História do Cristianismo – Portal Conservador https://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Sat, 30 Jun 2018 17:09:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.8.1 65453639 A primeira Universidade Católica do mundo https://portalconservador.com/a-primeira-universidade-catolica-do-mundo/ https://portalconservador.com/a-primeira-universidade-catolica-do-mundo/#respond Sat, 30 Jun 2018 17:05:48 +0000 http://portalconservador.com/?p=4025 read more →]]> A humanidade conhece, periodicamente, eventos que se transformam em elementos originários e estruturantes da nossa civilização. No início da era cristã, ocorreu um fato cuja complexidade e caráter insólito o transformaram em ponto axial da nossa história ocidental e fonte perene de questionamento. Trata-se do encontro entre o cristianismo nascente e o pensamento helênico

Valendo-se de toda a arquitetônica conceitual da filosófica grega, o pensamento cristão primitivo construiu sua sistematização e consolidação até a etapa final do medievo. Daquele encontro surgiu a questão da articulação entre fé e razão. Encontramos durante esse longo período de quinze séculos diversas posições sobre essa questão que não será completamente resolvida. A questão recebeu atenção crescente na alta idade média, o período da escolástica e no século XIII com o empenho de vários teólogos. No entanto, foi, sobretudo, Tomas de Aquino que conseguiu apresentar uma síntese original entre fé e razão que permitiu uma racionalização da fé colocando de acordo o pensamento antigo e a doutrina cristã.

Nesse ambiente investigativo do medievo cristão nasceram as escolas episcopais e monacais e, posteriormente, as universidades. Não se pode compreender a carreira de um filósofo e de um teólogo medieval sem conhecer a organização do ensino durante o período da escolástica até o século XIV. O termo universitas designa comunidade. A universitas studiorum – universidade dos estudos – é uma forma de comunidade, autônoma e que se livra das amarras do direito comum. A Universitas não designava, então, como a entendemos hoje, um conjunto de faculdades, mas um conjunto de mestres e alunos que se dedicavam aos estudos das artes, do direito e da teologia. Studium generale ou também universale designava um centro de estudos no qual estudantes de origem diversa poderiam ser recebidos.

Foi por necessidade de independência que nasceram as primeiras universidades; independência da autoridade eclesiástica: de fato a primeira geração de universidades, as de Bolonha, de Paris e de Oxford dentre outras, se constituíram em reação contra os bispos que governavam as escolas estabelecidas sob o teto de suas catedrais. Essas universidades conseguiram sua independência graças ao apoio papal. A essas universidades seguiram outras durante o século XIII, XIV e XV. Nenhuma delas recebeu, então, a designação de universidade católica.

Escolhi apresentar brevemente a história e as características de uma universidade que, embora tendo sido instituída no século XV, foi durante sua longa história uma instituição de prestígio. Criada como “Universidade de Louvain” conheceu uma história atribulada, viu passarem por seus muros eminentes personagens, como professores e alunos, que formaram, através dos séculos, a sociedade da região que, à época, incluía a atual Holanda e a atual Bélgica. Esteve sob domínio francês e holandês até a secessão e a formação do reinado da Bélgica, em 1830.

A Universidade de Louvain ou Studium Generale Lovaniense ou Universitas studiorum Lovaniensis, foi fundada, em 1425, por um príncipe francês, Jean de Bourgogne, Jean IV, duque de Brabante (província belga), com o consentimento do papa Martinho V. Nessa época, observava-se uma constante histórica. A fé cristã em lugar de ser individualista, sempre teve a tendência de se incorporar nas instituições, em particular aquelas dedicadas ao ensino. O ensino das artes liberais e outros saberes, como o direito e, sobretudo, a medicina não constituia um fim em si, mas um meio de se atingir o fim último da existência, a saber a fé que conduz à salvação. Desse modo, as faculdades de teologia se desenvolveram rapidamente no seio das universidades.

Na Universidade de Louvain, em 1432, sete anos após a fundação, foi instalada a Faculdade de Teologia. Engajada nos debates da sociedade desde a origem da Reforma, a Faculdade de Teologia da Universidade de Louvain foi a primeira, em novembro de 1519, a condenar abertamente Martinho Lutero, antes mesmo da bula de excomunhão de Leão X, no ano seguinte. Claro que, atualmente, por conta do espírito ecumênico deve-se questionar o sentido dessa condenação radical. No entanto, à época, não deixava de ser um tipo ousado de engajamento.

A universidade foi fechada oficialmente, em outubro de 1797, em aplicação da lei de 15 de setembro de 1793, que suprimia todos os colégios e universidades da república francesa.

A antiga Universidade de Louvain, que teve como professor e reitor Cornelius Jansen ou na forma latina Jansenius, o defensor da doutrina agustiniana da graça, foi até o fim do antigo regime, justamente o grande centro doutrinal do jansenismo na Europa.

Em 1819, foi reaberta com a designação de Universidade de Estado de Louvain, mas, novamente, fechada em 1883. Em 1835, os bispos belgas reinstituiram a antiga Universidade de Louvain com a designação de Universidade Católica de Louvain pela carta pontifícia de 13 de dezembro de 1833, de Gregório XVI, no espírito das universidades gregorianas da reconquista católica empreendida por esse papa. A direção da universidade foi colocada sob a autoridade direta dos bispos belgas.

No dia 4 de agosto de 1879, no segundo ano de seu pontificado, o papa Leão XIII publicou a carta encíclica Aeternis Patris, sobre a restauração da filosofia cristã conforme a doutrina de Santo Tomás de Aquino. Na sua primeira carta encíclica, Inscrutabili Dei consilio, de 21 de abril de 1878, ele assinalou a suprema importância da filosofia tradicional para as escolas católicas, do ponto de vista social, do ponto de vista da exposição e da defesa da fé cristã, assim como da perspectiva do progresso de todas as ciências. Entretanto, sendo conveniente reatar com a grande tradição medieval, ponderava como impositivo o discernimento levando-se em conta o progresso das ciências dos tempos modernos e da necessidade de se adaptar às concepções antigas às condições do pensamento atual. Leão XIII conhecia bem a Bélgica, pois havia sido núncio apostólico em Bruxelas, de 1843 a 1846. Na época, a Universidade Católica de Louvain era a única universidade católica completa e essa é a característica que a diferenciou desde então. Leão XIII estava ciente das vantagens incomparáveis que representava, para a renovação das concepções filosóficas medievais, esse meio católico no qual todas as ciências eram ensinadas e na qual especialistas de todos os ramos do saber humano estavam em constante interação no ensino e na pesquisa; e que recebia já estudantes de inúmeros países estrangeiros.

No dia 25 de dezembro de 1880, Leão XIII envia uma carta pontifícia ao arcebispo de Malines, o cardeal Deschamps, para lhe solicitar providências no sentido de criar uma cadeira especial de filosofia de Santo Tomás de Aquino na Universidade Católica de Louvain. Em 1889, Leão XIII solicitou aos bispos belgas que criassem cadeiras de filosofia agrupadas em um «Instituto Superior de Filosofia» no seio da Universidade Católica de Louvain. O texto fundador foi a carta pontifícia de 8 de novembro de 1889. Os bispos nomearam como seu primeiro «presidente» Monsenhor Desiré Mercier, que seria mais tarde nomeado cardeal. Desiré Mercier era titular de um curso de «filosofia especial segundo Santo Tomás». Com o auxílio do papa, ele conseguiu obter a criação de um verdadeiro instituto ao qual acrescentou , com anuência de Leão XIII, a denominação «Escola SantoTomás de Aquino» para bem notar que o novo instituto tinha como objetivo central a renovação do tomismo preconizado por Leão XIII em sua carta encíclica, acima citada. Na mente de Monsenhor Mercier o neo-tomismo deveria constituir uma filosofia original em debate com com os problemas de seu tempo, e, especialmente, com os problemas das ciências da natureza e as ciências humanas.

Desde então, o novo Instituto consolidou sua missão e ampliou sua presença, com disciplinas filosóficas para a Universidade toda. Consolidou sua reputação segundo as diretrizes da encíclica como havia solicitado o papa aos bispos belgas. Sua atuação se deu em quatro direções principais atribuídas progressivamente ao ensino e à pesquisa: o estudo histórico e crítico dos grandes filósofos, reflexão epistemológica sobre as técnicas e métodos das ciências, o questionamento sobre as relações entre a fé cristã e a razão, a interrogação sobre a interação da filosofia com a vida social.

O Instituto Superior de Filosofia ocupou um lugar relevante na Universidade Católica, pela característica de sua implantação, seguindo as diretrizes diretas do papa Leão XIII, e pelos propósitos de sua vocação direcionada ao ensino da Filosofia em atenção à carta encíclica Aeterni Patris, assumindo o compromisso de trabalhar na renovação do pensamento de Tomás de Aquino e de seu pensamento erigido como modelo da formação filosófica para os futuros presbíteros. A seriedade com que tomou para si a relevância do diálogo constante entre a filosofia e as ciências foi amplamente facilitada pelo fato, acima mencionado, de que a Universidade Católica de Louvain foi, desde essa sua implantação, herdeira da antiga Universidade de Louvain, como Universidade Católica, a única universidade católica completa no mundo, abrigando todos os ramos do saber ora existentes.

A Faculdade de Teologia, Sacra Facultas Theologiae, foi erigida no dia 7 de março de 1432, pelo papa Eugênio IV. Os mestres da Faculdade se interessavam, sobretudo, por questões de moral e a faculdade permaneceu, de início, bem impermeável aos progressos do humanismo, abrindo-se, pouco a pouco, posteriormente, às pesquisas de teologia positiva. Foi em Louvain que foi redigida, ao final de 1519, a primeira censura de toda a cristandade contra os escritos de Lutero, tendo a Faculdade de Teologia redigido, à intenção dos dominicanos, um resumo das verdades religiosas atacadas pelo inovador. O teólogo alemão Hubert Jedi, em sua obra História do Concílio de Trento, tomo 1, considera esse documento como a melhor realização da teologia pretridentina.

Creio pertinente afirmar-se da Universidade Católica de Louvain que ela, nos dizeres de João Paulo II, “compartilha com todas as outras universidades aquele gaudium de veritate, tão caro a Santo Agostinho, isto é, a alegria de procurar a verdade, de descobri-la e de comunicá-la em todos os campos do conhecimento” (Ex Corde Ecclesiae 1).

Escrito por Newton Aquiles von Zuben. Publicado originalmente em Jornal da PUC Campinas.

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Inquisição: especialista agnóstica diz que os católicos não podem se envergonhar de sua história https://portalconservador.com/inquisicao-especialista-agnostica-diz-que-os-catolicos-nao-podem-se-envergonhar-de-sua-historia/ https://portalconservador.com/inquisicao-especialista-agnostica-diz-que-os-catolicos-nao-podem-se-envergonhar-de-sua-historia/#respond Sat, 08 Apr 2017 14:08:11 +0000 http://portalconservador.com/?p=3341 read more →]]> MÁLAGA, 07 Abr. 17 / 04:30 pm (ACI).- A docente, filóloga e doutora em literatura Maria Elvira Roca Barea gerou um intenso debate após a publicação de um livro no qual explica as “lendas negras” instaladas em alguns períodos da história, como a Inquisição Espanhola.

Em uma entrevista à Diocese de Málaga, a autora de “Imperiofobia e leyenda negra” (“Imperiofobia e lenda negra”), que não professa nenhum credo, recomendou aos católicos não terem um sentimento de culpa pela Inquisição que, embora tenha existido, foi uma “pequena instituição que nunca teve a capacidade de influenciar decisivamente na vida dos países católicos e da Espanha”.

“O mecanismo da lenda negra funciona sempre não com uma mentira absoluta, o que se diz costuma ser verdade. O que acontece é que se magnifica e se cala todas as outras coisas”, ressaltou a ex-professora da Universidade de Harvard e pesquisadora do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha.

A autora acrescentou que esse sentimento de culpa que permanece até hoje surgiu no século XVIII após o período do Iluminismo, quando “os intelectuais espanhóis começaram a assumir como verdadeira essa versão da história que diz que a Espanha teve culpa por todas as guerras de religião”.

Na verdade, precisou, alguns grupos geraram nas pessoas a crença de que foi “a intolerância religiosa dos católicos, com a Espanha na liderança, que causou essas guerras e que justifica todas as atrocidades que aconteceram na Europa nos séculos XVI e XVII, etc.”. Roca Barea acrescentou que, a partir deste momento, novos intelectuais converteram aquela visão na versão oficial da história espanhola, que é “assumida por eles como verdade”.


Os erros sobre a Inquisição Espanhola

Entretanto, a especialista indicou que naquele tempo a intolerância no tema da religião foi “o modo de pensar de todos”, por isso, dizer que nesse sentido os espanhóis foram intolerantes por causa da Inquisição “é a falsidade de todas as falsidades”.

“O que devemos ver é de que modo era controlada essa intolerância religiosa em cada local e, desde o princípio, foi muito mais civilizada e mais compreensiva no lado católico e logo na Espanha”, acrescentou. A especialista citou como exemplo a Inglaterra ou os principados luteranos protestantes no norte da Europa, onde as perseguições foram “horríveis”. “Aparte – continuou – todo o fenômeno de caça às bruxas, absolutamente demente, que causou milhares de mortes. Isso não aconteceu no mundo católico e nem na Espanha porque existia a Inquisição, que evitou aquelas barbaridades”.

Roca Barea disse que a Inquisição católica foi “uma instituição muito organizada, muito mais regulamentada do que qualquer outra em seu tempo e na qual a religião continuava sendo tema de religião e não do Estado”. “Tratava-se de delitos que ainda hoje são tais, como por exemplo, os que eram conhecidos como delitos contra a honestidade: o lenocínio, a pedofilia, o tráfico de pessoas, a falsificação de moedas e documentos… Tinha um campo muito amplo de trabalho”.

Rocha Barea revelou que “todas e cada uma das sentenças de morte” que foram assinadas na Espanha foram “muito bem documentadas” nos estudos como os do professor Contreras ou o de dinamarquês Henningsen. “A Inquisição julgou cerca de 44.000 casos entre 1560 e 1700, causando a morte de aproximadamente 1340 pessoas. E essa é toda a história. Calvino colocou 500 pessoas na fogueira em apenas 20 anos por heresia”, detalhou.


A Igreja Católica deve se defender

Por outro lado, a autora manifestou os católicos não “podem ter” esta atitude de “perder a batalha cultural”. “Deve reagir, porque não é prejudicial apenas para os católicos, crentes ou não crentes, mas para o mundo que a Igreja Católica gerou”, acrescentou. A especialista disse que “a religião católica foi responsável por conquistas muito importantes, coisas muito boas que fez pelo mundo e pela sociedade”. “Por que não ensina esse lado de si mesma que é lindo e que mereceria ser mais conhecido?”.

“Embora eu não seja crente, levo os meus filhos na catequese e tenho as minhas discussões com o sacerdote do bairro. Digo-lhe: ‘Vamos acabar sendo os agnósticos e ateus de boa vontade os que limparemos o nome da Igreja, porque vocês tem uma passividade absolutamente incompreensível’”, enfatizou Roca Barea.

Finalmente, a especialista também criticou aqueles que pensam que agir contra o catolicismo é sinônimo de “modernidade”, porque não percebem que estão “matando” a si mesmos, “sendo crentes ou não crentes”. “Porque você está renegando o seu passado e os seus antepassados e essas são as bases que nos sustentam. E sem eles, desabamos. E se nós desabamos, outros ficarão em cima”, concluiu.

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‘Taqiyya’ islâmica: mentir é permitido se ajudar a propagar o islamismo https://portalconservador.com/taqiyya-islamica-mentir-e-permitido-se-ajudar-a-propagar-o-islamismo/ https://portalconservador.com/taqiyya-islamica-mentir-e-permitido-se-ajudar-a-propagar-o-islamismo/#comments Sun, 31 Jul 2016 14:26:08 +0000 http://portalconservador.com/?p=2955 read more →]]> O Islamismo é a única religião do planeta que legitima a mentira (Taqiyya). Isto quer dizer que para convencer ou iludir os infiéis (todos os não-muçulmanos) a mentira é moralmente correcta e útil para avançar os projetos da Sharia. Ou seja, se o Islã ousar dizer que é a favor da liberdade religiosa, da democracia, das instituições ocidentais ou que respeita/tolera o cristianismo, para dizer o mínimo: não confie.

Este é um dos conceitos mais chocantes do islão: é permitido mentir se a mentira ajudar a propagação do islão e da lei islâmica (Sharia). Eu sei que é chocante mesmo pensar que um muçulmano pode estar nos enganando, mas o fato é que mentir para os não-muçulmanos não é motivo para um muçulmano temer o inferno. Ele pode mentir e ainda aguardar pelas suas 72 virgens depois da morte sem remorsos.

Os muçulmanos podem mentir?

Resposta: Os doutores do islão ensinam que os muçulmanos devem, em geral, serem verdadeiros uns para com os outros, exceto quando o propósito da mentira for o de “amaciar as diferenças.” Existem duas formas de mentir para os não-muçulmanos (kufar) que são permitidas sob certas circunstâncias. Elas são chamadas de taqiyya e kitman. Essas circunstâncias são aquelas que avancem a causa do islão, em alguns casos para ganhar a confianca dos não-muçulmanos de modo a expor as suas vulnerabilidades e, deste modo, derrotá-los mais facilmente.

Os muçulmanos estão autorizados a mentir para os não-muçulmanos a fim de derrotá-los. As duas formas são:

Taqiyya (muda’rat) – dizer algo que não é verdade.

Kitman – mentira por omissão. Um exemplo seria quando apologistas muçulmanos citam apenas um fragmento do verso 5:32 (se alguém mata “seria como se tivesse matado toda a humanidade”), deixando de mencionar que o restante do versículo (e no próximo) ordena o assassinato em casos indefinidos de “corrupção” e “mal comportamento”.

O que diz o Alcorão?

Alcorão (16: 106) – Estabelece que há circunstâncias que podem “obrigar” um muçulmano para dizer uma mentira.

Alcorão (3:28) – Este versículo diz para muçulmanos não tomarem aqueles fora da fé islâmica como amigos, a menos que seja para “que eles se protejam.”

Alcorão (9: 3) – “… Alá e Seu Mensageiro estão livres de responsabilidade para com os idólatras …” A dissolução dos juramentos com os pagãos que permaneceram em Meca após a sua captura. Os pagãos de Meca não fizeram nada de errado, mas foram expulsos de qualquer maneira.

Alcorão (40:28) – Um homem é apresentado como um crente, mas que deve “esconder sua fé” entre aqueles que não são crentes.

Alcorão (2: 225) – “Alá não vai chamá-los para explicar leviandade em seus juramentos, mas irá julgá-lo pela intenção em seus corações.” O contexto dessa observação é o casamento, o que explica por que a Sharia permite aos cônjuges mentirem uns para o outro para um bem maior.

Alcorão (66: 2) – “Alá já ordenou para você, (ó homens), a dissolução de seus juramentos.”

Alcorão (3:54) – “E eles (os descrentes) planejaram, e Alá planejou (contra eles): e Alá é o melhor dos planejadores.” A palavra árabe usada aqui para o planejar (ou tramar) é makara, que significa literalmente ‘enganar’. Se Alá é extremamente enganador para com os incrédulos, então há pouca base para negar que os muçulmanos estão autorizados a fazerem o mesmo. (Veja também 8:30 e 10:21)

Citações do Hadice (Hadith):

Bukhari (52: 269) – “O Profeta disse:” A guerra é enganar os outros. “O contexto deste hadice é considerado como sendo para o assassinato de Usayr ibn Zarim, e seus trinta homens desarmados, pelos homens de Maomé após ele ter “garantido” a eles uma passagem segura.

Bukhari (49: 857) – “Aquele que faz a paz entre as pessoas inventando boas informações ou dizer coisas boas, não é um mentiroso.” Mentir é permitido quando o fim justifica os meios.

Bukhari (84: 64-65) – Falando de uma posição de poder na época, Ali confirma que a mentira é permitida a fim de enganar um “inimigo”.

Muslim (32: 6303) – “… ele não ouviu que a isenção foi concedida em nada o que as pessoas falam como mentira, mas em três casos: na batalha, para trazer a reconciliação entre as pessoas, e as palavras do marido para sua esposa, e as palavras de uma esposa para seu marido (de forma distorcida, a fim de trazer a reconciliação entre eles)”.

Bukhari (50: 369) – narra o assassinato de um poeta, Ka’b bin al-Ashraf, por insistência de Maomé. Os homens que se voluntariaram para o assassinato usaram desonestidade para ganhar a confiança de Ka’b, fingindo que tinham se voltado contra Maomé. Com isso, eles chamaram a vítima para fora de sua fortaleza, ao que ele foi brutalmente abatido apesar de ter lutado ferozmente por sua vida.

Da Lei Islâmica:

Reliance do Traveler (p 746-8,2.) -. “A fala é um meio para alcançar os objetivos Se um objetivo louvável for alcançável através de tanto dizer a verdade ou mentir, é ilegal mentir, porque não há necessidade para isso. Quando for possível alcançar tal objetivo mentindo-se mas não dizendo a verdade, é permitido mentir se atingir a meta for permitido (N: ou seja, quando o propósito da mentira for para contornar alguém que esteja impedindo alguém de fazer algo permitido ), e é obrigatória a mentir se o objetivo for obrigatório … é uma precaução religiosamente em todos os casos empregar palavras que dêm uma impressão enganosa …

“Deve-se comparar as conseqüências ruins decorrentes de se mentir e de se dizer a verdade, e se as conseqüências de dizer a verdade são mais prejudiciais, tem-se o direito de mentir.”

Enquanto isto na SIC:  Muçulmanos de França convidados para homenagem a padre assassinado

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Neste domingo (31.07.2016) o chefe do Conselho Muçulmano Francês, Anouar Kbibech, disse “Somos todos católicos de França”.  O Conselho Muçulmano disse que irá assistir neste domingo às cerimônias católicas, e os muçulmanos mostrariam a sua “solidariedade e compaixão”. Os dois terroristas de 19 anos foram abatidos pela polícia depois de terem feito cinco reféns na igreja e de terem assassinado o padre. Um dos jovens era Abel Malik Petitjean e estava referenciado pela polícia desde finais de junho por ter tentado juntar-se à jihad islâmica e por suspeita de radicalização. O outro era Adel Kermiche, nascido em território francês.

Mas, Maomé fez isso?

Sim. Por exemplo, Maomé ludibriou Meca ao assinar uma trégua de 10 anos, quebrando-a após 2 anos quando já tinha conseguido um exército grande o suficiente para conquistar Meca. Algumas das pessoas de meca que confiaram em Maomé foram executadas.

Maomé usou de mentirar ao enganar o poeta Ka’b bin al-Ashraf (descrito acima) bem como Usayr ibn Zarim, um exilado da tribo dos Banu Nadir, que haviam sido expulsos de Medina por Maomé (descrito abaixo).

Na época, Usayr ibn Zarim estava tentando reunir uma força armada contra os muçulmanos, de entre uma tribo aliada ao Coraixitas (guerra contra o qual Maomé já havia declarado). “Emissários” de Maomé foram para ibn Zarim e o convenceram a deixar o seu porto seguro, sob o pretexto de se encontrar com o profeta do Islã em Medina para discutir a paz. Uma vez vulnerável, o líder e seus trinta companheiros foram massacrados pelos muçulmanos com facilidade, desmentindo a promessa de que eles estavam em sua maioria desarmados, tendo sido dada uma garantia de passagem segura (Ibn Ishaq 981).

Tal era a reputação dos muçulmanos por mentir e depois matar que mesmo aqueles que o “aceitaram o islão” não se sentiam totalmente seguros. O destino da Jadhima é evidência dramática para isto. Quando muçulmanos “missionários” se aproximaram de sua tribo um dos membros insistiu que eles iriam ser abatidos, mesmo aqueles que já tinham se “convertido” ao islamismo para evitar apenas como um desaparecimento. No entanto, os outros estavam convencidos de que eles poderiam confiar na promessa do líder muçulmano que eles não poderiam ser prejudicados se eles simplesmente não oferecessem resistência. (Depois de convencer o cético a depor armas, os homens desarmados da tribo foram rapidamente amarrado e decapitados – Ibn Ishaq 834 e 837).

O Alcorão diz em vários lugares que Alá é o melhor na arte de enganar as pessoas. Uma nota interessante é o versículo 7:99, que diz que as únicas pessoas têm certeza do que Alá irá fazer com elas são aquelas que perecerão no inferno. Tomada literalmente, esta passagem significaria que os muçulmanos que arrogantemente assumem que eles vão entrar no céu, poderão ter uma surpresa desagradável (estes são os perigos de se adorar um enganador todo-poderoso).

A quase ausência de versículos do Alcorão e Hadith que incentivem que a verdade de ser dita é algo surpreendente, dado que muitos muçulmanos estejam convencidos de que sua religião ensina honestidade. Na verdade, é por causa dessa crença arraigada, que muitos muçulmanos sejam ainda bastante honestos. Quando a mentira é abordada no Alcorão, é quase sempre em referência a “mentiras contra Alá” – referindo-se aos judeus e cristãos que rejeitaram a alegação de que Maomé era um profeta.

Finalmente, as circunstâncias em que Maomé permitiu um crente a mentir para um não-cônjuge são limitadas àquelas que fazer avançar a causa do Islã ou habilitam um muçulmano a evitar danos ao seu bem-estar (e provavelmente, o bem-estar de outros muçulmanos também) . Embora este deve ser mantido muito em conta quando se trata de assuntos de segurança global, tais como as intenções nucleares do Irã, ou os interesses reais daqueles que estão financiando a islamização do Brasi, isso não é motivo para se supor que todo o muçulmano que você pessoalmente encontrar na rua ou no local de trabalho seja menos honesto do que qualquer outra pessoa.

Contudo, se ele for um bom muçulmano, você sabe que ele deseja a implantação da lei islâmica (Sharia), mesmo que ele diga o contrário.

Outras formas permitidas de enganar o káfir (não-muçulmano):

Além da taqiyya (muda’rat) e kitman, existem outras formas permitidas pelo islão no tocante a mentira. Elas são:

Tawriya – enganar o kafir sendo ambíguo.

Taysir – enganar o kafir ao mostrar uma certa flexibilidade e não observar todos os princípios da Sharia.

Darura – enganar por necessidade, ou seja, fazendo algo que seja “Haram” (proibido)

Muruna – a suspensão temporária da Sharia, permitindo que imigrantes muçulmanos pareçam “moderados”. Então, através do princípio da Hégira (imigração muçulmana), os primeiros muçulmanos são como uma espécie de Cavalo de Tróia. A comunidade Kafir (Não-muçulmana) fica com a falsa impressão de que os primeiros imigrantes não são uma ameaça, pelo menos até que a comunidade muçulmana tem ganhado força.


Texto adaptado e atualizado. Lei Islâmica em Ação.

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O Espírito das Cruzadas https://portalconservador.com/o-espirito-das-cruzadas/ https://portalconservador.com/o-espirito-das-cruzadas/#respond Mon, 20 Apr 2015 02:34:14 +0000 http://portalconservador.com/?p=2250 read more →]]> “Tomai o caminho do Santo Sepulcro, certos da glória imperecível que vos espera no reino de Deus. Que cada um renuncie a si mesmo e tome a Cruz”! Data de 18 de novembro de 1095 o apelo de Clermont, enunciado pelo Papa Urbano II. Este imperativo religioso, esta obrigação moral, uniu inimigos políticos, reuniu reinos adversários, suspendeu guerras entre soberanias, aplacou fações e famílias desavindas, aderiu forças oponentes e associou monarcas antes irreconciliáveis. Némesis no plano natural, juntaram-se numa fraternidade sobrenatural. Relatam as crónicas que por esses dias naquela cidade francesa acabou o pano vermelho com que os francos faziam a cruz nas suas capas. Houve quem tatuasse ou mesmo marcasse a fogo na pele uma cruz.

Como qualquer empreendimento humano, teve os seus aproveitadores, usurpadores, loucos e assassinos: teve os seus Reinaldo de Châtillon, Boemundo, Guy de Lusignan. Acima de tudo, contou com homens admiráveis e santos como Godofredo de Bulhões, Balduíno IV, São Luís, São Bernardo. Compareceram igualmente, como de resto não poderia deixar de acontecer numa sociedade orgânica como a medieva, as diversas camadas da população anónima – a primeira manifestação deste fenómeno foi batizada muito apropriadamente de A Cruzada Popular (impulsionada em grande medida pelas palavras enfáticas do barbudo de cabelos longos e andrajosamente vestido Pedro, o Eremita; outro dos seus líderes foi um tal de Gautier-sans-Avoir, que como o sugestivo apelido deixa transparecer, não passava de um cavaleiro indigente). Anteriormente, já os papas Silvestre II, Sérgio IV (quando o “califa louco” Al-Hakim destruiu o Santo Sepulcro em 1010) e Gregório VII sonharam projetos no mesmo sentido. Foram deste santo as palavras: “preferiria expor a minha vida para libertar os Santos Lugares a comandar o universo”.

Do confronto entre as duas religiões e civilizações, Chesterton confere que os cristãos poderam retirar o melhor do lado muçulmano, enquanto o contrário não sucedeu. O cristianismo é dotado de uma plasticidade que lhe confere uma capacidade, única entre as várias religiões, de retirar, moldando-os à sua intrínseca espiritualidade, os aspetos tecnologicamente superiores vindos do lado contrário, sendo ao mesmo tempo detentor de uma elasticidade que lhe permite adaptar-se às mais díspares complexidades adversas. Podemos ilustrar esta noção traçando um paralelo entre duas existências concretas, cada uma delas paradigma de uma específica forma de viver em Cristo: São Francisco de Assis e São Tomás de Aquino. No movimento pendular resultante da surpreendente distância humana que separa esses santos medievais, perfeitamente visível na carne e nos temperamentos, depreende-se facilmente a largueza de vistas e de espírito da religião cristã, bem como o que estes atributos lhe auferem em termos de liberdade de ação.

O deus do Islão, um deus frio e sem face, autoritário e intolerante, um deus simplista que nasceu dos desertos e da cimitarra, nunca teve a flexibilidade para capacitar-se do acolhimento nem o poder de encaixe para admitir a diferença e a idiossincrasia. O islamismo, desde o seu início, comporta-se como um incêndio que alastra rapidamente numa paisagem árida onde predomina a palha seca: no seu avaro desenvolvimento tudo desbasta e tolhe, não deixando que nada sobreviva à sua passagem – consome os homens e destrói as nações. Provenientes de uma civilização apenas superficialmente mais avançada, ou seja, tecnicamente e teoricamente evoluída mas que comparava mal com a arte e o carácter ocidentais, os turcos seldjúcidas, ávidos de poder e glória, sujeitavam os peregrinos cristãos a roubos e assaltos, maus tratos e torturas, à escravidão, prisões e mortes. A partir da dobragem do ano mil, os testemunhos foram-se acumulando nas mentes cristãs, acabando por atingir a crispação da afronta e os limites da resistência.

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A entrada dos Cruzados em Constantinopla – Eugène Delacroix (1840)

Para quê o fútil exercício de as contar? A História também se alimenta de estatística, é certo. A Revolução Francesa tem o seu Delacroix e as invasões napoleonicas o seu Goya; a Guerra Civil Espanhola o seu Picasso. Contudo, por vezes há que ceder passagem ao ritmo do movimento, à intensidade do ambiente, ao acento da ecologia. Comparar o acontecimento das Cruzadas com uma sinfonia não será completamente descabido (embora Beethovem tenha-se arrependido de o fazer com Napoleão). (A marcha compreensivelmente não se ajusta, pois obriga-nos a uma contagem, nem que seja inconsciente). No entanto, poderemos ser mais felizes em evocar a longa-metragem. Ao estilo de um filme mudo dos anos vinte, em que os travellings, as panorâmicas, os ângulos da câmara, a profundidade de campo, a combinação de luz e sombra, a montagem, os grandes planos, conseguem mostrar – sem serem incomodados pela dimensão sonora (ou pela cor) – não uma sucessão de eventos estanques, mas somente um único e grandioso fenómeno – A Cruzada.

Talvez fosse necessário invocar o melhor Eisenstein (sem a componente política) para poder captar com o fervor e o realce devidos, essas deslocações em massa de seres humanos. Quais gafanhotos com alma, uma praga de armaduras e cotas de malha metálicas montadas a cavalo, juntamente com esqueletos andantes forrados a peles enrugadas e esforçadas, magras e curtidas pelos elementos rurais e pela costumeira escassez de alimento, com as mãos calejadas pelo rudimentar arado ou martelo que ficou para trás, trespassou as cidades, as aldeias, os campos e os castelos, flanqueou os picos mais elevados, ultrapassou os rios e navegou os estreitos, empurrou as fortificações e ergueu o krak, numa deriva heróica até ao extremo oriental do continente europeu e até aos limítrofes da Ásia.

A História nunca mais seria a mesma. Michelet: “viram-se homens desinteressarem-se subitamente de tudo quanto amavam até então: os barões abandonaram os seus castelos, os artífices os seus ofícios e os camponeses os seus campos, para consagrarem as suas penas e a sua vida a preservar de profanações sacrílegas aqueles dez pés quadrados de terra que haviam acolhido durante algumas horas os despojos terrenos do seu deus”. O voto de cruzado era irrevogável e observava a lei canónica, a sua violação caindo sob o perigo de excomunhão. Os fiéis eram obrigados a pedir autorização ao respetivo pároco e os monges tinham de a obter do seu superior. Mesmo com estes cuidados e preparos, apesar destes contra-pesos, foi tarefa ingrata tentar contêr os entusiasmos arrebatados e aplacar o intenso clamor. Não foram decerto capazes de impedir os desastres nem as carnificinas não forçadas diretamente pela mão inimiga – a Cruzada das Crianças e a Cruzada Popular resultaram em rotundos fracassos e em elevada mortandade.

Nesses dois séculos, a veia mística das peregrinações não cessou por um instante: havia sempre gente a partir para Jerusalém, gente mais ou menos esfomeada, melhor ou pior calçado ou simplesmente descalço, melhor ou pior armado ou simplesmente desarmado, a cavalo ou de carroça ou simplesmente a pé, principalmente da Flandres, da Inglaterra, da Escócia, da Alemanha, da Itália e da França. De facto, muitos homens da França (razão porque em terras do próximo-oriente todos os europeus eram denominados por “francos”). Enfrentando situações atmosféricas e áreas geograficamente agrestes, os desertos tórridos e secos, as tempestades de areia, as cheias do Nilo, lutando em terrenos desconhecidos e em clara inferioridade numérica contra homens mais fortes, mais altos e mais possantes, aguentando as pestes e as doenças, a fome e a sede, os ferimentos, a morte do amigo e do familiar, foram corajosa e abnegamente tentar libertar os Santos Lugares – sob o lema “Deus o quer”!

Seguindo o rumo dos caminhos trilhados, analisando o padrão da formação das poças de sangue dos combates travados e observando a inércia da queda dos corpos, verifica-se que o curso da conceção histórica hegeliana inverteu-se, romando de oeste para este, no sentido da Cidade Santa. O aparente fracasso deste autêntico romance de cavalaria (cinematograficamente adaptável, como sugerimos) não reside na efémera reconquista da cidade de Jerusalém ou na breve duração do Reino de Jerusalém. Apesar do facto inelutável do falhanço em libertar o Santo Sepulcro dos maometanos e malgrado a razia da população europeia (a França praticamente ficou sem nobreza), a recuperação da Terra Santa foi uma ideia plena de grandiosidade e generosidade. Uma ideia digna de Roma. (Nunca foi possível estabelecer uma ligação estável entre cristãos gregos e latinos. O Vigário de Cristo ainda acalentou durante algum tempo a esperança de acabar com o Cisma, mas provou-se sem viabilidade). Nesta grandiosa aventura mística, nesta “Epopeia das Cruzadas” (René Grousset), a pedra de toque reside no nascimento da ideia de cristandade, e com ela, da ideia de uma unidade e de uma identidade europeias. Do espírito europeu.

Escrito por Paulo Pinto. Portal Conservador.

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Quem são os assírios? Conheça os cristãos perseguidos pelo Estado Islâmico https://portalconservador.com/quem-sao-os-assirios-conheca-os-cristaos-perseguidos-pelo-estado-islamico/ https://portalconservador.com/quem-sao-os-assirios-conheca-os-cristaos-perseguidos-pelo-estado-islamico/#comments Sun, 01 Mar 2015 02:33:00 +0000 http://portalconservador.com/?p=2050 read more →]]> Os assírios, atacados por jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), formam uma antiga comunidade cristã cuja presença na Síria é recente, em função dos massacres que sofreram no Iraque. Esta comunidade faz parte das muitas que formam o mosaico de cristãos do Oriente e se destaca como sendo os descendentes do antigo império assírio estabelecido na Mesopotâmia, muito antes da introdução do cristianismo e do Islã.

Comunidade-assiria-Portal-Conservador

Os assírios são cristãos nestorianos, uma corrente do cristianismo condenada pelo Concílio de Éfeso em 431, devido às diferenças sobre a dupla natureza, divina e humana, de Cristo. Segundo a tradição, foram os apóstolos Tomé e Judas Tadeu que evangelizaram a Mesopotâmia. Em 37, Judas Tadeu se tornou o primeiro bispo de Seleucia-Ctesiphon, a capital dos partas, perto da atual Bagdá, enquanto Tomé partiu para a Índia.

O que é certo, porém, é que, desde o final do século I, missionários vindos da Palestina ou de Antióquia estabeleceram-se a oeste do Império Parta, próximo das comunidades judaicas da Babilônia e das populações aramaicas da Alta Mesopotâmia. Esses, que falam aramaico, são considerados os descendentes dos assírios, daí o nome de comunidades “assírias”. Estes cristãos assírios podem ser uniatas (ligados ao Vaticano) ou não, segundo Odon Vallet, especialista francês das religiões.

Desta forma, uma parte da Igreja assíria se ligou a Roma em 1830, tornando-se a Igreja caldeia, que estava presente, principalmente, no Iraque. Cerca de 30.000 assírios viviam na Síria antes do início da guerra civil. Destes, dois terços habitavam a província de Hassake, no extremo nordeste do país, com cerca de 1,4 milhão de habitantes. De acordo com o jornal católico francês La Croix, a Igreja assíria do Oriente reúne atualmente entre 250.000 e 400.000 seguidores, a maioria nos Estados Unidos e na Índia. O atual patriarca de Seleucia-Ctesiphon, Mar Dinkha IV, instalou, na década de 1980, a sede da sua igreja em Chicago.

Na Síria, a comunidade assíria formou o Conselho Militar Siríaco, que luta ativamente ao lado dos curdos. No Iraque, ela começou a treinar suas próprias milícias, considerando que os curdos e as forças federais não são capazes de protegê-los adequadamente dos jihadistas. Os assírios são encontrados principalmente entre Hassake e Ras el Ain, em 35 aldeias em torno de Tall Tamer.

A instalação da comunidade nesta região data dos massacres de 1933 no Iraque. A França foi responsável por instalá-los em aldeias de colonização agrária, antes de migrarem para as cidades de Hassake e Qamischli, e posteriormente para Aleppo e Damasco. De acordo com o geógrafo francês especialista em Síria Fabrice Balanche, as localidades de Haut Khabur são seu lar original na Síria. Mas devido ao êxodo rural, a maioria destas aldeias são atualmente mistas, com uma população curda de trabalhadores agrícolas vindos substituir os assírios que partiram para a cidade.

Imagens denunciam marcações islâmicas de residências cristãs

Em junho do ano passado (2014), floresceram marcações como estas em cidades milenares cristãs do Iraque, como em Mossul, que possuía comunidades cristãs fundadas no II século d. C e Qaraqosh, a antiga capital cristã do país. Depois do silêncio midiático e das grandes potências ocidentais, dois terços do território iraquiano foram dominados pelos militantes do Estado Islâmico. O mesmo prelúdio acontece atualmente na Síria:

Com informações Aleteia.org.

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Islamismo: a maior máquina assassina da história da humanidade https://portalconservador.com/islamismo-a-maior-maquina-assassina-da-historia-da-humanidade/ https://portalconservador.com/islamismo-a-maior-maquina-assassina-da-historia-da-humanidade/#comments Wed, 25 Feb 2015 02:51:06 +0000 http://portalconservador.com/?p=3368 read more →]]> Quando pensamos em assassinato em massa, o que nos vem à mente é Hitler. Se não é Hitler, então é Tojo, Stálin, ou Mao. Dá-se o crédito aos tiranos do século XX como os piores da espécie da tirania a terem já surgido na humanidade. Contudo, a verdade alarmante é que o islamismo já matou mais do que esses tiranos, e pode ultrapassar todos eles juntos em números e crueldade.

A enormidade dessas matanças da “religião da paz” está tão longe da compreensão que até os historiadores honestos ignoram a dimensão. Quando olhamos além do foco míope, o islamismo é a maior máquina assassina da história da humanidade, sem exceção.

A conquista islâmica da Índia foi provavelmente o caso mais sangrento da história. — Will Durant, citado no site de Daniel Pipes. Avaliações moderadas colocam o número em 80 milhões de indianos mortos. De acordo com alguns cálculos, a população indiana diminuiu entre o ano 1000 (ano da conquista do Afeganistão) e 1525 (ano do fim do Sultanato de Delhi). — Koenrad Elst, citado no site de Daniel Pipes.

 

Oitenta milhões?! Diante desse número, os crimes dos conquistadores espanhóis no continente americano ficam insignificantes. Não é de surpreender que Hitler admirava o islamismo como uma religião de guerra. Ele tinha muita reverência pelo islamismo, cuja carnificina nem ele conseguiu ultrapassar.

Mais de 110 milhões de negros foram mortos pelo islamismo

…um mínimo de 28 milhões de africanos foram escravizados no Oriente Médio islâmico. Desde então, calcula-se que 80 por cento dos negros capturados pelos comerciantes muçulmanos de escravos morreram antes de alcançar o mercado escravo. Acredita-se que o número total de mortos com os 1400 anos de invasões árabes e muçulmanas na África para capturar escravos tenha alcançado 112 milhões de negros. Quando se acrescenta a esse número os que foram vendidos nos mercados negros, o número total de vítimas africanas do comércio escravo no Leste da África e na África transaariana pode ser significativamente mais elevado do que 140 milhões de negros. — John Allembillah Azumah, autor do livro “The Legacy of Arab-Islam in Africa: A Quest for Inter-religious Dialogue” (O Legado do Islamismo Árabe na África: Uma Busca por um Diálogo Inter-religioso)

Some apenas esses dois números juntos, e o islamismo ultrapassou as vítimas do totalitarismo do século XX. No entanto, não termina aí. Acrescente os milhões que morreram nas mãos dos muçulmanos no Sudão em nossa época.

Boa parte da escravidão islâmica era de natureza sexual, com preferência pelas mulheres. Os homens que eram capturados eram castrados. Os filhos mulatos das mulheres eram muitas vezes mortos, o que explica o motivo por que o islamismo não pendeu demograficamente para a raça negra, diferente das escravas no Ocidente, as quais tinham filhos e criaram uma raça mestiça. Acrescente os filhos mortos e chegamos a mais de 200 milhões.

Recorde que no sétimo século, o Norte da África era quase totalmente cristão. O que aconteceu com eles?

No ano 750, cem anos depois da conquista de Jerusalém, pelo menos 50 por cento dos cristãos do mundo inteiro estavam sob a hegemonia muçulmana… Hoje não existe nenhum Cristianismo natural nessa região [do noroeste da África], não existe nenhuma comunidade cristã cuja história dá para identificar o rastro desde da antiguidade. — “Christianity Face to Face with Islam” (Cristianismo Face a Face com o Islamismo), CERC

O que aconteceu com esses milhões de cristãos? Alguns se converteram. O resto? Perdidos na história humana. Sabemos que mais de 1 milhão de europeus foram escravizados por piratas muçulmanos. Quantos morreram? Ninguém sabe… durante 250 anos entre 1530 e 1780, os números podem ter facilmente chegado a 1.250.000. — BBC

Na Idade Média…

…muitos escravos eram levados à Armênia e ali castrados para preencher a demanda muçulmana de eunucos. — “Slavery in Early Medieval Europe” (Escravidão no Início da Europa Medieval)

A mesma prática ocorria em toda a Espanha islâmica. Europeus do Norte da Europa eram capturados quando muçulmanos atacavam a Islândia, ou comprados, ou sacrificados nos locais de castração na Ibéria. Muitos morriam por causa das operações que ocorreram durante séculos.

Não se sabe o número de mortos quando os muçulmanos conquistaram os Bálcãs e sul da Itália, mas de novo os números somam certamente milhões durante os séculos. Não esqueça os 1,5 milhão de cristãos armênios mortos pelos turcos durante a 1ª Guerra Mundial. Sabemos que por mais de cinco séculos, vastos números de meninos cristãos foram raptados para se tornarem mercenários janízaros islâmicos para os turcos. Faça a soma disso também.

Os muçulmanos apreciavam mulheres loiras para seus haréns. Então mulheres eslavas escravizadas eram compradas nas feiras do Califado da Crimeia. Na Espanha muçulmana, um tributo anual de 100 mulheres visigodas [loiras germânicas] era exigido da costa da Cantábria da Espanha.

Durante décadas, os governantes muçulmanos da Espanha exigiam 100 virgens por ano da população conquistada. O tributo só teve uma parada quando os espanhóis étnicos começaram a fazer resistência. — “Jihad: Islam’s 1,300 Year War Against Western Civilisation” (Guerra Santa Islâmica: a Guerra de 1.300 anos do Islamismo contra a Civilização Ocidental)

Acrescente o total de mortos da Reconquista (movimento na Espanha e Portugal para reconquistar seus países dos muçulmanos) e os números sobem muito mais alto. As pesquisas mostram que a Baixa Idade Média (ou “Idade das Trevas”) não foi causada pelo povo germânico godo, que acabou assimilando e se tornando cristão:

…o real destruidor da civilização clássica foram os muçulmanos. Foram as invasões árabes… que destruíram a unidade do mundo mediterrâneo e transformaram o Oriente Médio — outrora uma das principais rotas mercantis do mundo — num campo de batalha. Foi depois do surgimento do islamismo… que as cidades do Ocidente, que dependiam do comércio mediterrâneo para sua sobrevivência, começaram a morrer. — “Islam Caused the Dark Ages” (O Islamismo Causou a Idade das Trevas)

Acrescente na computação os milhões desconhecidos que morreram como consequência. Quantos conhecem os horrores da conquista da Malásia? Os budistas da Tailândia e Malásia foram massacrados em massa.

Quando atacados e massacrados pelos muçulmanos, os budistas inicialmente não fizeram nenhuma tentativa de escapar de seus assassinos. Eles aceitaram a morte com uma atitude de fatalismo e destino. E daí eles não existem mais hoje para contar sua história. — História da Jihad.org. Possivelmente, nunca saberemos o número de mortos.

Depois que os muçulmanos começaram a governar no século XV, povos animistas acabaram desaparecendo por terem sido escravizados e “incorporados” na população muçulmana da Malásia, Sumatra, Bornéu e Java por meio de invasões, tributação e aquisição, principalmente de crianças. Java era o maior exportador de escravos no ano de 1500. — Islam Monitor (Monitor do Islamismo)

Do mesmo modo, o islamismo chegou às Filipinas. Somente o aparecimento dos espanhóis deteve um colapso total, e confinou o islamismo às ilhas do Sul. A vinda dos espanhóis salvou as Filipinas do islamismo, exceto a ponta do Sul em que a população havia se convertido ao islamismo. — História da Jihad.org

De novo, não se sabe o número de mortos, mas acrescento-os ao total. Os filipinos animistas estavam com muita vontade de se aliar aos espanhóis contra o islamismo. Aliás, boa parte do sudeste asiático deu boas-vindas aos espanhóis e portugueses como preferíveis ao islamismo.

…desde o século XVII sucessivos reis tailandeses se aliaram às potências marítimas ocidentais — os portugueses e os holandeses — e tiveram sucesso em expulsar a ameaça do islamismo dos malásios muçulmanos e seus senhores árabes. — História da Jihad.org

Alguns galeões e mosquetes não foram suficientes para conquistar a Ásia. O islamismo fez os europeus inicialmente parecerem como libertadores; e até certo ponto eles eram. Quem eram os reais imperialistas?

Até mesmo hoje…

…Jihadistas malásios estão conspirando para transformar a Malásia multiétnica num Califado Islâmico, e estão fomentando confusões no Sul da Tailândia. — Histórida da Jihad.org

Acrescente tudo isso. As vítimas africanas. As vítimas indianas. As vítimas europeias. Acrescente o genocídio armênio. Então acrescente o fato conhecido, mas sem dúvida com um número consideravelmente grande, de vítimas do Leste da Ásia. Acrescente a guerra santa islâmica cometida por muçulmanos contra a China, que foi invadida em 651 d.C. Acrescente a atividade predatória dos canatos da Crimeia contra os eslavos, principalmente suas mulheres.

Embora os números não sejam claros, o que é óbvio é que o islamismo é a maior máquina assassina da história, sem exceção, possivelmente ultrapassando 250 milhões de mortos. Possivelmente um terço ou metade ou mais de todos os mortos por guerras ou escravidão na história podem ser atribuídos ao islamismo. E esse é apenas um exame superficial.

Agora considere os mais de 125 milhões de mulheres hoje que sofrem mutilação genital por amor à honra islâmica. Apesar do que os defensores dizem, essa prática é quase totalmente confinada às áreas islâmicas.

Recentes informações do Curdistão iraquiano levantam a possibilidade de que o problema é mais comum no Oriente Médio do que se cria anteriormente e que a mutilação genital feminina (MGF) está mais ligada à religião do que muitos acadêmicos e ativistas ocidentais admitem. — “A Mutilação Genital Feminina é um Problema Islâmico?” ME Quarterly.

Outrora considerada como concentrada na África, descobriu-se agora que a MGF é comum onde quer que haja o islamismo.

Há indicações de que a MGF pode ser um fenômeno de proporções epidêmicas no Oriente Médio árabe. Hosken, por exemplo, nota que tradicionalmente todas as mulheres da região do Golfo Pérsico foram mutiladas. Os governos árabes se recusam a lidar com esse problema. — “A Mutilação Genital Feminina é um Problema Islâmico?” ME Quarterly.

Recorde que isso está acontecendo há 1400 anos. E foi imposto numa população que no passado era cristã ou pagã.

A MGF é praticada em grande escala na Indonésia islâmica, e está aumentando.

…longe de diminuir, o problema da MGF na Indonésia está crescendo acentuadamente. As cerimônias em massa em Bandung estão ficando maiores e mais populares a cada ano. — Guardian

O escritor britânico horrorizado desse artigo do Guardian ainda está iludido que o islamismo não apoia a MGF, quando na verdade é agora fato que a MGF é uma prática islâmica importante. As mulheres islâmicas sofrem lavagem cerebral para apoiar seu próprio abuso.

Além disso, Abu Sahlieh citou Maomé, que disse: “A circuncisão é sunna (tradição) para os homens e makruma (ação honrosa) para as mulheres.” — “A Mutilação Genital Feminina é um Problema Islâmico?” ME Quarterly.

Qual outra tirania faz isso? Nem mesmo os nazistas mutilavam suas próprias mulheres!

Diferente dos ditadores do século XX cuja fúria assassina os consumiu, reduzindo sua longevidade, o islamismo continua avançando. No fim, embora de modo mais lento, o islamismo tem matado e torturado muito mais do que qualquer outro credo, religioso ou secular. Diferente da tirania secular, o islamismo, devido à sua poligamia e predações sexuais, se reproduz e aumenta.

Outras tiranias são infecções furiosas, que ardem como fogo, mas logo se extinguem. Mas o islamismo é um câncer terminal, que se espalha e domina tudo. Nunca bate em retirada. Seus métodos são traiçoeiros, muitas vezes imperceptíveis no início, impulsionados pelo crescimento populacional. Como um câncer, a extirpação pode ser a única cura.

Portanto, toda vez que você ler sobre um “excesso” israelense [contra os muçulmanos] — e pode haver verdade na queixa —, coloque a notícia em contexto. Olhe contra quem os israelenses estão lutando. O islamismo é totalmente diferente de todas as outras ditaduras da história humana.

Escrito por Mike Konrad


¹Mike Konrad é o pseudônimo de um americano que não é judeu, hispânico ou árabe. Ele dirige o site Arábia Latina (http://latinarabia.com), onde ele discute a subcultura dos árabes na América Latina. Ele queria que seu espanhol fosse melhor.

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O que está em jogo? O ocidente versus o Islã https://portalconservador.com/o-que-esta-em-jogo-o-ocidente-versus-isla/ https://portalconservador.com/o-que-esta-em-jogo-o-ocidente-versus-isla/#comments Tue, 13 Jan 2015 17:48:38 +0000 http://portalconservador.com/?p=1798 read more →]]> O atentado de radicais islâmicos à revista francesa anarco-trotskista Charlie Hebdo, na quarta-feira passada, 07 de janeiro, mobilizou, para além da cobertura massiva de grandes redes televisivas como CNN, FOX News e Rede Globo todo um leque de discussões quanto ao futuro do cristianismo no Ocidente. Outro atentado, desta vez realizada pelo Boko Haram, também muçulmano, dizimou mais de 2 mil mortos na cidade de Baga, na Nigéria. O primeiro foi largamento divulgado, o segundo, praticamente silenciado.

O grande conflito para o século XXI é mesmo de matriz cultural e religiosa. É um grande embate entre o Ocidente laico, outrora cristão, e o Islamismo militante, que há décadas discute as mais variadas formas de uma invasão cultural e religiosa da Europa. Como o resultado parece estar saindo melhor do que encomenda, a atual discussão islâmica está no patrocínio de incursões e financiamentos de mesquitas nas Américas.

Isto ficou evidente no último encontro muçulmano de 12 de novembro, em Istambul (Turquia). O evento foi noticiado pela grande mídia? A resposta é não. O tema? “Construindo as nossas tradições e o nosso futuro”. Ao contrário de Roma, que um dia fora a capital da Cristandade, Istambul permanece como a capital do Mundo Árabe. Quarenta líderes islâmicos e o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, discutiram e traçaram metas para uma expansão islâmica para os dez anos seguintes.

A escolha de Istambul é mesmo simbólica para o islamismo. Em 1453, os árabes liderados pelo sultão Maomé II (1432-1481) tomaram em assalto a cidade de Constantinopla (atual Istambul), selando o destino do Império Romano do Oriente e anunciando o seu próprio império, o Otomano, que só veio a ser dissolvido em 1922. A tomada de Constantinopla fora uma grande vitória contra o Ocidente cristão. E querem, a partir da própria Constantinopla, continuar os devidos trabalhos.

Todo este processo de invasão acontece enquanto o Ocidente está a dormir em torno de discursos politicamente corretos, liderados por políticos de ideologias socialistas e marxistas. É uma via de mão dupla: enquanto a mídia condena toda e mera crítica ao Islã como “islamofobia”, evidenciando o “fato de serem todos pacíficos”, do outro lado a política, que outorga o ensino islâmico sob debaixo dos panos e incentiva a imigração. É uma realidade que necessita ser rapidamente compreendida.

O islamismo está em conflito com o resto do mundo desde o século VII d. C, e o islã “moderno” está canalizando suas forças através do ensino, da grande mídia e da publicidade. Mesmos muçulmanos moderados (inofensivos?) apoiam os radicais do Estado Islâmico (ISIS), afinal, estão conquistando pessoas e territórios para Alá. E nenhum islâmico é contrário à instalação da lei divina. Nos Estados Unidos, a maior organização muçulmana, a Council on American-Islamic Relations (CAIR) ficou horrorizada com a proibição da Sharia em 16 estados americanos. [1]

Igreja-Catolica-Armenia-Portal-Conservador

Igreja Católica Armênia em Raqqa, Síria, atualmente escritório do ISIS.

O Estado Islâmico dominou dois terços do território iraquiano. A segunda cidade mais populosa, atrás apenas da capital Bagdá, Mossul, não existe mais. Mossul fora um centro cristão desde o II século d. C. Com muitos altos e baixos, a violência islâmica eclodiu após a invasão dos Estados Unidos em 2003 e a campanha do ISIS significou o golpe final [2]. O arcebispo de Mossul, Dom Amel Nona, foi enfático, em agosto de 2014: “Perdi minha diocese para o Islã – vocês no Ocidente também serão vítimas do Islã”.

E de fato, o mundo islâmico sabe muito bem que está em guerra com o cristianismo. É preciso compreender a posição do Corão sobre os infiéis, que são todos aqueles não-islâmicos. Para o islamismo, é irrelevante se você é cristão, ou ateu, ou budista, se é ou não é adepto das utopias messiânicas socialistas. Continua sendo infiel, pois não compartilha da fé em Alá. E portanto, ou você se converte ao Islã, ou você deve ser morto.

Ao contrário do Ocidente, que não experimenta nenhuma coesão religiosa ou até mesmo professa irreligiosidade, o mundo islâmico é representado por uma instituição internacional: a Organização da Cooperação Islâmica, com 57 países-membros. É simplesmente o maior bloco de países do mundo. Todos estes países defendem, desde o maior ao menor grau à instituição da lei islâmica, a Sharia. Rechaçaram, em diversas ocasiões, a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU.

É mais do que evidente que a secularização experimentada pelo Ocidente é completamente inofensiva contra uma religião totalitária que é o islamismo. Eles estão vencendo esta batalha, mas ainda podem perder a guerra. É só lembrar que a Cristandade foi atacada constantemente por mais de quatro séculos antes dos Papas aprovarem as Cruzadas[3] [4]. E ainda há gente ignorante, para dizer o mínimo, que as condenam.

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O catolicismo é a maior religião dos Estados Unidos https://portalconservador.com/o-catolicismo-e-a-maior-religiao-dos-estados-unidos/ https://portalconservador.com/o-catolicismo-e-a-maior-religiao-dos-estados-unidos/#comments Thu, 01 Jan 2015 19:00:19 +0000 http://portalconservador.com/?p=1677 read more →]]> Enquanto a mídia secular está arrotando o resultado das pesquisas do nosso ultra ortodoxo e confiável IBGE sobre a queda de católicos em terras brasileiras, nos Estados Unidos da América a situação concreta é bem diferente: na maior nação protestante do mundo agora o Catolicismo é a maior religião cristã com mais de 68 milhões de fiéis. Vejamos os dados:

1. The Catholic Church 68,202,492, [ranked 1 in 2011]

2. Southern Baptist Convention 16,136,044, [ranked 2 in 2011]

3. The United Methodist Church 7,679,850, [ranked 3 in 2011]

4. The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints 6,157,238, [ranked 4 in 2011]

5. The Church of God in Christ 5,499,875, [ranked 5 in 2011]

6. National Baptist Convention , U.S.A. , Inc. 5,197,512, [ranked 6 in 2011]

7. Evangelical Lutheran Church in America 4,274,855, [ranked 7 in 2011]

8. National Baptist Convention of America , Inc. 3,500,000, [ranked 8 in 2011]

9. Assemblies of God 3,030,944, [ranked 9 in 2011]

10. Presbyterian Church (U.S.A.) 2,675,873, [ranked 10 in 2011]

Bento XVI, na sua homília no “Yankee Stadium” de Nova Iorque, lembrou que “Nesta terra de liberdade religiosa, os católicos encontraram não só a liberdade para praticar sua fé, mas também para participar plenamente na vida civil, levando consigo suas convicções morais para a esfera pública, cooperando com seus vizinhos a forjar uma vibrante sociedade democrática.” De fato, na recém fundada federação americana, se instituiu uma realidade muito particular, podemos dizer que foi na terra estadunidense onde a Igreja Católica vivenciou maior liberdade sob um país majoritariamente protestante. Dessa forma, o clero americano pôde acolher com maior zelo os imigrantes de fé romana, principalmente vindos da Irlanda, num primeiro momento, e depois da Itália, Polônia e Alemanha, assim como sedimentar uma forte presença no país, seja através de instituições ou por meio do crescente número de vocações.

O futuro do catolicismo nas Américas, sobretudo nos Estados Unidos, é de grande importância para a Cristandade. A Europa está espiritualmente morta e em breve será tomada pacificamente pela Islã, pois os europeus de herança cristã não têm mais filhos, nem mesmo o suficiente para repor o declínio natural da população. Salvo um milagre, é um processo irreversível.

Da Europa se terá apenas a saudosa lembrança de um tempo cristão, que não voltará tão cedo, e que viverá talvez em pequenas ilhas isoladas, como os cristãos dos países maometanos do Oriente. Queira Nossa Senhora que aconteça um milagre e que a Europa volte a ser cristã. Talvez as profecias de Fátima se cumpram trazendo uma renovação católica no Velho Mundo. Talvez. Rezemos.

Em termos práticos, sem esperar pelo milagre, confiando no andar ordinário das coisas, as Américas são uma terra mais fértil para a semente do Evangelho.

O Brasil seria uma ótima terra de missão, com um povo mais dócil às verdades reveladas, com virtudes ainda inacabadas, herdadas da presença do catolicismo antes da crise pós-conciliar que devastou a vida espiritual do Ocidente. Os países da América Hispânica, catolicíssimos, devotíssimos de Nossa Senhora, também têm em si a potência de protagonizar o ressurgimento de uma civilização católica no Ocidente. Mas os Estados Unidos teriam um papel de cardeal importância, porque lá as instituições e os estado de espírito necessárias para isso já são uma realidade. Mesmo fortemente abalado pela crise conciliar, o catolicismo lá é mais pujante que em qualquer outra nação do Ocidente. Antes da crise conciliar essa pujança era uma coisa notável.

Só em 1955 foram 140 mil os protestantes convertidos e a população católica crescia em 1 milhão anualmente. Isso é uma coisa verdadeira assombrosa!

Alguns Bispos Americanos estão dando aula de evangelização. Há uma iniciativa da Conferência Episcopal Americana em fazer propaganda da fé católica em comerciais das mais populares emissores de TV. É como se a CNBB fizesse comercial da Missa Tridentina e a Globo anunciasse em horário nobre.

Veja por exemplo, o que a Arquidiocese de Nova Iorque produziu, um vídeo de ordenação de cinco jovens padres e questionando o telespectador sobre sua vocação.

O livro Todos os caminhos vão dar a Roma, do ex-pastor presbiteriano Scott Hahn e sua esposa Kimberly Hahn até hoje é responsável pela conversão de milhares de protestantes. Na obra, o casal relata o percurso de conversão e como foram vendo quanto a Sola Scriptura (“Só a escritura”) era incompatível com a mensagem de Cristo. É interessante, pois descreve a conversão de duas pessoas que tinham uma (falsa) ideia de catolicismo. O engraçado é que eles passaram admirar a fé católica através de sua moral, especialmente no que diz respeito a métodos reprodutivos, exatamente o ponto que a grande maioria dos católicos simplesmente não entende.

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A atração que os protestantes americanos tem pela Igreja é pelo seu conservadorismo, conservadora no sentido de guardar e conservar o que Cristo deixou a ela. Uma vez que muitos não suportam uma religião liberal, sempre vem no sentido de mudar aquilo que exatamente ela não pode mudar.

Maior igreja protestante dos Estados Unidos agora é católica

Depois que a mega-igreja protestante foi a falência, seu prédio foi comprado pela Diocese Católica do local, que a usará como sua nova catedral. Sem entrar no mérito da feiúra protestante da igreja, isso tem uma forte simbologia por trás. É uma virada da Igreja Católica nos Estados Unidos, que afinal começou muito pequena, e agora já é a maior denominação cristã dos Estados Unidos.

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O nome que foi dado à nova Catedral, aprovado pela Santa Sé, é Christ Cathedral (antes era chamada de Crystal Cathedral). As motivações são ecumênicas (nem tudo é perfeito); mas há um bom motivo para escolherem essa como sua nova Catedral, que afinal é um ponto turístico e já tinha se tornado referência em igrejas protestantes no país.

Lá, podemos ver o oposto do Brasil. Aqui o “padrão” é dizer-se católico, então temos muitos “católicos não-praticantes”. Lá, os não-praticantes são em maioria os protestantes, já que eles são a grande maioria da população. Como a grande parte dos protestantes no Brasil, os católicos dos Estados Unidos são ativos em sua Igreja.

Aqui está um vídeo da Catholic News Agency de uma ordenação na Diocese, onde foi apresentado o novo nome da Catedral e foi nomeado o seu vigário episcopal, o Pe. Christopher H. Smith:

Texto adaptado do portal Tradição em foco com Roma

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Por que o marxismo odeia o Cristianismo https://portalconservador.com/por-que-o-marxismo-odeia-o-cristianismo/ https://portalconservador.com/por-que-o-marxismo-odeia-o-cristianismo/#comments Tue, 23 Dec 2014 20:48:04 +0000 http://portalconservador.com/?p=1642 read more →]]> O marxismo autêntico sempre odiou e sempre odiará o cristianismo autêntico. Se não puder pervertê-lo, então terá que matá-lo. Sempre foi assim e sempre será assim.

E por que essa oposição manifestada ao cristianismo por parte do marxismo? Por que o ódio filosófico, a política anticristã, a ação assassina direcionada aos cristãos? Por que o país número um em perseguição ao cristianismo não é muçulmano e sim a comunista Coréia do Norte?

As pessoas se iludem quando pensam no marxismo como doutrina econômica ou política. Economia e política são meros pontos. Marx não acreditava ter apenas as resposta para os problemas econômicos. Acreditava ter todas as respostas para todos os problemas.

Marxismo na verdade é uma crença, uma visão de mundo, uma fé. O socialismo nada mais é do que a aplicação dessa fé por um governo totalitário. O comunismo, por sua vez, é apenas a escatologia marxista, o suposto mundo paradisíaco que brotaria de suas profecias.

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E esta fé não apresenta o caráter relativista de um hinduísmo ou de um budismo. Tendo nascido dos pressupostos cristãos, o marxismo roubou seus absolutos e se apresenta como a verdade absoluta, como o único caminho para redenção da humanidade. E ainda que tenha se apossado dos pressupostos cristãos, inverteu tais pressupostos tornando-se uma heresia anticristã.

No lugar do teísmo o ateísmo, no lugar da Providência Divina o materialismo dialético. Ao invés de um ser criado à imagem e semelhança de Deus, um primata evoluído cuja essência é o trabalho, o homo economicus. O pecado é a propriedade privada, o efeito do pecado, simplesmente a opressão social. O instrumento coletivo para aplicar a redenção não é a Igreja, mas o proletariado, que através da ditadura de um Estado “redentor” conduziria o mundo a uma sociedade sem classes. E o resultado seria não os novos céus e a nova terra criados por Deus, mas o mundo comunista futuro, onde o Estado desaparecerá, as injustiças desaparecerão e todo conflito se transformará em harmonia. Está é a fé marxista, um evangelho que não admite rival, pois assim como dois corpos não ocupam o mesmo espaço, duas crenças igualmente salvadoras não podem ocupar o mesmo mundo, segundo o marxismo real.

Sim, o comunismo de Marx era um evangelho, a salvação para todos os conflitos da existência, fosse o conflito entre homem e homem, homem e natureza, nações e nações. Assim lemos em seus Manuscritos de Paris:

O comunismo é a abolição positiva da propriedade privada e por conseguinte da auto-alienação humana e, portanto, a reapropriação real da essência humana pelo e para o homem… É a solução genuína do antagonismo entre homem e natureza e entre homem e homem. Ele é a solução verdadeira da luta entre existência e essência, entre objetivação e auto-afirmação, entre liberdade e necessidade, entre indivíduo e espécie. É a solução do enigma da história e sabe que há de ser esta solução.

E como o marxismo nega qualquer transcendência, qualquer realidade além desta realidade, seu “paraíso” deve se realizar neste mundo por meio do controle total. Não apenas o controle político e econômico, mas o controle social, ideológico, religioso. Não pode haver rivais. Não pode haver cristãos dizendo que há um Deus nos céus a quem pertencem todas as coisas e que realizou a salvação através da morte e ressurreição de Cristo. Não pode haver outra visão de mundo que não a marxista, não pode haver outra redenção senão aquela que será trazida pelo comunismo. O choque é inevitável.

Está é a raiz do ódio marxista ao cristianismo. Seu absolutismo não permite concorrência. David H. Adeney foi alguém que viveu dentro da revolução maoísta (comunista) na China. Ele era um missionário britânico e pode ver bem de perto o choque entre marxismo e cristianismo no meio universitário, onde trabalhou. Chung Chi Pang, que prefaciou sua obra escreveu:

“(…) a fé cristã e o comunismo são ideologicamente incompatíveis. Assim, quando alguém chega a uma crise vital de decisão entre os dois, é inevitavelmente uma questão de um ou outro (…) [o autor] tem experimentado pessoalmente o que é viver sob um sistema político com uma filosofia básica diametralmente oposta à fé cristã”

Os marxistas convictos sabem da incompatibilidade entre sua crença e a fé cristã. Os cristãos ainda se iludem com uma possível amizade entre ambos. “… para Marx, de qualquer forma, a religião cristã é uma das mais imorais que há”. (Mclellan, op. Cit., p.54). E Lenin, que transformou a teoria marxista em política real, apenas seguiu seu guru:

“A guerra contra quaisquer cristãos é para nós lei inabalável. Não cremos em postulados eternos de moral, e haveremos de desmascarar o embuste. A moral comunista é sinônimo de luta pelo robustecimento da ditadura proletária”

Assim foi na China, na Rússia, na Coreia do Norte e onde quer que a fé marxista tenha chegado. Ela não tolerará o cristianismo, senão o suficiente para conquistar a hegemonia. Depois que a pena marxista apossar-se da espada, então essa espada se voltará contra qualquer pena que não reze conforme sua cartilha.

Os ataques aos valores cristãos em nosso país não são fruto de um acidente de percurso. É apenas o velho ódio marxista ao cristianismo, manifestando-se no terreno das ideias e das discussões, e avançando no terreno da legislação e do discurso. O próximo passo pode ser a violência física simples e pura. Os métodos podem ter mudado, mas sua natureza é a mesma e, portanto, as conseqüências serão as mesmas.

Se nós, cristãos, não fizermos nada, a história se repetirá, pois como alguém já disse, quem não conhece a história tende a repeti-la. E parece que mesmo quem a conhece tende a repeti-la quando foi sendo anestesiado pouco a pouco pelo monóxido de carbono marxista. Será que confirmaremos a máxima de Hegel, que afirmou que a “história ensina que não se aprende nada com ela”?

Escrito por Eguinaldo Hélio Souza.

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A perseguição global ao Cristianismo https://portalconservador.com/a-perseguicao-global-ao-cristianismo/ https://portalconservador.com/a-perseguicao-global-ao-cristianismo/#comments Sun, 07 Dec 2014 14:59:37 +0000 http://portalconservador.com/?p=1446 read more →]]> “O número de cristãos perseguidos no mundo é de 150 milhões.” Há muitas outras estatísticas, terríveis e dramáticas, nas páginas do “livro negro da situação dos cristãos no mundo”, uma iniciativa única de estudiosos franceses e coordenada pelo jornalista Samuel Lieven. Instantâneos de uma guerra global e amorfa.

Em particular, há uma estatística desconcertante: “80 por cento dos atos de perseguição religiosa no mundo são contra cristãos”. Quantas vítimas? O Centro para o Estudo do Cristianismo Global traz a média de cem mil cristãos mortos a cada ano por sua fé ao longo da última década. Uma média de cinco cristãos a cada minuto.

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A pintura de Jeon Lerome retrata o martírio dos cristãos sob a égide do Império Romano. No mundo atual, a perseguição é ainda mais brutal e generalizada. Na América Latina, os cristãos veem sua fé sendo destroçada pelos regimes socialistas. Na Europa, assistem passivamente a dominação islâmica. No Oriente Médio, quando não decapitados, acabam expulsos. Na África, são caçados e queimados como animais.

Ontem, no Paquistão, dois cristãos, incluindo uma mulher grávida, foram queimados vivos no forno de tijolos, onde trabalhavam. Foi um massacre, com a participação de quatrocentos muçulmanos.

Haim Korsia, rabino-chefe da França, grita sua reação em face da disseminação do ódio contra os cristãos, e estabelece uma comparação com a destruição do judaísmo sefardita oriental:

“Onde estão as comunidades judaicas, uma vez tão ricas de Aleppo, Beirute, Alexandria, Cairo ou Trípoli? Onde estão as escolas de Nehardea e Pumbedita no Iraque? E onde está o florescimento do judaísmo em Esfahan e Teerã? Em nossa memória. Expulsos, mortos, dizimados, perseguidos e exilados, os cristãos do Oriente estão experimentando pessoalmente a mesma situação como os judeus com quem eles viveram por tanto tempo e ter visto deixando esses lugares “.

A ONG Portas Abertas declarou que a perseguição no Iraque atingiu “proporções bíblicas”. Terça-feira, em Roma, também foi apresentado o relatório anual de Ajuda à Igreja que Sofre. Ele disse que dos 20 países do mundo onde a liberdade religiosa é praticamente ausente, 14 são muçulmanos, e as ditaduras militares ou os outros comunistas, como a Coréia do Norte. Estamos enfrentando o que Habib Malik, da Universidade de Stanford chama de “a última fase do declínio regional dos cristãos”.

Hoje a cidade de Mosul parece ter sido engolida, como Jonas esteve no ventre da baleia.

“Entre 2003 e 2009, cerca de 800 cristãos foram executados [lá] a sangue frio, sem contar os cinqüenta mártires da catedral católica síria em Bagdá, incluindo dois padres, mortos em 31 de outubro de 2010. Até o momento, o número de cristãos mortos ultrapassa mil, incluindo um bispo e cinco padres. Mais de sessenta igrejas foram destruídas “.

No livro, um jihadista do Estado Islâmico fala ao telefone com o seu líder terrorista: “Eu tenho uma família de cristãos que não quer se converter, o que vamos fazer?” Uma frase que me fez lembrar dos pastores Tutso Adventistas do Sétimo Dia que, durante o genocídio em Ruanda, recorreram ao seu pastor com uma carta: “Gostaríamos de informar que amanhã seremos mortos com nossas famílias.”

Há os cristãos de Ma’aloula na Síria, como Taalab Antoun e seus dois primos, que receberam o ”aman “, a garantia islâmica de serem poupados. Desarmados e confiando na palavra dos rebeldes, foram mortos e depois decapitados.

Quinhentos mil cristãos já deixaram a Síria.

E antes deles, havia a história de Jean-Pierre Schumacher, o último monge de Tibhirine, na Argélia, onde os islâmicos masacraram os maravilhosos monges trapistas que compartilhavam refeições com os muçulmanos. Ele foi salvo porque os jihadistas contaram errado. Mais tarde, no funeral dos monges, o irmão Jean-Pierre pediu para abrir o caixão para prestar suas últimas homenagens a seus companheiros. Ele descobriu que as caixas não continham corpos, mas apenas sete cabeças.

Esse massacre foi o sinal verde para futuros massacres.

Escrito por Giulio Meotti. Traduzido por Josué Bueno.

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