Psicologia – Portal Conservador https://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Wed, 28 Apr 2021 21:17:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.8.1 65453639 Minas Gerais deve indenizar em R$ 2 mi homem preso injustamente por 18 anos https://portalconservador.com/minas-gerais-deve-indenizar-em-r-2-mi-homem-preso-injustamente-por-18-anos/ https://portalconservador.com/minas-gerais-deve-indenizar-em-r-2-mi-homem-preso-injustamente-por-18-anos/#respond Wed, 28 Apr 2021 21:17:46 +0000 https://portalconservador.com/?p=5363 read more →]]> A 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais manteve, em parte, sentença da 5ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte que condenou o estado de Minas Gerais a pagar a um  pintor indenização de R$ 2 milhões por danos morais, além de pensão vitalícia mensal de cinco salários-mínimos, a título de danos materiais.

O homem, atualmente com 71 anos, foi representado pelo defensor público Wilson Hallak. Falou pela Advocacia-Geral do Estado a procuradora do Estado, Maiara de Castro Andrade. O caso foi examinado pelos desembargadores Wilson Benevides, Alice Birchal, Belizário de Lacerda, Peixoto Henriques e Oliveira Firmo.

O estado afirmou que se solidarizava com a situação enfrentada pelo autor da ação, mas considerou que o valor é exorbitante e prejudica a prestação de serviços à coletividade. Também defende ainda que agiu em estrito cumprimento do dever legal e que as vítimas apontaram o homem como responsável por crimes, só vindo a se retratar muito depois.

O relator, desembargador Wilson Benevides, destacou que o acusado foi preso com base em provas extremamente frágeis e inconsistentes. Assim, ficou “demonstrada a conduta ilícita, consubstanciada na prisão indevida e injusta do autor (por mais de 18 anos)”.

Ao fixar o valor da compensação em R$ 2 milhões, o magistrado ponderou que a condenação e a prisão injusta configuram constrangimento ilegal por parte do Estado. Ele levou em conta, ainda, circunstâncias particulares como a gravidade e a reprovabilidade social da conduta atribuída a ele, a magnitude das lesões de ordem moral e físicas que sofreu em razão do cárcere prolongado.

O relator entendeu, contudo, que os danos existenciais eram abarcados pela indenização por danos morais, de forma que cumular as duas seria condenar duplamente pelo mesmo erro. Em relação aos danos materiais, consistentes em pensão vitalícia, ele manteve o valor arbitrado em primeira instância, mas sem a correção monetária retroativa à data da prisão. Os demais integrantes da turma acompanharam esse posicionamento.

Processo: 1.0000.16.061366-7/008

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Polícia faz busca e apreensão na casa de PC Siqueira após acusações de pornografia infantil nas redes sociais https://portalconservador.com/policia-faz-busca-e-apreensao-na-casa-de-pc-siqueira-apos-acusacoes-de-pornografia-infantil-nas-redes-sociais/ https://portalconservador.com/policia-faz-busca-e-apreensao-na-casa-de-pc-siqueira-apos-acusacoes-de-pornografia-infantil-nas-redes-sociais/#respond Tue, 14 Jul 2020 00:25:15 +0000 https://portalconservador.com/?p=5224 read more →]]> Youtuber é investigado pela Delegacia de Proteção à Pessoa. Ele diz que há uma ‘articulação criminosa’ para acusá-lo de ‘algo terrível, que jamais cometi ou cometeria’.

A Polícia Civil de São Paulo cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do youtuber PC Siqueira na manhã desta segunda-feira (13). A informação foi confirmada ao G1 por policiais que participaram da ação.

Paulo Cezar Goulart Siqueira é investigado pela 4ª Delegacia de Proteção à Pessoa, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, após um perfil no Twitter compartilhar imagens de uma conversa em que PC teria afirmado que recebeu fotos de uma criança de 6 anos nua. O crime seria de pornografia infantil.

O youtuber publicou um texto nas redes sociais citando “articulação criminosa” para tentar acusá-lo de “algo terrível, que jamais cometi ou cometeria”.

Entenda o caso:

  • Em 10 de junho, um perfil no Twitter divulgou uma troca de mensagens supostamente envolvendo PC Siqueira. Na conversa, ele relata que recebeu imagens de uma criança de 6 anos nua. As fotos teriam sido enviadas pela mãe da criança;
  • Após a divulgação dos prints, PC Siqueira foi às redes sociais afirmar que se tratava de fake news. “Fui pego de surpresa ao ver meu nome sendo utilizado por uma articulação criminosa, que tentou me acusar de algo terrível, que jamais cometi ou cometeria”, escreveu o youtuber;
  • Em seguida, supostos áudios de PC afirmando que “deve ter um traço” de pedofilia foram compartilhados na internet. “É muito bizarro, porque, antes de ontem, eu fui acusado de racismo. Agora, eu vou ser o pedófilo, porque… É, eu meio devo ter um traço disso, porque eu olhei a bunda de uma menina e, no meio da situação, do sexo virtual, aquilo lá me deixou arroused [excitado]”;
  • Após a divulgação do áudio, pelo jornalista Erlan Bastos, PC deletou a mensagem sobre fake news do Instagram;
  • Cauê Moura e Rafinha Bastos, que participavam do canal Ilha dos Barbados com PC Siqueira, anunciaram o cancelamento do projeto e se posicionaram sobre o assunto. “Estamos perplexos e decepcionados”;
  • Em 15 de junho, PC fez um post em seu stories no Instagram em que cita um trecho da música “You want it darker”, de Leonard Cohen”. “You want darker, we kill the flame” (Você deseja mais escuridão, nós apagamos a chama);
  • No dia 16, PC Siqueira apagou seu canal no YouTube, o maspoxavida.
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Autores de ‘vídeos homofóbicos’ deverão pagar R$ 80 mil de danos morais coletivos https://portalconservador.com/autores-de-videos-homofobicos-deverao-pagar-r-80-mil-de-danos-morais-coletivos/ https://portalconservador.com/autores-de-videos-homofobicos-deverao-pagar-r-80-mil-de-danos-morais-coletivos/#comments Sat, 11 Jul 2020 17:51:31 +0000 https://portalconservador.com/?p=5221 read more →]]> TJSP negou retirar vídeos do Mundo Canibal do ar, mas entendeu ser cabível indenização em ação movida por Defensoria

A 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou autores de animações com mensagens transfóbicas, homofóbicas e machistas, do canal Mundo Canibal, a indenizarem em R$ 80 mil por danos morais coletivos. O valor deverá ser revertido pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, que ajuizou a ação civil pública, em política de ações afirmativas para promover a igualdade e o combate às diferentes forma de discriminação. Leia a íntegra do acórdão.

O colegiado, por outro lado, não concordou com o pedido para retirar do ar o conteúdo, publicado em redes sociais, pois isso configuraria censura. Por unanimidade, foi provido parcialmente um recurso da Defensoria, que havia tido seu pedido negado em 1ª instância em 2017 pelo juiz Guilherme Madeira Dezem para retirar os vídeos do ar e para obter indenização por danos morais.

A Defensoria ajuizou a ação inicialmente contra Rodrigo e Ricardo Piologo, Rogério Gonçalves Ferreira Vilela, Fábrica de Quadrinhos Núcleo de Artes S/C LTDA – autores dos vídeos – e Google, Facebook e Twitter, plataformas nas quais foram publicados os conteúdos. O órgão defendeu configuração do dano moral, porque os vídeos fomentam “um contexto social de ódio, discriminação e menosprezo à população LGBT e violação aos direitos das mulheres e das crianças e adolescentes, incitando a violência”. Argumenta, ainda, que os vídeos são ilícitos jurídicos, por isso devem ser retirados do ar.

Um dos vídeos, intitulado “Piripaque”, se inicia com os seguintes dizeres: “Olhe, cara, sabe aquelas situações em que você SABE o que quer fazer, mas não tem CORAGEM de fazer?” São então mostradas as seguintes situações: personagem dá um soco na barriga de sua namorada gestante, provocando um aborto; filho que “vomita” fogo e mata sua mãe queimada após ela confessar o seu ofício de prostituta; pai que, de arma em punho, atira no estômago do filho e em sua cabeça, disparando, ainda, aos risos, diversos outros tiros em seu corpo, fazendo-o sangrar copiosamente, após descobrir-lhe homossexual.

O Ministério Público do Estado de São Paulo, em parecer, defendeu que o “humor” do vídeo “decorre da identificação: somente quem compartilha do desejo de realizar tais atos de violência, ou que os entendam no seu íntimo, como naturais, diante das situações narradas” irá achar graça no material. “O vídeo reforça machismo e homofobia e ainda naturaliza atos de violência contra minorias, tratando-os como se integrassem o inconsciente coletivo, como se as violências retratadas constituíssem desejos reprimidos, mas existentes em todos nós, bastando um remedinho para liberá-los”, disse o MPSP.

Em outra animação, de nome “Sr. Donizildo em Whatahhel Prostituto”, quando um personagem percebe que a profissional do sexo por ele contratada é, na verdade, uma travesti, ele passa a torturá-la, removendo com uma tesoura seu órgão sexual masculino e alongando, com alicates, seus mamilos, para que se transformem em seios.

Em seu voto, a desembargadora-relatora Clara Maria Araújo Xavier diz que “em uma sociedade desigual, na qual existe a disparidade entre grupos sociais, é comum que o grupo supostamente dominante naturalize a situação marginalizada da minoria e ache ‘graça’ em situações nas quais há uma clara violação de normas, sejam elas sociais, linguísticas, morais ou de dignidade pessoal. Tais violações, aliás, muitas das vezes são tidas como benignas e inofensivas, seja pela distância psicológica do espectador/criador com a norma violada, seja pelo pouco ou nenhum comprometimento desse mesmo espectador/criador com referida norma”.

“De todo modo, importante salientar que a ferramenta do ‘riso’, – tão enaltecida pelos requeridos em sua contestação, e, obviamente, tão desejada por quem tem o humor como ofício – não tem, por si só, o condão de escusar ou mesmo de minimizar discursos excessivos, muitas vezes revestidos de caráter discriminatório e excludente de direitos, independentemente de serem eles considerados ou não discursos de ódio”, continua a desembargadora.

Por isso, em sua visão, a indenização por danos morais é devida. Já o pedido de retirada do ar dos conteúdos não pode prosperar, porque não há o explícito cometimento de crime, e a liberdade de expressão deve prevalecer.

“Analisando os conteúdos produzidos pelos requeridos – e por mais que, ao senso crítico desta julgadora, sejam eles absolutamente repulsivos, toscos e grotescos – compartilho do entendimento externado pelo julgador a quo no sentido de que o Estado-juiz não pode, de fato, impedir a sua livre circulação, removendo-os da rede mundial de computadores. Isso porque não se pode ignorar, pelos motivos bem expostos na r. sentença, que o objeto do litígio se encontra mesmo em linha limítrofe, não havendo o claro cometimento de crime por parte dos réus, “nem mesmo na questionável figura jurídica da apologia ao crime”, disse.

E continua: “Forçoso reconhecer que pleitos objetivando a proibição da veiculação de manifestações artísticas que, a princípio, teriam ofendido terceiros, soam – salvo naqueles casos excepcionais de patente desproporcionalidade no ingresso dos direitos de personalidade – um tanto quanto temerários, seja porque não se pode judicializar a arte (uma vez que o exercício da atividade jurisdicional não se destina à crítica artística), seja porque a solução encontrada pela Constituição Federal para o suposto abuso da liberdade de expressão é aplicado a posteriori, mediante indenização e eventual responsabilização criminal do artista”.

Por fim, condena apenas Rodrigo, Ricardo, Rogério e Fábrica de Quadrinhos Núcleo de Artes S/C LTDA ao pagamento de R$ 80 mil em danos morais coletivos.

A ação tramita com o número 1059191-91.2016.8.26.0100.

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PC Siqueira apaga canal no YouTube após acusações e investigação https://portalconservador.com/pc-siqueira-apaga-canal-no-youtube-apos-acusacoes-e-investigacao/ https://portalconservador.com/pc-siqueira-apaga-canal-no-youtube-apos-acusacoes-e-investigacao/#respond Wed, 17 Jun 2020 11:03:55 +0000 https://portalconservador.com/?p=5170 read more →]]> Canal maspoxavida ficou indisponível nesta terça-feira (16). Perfil no Twitter divulgou suposta conversa em que youtuber teria comentado foto de criança de seis anos nua.

PC Siqueira apagou seu canal no YouTube, o maspoxavida, nesta terça-feira (16). O youtuber também deixou privado seu perfil no Instagram.

Quem tenta acessar o canal, criado em 2010 na plataforma de vídeos, encontra o aviso que a página está indisponível.

Ele é investigado pela polícia após o vazamento de supostas mensagens e acusações pedofilia. Na última semana, um perfil no Twitter compartilhou imagens de uma conversa em que Siqueira teria afirmado que recebeu fotos de uma criança de 6 anos nua.

Por meio de comunicado, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo confirmou a investigação: “a 4ª Delegacia de Proteção à Pessoa, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), apura a denúncia feita por meio das redes sociais contra a pessoa citada”. O crime seria de pornografia infantil.

Após o vazamento do vídeo com a conversa, o youtuber publicou um longo texto nas redes sociais citando “articulação criminosa” para tentar acusá-lo de “algo terrível, que jamais cometi ou cometeria”

Entenda o caso:

Tudo começou quando uma suposta conversa de PC Siqueira sobre fotos de uma criança de 6 anos vazaram na internet. Depois disso, Siqueira postou sua defesa dizendo que se tratava de fake news, mas apagou a postagem . Em seguida, a conta do youtuber no Instagram se tornou privada.

O caso passou a ser investigado pela Polícia e PC Siqueira foi até a delegacia prestar depoimento na segunda-feira (15). A apuração é conduzida pela 4ª Delegacia de Proteção à Pessoa, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Além da veracidade das mensagens, os policiais também investigam se o caso teria ocorrido em São Paulo, onde vive PC Siqueira. A informação foi confirmada pelo UOL por delegados da DHPP.

“Linha do tempo”

– No dia 10 de junho, o perfil no Twitter divulga um vídeo com os prints da conversa de PC Siqueira. Nas mensagens, ele afirma que recebeu uma foto a mãe da criança de seis anos em que a menor de idade estaria nua.

– No dia 11 de junho, PC Siqueira divulga nota dizendo que vídeo é falso e aponta itens que comprovariam a “fake news”.

– Áudios de PC são vazados em que ele afirma poder ter um “traço” de pedofilia por ter gostado sexualmente das fotos. “É muito bizarro, porque, antes de ontem, eu fui acusado de racismo. Agora, eu vou ser o pedófilo, porque… É, eu meio devo ter um traço disso, porque eu olhei a bunda de uma menina e, no meio da situação, do sexo virtual, aquilo lá me deixou arroused (excitado, em inglês)”.

– Os também Youtubers Cauê Moura e Rafinha Bastos, do canal Ilha dos Barbados com PC Siqueira, anunciam o cancelamento do projeto falam que estão “perplexos e decepcionados” com o caso. Rafinha Bastos comenta o caso de PC Siqueira em um vídeo no Youtube.

– PC fez um post em seu stories no Instagram na segunda-feira (15) em que cita um trecho da música “You want it darker”, de Leonard Cohen” e usuários falam que poderia ser um indício de pensamentos suicidas pelo Youtuber.

Fonte: UOL.

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Palestrante feminista diz que pedofilia é ‘orientação sexual’ e deve ser aceita pela sociedade https://portalconservador.com/palestrante-feminista-diz-que-pedofilia-e-orientacao-sexual-e-deve-ser-aceita-pela-sociedade/ https://portalconservador.com/palestrante-feminista-diz-que-pedofilia-e-orientacao-sexual-e-deve-ser-aceita-pela-sociedade/#comments Sun, 01 Dec 2019 13:37:06 +0000 https://portalconservador.com/?p=4540 read more →]]> A alemã Mirjam Heine gerou grande polêmica nas redes sociais, ao afirmar em uma palestra que a pedofilia é uma ‘imutável orientação sexual’.

As redes sociais de países estrangeiros estão explodindo em indignação depois que uma estudante alemã de medicina deu uma breve palestra no projeto ‘TedxTalk’, argumentando que a pedofilia é uma “orientação sexual imutável” assim como a heterossexualidade e que “a sociedade deveria aceitar mais os pedófilos”.

Mirjam Heine defendeu suas reivindicações perante uma plateia na Universidade de Würtzberg, na Alemanha, durante uma apresentação chamada “Por que nossa percepção da pedofilia tem que mudar”. Uma das maiores razões é “porque a pedofilia é simplesmente outra orientação sexual”, ela disse.

“Segundo uma pesquisa atual, a pedofilia é uma orientação sexual imutável, como, por exemplo, a heterossexualidade. Ninguém escolhe ser pedófilo, ninguém pode deixar de ser um”, argumentou Heine. “A diferença entre a pedofilia e outras orientações sexuais é que viver essa orientação sexual terminará em um desastre”. O desastre é o abuso sexual de um menor — que ela condenou veementemente. “Deixe-me ser muito clara aqui. Abuso de crianças é algo errado, sem qualquer dúvida, mas um pedófilo que não abuse de crianças não fez nada de errado”, disse Heine, acrescentando que a pedofilia é “apenas uma preferência por sexo com crianças”.

“Nem todo pedófilo abusa de crianças e nem todo mundo que abusa de crianças é um pedófilo. A diferenciação entre esses dois grupos é essencial”, continuou ela.

Heine disse que a sociedade deve ajudar a diminuir o “sofrimento” dos pedófilos, aceitando-os e incentivando-os a não abusar de crianças, sem a necessidade de isolá-los.

“Estudos científicos indicam que um dos mais fortes preditores de abuso sexual infantil cometido por pedófilos é o isolamento social”, disse ela. “Não devemos aumentar o sofrimento dos pedófilos excluindo-os, culpando-os e ridicularizando-os. Ao fazer isso, aumentamos o isolamento deles e aumentamos a chance de abuso sexual infantil”.

“Devemos aceitar que os pedófilos são pessoas que não escolheram sua sexualidade e que, ao contrário da maioria de nós, nunca serão capazes de vivê-la livremente… A maioria de nós sente desconforto quando pensamos em pedófilos. Mas, assim como pedófilos, nós não somos responsáveis ​​por nossos sentimentos. Nós não os escolhemos, mas somos responsáveis ​​por nossas ações “, insistiu Heine.

Reação

Após a polêmica do vídeo, o projeto ‘Tedx’ removeu o vídeo do YouTube, pois a ideia de que a pedofilia é apenas outra orientação sexual gerou grande revolta popular nas redes sociais.

Uma das pessoas que discordou dessa afirmação foi a especialista em psicologia comportamental e drogas, Dra. Linda Mintle. “Transtorno pedófilo é um transtorno mental. É um tipo de transtorno mental na categoria de parafilias”, disse ela à CBN News. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição, refere-se à pedofilia como orientação sexual, mas foi posteriormente corrigido pela Associação Americana de Psiquiatria — uma correção que Mintle elogiou.

O psiquiatra e especialista em distúrbios cerebrais Dr. Daniel Amen disse à CBN News que os pedófilos têm cérebros diferentes do restante da população. “Se fizermos a varredura de seus cérebros, eles parecerão mais pessoas com TOC e córtex frontal baixo”, disse ele. Isso significa que os pedófilos tendem a ter menos empatia.

A Dra. Mintle acredita que a Igreja pode ajudar os pedófilos a aprender mais sobre empatia e mudar seu comportamento. “Eles precisam de tratamento — entender, restringir e intervir. A Igreja pode trabalhar em treinamento de empatia. Envolve ajudar o ofensor a assumir a perspectiva da vítima e, em identificação com a vítima, entender o dano que foi feito”, ela disse.

Embora ambos os especialistas digam que a pedofilia é muito difícil de tratar, é possível que um pedófilo mude se acreditarem que seu comportamento está errado e realmente desejam a transformação, segundo Mintle.

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Como é a sensação de descobrir ser portador da Síndrome de Asperger? https://portalconservador.com/como-e-a-sensacao-de-descobrir-ser-portador-da-sindrome-de-asperger/ https://portalconservador.com/como-e-a-sensacao-de-descobrir-ser-portador-da-sindrome-de-asperger/#comments Sun, 13 May 2018 18:37:26 +0000 http://portalconservador.com/?p=3887 read more →]]> Há uma tendência, no mundo moderno de massa, no qual a globalização tende a padronizar ou mesmo sufocar as culturas tradicionais humanas, do indivíduo médio procurar ser distinto ou de sobressair dos demais. Portanto, sai à busca de qualidades ou condições que lhe permitem de certa forma, ressaltar sua individualidade. Isto fica ainda mais evidente com a divulgação de certas síndromes, como a de Asperger [1], por programas de massa, a exemplo do personagem Sheldon na famosa série The Big Bang Theory. Há como que se houvesse uma romantização da síndrome. Acredite, se por pesquisas individuais (notadamente, na rede mundial de computadores) você “encontrou” ser portador da síndrome (por apresentar algumas características comuns aos aspies) e ficou em estado de êxtase ou de felicidade por essa nova descoberta, ao ponto de contar rapidamente a família e amigos, é porque você provavelmente não é portador da Síndrome e não tem a menor ideia de como é viver com essa limitação física e psicológica. Detalhe, o que aqui apresento não é uma conceituação médica dogmática e oficial, mas um relato subjetivo e parcial desse transtorno do espectro autista.

Indivíduos aspies são retratados, geralmente, pela sociedade como indivíduos extramente inteligentes ou como sendo “quase gênios”, e nada mais nada menos as grandes figuras da ciência moderna seriam portadoras desta síndrome. Leonardo Da Vinci e Albert Einstein, por exemplo, são um destes dois grandes titãs comumente apontados como paradigma da realidade aspie. Não vou adentrar aqui no mérito da questão – do fato de terem ou não sido aspies – mas é importante que se diga que o portador da síndrome pode ser um indivíduo extremamente inteligente ou de QI acima da média (como em realidade, muitas vezes, o são) mas também tende a ser uma pessoa extremamente limitada não apenas socialmente mas definitivamente, intelectualmente, porque tende a valorizar apenas certas áreas do conhecimento em detrimento de outras igualmente importantes.

Geralmente são obsessivos e focados em certos temas, ao passo que tendem a excluir por completo qualquer conhecimento na área marginalizada – a que não tem interesse. Se lhe permite ser um especialista sobre alguma área do conhecimento, como por exemplo mecânica ou física nuclear, o aspie pode ser obsessivo por temas completamente inúteis – ou pelo menos que não são valorizados numa sociedade industrial capitalista. Então, muito provavelmente, ele não compreenderá, a princípio, a razão pelo qual os demais membros da sociedade não valorizarem sua área de interesse ou suas habilidades específicas – e isso lhe pode soar como sendo incompreendido ou subvalorizado pela sociedade, ao ponto de não dificilmente, apresentarem quadros depressivos. Conjuga-se à isso o defeito inato irremediável para a interação social humana e temos a receita completa para o desastre. Por isso que o acompanhamento psicológico na mais tenra idade é absurdamente necessário, para indicar-lhe um bom caminho e proporcionar-lhe conforto, moldando-o e auxiliando-o a conviver mais razoavelmente com a síndrome.

A Síndrome de Asperger ganhou este nome em homenagem a Hans Asperger (1906-1980), um famoso psiquiatra e professor austríaco, especialista nas pesquisas envolvendo o autismo infantil. Na década de 1944, Asperger publicou um estudo denominado “A psicopatia autista na infância” e retratou algumas crianças com desordem na personalidade, uma vez que apresentavam “falta de empatia, baixa capacidade de formar amizades, conversação unilateral, intenso foco em um assunto de interesse especial e movimentos descoordenados.” A grande distinção entre o “autismo tradicional” e a síndrome – que em verdade, pertence ao espectro autista – é que no último não há o comprometimento à nível intelectual ou verbal sendo, pelo contrário, indivíduos em geral muito mais inteligentes, como já dito. Entretanto, os aspies apresentam uma dificuldade de interação social e empatia, como nos autistas em geral.

Assim que descobri ser portador da síndrome de Asperger, e isto ocorreu no alto dos meus vinte e três anos, meu estado não foi o de felicidade – mas em verdade, o de desapontamento. Porquê finalmente pude descobrir a razão de me sentir tão deslocado socialmente e intelectualmente, e entender que não há uma cura para o meu mal interior que não o unicamente da aceitação. Tenho a constatação, aliás, de que essa dificuldade de aceitar minha condição me acompanhará até o resto dos meus dias. Não há nada de romântico ou de glorioso em ser aspie, e quem não é portador jamais compreenderá decentemente o quanto à condição asperger limita o nosso ser e nos põe de joelhos. Claro, definitivamente, podemos ser doutores ou especialistas em história, teologia ou o Direito (já sou formado em duas das três áreas de interesse), por exemplo, e isto pode a vir nos proporcionar conforto e um certo grau de aceitação acadêmica, mas isto jamais nos proporcionará felicidade ou nos ajudará a ser uma pessoa definitivamente “normal”, no sentido de encarar as interações humanas com tranquilidade e nenhum desconforto. A maioria dos portadores aspies, entretanto, jamais serão diagnosticados, devido à dificuldade mesma do diagnóstico, uma vez que esta envolve o acompanhamento quase sempre conjunto de diversos profissionais especializados, como pediatras, neurologistas e neuropsiquiatras, bem como a formação e preparação acadêmica para compreender bem o quadro. O diagnóstico de Asperger por exemplo, só foi incluída no DSM em 1994 pela Associação Americana de Psiquiatria. Ainda é muito comum que profissionais formados nessas áreas ainda não estejam habilitados para o seu correto diagnóstico, identificando apenas um autismo de nível mais grave e severo, uma vez que seus sintomas são por demasiado evidentes.

A timidez excessiva é um traço gritante do asperger; mas, muito mais além: não entendemos bem as feições e reações humanas e normalmente somos indivíduos dotados de empatia extremamente limitada, geralmente desvalorizamos como que completamente as preocupações e necessidades alheias, ao ponto de significar, continuamente, uma dificuldade gritante em manter relacionamentos produtivos. É comum que nos sintamos desconfortáveis até mesmo com bebês ou crianças por perto, porque não sabemos como se conectar com elas, ou lhe proporcionarem atenção e carinho adequados. Não sabemos consolar ou mesmo conceder palavras de conforto. Nosso sorriso às vezes pode parecer mecânico. Temos um estoque limitado de reações, e comportamento bastante estereotipados. Quando criança, por exemplo, eu preferia a presença de adultos ao de amigos da mesma turma ou idade, então era bastante comum que eu me isolasse no contato com elas, brincando sozinho, num agir metódico e organização ímpar. Era obcecado por brinquedos medievais ou soldadinhos. Ao longo da minha vida tenho sido visto pelas demais pessoas como sendo extremamente mal-educado, frio e arrogante, embora nunca fosse do meu intento me expressar assim. Muito comum também em aspies tecerem comentários inapropriados em certas ocasiões sociais, faltando-lhes tato ou o bom entendimento das dinâmicas de viver em sociedade. Como adulto, tendo a me policiar ao que deve ou não ser dito, pois é de padrão ofender as demais pessoas, sem que seja em si mesmo um ato consciente. Também apresentamos outras características específicas, como uma auto-estima muito deficitária, se esquivar de contato físico com pessoas desconhecidas (e mesmo familiares!), complexos ou paranoias. Estar num campo aberto ou num estádio de futebol, por exemplo, é ter a sensação de estar com os holofotes em si mesmo – quando estão todos, apenas, a observar a mera partida. Estamos continuamente imiscuídos com a sensação de estarmos sendo vigiados, analisados ou medido pelas demais pessoas, em todos os momentos, como em um eterno Big Brother [2].

Geralmente a síndrome é acompanhada de outras “pequenas condições” como que o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), um certo grau de perfeccionismo, quadros de ansiedade generalizada, hipersensibilidade a certos estímulos sensoriais, depressão. O último, em especial, é o que permitiu aos meus familiares tomarem conhecimento da minha portabilidade da síndrome de Asperger, posto que a depressão agravou diversas das minhas características aspies, principalmente a interação social, que já era muito baixa, ser reduzida ao nível de duas ou três pessoas. É possível sim, viver normalmente com a síndrome, e isto vale dizer, ter uma família e um número restrito de amizades, trabalhar, praticar esportes (ainda que muito limitados, posto que aspies apresentam uma coordenação motora mais desestabilizada), ir em busca de realizações pessoais, namorar ou casar. Mas as dificuldades de interação social sempre estarão presentes. Simples apertos de mão e contato corporal, como abraços e beijos, parecem extremamente invasivos ao indivíduo aspie, é necessário haver uma integração razoavelmente forte com outra pessoa para tanto. A dificuldade de manutenção do contato visual também é um traço marcante dos aspies.

Notas do Autor: [1] Estou ciente de que na atual edição (de número 5) do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, ou simplesmente DSM-5, não esteja mais presente a terminologia “Síndrome de Asperger”. Ocorre que, por motivação essencialmente política, sobretudo, a síndrome esteja sendo diagnosticada conceitualmente como que meramente incluída no “transtorno do aspectro autista”, uma vez que o asperger pertence realmente ao espectro autista sendo, entretanto, um quadro de intensidade média ou leve, ao ponto de indivíduos asperger poderem transitar com tranquilidade na sociedade sem despertarem maiores questionamentos, a princípio. [2] É um programa televisivo ou reality show que ficou famoso essencialmente na Inglaterra e no Brasil. A expressão “Grande Irmão” surgiu com o livro “1984” do filósofo George Orwell, que retrata mecanismos de controle social conquistados com o aprimoramento da tecnologia humana, em sintonia com o crescimento do poder estatal.

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Síndrome de Asperger: o retrato de um autismo desconhecido https://portalconservador.com/a-sindrome-de-asperger-o-retrato-de-um-autismo-desconhecido/ https://portalconservador.com/a-sindrome-de-asperger-o-retrato-de-um-autismo-desconhecido/#respond Sat, 12 May 2018 17:24:23 +0000 http://portalconservador.com/?p=3875 read more →]]> Contra o preconceito, especialistas e famílias explicam o chamado “Autismo de Alto Funcionamento”. Quanto mais conhecimento, menos exclusão.

É provável que quando você mentalize a palavra “autismo”, alguns estereótipos venham à cabeça: isolamento, quietude, incomunicabilidade. Quando o assunto é Síndrome de Asperger – ou Autismo de Alto Funcionamento, o que muda?

Quando o caso é visualizar o transtorno já em seu grau de adjetivo, então, a coisa se aproxima ainda mais do silêncio e da solidão. Como se um autista fosse um ser humano que não deu certo, só porque não se comunica como os outros, não interpreta seus códigos, e não responde como se espera. Será que precisa ser assim? Por que estabelecemos essas imagens prontas como se fossem verdades universais?

Daí vem a palavra “desconhecido” do título. O desconhecimento vem não da falta de informações, pesquisas ou evidências sobre essa condição – porque isso há muito e cada vez mais – mas porque nos falta enquanto sociedade a sensibilidade de conhecer o que é diferente, e assim acolher e incluir. Um desconhecimento que leva, isso sim, ao isolamento e à melancolia de não ser como a maioria.

A Síndrome de Asperger, também chamada de Autismo Inteligente ou de Alto Funcionamento, é uma condição neurológica que encontra muitas semelhanças e também muitas diferenças com outras gradações de autismo.

Autismo, um espectro imensurável

Estima-se que 1% da população mundial esteja enquadrada no espectro autista – o que não é pouco, e nem novidade. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 160 crianças tem diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Por se manifestar de forma tão diversa entre uma pessoa e outra, a palavra “espectro” é a única que dá conta de sua multiplicidade. Cada autismo é um. Assim como há autistas que não se comunicam verbalmente e assim facilitam a detectar que algo está fora do esperado, outros podem passar a vida sem um diagnóstico, apenas sentindo-se deslocados socialmente, ou desprovidos de determinadas qualidades de interação.

Dessas, muitas apresentam uma gradação considerada “leve” de autismo; são indivíduos que comumemente apresentam menos limitações cognitivas. Aí é que entra a Síndrome de Asperger, configurada por um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD).

Conversamos com especialistas e também com quem vive o transtorno no dia a dia para entender suas dimensões.

O que é?

Vamos à pergunta que primeiro vem à cabeça: afinal, o que é? Para começar a entender essa condição, é preciso desconstruir os preconceitos, ideias prontas, e também os medos que o assunto pode gerar.

Referência no assunto, a psicóloga Leda Fischer Bernardino, Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psicologia da USP, explica em palavras simples o que é a Síndrome de Asperger.

“É um tipo de autismo chamado também de ‘autismo inteligente’, ou ‘autismo de alto funcionamento’, em que encontramos, ao lado do autoisolamento e do apego às rotinas, uma possibilidade de fala e de interação com os outros, embora com dificuldades, juntamente com um foco importante em uma área de interesse específica”, esclarece.

O que isso quer dizer?

A próxima dúvida que toma conta das mães, pais, cuidadores e professores que se deparam com o transtorno é como identificá-lo, e como diferenciá-lo de outras gradações de autismo. Antes de mais nada, é preciso ter em mente que as características mais comuns do autismo podem estar presentes, e aparecem combinadas com outros traços de comportamento.

É comum que crianças com Asperger desenvolvam habilidades e interesses específicos, e que durante algum tempo foquem toda a sua atenção nessa determinada coisa, como aprender facilmente um idioma, decorar nomes de dinossauros, memorizar mapas, repetir nomes de cidades, organizar metodicamente os brinquedos, entre outros exemplos comportamentais. Outra característica recorrente é a ecolalia, que é a repetição de palavras ou frases fora do contexto em que normalmente são usadas. Em indivíduos com Asperger, ela pode ser menos ou mais acentuada.

“As características gerais do autismo estão presentes: o auto-isolamento, o apego às rotinas, a dificuldade de entendimento dos comportamentos sociais e o brincar interativo”

A diferença, segundo Leda, é que há possibilidades de uso da fala comunicativa e de interação social, por isso são consideradas as formas mais amenas de autismo.

Até aqui, é possível intuir que identificar a condição é uma tarefa complexa e requer uma observação integral da criança, ou seja, compreender o seu contexto de vida, a qualidade de suas interações sociais, como é seu convívio escolar, familiar e social. Por isso, o diagnóstico nem sempre vem rápido. Mas, se for feito ainda na primeira infância, sem dúvida será melhor para a criança.

“É importante ressaltar que o diagnóstico na infância é um processo, tendo em vista se tratar de um período tanto de desenvolvimento quanto de estruturação psíquica. Sendo assim, deve ser cuidadoso e resultar de um trabalho em equipe, com profissionais de diversas áreas, e ser revisto à medida que a criança se desenvolve e os tratamentos evoluem”, afirma Leda.

Como perceber os indícios?

Como em qualquer outro assunto que diga respeito à infância, vale ter sempre em mente que não há receitas nem verdades únicas que se encaixem a todas as crianças. Afinal, cada criança é um mundo e merece ser observada em sua individualidade. O que há são pistas de que algo não está dentro do esperado em relação ao desenvolvimento típico, principalmente quando a criança já começa a sofrer – psíquica e fisicamente – com aquilo.

“As questões começam a aparecer principalmente em torno da socialização e da linguagem da criança, que tem dificuldades para estar em grupo, de participar das brincadeiras, de buscar espontaneamente a companhia das outras crianças, e de se fazer entender. Então, pode-se dizer que os sinais de risco por vezes aparecem muito precocemente, já no primeiro ano de vida, mas devem ser tratados com o cuidado de não definir um diagnóstico, já que são vários os problemas da primeira infância que podem levar a um retraimento social”, ressalta a psicóloga.

Atenção às palavras e aos gestos: 5 passos para o acolhimento

  1. Não se diz “criança normal” e “especial”. E sim “típicas” e “atípicas”. Apenas dizer isso da forma correta pode significar muito para a família.
  2. Autistas não têm uma doença, mas sim um transtorno neurológico e sensorial. Pode-se dizer também “condição”.
  3. Ao ver uma criança que difere do que você considera “normal”, não pergunte “o que ela tem?”. Pergunte o que ela é. Na melhor das hipóteses, não pergunte nada, somente a acolha como o indivíduo que ela é.
  4. O desconforto social decorrente de um comportamento atípico pode gerar desconforto tanto em quem vive quanto em quem presencia. No segundo caso, incluir significa praticar a empatia, ou seja, colocar-se no lugar do outro.
  5. Autismo não tem cura, mas tem caminhos. E cada família constrói o seu. Por isso, não é preciso ignorar a diferença, ou transformá-la em um tabu; ao contrário, o diálogo aberto traz tranquilidade e alívio. Afinal, um autista nada mais é do que alguém que se comunica de forma diferente.

Quando buscar apoio psicológico, terapêutico ou psiquiátrico?

Algumas perguntas podem nortear a escolha dos pais de buscar ou não uma ajuda especializada. “A criança demonstra sofrer com as características que me preocupam?”, “O atraso que ela aparenta, seja linguístico ou comportamental, prejudica sua vida?”, entre outras questões.

O diagnóstico, então, virá para ajudar os responsáveis pela criança a estarem em sua vida da melhor forma, aprendendo a lidar com suas demandas emocionais e psíquicas de modo que ela possa se expressar em toda a sua integralidade e plenitude.

“Deve-se atentar para os sinais de risco e buscar tratamento o mais rapidamente possível. Mas, de modo geral, há um consenso de que a partir dos três anos este diagnóstico pode ser feito”, explica Leda.

Para a psiquiatra, a necessidade de ajuda existe quando o comportamento da criança demanda intervenções frequentes. E ela pode ser terapêutica, alternativa ou farmacológica, quando for o caso. Assim como nem toda criança típica terá desenvolvimento igual, nem toda criança com Asperger terá as mesmas características.

“Quando a criança ou o adolescente apresentam comportamentos ou desorganizações graves, que necessitam de uma intervenção medicamentosa para aliviar o sofrimento, como por exemplo alterações no sono, agitações motoras importantes, auto-agressões ou agressões externas”, diz.

Vale ressaltar que o tratamento com medicação é uma escolha tanto clínica quanto familiar, e sua necessidade deve ser avaliada com cuidado. “O importante é um trabalho em equipe, o medicamento é um auxiliar no tratamento, focado principalmente na organização psíquica e nas possibilidades de que a criança encontre uma forma própria de se expressar”, pondera.

A experiência de quem vive

Simone Alli Chair é mãe de um menino com autismo e uma menina com Asperger – Gabriel e Camila, e divide com a gente como foi a experiência ao vivenciar o transtorno, ao ter de lidar por duas vezes com a desconstrução do “filho ideal”.

“Desde pequena eu percebia uma reação diferente nela com a aproximação das pessoas, inclusive de parentes muito próximos. Ela não queria ir no colo de ninguém que não fossem eu ou o pai dela. Ela era um bebê e mesmo crescendo a aversão ao contato com estranhos foi piorando a situação. Coloquei-a na escola para que pudesse se socializar mais e não ficar tão agarrada a mim e ao pai, mas foi péssimo, ela tinha crises homéricas de choro e frustração. Não ficava com os coleguinhas e chorava no colo da professora pedindo por mim”, relembra.

Se parasse por aqui, o relato de Simone não seria muito diferente do de muitos pais de crianças típicas com dificuldade de se desapegar. Porém, as consequências e a evolução desse comportamento foi aos poucos se tornando um pedido de ajuda.

“Uma infinidade de médicos me dizia que ela era apenas ‘mimada’, mas havia algo que me incomodava. Apenas aos 13 anos ela foi diagnosticada com a Síndrome de Asperger”, lamenta Simone

Incluir é conhecer

A necessidade de entender a filha fez a mãe buscar todo tipo de informação sobre o transtorno, culminando na criação de uma verdadeira rede de apoio. Em 2003, Simone e um grupo de amigos com quem conversava sobre maternidade atípica, fundou a Associação de Pais Inspirare, uma institutição sem fins lucrativos voltado para famílias de crianças do espectro autista e outros transtornos. O Inspirare busca levar informação, dar orientação, promover o conhecimento e apontar os recursos disponíveis para os responsáveis por crianças, adolescentes e adultos com Autismo, Dislexia ou TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade).

“Estava tão determinada a ajudá-la que não sobrou espaço para mais nada. Meu marido é um pai maravilhoso e abraçou a causa junto comigo e era isso que me importava. Não trabalhei por opção nossa, para que pudesse acompanhar o crescimento e toda a infância de meus filhos com muita presença e dedicação total (independente de diagnóstico, era essa nossa escolha)”, conta a mãe.

“A família nem sempre soube entender, principalmente a geração mais antiga”, conta Simone

Quando questionada sobre qual a maior dificuldade de ser mãe de uma criança autista, Simone responde sem titubear: as escolas. Sua fala reforça a importância de um dos princípios que norteiam a educação integral, ou seja, a necessidade de olhar para cada criança como um indivíduo único, e que por isso terá suas próprias necessidades de acolhida, atenção e cuidado.

“Muitos professores desavisados, inexperientes, diretoras desinformadas, colegas que praticavam bullying e pais de outras crianças que muito reclamavam da hiperatividade de meu filho. Foi difícil, eram dois extremos, todo mundo reclamava. Foi um período conturbado que durou muitos anos”, relembra.

A família de Simone é a prova viva de que os caminhos da inclusão muitas vezes são conquistados à unha, e por isso ela comemora orgulhosa os ganhos de sua insistência na informação e no conhecimento. Para ela, a filha Camila, hoje já adulta, é um exemplo de vida para quem tem medo de encarar de frente a mesma condição.

“Camila sofria bullying por ser muito quieta, arredia e calada na escola. Gabriel sofria bullying por ser muito agitado, falante, arteiro e impulsivo”, relembra Simone.

“Aos 28 anos, ela é formada em design de animação, tem namorado (não fez a menor diferença para ele o fato de ela ser Asperger), tem muitos amigos, adora uma balada, passear, viajar e trabalha como autônoma na área de desenho e animação, inclusive como sócia num estúdio de animação. Os pais precisam entender que no autismo se pode conseguir muita coisa e fazer grandes avanços. Sempre acreditei, sempre apostei, sempre investi e trabalhei na auto-estima deles. Fácil não foi nem é, mas não sou uma mãe acomodada que desiste”, compartilha.

“O autismo não tem cura, mas muito se pode conquistar”, ressalta a mãe

“Sou extremamente persistente, dedicada e amo demais meus dois filhos. Quando os pais ficam sabendo que eles chegaram até a faculdade (inclusive meu filho mais comprometido), isso é um alento para eles. Os filhos deles não precisam chegar numa faculdade, o que procuro passar é que eles podem ir mais além do que se imagina e a sociedade sentencia”, defende.

O que já conhecemos? E como conhecemos?

A Netflix lançou este ano uma série que retrata a vida de um adolescente Asperger, “Atypical”. Assistida por milhares de pessoas em todo o mundo, é inegável que ela ajuda de certa maneira a naturalizar o assunto na sociedade e também a tirar a síndrome do anonimato. No cinema, há também um sensível longa de animação sobre um senhor idoso com Asperger que se corresponde por cartas com uma criança típica, “Mary & Max”, entre outros tantos exemplos.

Simone alerta, porém, para a importância de saber peneirar as referências para não recair em definições estereotipadas e até mesmo ofensivas.

“Tem-se que consultar bons profissionais antes de fazer alguma apresentação sobre determinada síndrome às pessoas que nada sabem a respeito e portanto dependem daquela referência para compreender um pouco. É uma grande responsabilidade. Mesmo assim acho válido para que a Síndrome de Asperger saia do anonimato e a sociedade comece a entender um pouco sobre as diferenças”, pondera.

Assista a um trechinho do filme “Mary & Max”:

 

A importância do diálogo aberto

Em 2011, Simone colaborou com a criação da Cartilha Direitos da Pessoa com Autismo, em parceria com o Movimento Pró-Autista e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo. O guia está disponível para leitura online e para download, e até hoje é um documento de referência para empoderar famílias ou quem vivencia diretamente a condição.

“Minha filha evidentemente sabe que é Asperger, nunca escondi, mesmo porque não me envergonho disso e acredito que a pessoa ao saber mais sobre ela mesma possa administrar as suas dificuldades e principalmente, entendê-las. Meu filho também sabe. A Camila não tem muito com o que administrar, pois o grau dela é muito leve mesmo. Com o Gabriel, já é um pouco mais complicado e foram anos em que eu e meu marido aprendemos a lidar com ele, com muitos erros e acertos.

É de suprema importância qualquer tipo de apoio e habilidade que a sociedade em geral tenha com o Asperger. Já ajudaria muito se as pessoas entendessem o que é.

“Hoje, sabemos que existem alguns limites que não podemos ultrapassar ou eles causam certas situações que comprometem todo o ritmo familiar ou social e isso precisa ser definitivamente respeitado. A partir desse respeito que aprendemos, a coisa passou a fluir bem. Mas, lembrando que cada um é diferente do outro e isso precisa ser respeitado”, explica.

Sobre a exclusão social que muitas vezes atinge as famílias de pessoas do espectro autisita, Simone conta que aos poucos entendeu que o preconceito está nos olhos de quem vê.

“Vejo um cenário de muita dor entre os pais, de muita perda de tempo, de muito despreparo, desinformação colossal, e muita imaturidade na sociedade e de pouco cumprimento das leis. Na minha opinião, o autismo é recebido de maneira equivocada. As pessoas tendem a sentir pena e isso me incomoda. Quando há julgamentos e cobranças alheias oriundos da desinformação, aí sim é motivo para ter pena dessas pessoas pela sua ignorância. É preciso um trabalho de muita paciência”, defende.

Para se aprofundar no assunto e conhecer os direitos de cada família, é possível ler a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Escrito por Renata Penzani. Publicado originalmente em Lunetas.

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“Fantástico”, da Rede Globo, trata identidade de gênero como algo científico https://portalconservador.com/fantastico-da-rede-globo-trata-identidade-de-genero-como-algo-cientifico/ https://portalconservador.com/fantastico-da-rede-globo-trata-identidade-de-genero-como-algo-cientifico/#respond Thu, 16 Mar 2017 00:00:58 +0000 http://portalconservador.com/?p=3309 read more →]]> O “Fantástico” estreou neste domingo a série Quem Sou Eu?, que “conta histórias de transgêneros em diferentes fases da vida, ressaltando a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual. Em quatro episódios, com a ajuda da fábula de ‘Alice no País das Maravilhas’, de Lewis Carroll, a Alice de Quem Sou Eu? vai partir em uma jornada de autoconhecimento e representa todas as pessoas que sentem que nasceram no corpo errado e estão em busca de sua identidade.

A estreia aborda a questão que começa na infância e apresenta crianças que, desde muito cedo, sentem que nasceram no corpo errado. É o caso da Melissa, de 11 anos, que nasceu Miguel. Mel sempre se viu como menina. ‘Pra mim, eu estava fantasiada de menino até 9 anos. Nove anos com uma fantasia quente e pinicante’.”

Não acho errado levantar o debate, mostrar casos de pessoas – até mesmo crianças – que se sentem completamente no corpo errado. Mas acharia melhor abordar esse tema com muita cautela, algo que certamente não é do feitio do programa, cada vez mais populista e “progressista”. Para se enquadrar na cartilha politicamente correta, o programa vai banalizar algo que é um desvio, um distúrbio, e tentará dar ares científicos para o que não passa de ideologia.

O professor Francisco Razzo comentou:

No domingo, o Fantástico vendeu a ideologia de gênero como se fosse uma teoria cientificamente fundamentada. São todos ideólogos usando o filho dos outros como cobaias. O principal furo da ideologia de gênero está em assumir, indiscriminadamente, a distinção radical entre mente e corpo. A pessoa é uma identidade mente-corpo e não um rato de laboratório. E atenção: criticar a ideologia de gênero não implica ódio aos que sofrem os dramas da identidade. Sabe-se lá o grau da dor de uma pessoa em crise. A sua vida interior só não pode servir de propaganda desses papagaios desonestos.

Concordo com ele. Buscar a própria “identidade” é algo que praticamente todo ser humano faz. Quem sou eu? O que quero do meu destino? Qual o sentido de minha vida? São questões básicas que costumam angustiar muita gente. A condição humana é mesmo a da angústia, por excelência. Somos animais racionais, com autoconsciência, com noção da própria finitude, da morte, e o vazio niilista sempre fica à espreita, flertando com a gente.

Daí a banalizar a identidade sexual, como se fosse algo tão trivial como escolher ser um escritor, um médico, um pai de família, um playboy ou um religioso, vai uma longa distância. Fazer da biologia uma tábula rasa é algo absurdo, irresponsável. Tem muito a ver, contudo, com os tempos modernos, a era das ideologias, do narcisismo sem limites, da perda de qualquer autoridade, até mesmo a da biologia. Gregory Wolfe, em A beleza salvará o mundo, diz:

Enquanto a ideologia frequentemente reivindica as certezas de um sistema intelectual absolutista, seus efeitos nas experiências efetivas dos indivíduos tendem a produzir sensações de alienação e desorientação. O projeto moderno, que começou com a elevação do self e a alegação de seu poder quase ilimitado, resultou em um mundo em que o self individual é um fragmento precário, sem ligação com a verdadeira comunidade ou obediência à autoridade legítima.

Tudo passou a ser o “eu, eu, eu”. Se eu quero, se eu acho isso, então tem que ser isso. Se eu penso ser uma menina, então sou uma menina. É o solipsismo acima da realidade objetiva. Agora, e se eu penso ser um gato? Ou um golfinho? Parece piada, e o South Park realmente fez piada com isso, mas é para onde caminha a insanidade, respaldada por ideólogos que bancam os cientistas. Wolfe escreve em outras passagens:

Uma das ideias que emergem do pós-modernismo e mais profundamente influenciaram nossa consciência cultural é a noção de que nossas visões de mundo são “construídas” com base nos alicerces de nossa identidade pessoal – raça, classe, gênero, etnia e assim por diante. […] Quando o homem separa a si mesmo do conhecimento do ser, ele já não participa dele, mas sim procura manipulá-lo para seus próprios fins privados. A partir desta separação inicial, este cisma aboriginal, numerosas seitas surgem, pois o homem agora é livre para rejeitar a existência (niilismo), ver a natureza como uma força cega e determinante (naturalismo) ou proclamar que a mente pode criar a sua própria realidade (idealismo ou solipsismo).

Esse pessoal “moderno” tem tentado se convencer da supremacia da mente sobre o corpo, como se fossem coisas completamente separadas. Pessoas com transtornos, então, escutam que é algo absolutamente normal se sentir de outro gênero, pois o próprio gênero é apenas uma “construção social”. Em vez de buscar ajuda, de tentar compreender melhor suas questões, essa gente está sendo incentivada a encarar com naturalidade a situação, e cada vez mais cedo. Quem diz que se trata de um desvio é preconceituoso, reacionário.

Só tem um problema: todo o esforço de banalização de um caso assim não vai fazer a angústia desaparecer. Ao contrário: ao retirar o “sentido trágico da vida”, como diria Miguel de Unamuno, aquele que está em uma posição ainda mais sensível do que o normal pode muito bem surtar de vez, pois lhe foi prometida uma fuga fácil (“basta acreditar que é do outro gênero e realizar uma cirurgia que tudo ficará bem”), mas tal promessa é irreal e impossível. Considero até cruel com quem é vítima desse transtorno uma abordagem tão anticientífica e ideológica como essa.

PS: O leitor Felipe Pavan apontou a gritante incoerência dessa turma “progressista”: “Com 4 anos já pode decidir o sexo que deseja externar, mas com 17 não pode responder criminalmente pelas próprias decisões. Essa é a lógica atualmente imposta à sociedade”. Como negar o absurdo dessa postura tão comum na esquerda?

Escrito por Rodrigo Constantino. Blog pessoal.

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Criança psicopata? Conheça a assustadora história de Beth Thomas https://portalconservador.com/crianca-psicopata-conheca-a-assustadora-historia-de-beth-thomas/ https://portalconservador.com/crianca-psicopata-conheca-a-assustadora-historia-de-beth-thomas/#respond Fri, 29 Jul 2016 13:27:24 +0000 http://portalconservador.com/?p=2922 read more →]]> Você já assistiu o documentário “A Ira de um Anjo”? É um dos documentários mais chocantes e perturbadores já feitos para a televisão. O filme é baseado na história verídica de Beth Thomas, que sofria de Transtorno de Apego Reativo como resultado de ter sido abusada sexualmente quando criança.


Beth tinha um constante desejo de matar a família inteira. A criança inclusive chegou guardar facas de cozinha para matar seus pais adotivos. Beth apresentava diversos sintomas de psicopatia: planejava de forma fria e calma a morte de seus familiares sem culpa ou remorso. O que mais assustava era que a menina sabia o significado e o resultado de suas ações.

Tim e Julie Tennant adotaram Beth e seu irmão mais novo Jonathan na década de 80. O casal levou os dois irmãos para casa sem ter conhecimento do abuso que os irmãos sofreram do pai biológico. Beth foi encontrada gritando em seu próprio quarto e Jonathan foi encontrado em seu berço com uma garrafa de leite coalhado.

Beth apresentava um alto grau de violência, hostilidade e um comportamento inadequado com as pessoas ao seu redor. Ela chegou a matar filhotes de pássaros em seus ninhos, tentou sufocar seu irmão mais novo enquanto ele dormia, esfaqueou o cão da família e o perfurou com uma agulha, cortou um colega de classe com um caco de vidro além de se insinuar sexualmente para o seu avô. Tudo isso enquanto era apenas uma criança.

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A família de Thomas lutou bravamente pela reabilitação de Beth, e, eventualmente, a garota mostrou sinais de melhora. Décadas se passaram e muitas pessoas ainda se perguntam como Beth Thomas está e o que está fazendo após a sua terapia.

Transtorno de Apego Reativo

O transtorno de Apego Reativo é um transtorno psicológico caracterizado por grande dificuldade em formar vínculos sociais saudáveis. Pode ser tanto inibição excessivamente inibidas, se esquivando e fugindo dos cuidadores ou familiaridade excessiva com desconhecidos ou não formar vínculos de apego com os responsáveis.

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Atualmente

Felizmente, depois de muita terapia, Beth se recuperou de seu passado perturbador. Ela trabalha atualmente com crianças que sofrem distúrbios psicológicos e dá palestras sobre o assunto. Beth vive uma vida normal. Ela se tornou uma enfermeira e trabalha em uma unidade neonatal em um hospital em Flagstaff.

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Publicado originalmente em Ultra Curioso.

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Associação Americana de Pediatras fulmina ideologia de gênero https://portalconservador.com/associacao-americana-de-pediatras-fulmina-ideologia-de-genero/ https://portalconservador.com/associacao-americana-de-pediatras-fulmina-ideologia-de-genero/#comments Mon, 21 Mar 2016 21:16:35 +0000 http://portalconservador.com/?p=2878 read more →]]> Grupo de médicos dos EUA emite declaração explicando, cientificamente, por que ideologia de gênero é nociva para as crianças

Uma associação de pediatras dos Estados Unidos declarou, no último dia 21 de março, através de seu site na Internet, que “a ideologia de gênero é nociva às crianças” e que “todos nascemos com um sexo biológico”, sendo os fatos, e não uma ideologia, que determinam a realidade. A declaração da American College of Pediatricians expõe 8 razões para os “educadores e legisladores rejeitarem todas as políticas que condicionem as crianças a aceitarem” a teoria de gênero. A iniciativa dos médicos se soma a inúmeras outras, provindas das mais diversas áreas de informação, para conter o que o Papa Francisco chamou de “colonização ideológica”. Em 2010, por exemplo, um importante documentário conseguiu desmontar, pelo menos em parte, a estrutura universitária que financiava essa ideologia na Noruega. O programa trouxe o parecer de vários especialistas, dos mais diversos campos científicos, que expuseram a farsa da teoria de gênero. Agora, a medicina vem respaldar mais uma vez a verdade sobre a família.

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A íntegra da nota escrita pelos pediatras norte-americanos pode ser lida a seguir.

A Associação Americana de Pediatras urge educadores e legisladores a rejeitarem todas as políticas que condicionem as crianças a aceitarem como normal uma vida de personificação química e cirúrgica do sexo oposto. Fatos, não ideologia, determinam a realidade.

1. A sexualidade humana é um traço biológico binário objetivo: “XY” e “XX” são marcadores genéticos de saúde, não de um distúrbio. A norma para o design humano é ser concebido ou como macho ou como fêmea. A sexualidade humana é binária por design, com o óbvio propósito da reprodução e florescimento de nossa espécie. Esse princípio é auto-evidente. Os transtornos extremamente raros de diferenciação sexual (DDSs) — inclusive, mas não apenas, a feminização testicular e hiperplasia adrenal congênita — são todos desvios medicamente identificáveis da norma binária sexual, e são justamente reconhecidos como distúrbios do design humano. Indivíduos com DDSs não constituem um terceiro sexo.

2. Ninguém nasce com um gênero. Todos nascem com um sexo biológico. Gênero (uma consciência e percepção de si mesmo como homem ou mulher) é um conceito sociológico e psicológico, não um conceito biológico objetivo. Ninguém nasce com uma consciência de si mesmo como masculino ou feminino; essa consciência se desenvolve ao longo do tempo e, como todos os processos de desenvolvimento, pode ser descarrilada por percepções subjetivas, relacionamentos e experiências adversas da criança, desde a infância. Pessoas que se identificam como “se sentindo do sexo oposto” ou “em algum lugar entre os dois sexos” não compreendem um terceiro sexo. Elas permanecem homens biológicos ou mulheres biológicas.

3. A crença de uma pessoa, que ele ou ela é algo que não é, trata-se, na melhor das hipóteses, de um sinal de pensamento confuso. Quando um menino biologicamente saudável acredita que é uma menina, ou uma menina biologicamente saudável acredita que é um menino, um problema psicológico objetivo existe, que está na mente, não no corpo, e deve ser tratado como tal. Essas crianças sofrem de disforia de gênero (DG). Disforia de gênero, anteriormente chamada de transtorno de identidade de gênero (TIG), é um transtorno mental reconhecido pela mais recente edição do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-V). As teorias psicodinâmicas e sociais de DG/TIG nunca foram refutadas.

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Print screen do site oficial do American College Pediatricians

4. A puberdade não é uma doença e hormônios que bloqueiam a puberdade podem ser perigosos. Reversíveis ou não, hormônios que bloqueiam a puberdade induzem a um estado doentio — a ausência de puberdade — e inibem o crescimento e a fertilidade em uma criança até então biologicamente saudável.

5. De acordo com o DSM-V, cerca de 98% de meninos e 88% de meninas confusas com o próprio gênero aceitam seu sexo biológico depois de passarem naturalmente pela puberdade.

6. Crianças que usam bloqueadores da puberdade para personificar o sexo oposto vão requerer hormônios do outro sexo no fim da adolescência. Esses hormônios (testosterona e estrogênio) estão associados com riscos à saúde, inclusive, mas não apenas, aumento da pressão arterial, formação de coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral e câncer.

7. Taxas de suicídio são vinte vezes maiores entre adultos que usam hormônios do sexo oposto e se submetem à cirurgia de mudança de sexo, mesmo na Suécia, que está entre os países mais afirmativos em relação aos LGBQT. Que pessoa compassiva e razoável seria capaz de condenar jovens crianças a este destino, sabendo que após a puberdade cerca de 88% das meninas e 98% dos meninos vão acabar aceitando a realidade e atingindo um estado de saúde física e mental?

8. Condicionar crianças a acreditar que uma vida inteira de personificação química e cirúrgica do sexo oposto é normal e saudável, é abuso infantil. Endossar discordância de gênero como normal através da rede pública de educação e de políticas legais irá confundir as crianças e os pais, levando mais crianças a serem apresentadas às “clínicas de gênero”, onde lhes serão dados medicamentos bloqueadores da puberdade. Isso, por sua vez, praticamente garante que eles vão “escolher” uma vida inteira de hormônios cancerígenos e tóxicos do sexo oposto, além de levar em conta a possibilidade da mutilação cirúrgica desnecessária de partes saudáveis do seu corpo quando forem jovens adultos.

Assinam a nota: Michelle A. Cretella, M.D. – Presidente da Associação Americana de Pediatras, Quentin Van Meter, M.D. – Vice-Presidente da Associação Americana de Pediatras – Endocrinologista Pediátrico; Paul McHugh, M.D. – Professor Universitário de Psiquiatria da Universidade Johns Hopkins Medical School, detentor de medalha de distinguidos serviços prestados e ex-psiquiatra-chefe do Johns Hopkins Hospital


Fonte: American College of Pediatricians

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