China – Portal Conservador https://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Fri, 07 Aug 2020 19:11:31 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.8.3 65453639 Cristãos são presos em suas casas por assistirem culto online na China https://portalconservador.com/cristaos-sao-presos-em-suas-casas-por-assistirem-culto-online-na-china11/ https://portalconservador.com/cristaos-sao-presos-em-suas-casas-por-assistirem-culto-online-na-china11/#respond Fri, 07 Aug 2020 19:07:45 +0000 https://portalconservador.com/?p=5265 read more →]]> Os oficiais do Departamento de Segurança Pública invadiram as casas de seis líderes da igreja enquanto eles cultuavam juntos.

Vários cristãos de uma mega igreja protestante fortemente perseguida na China foram detidos após serem pegos participando de um culto no Zoom.

Os membros da Early Rain Covenant Church foram presos em suas casas enquanto participavam de um serviço virtual durante o qual ouviram um sermão de seu líder preso, o pastor Wang Yi.

A Early Rain não se reúne pessoalmente desde dezembro de 2018, quando seu prédio foi invadido e a congregação foi sujeita a prisões em massa. Embora muitos anciãos e membros tenham sido libertados da prisão, Wang Yi permaneceu atrás das grades – no final do ano passado, ele foi condenado a nove anos de prisão.

Os membros da igreja disseram à International Christian Concern que os oficiais do Departamento de Segurança Pública invadiram as casas de seis líderes da igreja enquanto eles adoravam juntos.

“Eu também estava na ligação do Zoom, mas houve um longo período de tempo em que não ouvi nada. Pensei que fosse o problema de conexão de rede no início, mas logo ouvi uma briga surgir. Nosso colega de trabalho, Wang Jun, estava questionando algumas pessoas [dizendo]: ‘Quem é você para fazer isso [conosco]?’”, contou um membro.

Além de Wang, vários outros líderes foram detidos, incluindo Guo Haigang, Wu Wuqing, Jia Xuewei, Zhang Jianqing e Zhang Xudong.

Um defensor da ERCC revelou alguns detalhes do incidente no Twitter: “Desde as 8:30 da manhã, algumas autoridades de segurança entraram nas casas dessas famílias cristãs e simularam conversas casuais com elas. Às 9:30 da manhã, o culto começou e eles também foram convidados a participar. Depois que perceberam que o sermão era do pastor preso do ERCC, Wang Yi, eles imediatamente o encerraram”.

O relato de Zhang Jianquing lembrou o que a polícia disse durante os incidentes: “Não participe mais de atividades [religiosas] já proibidas! Não ouça mais os sermões do pastor [Wang]! Se você fizer isso de novo, vamos lidar com isso com seriedade e levá-lo embora!”.

Um dos indivíduos alvo teve o fornecimento de energia de sua casa cortado, enquanto outros receberam telefonemas intimidadores nos quais foi informado que “a polícia [iria] visitá-los em breve”.

Os seis crentes foram libertados da custódia.

Preocupações

Gina Goh, gerente regional da ICC para o Sudeste Asiático, disse: “É uma pena que o governo chinês não tenha parado uma vez de perseguir a igreja ERCC. Desde a repressão em 2018, as autoridades locais continuaram a monitorar e assediar os membros do ERCC, com a esperança de que a igreja se dispersasse”.

“Numa época em que o povo chinês está sofrendo com a pandemia do Covid-19, o regime insensível decidiu infligir mais problemas aos seus cidadãos. A ONU deve suspender imediatamente a nomeação da China para o Conselho de Direitos Humanos por sua falta de respeito pelos direitos humanos.”

O pastor Wang Yi tem uma história de ousadamente proclamar Cristo do púlpito. Pouco antes de ser preso, ele convocou pessoalmente pessoalmente o presidente Xi Jinping – que vem travando uma campanha de opressão de anos contra os cristãos do país – a se arrepender de seus pecados.

“Quando não estamos sendo perseguidos, espalhamos o evangelho. E quando a perseguição chega, continuamos a espalhar o evangelho”, pregou o pastor Yi em uma mensagem de 2018.

Ele acrescentou: “Se estamos falando de um presidente, declaramos que ele é um pecador. E se estamos falando de um secretário geral, ainda declaramos que ele é um pecador. Acreditamos que temos a responsabilidade de dizer a Xi Jinping que ele é um pecador.”

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China compra empresas brasileiras: até uma emissora entra na roda, com o aval e sociedade de Dória https://portalconservador.com/china-compra-empresas-brasileiras-ate-uma-emissora-entra-na-roda-com-o-aval-e-sociedade-de-doria/ https://portalconservador.com/china-compra-empresas-brasileiras-ate-uma-emissora-entra-na-roda-com-o-aval-e-sociedade-de-doria/#respond Wed, 01 Apr 2020 20:24:49 +0000 https://portalconservador.com/?p=4849 read more →]]> O improvável e inadmissível, por ser contra a nossa Constituição Federal, aconteceu no final do ano passado: o Governador do Estado de São Paulo, João Doria, assinou uma parceria que tem força de autorização, concessão, de uma emissora de televisão, a BAND (TV Bandeirantes), a uma empresa pertencente ao Governo autocrático e comunista chinês.

Ah não! Espere! O termo não é concessão, e sim cooperação? O contrato entre a Band e a China Media Group “prevê produções conjuntas e compartilhamento de conteúdo com o objetivo de reforçar a cooperação e promover o desenvolvimento das relações entre os dois países”, e não é na prática concessão?

Você e eu não ouvimos errado: a TV Bandeirantes agora tem um parceiro comportando-se como sócio majoritário, que é a China Comunista. Caso queira verificar que NÃO se trata de notícia falsa (Fake News), acesse: “Band e China Media Group fecham acordo de cooperação. Frutos do acordo serão exibidos no BandNews”. Publicado em 11/11/2019, por FELIPE BRANDÃO. A fotografia a seguir pertence ao mesmo link. Postei para você se “encantar com a fisionomia dos parceiros”: belos sorrisos, não acha?

E não só a BAND esta sob influência da China. O grupo Globo também. Duas emissoras, hidrelétricas, usinas de energia eólica, cooperativas agrícolas… Entretanto, não sejamos superficiais.

A imprensa brasileira, infelizmente, embriagada de relativismo e envolvida pela gosma do mais selvagem instinto de preservação, vendeu-se para a China.

A China vem comprando empresas brasileiras há muito tempo. É dona até de uma emissora no Brasil, coisa que não é permitido por Lei: a Band (segundo consulta no Google, RÁDIO E TELEVISAO BANDEIRANTES S.A., CNPJ. 60.509.239/0006-28). E nós sabemos que o que manda no mundo é o dinheiro, quem paga. Motivo pelo qual estamos vivenciando a surrealidade da imprensa pedindo desculpas para a China por dizermos que o vírus é chinês. É mesmo chinês! É de onde ele vem! Da China! E agora sabemos que o Governo da China sabia do vírus e deixou sua gente se acumular, festejar o “ano novo” deles e sair do país (China) contaminando outros povos! Estima-se que saíram mais de 300 mil chineses para outros países!

A Itália está sendo dizimada? Uma região dela: a Lombardia. A Espanha está indo para o mesmo caminho? As notícias indicam essa tendência. A Inglaterra e os EUA se assustaram e tomaram novo caminho preventivo. E agora o mega prejuízo para o Brasil. Tudo fechado. Querem quebrar quem eles querem comprar! Ora, quem tem que pedir desculpas é o Embaixador da China! Fiquem espertos! O inimigo não é só biológico. É cultural, político, religioso e, claro, econômico. Essa é sim uma Guerra Mundial, cinicamente iniciada pela China. Não é verdade? É só uma teoria?

Que a China pague pelo que fez!

O OUTRO LADO DA GUERRA.

O impressionante é que enquanto a população se esconde, deixando os mais necessitados a mercê do pior, há uma instituição de corajosos que merece destaque aqui. Sabemos que no Brasil há aproximadamente 13 milhões de pessoas muito pobres, faveladas e moradores de rua… Milhões que sem a ajuda caritativa morrem, correto? Por isso, a instituição católica mais organizada e mais bem formada do mundo, a Associação Pontifícia Arautos do Evangelho criou o “Fundo de Misericórdia”, onde tem doado para instituições católicas sérias sem fins lucrativos e também para pessoas em estado de miséria diretamente mantimentos de toda necessidade humana, material e espiritual: equipamentos médicos, barcos, carros, caminhões, alimentos, material de limpeza, remédios, livros didáticos, roupas, calçados, acessórios, computadores, móveis, equipamentos de comunicação e também os Sacramentos. Algo que a mídia, tragicamente, está omitindo. Há um artigo, intitulado CARIDADE em plena pandemia: 13 milhões e meio de pessoas são alvos de ajuda de Arautos do Evangelho., onde você poderá conhecer um pouco deste lindo trabalho. Afinal, se de um lado há tragédia, a invasão da China no Brasil com a ajuda de políticos, de outro há o verdadeiro amor e temos o dever de falar de ambos.

Deixar links relacionados ao tema nos comentários, por favor. Muitíssimo obrigado.

Adaptado de André Luís Roque Cardoso.

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Empresário chinês lucra quase 2 mil milhões em seis semanas com máscaras https://portalconservador.com/empresario-chines-lucra-quase-2-mil-milhoes-em-seis-semanas-com-mascaras/ https://portalconservador.com/empresario-chines-lucra-quase-2-mil-milhoes-em-seis-semanas-com-mascaras/#respond Sat, 28 Mar 2020 22:23:17 +0000 https://portalconservador.com/?p=4842 read more →]]> O valor da participação de empresário chinês numa cotada fabricante de máscaras subiu 1,9 mil milhões de dólares, em seis semanas. A empresa detém cerca 40% de quota de mercado da China, neste segmento.

A participação que Yu Xiaoning detém na Dawn Polymer valorizou 1,9 mil milhões de dólares desde 20 de janeiro, com as ações da empresa fabricante de máscaras de proteção a dispararem 417% nestes período, segundo o Financial Times.

Desde que a propagação do coronavírus ganhou força em território chinês, e depois se expandiu em semelhante proporção para o resto do mundo, fabricar máscaras tem sido como imprimir dinheiro para esta empresa chinesa.

O valor da participação que Yu Xiaoning detém na empresa valorizou 13,5 mil milhões de renmimbis (1,9 mil milhões de dólares) para os 16,8 mil milhões de renmibis em seis semanas na empresa que detém 40% da quota de mercado de fabrico de máscaras médicas de proteção em território chinês.

“A competição por estes materiais tornou-se a chave para a prevenção global de epidemias”, disse Xue Zhanzhong, analista da Hengtai Securities, ao FT, acrescentando que “o limiar técnico e o processo de produção foram a razão pela qual o preço dos materiais aumentou recentemente”.

Yu Xiaoning lançou a Dawn Polymer em 2002 e começou a aperfeiçoar a produção de tecidos durante o surto de síndrome respiratória aguda grave em 2002.

“Por causa da Sars naquele ano, mudámos [o tecido] uma série de vezes até nos focarmos num produto essencial”, disse Yu à revista Chinese Entrepreneurs, numa entrevista. Agora, e “após 17 anos” a empresa tornou-se “num fabricante nacional líder em termos de tecnologia e produção”.

Em 2019, a fortuna pessoal de Yu estava avaliada em 3,6 mil milhões de renmibis.

Publicado originalmente em Jornal de Negocios Portugal.

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Coronavírus: O que é melhor? Deixar a epidemia seguir ou achatar a curva? https://portalconservador.com/coronavirus-o-que-e-melhor-deixar-a-epidemia-seguir-ou-achatar-a-curva/ https://portalconservador.com/coronavirus-o-que-e-melhor-deixar-a-epidemia-seguir-ou-achatar-a-curva/#respond Wed, 25 Mar 2020 20:42:48 +0000 https://portalconservador.com/?p=4808 read more →]]> Por mais alta que seja a taxa de mortalidade do coronavírus (também chamado Covid-19), a resposta do governo à ameaça é ainda mais perigosa. Se o atual bloqueio da vida econômica continuar, mais pessoas morrerão pelas contra-medidas do que pelo próprio vírus.

Em pouco tempo, o fornecimento básico de bens do dia-a-dia estará em risco. Ao interromper as cadeias globais de transporte suprimentos de medicamentos importantes logo vão faltar; até mesmo a oferta de alimentos estará em risco. É assim que uma estratégia de contenção funciona: operação bem-sucedida, paciente morto.

Duas estratégias

A principal preocupação dos responsáveis pela assistência à saúde não é o número absoluto de óbitos, mas seu objetivo é “achatar a curva”, ou seja, estender a frequência dos casos de infecção para evitar uma concentração temporária de casos. Com esse foco, as autoridades ignoram os efeitos colaterais de suas medidas. As agências estatais estão obcecadas em suavizar a curva e, assim, ignoram que perseguir quase exclusivamente esse objetivo trará mais danos colaterais do que o possível custo da própria epidemia.

Se os governos continuarem a agir como estão agindo agora, as pessoas logo serão confrontadas com o problema de não poderem mais comprar as coisas necessárias. Primeiro, porque as prateleiras estarão vazias; segundo, mais tarde, quando as prateleiras se encherem novamente não poderão mais comprar por falta de renda. As empresas fecharam e os salários não aparecerão nas contas bancárias. As datas de vencimento dos pagamentos não serão cumpridas. Não é o coronavírus que paralisará a economia, mas a maneira pela qual os políticos está respondendo à epidemia.

Uma outra estratégia (praticada parcialmente pela Coreia do Sul e até recentemente pelo Reino Unido) deixa o vírus seguir seu curso, interfere pouco na economia e espera que a população se imunizasse. Este é geralmente o caso quando 60–70% da população está infectada (modelo de imunidade de rebanho). As pessoas imunizadas são protegidas para a segunda onda, que geralmente segue a primeira em ataques de vírus.

Com esta estratégia, a vida cotidiana continua normalmente. Escolas, restaurantes e bares permanecem abertos. Eventos estão permitidos. O governo limita-se a apelos — para evitar riscos desnecessários, para tomar medidas preventivas individuais e, acima de tudo, convida os idosos a ficar em casa.

Na Europa e no resto do mundo, o estado de emergência foi proclamado. Mesmo que o pesadelo atual termine e os toques de recolher e proibições de viagens não existam mais, levará muito tempo para a economia se recuperar — não do vírus, mas da resposta ao vírus.

Nos Estados Unidos e em muitos países europeus, o estado assumiu o controle, acreditando que, por severas restrições da vida pública e privada, o governo poderia controlar a epidemia. A opinião prevalecente é de que não há alternativa ao método de praticamente acabar com a economia e impor severas restrições à vida cotidiana das pessoas.

No entanto, em vez do atual procedimento, pode-se deixar a vida continuar como de costume. De fato, até agora, não há mais mortes do que o habitual, mesmo na Europa. Na hipótese de que no futuro a taxa de mortalidade deva subir (neste momento, quem sabe?), pode-se lidar com o aumento de casos através de medidas emergenciais de curto prazo. Em vez dos imensos custos que a política atual acarreta, seria fácil começar agora com a preparação e expandir a capacidade de cuidar de doentes, moribundos e mortos.

Essa estratégia que respeita os direitos humanos contrasta com a “estratégia achatada” do intervencionismo estatal que se baseia numa ideologia totalitária.

A estratégia de nivelar a curva

O objetivo da estratégia política dominante é conter a epidemia para espalhar o contágio pelo vírus a longo prazo. Não se trata de reduzir o número total de mortes. Os órgãos estaduais preocupam-se em evitar o pico na distribuição de frequências e mudar o número de casos para o futuro (Fig. 1).

Figura 1: Curva de frequência para epidemias e capacidade do sistema de saúde

Fonte: MIT Press Reader

De acordo com esse modelo (observe que faltam números exatos), haveria um aumento acentuado na frequência de casos por dia sem medidas de proteção (Cases without protective measures), que, no entanto, também diminuiria rapidamente (Reduction in peak of outbreak). De acordo com o modelo, casos com medidas de proteção tornariam a curva suave e permaneceriam dentro dos limites de capacidade do sistema de saúde (Health care system capacity).

O modelo pode estar correto por si só, mas ignora a extensão dos danos causados pelas medidas de controle. Já temos uma amostra disso: além das restrições drásticas ao tráfego aéreo internacional e do fechamento parcial das fronteiras, há uma série de outras medidas que intervêm profundamente no dia a dia dos cidadãos e visam isolar o máximo possível a todos.

As autoridades querem fazer as pessoas acreditarem que as muitas restrições que já existem são medidas a curto prazo. Mas o que acontecerá se a estratégia de contenção durar muito mais do que o previsto? Agora, as consequências para a economia já são catastróficas. A cada dia e a cada semana, o dano aumenta com mais vigor. Mesmo quando as políticas conseguem conter a doença viral, os danos econômicos persistirão por muito mais tempo.

A ameaça real não é o coronavírus, mas a onda de falências e de desemprego que logo se espalhará pelas economias como um tsunami. Se os governos honrarem seus compromissos de ajuda e fizerem pagamentos compensatórios às pessoas e empresas afetadas, serão necessárias compensações financeiras tão altas que a inflação de preços poderá resultar e agravar o efeito da depressão econômica. Veremos um empobrecimento generalizado — não por causa da epidemia, mas por causa da resposta política à epidemia.

Primeiro, o governo destrói a economia, depois atua como uma oficina e reivindica a indispensabilidade do estado. No final, o custo do combate à epidemia será maior que o dano que apareceria se se deixa o vírus seguir seu caminho. Esta é a verdadeira tragédia do que está acontecendo. É o resultado de uma posição arrogante, a falsa afirmação de que políticas autoritárias sejam indispensáveis e servem para o bem-estar do povo.

Contra a política do pânico de medo

Sim, há motivos para entrar em pânico, mas não é o vírus, é a política contra Covid-19. O pânico organizado serve como um excelente teste para o estado do quanto ele pode aterrorizar os cidadãos e tirar suas liberdades sem encontrar resistência. Como ovelhas, as pessoas seguem as ordens de seus líderes. A mídia está preparando os cordeiros para irem silenciosamente e sem gritar para o matadouro.

Virologia, epidemiologia e áreas afins mostram que quase tudo o que os meios de comunicação, políticos e governos dizem está errado ou distorcido.

O número oficial de mortes atribuído ao coronavírus está incorreto. Não há uma maneira confiável de dizer, pelo aparecimento do vírus Covid-19 em um cadáver, que essa pessoa morreu por causa desse vírus. A vida das pessoas termina devido a inúmeros fatores e os idosos morrem de todos os tipos de doenças. Se o Covid-19 é encontrado em um cadáver, isso não prova que o vírus foi a causa da morte. O coronavírus é apenas uma das inúmeras causas possíveis.

As estatísticas sobre o número de portadores de vírus estão incorretas, uma vez que as taxas de erro dos dispositivos de teste para novos fenômenos de doenças são geralmente altas e, no caso de testes para o vírus Covid-19, provavelmente são ainda maiores, uma vez que a demanda por eles e seu uso aumentou extremamente em pouco tempo. Um conjunto de dados publicados pelas autoridades não significa que os números refletem os fatos corretamente. Mesmo testes padrão têm taxas de erro e, geralmente, vários testes são necessários para chegar a um julgamento confiável.

As modificações dos vírus existentes ocorrem constantemente. Sem testes específicos, a taxa de mutações não se detecta. Se ela fosse descoberta, você poderia entrar em pânico quase todos os dias. Pode-se ter certeza de que mais cedo ou mais tarde outro vírus aparecerá quando a epidemia de coronavírus tiver terminado. Imagine se os políticos reagirem da mesma forma como agora cada vez que se encontrar um novo tipo de vírus — algo que acontece continuamente — e a absurdidade da política atual se revela.

Além dos danos econômicos provocados pela política que está praticada em frente da epidemia, uma tragédia ainda maior se esconde: a perda dos direitos humanos fundamentais e da nossa liberdade individual. Dados os métodos modernos de vigilância, um novo tipo de totalitarismo superaria todos os horrores conhecidos dos regimes ditatoriais passados.

Conclusão

A estratégia de deixar o vírus correr e aceitar que as pessoas sejam infectadas muito rapidamente contrasta com a outra estratégia, que quer achatar a curva. No fim, ambos os modelos esperam uma taxa de infecção de cerca de dois terços da população. A primeira estratégia evita paralisar a economia e evade interferir na vida cotidiana. O governo se limita amplamente a apelar à população para que tome medidas de precaução e se adapte ao comportamento individual. A segunda estratégia visa prolongar o período de contágio, interferindo drasticamente na economia e na vida cotidiana, a fim de evitar sobrecarregar a capacidade existente do sistema de saúde.

A estratégia autoritária assume um enorme risco. Suas consequências já são visíveis. A política de fechar grande parte da economia destrói a delicada rede da divisão do trabalho e, assim, destrói a base da prosperidade. Mesmo que a estratégia de achatamento seja bem-sucedida, ela envolverá imensos danos colaterais, dos quais a economia não se recuperará por muito tempo. Uma estratégia melhor seria deixar a economia intacta e se preparar para uma eventual emergência sem muita interrupção da vida cotidiana.


Link do texto original.

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Ação Popular busca responsabilizar China em R$ 5 bi por prejuízos causados pelo coronavírus https://portalconservador.com/acao-popular-busca-responsabilizar-china-em-r-5-bi-por-prejuizos-causados-pelo-coronavirus/ https://portalconservador.com/acao-popular-busca-responsabilizar-china-em-r-5-bi-por-prejuizos-causados-pelo-coronavirus/#comments Sat, 21 Mar 2020 12:34:38 +0000 https://portalconservador.com/?p=4763 read more →]]> O autor alega que houve “imprudência, negligência e omissão” da China em tomar as iniciativas imediatas para impedir propagação do coronavírus.

Um homem ajuizou ação popular contra a União e o presidente da China buscando responsabilizar o país pelos prejuízos causados pelo coronavírus.

Dentre os pedidos, o autor requer liminarmente que o presidente da China promova a formação de capital em R$ 5 bilhões para reparar os danos causados ao patrimônio Federal brasileiro. A ação foi protocolada na 14ª vara Federal da SJ/DF.

Na ação, o autor alega que houve “imprudência, negligência e omissão” da China em tomar as iniciativas imediatas com vistas a conter a propagação do vírus para o restante do mundo, “nascendo daí o dever de ressarcir os danos que deu causa ao Brasil”, disse.

Ele ressaltou que o governo brasileiro expediu a MP 924/20, por meio da qual abriu crédito extraordinário, em favor dos ministérios da Educação e da Saúde, no valor de R$ 5 bilhões para combater o coronavírus.

Para ele, quem deve arcar com todos os prejuízos causados ao povo brasileiro é a República Popular da China, que, “através de seu presidente, como é público e notório, negligenciou e agiu com omissão quando lhe foi informado de que estava existindo um vírus de alto poder de contágio e poderia causar graves danos à saúde pública e mesmo assim não tomou as providências imediatas para evitar que o mesmo se alastrasse em mais de 170 países”.

Assim, pede:

– Procedência da liminar para que a União promova os atos necessários à responsabilização civil da República Popular da China, através de seu Presidente, com vistas a assegurar indenização ao povo brasileiro;

– Procedência da liminar para que o presidente da China promova a formação de capital suficiente para arcar com os prejuízos causados ao povo brasileiro, isto no importe inicial no correspondente a R$ 5 bi;

Processo: 1015852-66.2020.4.01.3400
Veja a inicial.

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Entenda como a China ocultou e exportou o coronavírus https://portalconservador.com/entenda-como-a-china-ocultou-e-exportou-o-coronavirus/ https://portalconservador.com/entenda-como-a-china-ocultou-e-exportou-o-coronavirus/#respond Fri, 20 Mar 2020 16:43:57 +0000 https://portalconservador.com/?p=4756 read more →]]> O vírus que está matando pessoas em todo o mundo é um vírus chinês. E num regime comunista, onde calam a boca de quem querem, onde não há liberdade, que um vírus que poderia ser controlado com o tempo foi escondido até que o mundo inteiro já estivesse em perigo.

A ditadura chinesa tinha em suas mãos a possibilidade de salvar milhares de pessoas, a si própria e o mundo inteiro, mas o que decidiu fazer – quando seria o momento certo – foi destruir amostras, conter as evidências e, acima de tudo, esconder o que estava acontecendo, como mostra o The Times.

Em dezembro de 2019, laboratórios chineses identificaram o novo vírus altamente infeccioso que já estava causando estragos na China, mas o Partido Comunista Chinês impediu os cientistas de fazerem a coisa certa: alertar o mundo, fornecer as informações que possuíam e, assim, permitir que cientistas e especialistas do mundo começassem a trabalhar rapidamente em uma vacina e nas medidas necessárias para impedir a disseminação.

Em Wuhan, onde o surto começou, a ditadura ordenou destruir as amostras de laboratório que explicavam a causa da pneumonia viral que os habitantes do local sofreram nos primeiros dias de janeiro. Quase um mês depois, eles finalmente reconheceram que o que estava acontecendo era uma transmissão de pessoa para pessoa.

Essas semanas em que a ditadura chinesa escondeu tudo foram a chave para evitar a pandemia que hoje mata pessoas em todo o mundo. Ao longo de janeiro, as autoridades na China negaram que o que estava acontecendo fosse um caso de transmissão de pessoa para pessoa.

Deve-se enfatizar que a ditadura chinesa é tão brutal e malévola que fez o necessário para silenciar inclusive os médicos e cientistas heróis que, desafiando as ordens, começaram a tentar alertar o mundo sobre a seriedade do assunto.

Hoje, talvez a história mais conhecida seja a do Dr. Li Wenliang. No final de dezembro, o médico do Hospital Central de Wuhan começou a alertar seus colegas da faculdade de medicina sobre um novo vírus contagioso que parecia a mortal SARS [Síndrome Respiratória Aguda Grave] que também surgiu no país e se espalhou da China para diferentes países no início de 2000 e deixou centenas de mortos.

Graças ao Dr. Li, a notícia do vírus começou a se espalhar, mas ele foi imediatamente preso pelo regime comunista. Depois de alguns dias, foi libertado, mas não antes de forçá-lo a assinar um documento no qual ele tinha que aceitar que havia cometido um ato ilegal, fazendo “declarações falsas” nas redes sociais e no qual ele prometeu “refletir seriamente” sobre seus “erros”.

Depois de humilhar publicamente o Dr. Li, a polícia de Wuhan falou na televisão estatal chinesa para alertar o público – não sobre a realidade do vírus, mas sobre os perigos de “espalhar boatos”! E a partir desse dia, por várias semanas, toda a mídia estatal pediu aos chineses que não acreditassem nos rumores que circulavam na internet.

Após sua libertação, o Dr. Li voltou aos hospitais de Wuhan, cheio de pacientes com coronavírus, foi infectado e morreu aos 34 anos, deixando uma esposa grávida e um filho pequeno. Hoje, ele deve ser lembrado como um herói que foi perseguido e silenciado por uma ditadura comunista que não se importa em colocar seu povo e o mundo inteiro em risco.

Como o Dr. Li, outros médicos foram perseguidos e silenciados. Por exemplo, em 1º de janeiro, a Secretaria de Segurança Pública de Wuhan intervém para questionar oito médicos que postaram informações sobre a doença no “WeChat”.

A ditadura chinesa chegou a promover o banquete do Ano Novo Lunar chinês, que ocorre no final de janeiro e onde milhões de pessoas trafegam pelo país visitando seus parentes. As autoridades já sabiam semanas atrás que o que estava acontecendo era um vírus altamente contagioso e que muitas pessoas seriam infectadas na celebração dessa festa.

Em 23 de janeiro, como relatou o Wall Street Journal, aproximadamente 5 milhões de pessoas deixaram Wuhan sem serem examinadas quanto à doença.

O que a ditadura chinesa fez é um ataque contra a humanidade. Ocultaram informações, destruíram amostras, interromperam os testes e negaram por semanas o que já sabiam: um vírus estava matando pessoas. Mas não apenas ocultaram o que estava acontecendo, como também não tomaram nenhuma medida para impedir que o vírus mortal se espalhasse por todo o mundo.

Um estudo publicado em março concluiu que, se a ditadura chinesa tivesse agido três semanas antes, tomando as medidas apropriadas, prevenindo e isolando os infectados, o número de casos de contágio poderia ter sido reduzido em 95% e sua extensão geográfica seria limitada, conforme estudo da Universidade de Southampton.

Incrivelmente, depois de tudo isso, a China se apresenta ao mundo como “o exemplo de eficácia no gerenciamento da doença” e oferece ajuda a outros países para enfrentar o vírus. Ainda afirma ter encontrado a vacina contra o coronavírus. A velha tática comunista de inversão de valores continua sendo utilizada desde sempre.

Vai cair nesta?

O que falta agora é que acreditemos na conversa do Ministério da Propaganda do Partido Comunista Chinês (PCC) de que a China é um exemplo de algo e a coloquemos como o herói que construiu hospitais em dias e depois desenvolveu primeiro que os Estados Unidos uma vacina…

Que fique bem claro: o coronavírus saiu da China – assim como a SARS -, a China interrompeu os testes, destruiu as amostras, reteve informações por semanas e, sabendo o quão perigoso era o vírus, não fez absolutamente nada para impedir o contágio em outros países. A China literalmente propagou o vírus.

Agora, nossos países estão tentando, da melhor maneira possível, lidar com essa tragédia. As forças e energias devem ser investidas para salvar vidas e ver como enfrentar a terrível crise econômica que está por vir, mas chegará o tempo em que superaremos isso e aí devemos exigir respostas da ditadura chinesa pelo que fez.

Por enquanto, precisamos deixar claro que a China não é um modelo de nada e que o coronavírus é sim um vírus chinês.


 

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Trump diz que ‘vírus chinês’ é denominação muito adequada para coronavírus e enfurece Pequim https://portalconservador.com/trump-diz-que-virus-chines-e-denominacao-muito-adequada-para-coronavirus-e-enfurece-pequim/ https://portalconservador.com/trump-diz-que-virus-chines-e-denominacao-muito-adequada-para-coronavirus-e-enfurece-pequim/#respond Tue, 17 Mar 2020 23:58:19 +0000 https://portalconservador.com/?p=4738 read more →]]> 17.03.2020 ‘A China difunde informações erradas de que nosso exército teria transmitido o vírus’, disse o polêmico presidente norte-americano

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta terça-feira o uso da expressão “vírus chinês” para referir-se ao novo coronavírus, enfurecendo Pequim.

O vírus “veio da China. Acho que esta é uma fórmula muito precisa”, disse Trump. “A China difunde informações erradas de que nosso exército teria transmitido o vírus. Em vez de me meter em polêmica, disse: chamarei ele usando o país de onde vem”.

Clima tenso

A tensão entre os Estados Unidos e a China em meio à pandemia do novo coronavírus aumentou nesta terça-feira, quando as autoridades de Pequim protestaram depois que Donald Trump descreveu o patógeno como “vírus chinês”.

É o último capítulo de uma série de desacordos entre os dois países nesta crise global da saúde. Nos últimos dias, várias autoridades chinesas divulgaram teorias sobre uma suposta conspiração e até apontaram que o coronavírus foi trazido para a China pelos militares dos EUA.

Por sua parte, os membros do governo Trump usam termos para descrevê-lo que estigmatizam a China.

“Os Estados Unidos apoiarão fortemente as indústrias, como companhias aéreas e outras, que são particularmente afetadas pelo vírus chinês”, escreveu Trump no Twittter na segunda-feira.

Mais tarde, o presidente americano foi ainda mais explícito. O vírus “veio da China. Acho que esta é uma fórmula muito precisa”, disse Trump. “A China difunde informações erradas de que nosso exército teria transmitido o vírus. Em vez de me meter em polêmica, disse: chamarei ele usando o país de onde vem”.

Vários aliados de Trump já se referiram à pandemia como “coronavírus chinês”.

A China reagiu nesta terça-feira, dizendo que está “indignada” com essa expressão, que considera uma forma de “estigmatização”.

Os Estados Unidos devem “cessar imediatamente suas acusações injustificadas contra a China”, disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang.

A agência de notícias chinesa Xinhua afirmou que usar “termos racistas e xenófobos para culpar outros países pelo surto revela a irresponsabilidade e incompetência dos políticos que apenas intensificam o medo do vírus”.

“Alimentar a intolerância”

A guerra de declarações reacende as tensões entre os dois países, constantes desde a chegada de Trump à presidência, principalmente em relação ao comércio.

Os comentários de Trump também foram criticados nos Estados Unidos por medo de criar tensões com a comunidade asiática no país.

“Nossa comunidade asiático-americana – pessoas a quem você serve – está sofrendo muito. Elas não precisam de você para alimentar a intolerância”, escreveu no Twitter o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, cujo estado é um dos mais afetados pelo vírus nos Estados Unidos.

O novo coronavírus foi detectado pela primeira vez na China em dezembro do ano passado. As autoridades disseram que ele apareceu em um mercado de Wuhan onde animais vivos estavam sendo vendidos.

Mas, desde então, a China tem mantido reserva sobre a natureza do vírus e diz que sua origem é desconhecida.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em conversa telefônica com Yang Jiechi, uma autoridade chinesa, expressou seu descontentamento pelo fato de os canais oficiais chineses “agora acusarem os Estados Unidos pelo Covid-19”, segundo o Departamento de Estado.

Pompeo enfatizou que “agora não é o momento de espalhar desinformação e rumores, mas de unir todos os países para combater essa ameaça comum”, segundo seu gabinete.

Na sexta-feira, o Departamento de Estado chamou o embaixador chinês nos Estados Unidos, Cui Tiankai, para denunciar as teorias da conspiração espalhadas por Pequim, muito presentes nas redes sociais.

Um porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, sugeriu na semana passada no Twitter que o “paciente zero” da pandemia pode ter vindo dos Estados Unidos.

Por sua parte, Pompeo vinculou o vírus à China, falando várias vezes do “vírus de Wuhan”, apesar dos profissionais da saúde refutarem esse tipo de apelo geográfico e preferirem um nome neutro para se referir à doença.

Fonte: Jornal Meia Hora.

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Yaodongs: As Cavernas-domicílio da China https://portalconservador.com/yaodongs-as-cavernas-domicilio-da-china/ https://portalconservador.com/yaodongs-as-cavernas-domicilio-da-china/#respond Sun, 03 Dec 2017 03:15:31 +0000 http://portalconservador.com/?p=3712 read more →]]> A China é um país grandioso em qualquer assunto que seja tratado. É também um país de contraste, entre o antigo e o moderno. Embora tenha várias de suas cidades entre as cidades mais caras do mundo, com tecnologias de ponta e transpirando modernidade, a China também conserva muito de sua cultura milenar. Portanto, não seria diferente quando falamos de moradias. Com cidades abarrotadas e edifícios modernos, você sabia que a China possui, até hoje, mais de 30 milhões de habitantes residentes em cavernas-domicílio? As Yaodongs resistem até os dias atuais e chamam a atenção de cientistas e pesquisadores.

Planalto de Calcário no norte da China e as Yaodongs

Yaodongs

Esse tipo de moradia, chamado de Yaodongs (“cavernas de agricultores”, em chinês), é ainda muito comum no norte da China, na região do Planalto de Calcário (Loess Plateau), o qual cobre uma área de quase 62.000 quilômetros quadrados e está entre 1.000 e 2.000 metros acima do nível do mar. No Planalto de Calcário (Loess Plateau), a terra possui entre 50 e 200 metros de espessura de grãos finos e calcário, fator esse que favorece a escavação e construção de cavernas.

Fachada de uma Yaodong no norte da China

História

Durante o Período Neolítico, há cerca de 18.000 anos atrás, os clãs que viviam próximos ao Rio Amarelo começaram a construir cavernas simples e rasas em buracos de terra natural nas montanhas, contando com materiais como madeira, grama e terra. No entanto, foi apenas mais tarde, mais de 4.000 anos atrás, que as primeiras habitações, conhecidas como Yaodongs, começaram a ser construídas nas falésias das montanhas do Planalto de Calcário (Loess Plateau). Existem registros de Yaodongs no Livro das Canções, a coleção mais antiga de poemas e canções chinesas, os quais foram escritos durante os séculos X a VII a.C.

Yaodong tradicional

Características das Yaodongs

A continuidade do uso das Yaodongs como moradia até os dias atuais pode ser atribuída ao seu design altamente econômico e eficiente, uma vez que o único material necessário para a construção é o próprio calcário do Planalto. Além disso, as cavernas são extremamente eficientes no isolamento térmico, de tal forma que, no inverno o interior é mais quente, e, no verão, mais fresco que os ambientes naturais.

Uma Yaodong tem, geralmente, entre 6 e 8 metros de comprimento, 3 metros de largura e 3 metros de altura. Do lado de fora, essas casas-domicílio possuem a forma de arco na parte superior, o qual representa a antiga opinião de que “O céu é redondo e o chão é quadrado”, além de uma porta circular e janelas decoradas. Em Yan’na, no norte de Shaanxi, as famílias tem, normalmente, entre 3 e 5 cavernas, dentre as quais, a do meio é a residência principal, onde vivem os pais ou os avós.

Yaodong em Shaanxi, na China

Classificações

Através dos anos, as condições de vida nas cavernas-domicílio evoluíram. Durante a Dinastia Han do Ocidente (206 a.C. a 25 d.C.), as pessoas começaram a instalar cozinhas elaboradas, kàngs (炕) e chaminés. As kàngs, camas feitas de tijolo e argila quentes, são muito comuns nas Yaodongs, já que nessas regiões as temperaturas podem cair drasticamente. Elas possuem entre 1,7 e 2,3 metros e estão localizadas ao longo da parede sul ou norte de cada cômodo. As kàngs são conectadas a um fogão à lenha ou carvão em uma extremidade, e a chaminés na outra, de forma que o calor percorra as kàngs, aquecendo-as. Durante a Dinastia Tang (618 a 907 d.C.), as Yaodongs foram divididas em moradias, cozinhas e abrigos de gado. Mais de 400 anos depois, as pessoas começaram a construir paredes grossas e altas em tornos de um grupo de cavernas-domicílio, com o intuito de protegê-las de roubos.

Ilustração de uma kàng dividida no leste de Tonghua, Jilin, em 1887.

Yaodongs podem ser classificadas e divididas em diferentes classes, de acordo com a topografia das regiões em que são construídas e também dependendo da forma de construção. Por exemplo, onde existem colinas, Yaodongs podem ser construídas em suas encostas. Atualmente, as Yaodongs podem ser divididas em três classes principais: Yaodong de penhasco; Yaodong com jardins “afundados”; e, Yaodong de estrutura autônoma.

Yaodong com jardins “afundados”

As Yaodongs de penhasco são, como já diz o próprio nome, construídas em falésias ou ao longo das encostas de colinas de calcário. Os habitantes cavam nas encostas e esculpem cavernas de 3 a 5 quartos. Em áreas planas, as pessoas cavam poços ou buracos retangulares de 5 a 8 metros de profundidade e, então, cavam cavernas nas paredes do buraco. Esse buraco se transforma no pátio ou no jardim das cavernas e, por isso, essas Yaodongs são conhecidas como de jardins “afundados”. Além desses dois tipos de caverna-domicílio, os povos residentes do Planalto de Calcário (Loess Plateau) criaram também as Yaodongs de estrutura autônoma, ou seja, Yaodongs feitas de pedras, argila e terra, com telhado em forma de abóbada.

Modelo de Yaodong de jardim “afundado”

Relação com o meio-ambiente

Nas últimas décadas, Yaodongs começaram a chamar a atenção de cientistas e pesquisadores como um modelo de moradia sustentável, pois, acredita-se que as Yaodongs refletem o conceito tradicional chinês de relação harmônica entre os seres humanos e a natureza. Embora sejam um modelo típico de moradia da região do Planalto de Calcário (Loess Plateau) no norte da China, acredita-se que as Yaodongs podem inspirar arquitetos e urbanistas na concepção de moradias mais sustentáveis.

Escrito por Ana Yamashita, diretamente de Americana, SP, Brasil. Publicado originalmente em China Link.

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Estátua gigante de Mao Tsé-tung começa a ser demolida na China https://portalconservador.com/estatua-gigante-de-mao-tse-tung-comeca-a-ser-demolida-na-china/ https://portalconservador.com/estatua-gigante-de-mao-tse-tung-comeca-a-ser-demolida-na-china/#respond Sat, 09 Jan 2016 01:29:08 +0000 http://portalconservador.com/?p=2724 read more →]]> A estátua do ditador chinês Mao Tsé-tung mal foi exposta aos holofotes da mídia mundial para começar a sofrer “avarias”. A enorme estátua de 36 metros, considerada a maior estátua de um ditador já construída e superior a pavorosa estátua do ditador norte-coreano Kim Jong-il com seus 22 metros, está sendo demolida – não exatamente pelo governo chinês, que já gastou cerca de 1,8 milhão de reais com o Mao Tsé-tung dourado. Foi construído na província de Henan, uma das mais afetadas pelo maoísmo, que entre 1949 e 1975 dizimaram mais de 50 milhões de pessoas com políticas de fome, cadeias e campos de trabalho forçados.

Mao-Tsé-tung-Portal-Conservador

De todo as informações são imprecisas, mas a demolição não-oficial da estátua está sendo concluída pelos danos constantes da população local da província.

As estátuas de bronze de 20 metros de altura de Kim Il-Sung e Kim Jong-Il na Coreia do Norte revelam o culto extremo aos “líderes da nação”, traço marcante do caráter norte-coreano, assim como a adulação quase histérica da população a seus militares.

Kim-jong-il-Portal-Conservador

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Comunistas chineses são mais predatórios do que os primeiros capitalistas, diz economista https://portalconservador.com/comunistas-chineses-sao-mais-predatorios-do-que-os-primeiros-capitalistas-diz-economista/ https://portalconservador.com/comunistas-chineses-sao-mais-predatorios-do-que-os-primeiros-capitalistas-diz-economista/#comments Sun, 16 Nov 2014 01:24:09 +0000 http://portalconservador.com/?p=1264 read more →]]> Se o fim da Guerra Fria foi interpretado como um sinal do triunfo do capitalismo ocidental sobre o comunismo, Loretta Napoleoni (foto) argumenta o oposto: o mundo está testemunhando, na verdade, o início do colapso do capitalismo e a vitória do “comunismo com a motivação do lucro”. A partir de análise detalhada da economia e política chinesas, a autora aponta os motivos e etapas do seu possível sucesso, e desenvolve uma consistente comparação entre Ocidente e Oriente.

Loretta-Napoleoni-Portal-Conservador

Para ela, os “asiáticos criaram uma forma de comunismo que funciona, evolui e produz maior bem-estar social do que a maioria dos países”. Ao mesmo tempo, a economista não foge de temas complexos, como o emprego de trabalhadores em condições sub-humanas, o incentivo às empresas estrangeiras em detrimento das locais e, claro, a forma de governo totalitário chinês.

“Por quê? Porque os líderes chineses leram ‘O Capital’, de Marx, e entenderam que ele é uma análise do capitalismo, não uma proposta para a sua destruição”, escreve a economista em “Maonomics”.

“Maonomics – Por que os Comunistas Chineses se Saem Melhores Capitalistas do que Nós” foi lançado em 2011 e neste início de novembro recebeu uma tradução em língua portuguesa, lançada pela Editora Bertrand Brasil. Loretta Napoleoni, além de ser economista, é uma jornalista especializada em lavagem de dinheiro e terrorismo, com formações na London School of Economics e na Universidade Johns Hopkins.

 

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