo – e deu origem à atual ExxonMobil. A família deu início também, em 1913, à Fundação Rockefeller, uma entidade filantrópica cujo objetivo é “promover o bem-estar da humanidade pelo mundo”.

Em sua história, a fundação financiou a criação de institutos, faculdades e laboratórios em universidades e instituições de várias partes do mundo. Apesar disso, é conhecida também por seu envolvimento em pautas polêmicas, como o financiamento de programas de eugenia na Alemanha nazista – incluído o laboratório onde trabalhou Josef Mengele – e de organizações pró-aborto em países em desenvolvimento.

A militância pró-vida defende que a Fundação Rockefeller, ao lado de outras como Ford e MacArthur, está envolvida em um esquema que almeja o controle populacional e, por isso, financia ONGs em favor do aborto, da contracepção, da união homossexual, da cultura de ter poucos filhos e da esterilização em países da América Latina, Ásia e África – tudo em linha com um documento do governo norte-americano datado de 1974, chamado de Relatório Kissinger.

O documento – cujo nome oficial é Implicações do Crescimento Populacional Mundial para a Segurança e os Interesses Ultramarinos dos Estados Unidos – cita a Índia, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, México, Indonésia, Brasil, Filipinas, Tailândia, Egito, Turquia, Etiópia e Colômbia como países fiscalizados pelos norte-americanos com relação ao crescimento populacional. O texto diz claramente que “nenhum país já reduziu o crescimento de sua população sem recorrer ao aborto” e que há “grande necessidade de convencer a população que é para seu benefício individual e nacional ter em média apenas três ou dois filhos”.

Em 2011, por exemplo, a secretária da Conferência Episcopal do Uruguai, Gabriela López, denunciou que a Fundação Rockefeller estava por trás de pressões pela legalização do aborto no Uruguai.

“Infelizmente esse tipo de proposta não é uma iniciativa local de alguns parlamentares, mas uma estratégia promovida internacionalmente por instituições que tentam enganar o povo e os parlamentares e induzi-los a aprovar uma coisa pensando que estão aprovando outra”, disse López na ocasião. “O verdadeiro objetivo essas estratégias não é a promoção da mulher, mas a sujeição a interesses estrangeiros que são cada vez mais conhecidos e que, a médio prazo, só servem para enfraquecer a própria base da população”.

A família Rockefeller financiou ainda a fundação da Clinical Research Bureau, a primeira clínica da American Birth Control League, que em 1942 se tornaria a Planned Parenthood, a maior rede de clínicas de aborto do mundo. Margaret Sander, a fundadora da entidade, continuou recebendo financiamento da Fundação Rockefeller por décadas – John Rockefeller III, irmão mais velho de David, chegou até mesmo a receber o “Prêmio Margaret Sander” em sua segunda edição, em 1967.

Escrito por Felipe Sérgio Koller. SempreFamília.

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