politicamente correto – Portal Conservador https://portalconservador.com Maior Portal dirigido ao público Conservador em língua portuguesa. Fri, 23 Jun 2017 21:22:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.3.2 65453639 Bíblia é considerada livro “homofóbico” e impedida de ser ensinada em escola, no Canadá https://portalconservador.com/biblia-e-considerada-livro-homofobico-e-impedida-de-ser-ensinada-em-escola-no-canada/ https://portalconservador.com/biblia-e-considerada-livro-homofobico-e-impedida-de-ser-ensinada-em-escola-no-canada/#respond Fri, 23 Jun 2017 21:22:57 +0000 http://portalconservador.com/?p=3451 read more →]]> A academia Cristã Cornerstone, em Alberta (Canadá), está sendo convidada a parar de ensinar sobre as passagens da Bíblia que pode que podem ser consideradas “ofensivas”.

A presidente da Divisão Escolar ‘Battle River’ (BRSD), Lauri Skori, disse à diretora da Cornerstone, Deanna Margel, que “qualquer Escritura que possa ser considerada ofensiva a indivíduos particulares não deve ser lida ou estudada na escola”. Skori disse que seria inadequado para a escola, compartilhar “qualquer ensinamento que possa condenar a orientação sexual de alguém”.

Já a diretora da escola respondeu que tal proibição fere não só a liberdade religiosa, mas também a liberdade de expressão da instituição cristã. “Estamos falando de liberdade de religião, mas também estamos falando de liberdade de expressão”, disse Margel. “Precisamos de cada uma das palavras [da Bíblia] para nos desafiar, para nos chamar a uma maior compreensão sobre a vida. Isso é muito importante”.

No dia 15 de junho, a escola e o conselho se reuniram para discutir o assunto. O jornal ‘National Post’ informou que 50 representantes da Cornerstone estiveram presentes na reunião. Skori acusou a Cornerstone de transformar a “discussão em um espetáculo público”. Ela também disse que a Cornerstone “quebrou a confiança” da Divisão Escolar e estava tentando “criar controvérsia” chamando a atenção para a questão.

“As ações da sociedade não só prejudicaram nosso relacionamento, mas colocaram nossos filhos, nossa equipe, nossa escola e nossa divisão escolar em perigo”, disse Skori. A Cornerstone atualmente recebe financiamento do governo canadense e está listado como uma “escola alternativa”. Eles estão sob um acordo com a divisão escolar que protege seu direito de ensinar seus princípios básicos. Mas Skori tem pressionado a Cornerstone a negar seus valores há algum tempo.

No início deste ano, ela fez a Cornerstone remover uma passagem de 1 Coríntios 6:9-10 de seu site. A passagem dizia: “Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus”.

Ela até disse à Cornerstone para remover uma Escritura sobre a imortalidade escrita em uma parede na escola. A Cornerstone procurou os advogados do Centro de Justiça para a Liberdade Constitucional (JCCF). O presidente da JCCF, John Carpay, enviou ao à Divisão Escolar uma carta de oito páginas, apontando problemas com a proibição “injustificada e irreal” sobre o ensino da Bíblia e outra linguagem importante para a identidade da Cornerstone.

Oito horas depois que Carpay enviou sua carta, a Divisão respondeu via email, afirmando que manteria sua posição, de acordo com Margel. Carpay disse que a escola deve ter permissão para ensinar os valores cristãos aos seus estudantes.

“Os curadores gozam do direito legal de enviar seus próprios filhos a várias escolas que se alinham com as crenças e convicções dos pais”, disse Carpay em um comunicado. “Mas esses curadores não têm o direito de impor sua própria ideologia em escolas com as quais eles não concordam”.

Carpay também disse que esta questão é uma que se relaciona com todas as escolas no Canadá. “O dever de neutralidade do governo, exigido pelo Supremo Tribunal do Canadá, significa que um conselho escolar não pode determinar se os versículos da Torá, do Corão, do Novo Testamento ou do Guru Granth Sahib são aceitáveis”, afirmou.

Publicado originalmente em Guia.me.

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Google dá início a censura de mídias contrárias ao Islã https://portalconservador.com/google-da-inicio-a-censura-de-midias-contrarias-ao-isla/ https://portalconservador.com/google-da-inicio-a-censura-de-midias-contrarias-ao-isla/#comments Sat, 18 Mar 2017 13:40:27 +0000 http://portalconservador.com/?p=3314 read more →]]> 17.03.2017 – O Google é o maior buscador desde a consolidação da internet nos anos 2000. Seu poderio, contudo, pode ser muito bem utilizado para bisbilhotar todos os usuários da rede mundial de computadores e, mais além: controlar o fluxo de informações, através do refinamento das pesquisas realizadas no buscador pelo usuário comum. Sites que denunciam os crimes perpetrados pelo islamismo agora podem ser classificados pelo buscador como sendo um exemplo de conteúdo “perturbador”, “ofensivo” ou mesmo “criminoso” – um passo bem simples para que sites de editorias conservadoras simplesmente desapareçam das buscas.

Na quinta-feira (16) a Associated Press (AP) informou que o Google começou a selecionar equipes e divisões da companhia para sinalizar todos os conteúdos que possam ser considerados “ofensivos”, excluindo toda e qualquer mídia do buscador. O objetivo, segundo a companhia, é de “melhorar a qualidade dos seus serviços de busca” e tão apenas “instruir os avaliadores de qualidade […] a sinalizar para todos os resultados da internet que contenham conteúdos perturbadores ou ofensivos da perspectiva dos usuários em sua localidade, mesmo que o resultado satisfaça a intenção do usuário”.

Segundo o portal norte-americano Search Engine Land, a nova política do Google é “totalmente falsa”, mostrando um exemplo do que seria excluído se um usuário comum pesquisasse pelo termo “Islã” no buscador. Dentre as opções de pesquisa, apareceria um artigo intitulado “Proof that Islam is Evil, Violent, and Intolerant – Straight From the Koran” publicado pelo premiado jornalista Jan Morgan, que regularmente comenta na Fox News e na CNN. O site em questão contém numerosas passagens violentas do Alcorão e do Hadith que explicitamente provam que o Islã não é uma “religião de paz”. Ainda segundo o portal, o Google pode determinar o que o usuário comum deve entender como conteúdo apto a ser lido, realizando nada mais nada menos do que uma censura implícita, excluindo mídias conservadoras e realçando as mídias que enaltecem ideologias progressistas, tais como o globalismo da Nova Ordem.

Sob as novas diretrizes do Google, essas informações seriam sinalizadas como “perturbadoras-ofensivas” e enterradas nos resultados de pesquisa do Google porque a página, em tese, existe para “promover a intolerância ou o ódio”. Na realidade, a página existe para expor o fato de que a religião do Islã é intolerante e odiosa para os não-muçulmanos, membros da comunidade LGBT e outros – um fato manifestamente provável.

Simplificando, o Google está planejando filtrar informações politicamente incorretas mesmo se elas estiverem obviamente corretas. O fato é de que o islamismo é intolerante. No mundo islâmico, vítimas de estupro são mortas ou jogadas na prisão, meninas e mulheres são vítimas de homicídios de honra, mutilação genital feminina e ataques de ácido são bem comuns, supostos adúlteros são apedrejados e homossexuais são executados. Em que mundo isto não é evidência de um sistema de crenças intolerantes? Ao direcionar essas informações para censura, o Google está efetivamente se tornando compatível com a Sharia e se tornando apologista do que é claramente, por todos os padrões objetivos, o sistema de crenças mais violento e intolerante do planeta.

Escrito por Alex Jones. Traduzido e adaptado pelo Portal Conservador. Infowars.

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Se você é de esquerda, precisa entender isso https://portalconservador.com/se-voce-e-de-esquerda-precisa-entender-isso/ https://portalconservador.com/se-voce-e-de-esquerda-precisa-entender-isso/#comments Thu, 26 Jan 2017 00:39:07 +0000 http://portalconservador.com/?p=3151 read more →]]> Esse post é para os meus amigos que estão acreditando no que a midia diz sobre as eleições americanas. Já vi post comparando Trump com Hitler. Calma. Toma um copo d’água com açucar. Você precisa fazer um detox ideológico. Vou te ajudar. Aposto que o que você vai ler aqui será uma surpresa. Não entre em pânico. Tome mais um gole d’água e prossiga:

1. Nos EUA a turma da esquerda é chamada de LIBERAIS. Confuso né ? Mas, e os liberais de verdade, como são chamdos nos EUA ? São chamados de LIBERTARIANS. E quem não é “Liberal” e nem “Libertarian” ? Esses são automaticamente classificados como “Right Wing”, que a nossa maravilhosa midia automaticamente traduz como “extrema direita”.

2. O maior presidente da história dos EUA, aquele que acabou com a escravidão – Abraão Lincoln – era Republicano.

3. A 13a emenda da Constituição americana, que acabou com a escravidão, foi aprovada em 1865 com 100% de apoio do Partido Republicano e apenas 23% de apoio do Partido Democrata.

4. A Ku Klux Klan foi criada em 1865 por membros do Partido Democrata do sul, em oposição ao governo Republicano, para intimidar os negros que tentassem obter poder político (1).

O primeiro aperto de mão entre Donald Trump e Barack Obama

5. Woodrow Wilson, do Partido Democrata, foi eleito presidente dos EUA de 1913 a 1921 e foi um dos líderes do Movimento Progressista americano. Wilson era fã do filme Nasce Uma Nação (The Birth of a Nation), que glorificava a Ku Klux Klan, que foi exibido por ele na Casa Branca. Foi durante sua administração que o Bureau do Censo, os Correios e a Casa da Moeda começaram a segregar e demitir funcionários negros (2).

6. O advogado americano Madison Grant era ativista ambiental e lider progressista, e amigo pessoal de Franklin Roosevelt. Madison escreveu O Fim da Grande Raça (The Passing of The Great Race), livro em que denunciava a perda da hegemonia das raças nórdicas. O livro foi traduzido para diversas línguas, inclusive na Alemanha, onde caiu no gosto de um politico naconal-socialista. Hitler chamava o livro de sua “bíblia” (3).

7. Os enormes gastos militares do governo americano e seu relacionamento promíscuo com a indústria bélica (o industrial-military complex) foram denunciados por Dwight Eisenhower, o 34o Presidente dos EUA. Eisenhower era Republicano.

8. Saul Alinsky foi o grande teórico das organizações de massa da esquerda nos EUA nos anos 70. Seu livro Regras Para Radicais (4) orientou os ativistas radicais de esquerda a migrarem para a política tradicional. Militantes de grupos extremistas como os Weathermen, os Panteras Negras e o Partido Comunista entraram para o Partido Democrata. Começou a radicalização política dos EUA. Tudo o que acontece hoje na política progressista dos EUA pode ser encontrado no livro de Alisnky. Aqui vai um conselho dele: “em política, a única coisa imoral é não usar todos os meios disponíveis” (5).

Os EUA são a maior nação da Terra. Seu povo tem o melhor padrão de vida do planeta. Sua forças armadas são, hoje, a única barreira efetiva contra o mergulho em um mundo de destruição, barbárie fanática e totalitarismo.

O povo dos EUA acaba de eleger um novo presidente. Antes de abrir a boca para falar mal dele – ou de qualquer outro presidente americano, seja de que partido for – cada brasileiro deve se sentar com um copo de água com acúcar e um bom livro de história do Brasil para conhecer o país onde vive (6).

A maior ferramenta para a construção de um mundo melhor será sempre a verdade.

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Escrito por Roberto Matta.

Notas:

(1) https://goo.gl/Q9jcm7
(2) Intellectuals and Society, Thomas Sowell, p. 399
(3) Intellectuals and Society, Thomas Sowell, p. 387
(4) Aguardem para breve meu livro anti-Alinsky, o Manual do Anti-Radical
(5) Rules for Radicals, Saul Alinsky, p.26
(6) Claro que eu recomendo o meu livro, Ou Ficar A Pátria Livre. Compre o livro na Livraria da Travessa, lojas ou online: https://goo.gl/M6jPZA ou compre a versão digital Kindle na Amazon: https://goo.gl/Xpv0Ug

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Milhares de pessoas manifestaram-se em Paris contra o casamento gay https://portalconservador.com/milhares-de-pessoas-manifestaram-se-em-paris-contra-o-casamento-gay/ https://portalconservador.com/milhares-de-pessoas-manifestaram-se-em-paris-contra-o-casamento-gay/#comments Mon, 17 Oct 2016 18:28:26 +0000 http://portalconservador.com/?p=2988 read more →]]> Milhares de pessoas (200.000, segundo os organizadores, 24.000, segundo as autoridades) manifestaram-se este domingo em Paris pela revogação da lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, esperando com tal reivindicação influenciar a próxima campanha eleitoral. Veja aqui uma galeria com as imagens da manifestação.

A manifestação, convocada pelo grupo “Manif pour Tous” (“Manif para Todos”), realizou-se numa altura em que o centro e a direita franceses estão imersos nas primárias para eleger o seu candidato às presidenciais do próximo ano e em que nenhum dos possíveis candidatos pôs em cima da mesa a abolição dessa lei. Só um dos candidatos às primárias conservadoras, o democrata-cristão Jean-Frédéric Poisson, o que menos intenções de voto congrega, de acordo com as sondagens, defende a derrogação da lei do casamento gay.

Confira as fotos da manifestação ocorrida neste domingo (16/10/2016):

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As universidades estão produzindo ativistas, não acadêmicos https://portalconservador.com/as-universidades-estao-produzindo-ativistas-nao-academicos/ https://portalconservador.com/as-universidades-estao-produzindo-ativistas-nao-academicos/#respond Mon, 31 Aug 2015 21:16:23 +0000 http://portalconservador.com/?p=2431 read more →]]> Todo ano, a Associação Nacional de Acadêmicos dos Estados Unidos, compila uma lista de livros de mais de trezentas faculdades e universidades e os recomenda como leitura de verão para os seus calouros. A associação batizou essa lista de “Beach Books” [“Livros de Praia”], embora não seja muito provável que algum deles seja lido no lugar que for. Que dirá na praia.

O que é preocupante nessa lista é que as grandes obras da literatura, os chamados “clássicos”, são quase inexistentes. Apenas cinco instituições sugeriram livros escritos antes de 1910. Por outro lado, mais da metade de todos os livros sugeridos foram publicados depois de 2010. Os educadores se referem a esses livros modernos como “leitura comum”. De acordo com Ashley Thorne, diretor executivo da Associação Nacional de Acadêmicos, “a leitura comum serve para moldar as atitudes dos estudantes para os debates atuais. Muitas das leituras são memórias ou biografias de ativistas sociais, que sugerem que os estudantes deveriam seguir o exemplo deles”.

É evidente que as instituições que empurram esse tipo de livro para cima dos seus alunos nunca vão admitir que o seu objetivo é fazer uma lavagem cerebral, mas, quando pressionadas, elas apresentam justificativas para a exclusão dos clássicos que podem ser divididas em três tipos.

O primeiro tipo é o das justificativas que podem ser resumidas na seguinte ideia: “Os livros antigos são irrelevantes hoje”. Thorne escreve: “Os alunos estão mais interessados nos temas da atualidade, como a imigração, o racismo, o aquecimento global, o bem-estar econômico, a vida LGBT, o genocídio na África, a justiça na distribuição dos alimentos no mundo e as guerras”. De novo, a palavra-chave é “relevância”. E assim, em vez de ensinar os alunos a compreenderem o mundo através da leitura dos clássicos, o objetivo é “moldar ativistas para mudar o mundo”.

A segunda categoria de justificativas para rejeitar a literatura clássica é a da acessibilidade. Não que os alunos não consigam achar ou comprar os livros clássicos: por acessibilidade, neste caso, entenda-se a capacidade (ou a falta de capacidade) de compreender o seu conteúdo. Vários professores participantes de pesquisas admitiram que muitos dos calouros nunca leram um livro ao longo dos doze anos da sua vida escolar anterior à faculdade (eu sei que isto parece impossível, mas, aparentemente, é um fato real). Por isso, seria pedir demais que eles passassem das mensagens de texto dos seus smartphones diretamente para Tolstoi.

petistas

Na foto, parcelas de estudantes de universidades federais em conferência do ‘Partido dos Trabalhadores’

O terceiro tipo de desculpas apresentadas para driblar as grandes obras literárias é que elas seriam “privilegiadas demais”. Thorne cita um comentário de Christopher Eisgruber, da Universidade de Princeton: “O livro tem que ser algo com que os alunos possam discutir. Por este motivo, eu tendo a evitar os ‘clássicos’ que os alunos podem se sentir obrigados a venerar”.
Thorne explica as consequências desse pensamento tortuoso: a derrogação dos “homens brancos mortos” significa hoje a marginalização dos textos e das ideias que moldaram a cultura ocidental ao longo dos séculos. Longe de ser “venerados por alunos intimidados”, esses livros estão sendo cada vez mais ignorados e esquecidos.

Compartilhei o exposto acima porque, quando conheci esses fatos, eu estava lendo “O Cícero americano: a vida de Charles Carroll”, de Bradley Birzer, uma biografia fascinante do único nome católico entre os que assinaram a Declaração de Independência dos Estados Unidos. Nascido no Estado de Maryland, Charles foi enviado à França pelo pai para garantir uma educação excepcional. Aos onze anos, já na França, ele entrou no Colégio de St. Omer. Durante seis anos, estudou literatura, ciência e filosofia. Tinha de fazer recitações frequentes e participar de discussões, debates e concursos acadêmicos. Teve de aprender grego e latim. Além disso, estudou os escritos de alguns dos grandes autores do mundo ocidental, entre os quais Cícero, Horácio, Homero, Virgílio e Dryden. Todos os anos, Charles foi classificado como um dos seis melhores alunos da sua classe.

Este trecho da biografia é particularmente informativo: “Dos onze anos até os vinte e sete, Charles recebeu uma intensa educação na França e na Inglaterra. Dos jesuítas franceses, ele aprendeu as artes liberais e as grandes obras da tradição ocidental. Aos dezenove anos, Charles defendeu com sucesso a sua tese de ‘filosofia universal’ e se tornou mestre de artes. Com sólida base nos clássicos e nas artes liberais, ele estudou direito civil na França durante mais dois anos e, em 1759, foi para Londres a fim de estudar o direito comum”.

A formação de Charles se mostrou inestimável quando ele voltou para os Estados Unidos e começou a conviver com muitos dos fundadores da nação. Mas o seu conhecimento não era único, já que muitos daqueles homens também eram bem alicerçados nos clássicos antigos, que haviam começado a estudar desde bem jovens. Bradley Birzer escreve sobre os requisitos para se entrar na maioria das faculdades norte-americanas no período colonial: “Quando um estudante entrava na faculdade, geralmente aos catorze ou quinze anos de idade, ele precisava provar a sua fluência em latim e em grego. De acordo com os historiadores Forest e Ellen McDonald, o aluno precisaria ‘ler e traduzir do latim original para o inglês as três primeiras Orações Selecionadas [de Cícero] e os três primeiros livros da Eneida de Virgílio, bem como traduzir os dez primeiros capítulos do Evangelho de João do grego para o latim’”.

Você conhece alguém de catorze anos que seja capaz de fazer isso? Nem eu. Obviamente, as expectativas eram outras no período colonial dos Estados Unidos. Já nas faculdades norte-americanas de hoje em dia, as expectativas são tão baixas que um aluno que jamais leu um livro consegue ser aceito. Eu não sei se temos que rir ou chorar.

Posso lhe fazer uma sugestão? Se neste ano você for convidado a assistir a alguma formatura do ensino médio, pergunte a qualquer dos formandos quais foram os cinco melhores livros que ele leu ao longo do ensino médio. A resposta que ele der lhe dirá muito sobre a escola que ele frequentou.

Escrito por Thomas Addis.

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Deputados denunciam fraude em votação eletrônica do Estatuto da Família https://portalconservador.com/deputados-denunciam-fraude-em-votacao-eletronica-do-estatuto-da-familia/ https://portalconservador.com/deputados-denunciam-fraude-em-votacao-eletronica-do-estatuto-da-familia/#respond Fri, 21 Aug 2015 04:55:12 +0000 http://portalconservador.com/?p=2417 read more →]]> A maior enquete da história do Portal da Câmara dos Deputados está sob suspeita. Lançada em fevereiro de 2014, a enquete passou dos 10,3 milhões de votos. Ao menos três milhões teriam sido gerados por computadores. Especificamente, 66 computadores teriam sido responsáveis por gerar mais de três milhões de votos, todos para a resposta “Não”, relativa à pergunta: “Você concorda com a definição de família como o núcleo formado a partir da união de um homem e uma mulher prevista no projeto que cria o Estatuto da Família?”. O projeto é de autoria do deputado federal pernambucano Anderson Ferreira (foto), do Partido da República (PR). Um único IP teria gerado 1,6 milhões de votos.Deputado-Anderson-Ferreira

A fraude fica evidente nos dados fornecidos pela Central de Informática (Cenin), da própria Câmara dos Deputados. O deputado revela que só do município de Garanhuns, em Pernambuco, vizinha à cidade de Caetés, terra natal do ex-presidente Lula, foram 122 mil votos em um único dia, para uma única opção (“Não”). O número de habitantes não chega a 115 mil. Outro caso gritante ocorreu nos Estados Unidos. Numa cidade de apenas 8,5 mil habitantes, foram contabilizados 60 mil votos, em um único dia e também para uma única opção (“Não”). Caso seja comprovada a fraude, o placar ficará em 67% votos a favor da família formada entre homem e mulher, e apenas 33% contra.

Nas palavras do deputado, “ao contrário do que a enquete está mostrando, a população não está dividida. Houve manipulação na votação para confundir a sociedade de que há um sentimento contrário ao Estatuto da Família. Por trás desta fraude há um grupo que não aceita uma sociedade cristã e tradicional. Vamos apurar e provar que o resultado está fraudado”.

O também deputado Diego Garcia (PHS), do Paraná, denunciou a manipulação de votos na sessão do Plenário desta quinta-feira (20). Reclamou ao presidente da Casa, Eduardo Cunha, que a vitória de 51,62% (Não) contra 48,09% (Sim) para o conceito de núcleo familiar no Estatuto da Família não poderia ser considerada. O solidarista é representante da Comissão Especial que analisa o projeto de lei 6583/13 e pediu à administração da Casa para publicar uma nota no portal com os dados reais, considerando apenas um voto por IP.

Diego-Garcia-Portal-Conservador

“Gostaria de solicitar encarecidamente que o resultado da enquete, se mantido como está, apresentasse uma explicação do ocorrido, ou de outra forma, considerasse apenas os votos únicos, para efeito de apresentação do resultado”, encerra o deputado Diego Garcia. Eduardo Cunha afirmou que a presidência vai determinar as providências legais para verificar a denúncia, mesmo que seja por estabelecimento de sindicância e que o resultado dela será disponibilizado de forma pública.

]]> https://portalconservador.com/deputados-denunciam-fraude-em-votacao-eletronica-do-estatuto-da-familia/feed/ 0 2417 A inserção da ideologia de gênero depois do Plano Nacional de Educação https://portalconservador.com/a-insercao-da-ideologia-de-genero-depois-do-plano-nacional-de-educacao/ https://portalconservador.com/a-insercao-da-ideologia-de-genero-depois-do-plano-nacional-de-educacao/#comments Thu, 04 Jun 2015 04:33:27 +0000 http://portalconservador.com/?p=2339 read more →]]> As expressões “gênero” ou “orientação sexual” referem-se a uma ideologia que procura encobrir o fato de que os seres humanos se dividem em dois sexos. Esta corrente ideológica afirma que as diferenças entre homem e mulher, além das evidentes implicações anatômicas, não correspondem a uma natureza fixa, mas são produtos de uma cultura de um país ou de uma época. Assim, as pessoas que adotam o termo gênero insistem na necessidade de “desconstruir” a família, o matrimônio e a maternidade e, deste modo, fomentam um “estilo de vida” que incentiva todas as formas de experimentação sexual desde a mais tenra idade. Está é a ideologia de gênero.

Em abril do ano passado (2014) o Congresso Nacional, movido por pressões de ordem pública e de setores religiosos de nosso País, retirou o termo “ideologia de gênero” do PNE – Plano Nacional de Educação, sancionado pela Lei nº 13.005, de  25 de junho de 2014. De fato, muitos se deram por satisfeitos, acreditando que haviam conquistado uma bela vitória. Pessoalmente, não consegui visualizar nenhuma vitória real. O texto aprovado, na figura do  art. 2º inciso III, retirou o termo gênero e manteve a redação: “superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação” dando margem à divulgação da mesmíssima ideologia de gênero. É totalmente possível deseducar nossas crianças e nossos jovens nos pressupostos da ideologia de gênero, sem contudo, mencionar o termo uma única vez.

PNE-2014

Há interesses escusos, movidos pelo apoio de agências governamentais, lobbies internacionais poderosíssimos e indiretamente, das Organizações das Nações Unidas (ONU) – um protótipo perfeito de governo mundial totalitário. O objetivo é sempre o mesmo: fortalecer e integrar os governos, e por conseguinte dinamitar a coesão familiar. A temática da ideologia de gênero é uma bandeira promovida em todo o mundo ocidental: não é local/regional. É preciso compreender isso. E em nenhum momento essa ideologia foi concebida ou foi fruto espontâneo das populações civis, de maiorias cristãs – mas plenamente introduzidas e financiadas pelos governos. Desde 2012, quinze projetos tentaram introduzir a ideologia de gênero em nosso País. Vivemos no meio de uma guerra ideológica, em que a família cristã é o seu alvo natural.

Retornando à lei, passou de certo modo desapercebido o fato desta estipular a elaboração de planos estaduais e municipais de educação – introduzindo, por conseguinte, a ideologia de gênero. Os municípios brasileiros têm até o dia 24 de junho para aprovar seus Planos Municipais de Educação (PMEs). A validade legal das PMEs decorrem de sua aprovação perante as Câmaras Municipais. É neste sentido que entram as militâncias socialistas organizadas, cujo único objetivo é pressionar os vereadores para aprovar os pontos defendidos pela ideologia. Podemos e devemos adotar as mesmas táticas.

A tramitação dos Planos de Educação já vem ocorrendo em muitos municípios e estados. Entre as metas propostas, inserem a ideologia de gênero com firme propósito de estabelecer uma mudança na educação de nossos filhos. No último dia 02, o Ministério de Educação (MEC) lançou nota reiterando a data limite de 24 de junho de 2015 para que estados e municípios elaborem metas e estratégias para a educação local para os próximos 10 anos na forma de planos de educação. A nota menciona o cumprimento do prazo como condição para recebimento de recursos da União via Plano de Ações Articuladas (PAR) – responsável por grande parte dos repasses do governo federal na área.

O que pode ser feito?

Faça o download da cartilha CONTRA a Ideologia de Gênero. Envie-a por e-mail ou entre em contato pessoalmente (ou por telefone, com o gabinete) com vereadores de seu município e com os deputados locais de sua região.

Compartilhe este artigo no Facebook, o reposte em grupos conservadores e em defesa da família. Alerte o maior número de pessoas possível.

Participe ou crie grupos nas câmaras municipais para repudiarem a ideologia de gênero. Entrem em contato com o clero, com paroquianos e com líderes evangélicos. Na proteção da família cristã, é preciso saber reunir as lideranças. As audiências públicas nas câmaras municipais devem acontecer nas próximas semanas. Planeje ir com sua família para os encontros. Se não for possível, vá sozinho.

 

Alguns projetos municipais que estão tramitando nas respectivas câmaras:

PME – SP (http://camaramunicipalsp.qaplaweb.com.br/iah/fulltext/projeto/PL0415-2012.pdf)

Texto do projeto na meta 22: “Promover e institucionalizar mecanismos e práticas educativas de combate a quaisquer formas de preconceito e discriminação (raça-etnia, gênero, idade, orientação sexual, religião, etc.), tendo como foco a equidade, a justiça social e a valorização das diferentes culturas”.

Link da Campanha do CitizenGO contra o PME de SP: http://www.citizengo.org/pt-pt/24343-vereadores-sao-paulo-digam-nao-ideologia-genero-no-pme

PME – RS (http://www.educacao.rs.gov.br/pse/html/forum_est_educ.jsp?ACAO=acao1)

A menção a ideologia de gênero ou “identidade de gênero” é realizada em vários pontos.

 

Assista o documentário Lavagem de Cérebro e entenda porque a ideologia de gênero é um embuste.

LEIA+Vídeo: A ideologia de gênero aplicada que resultou em suicídio.

Mais informações no Observatório Interamericano de Biopolítica.

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A família em busca da extinção https://portalconservador.com/a-familia-em-busca-da-extincao/ https://portalconservador.com/a-familia-em-busca-da-extincao/#comments Sun, 17 May 2015 02:03:01 +0000 http://portalconservador.com/?p=2315 read more →]]> A “família tradicional” que os cristãos e conservadores defendem ardorosamente contra o assédio feminista, gayzista, pansexualista etc., bem como contra a usurpação do pátrio poder pelo Estado, é essencialmente a família nuclear constituída de pai, mãe e filhos (poucos). O cinema consagrou essa imagem como símbolo vivente dos valores fundamentais da cultura americana, e a transmitiu a todos os países da órbita cultural dos EUA.

Mas esse modelo de família nada tem de tradicional. É um subproduto da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. A primeira desmantelou as culturas regionais e as unidades de trabalho familiar em que habilidades agrícolas ou artesanais se transmitiam de pai a filho ao longo das gerações; as famílias tradicionais desmembraram-se em pequenas unidades desarraigadas, que vieram para as cidades em busca de emprego. A Revolução Francesa completou o serviço, abolindo os laços tradicionais de lealdade territorial, familiar, pessoal e grupal e instaurando em lugar deles um novo sistema de liames legais e burocráticos em que a obrigação de cada indivíduo vai para o Estado em primeiro lugar e só secundariamente – por permissão do Estado – a seus familiares e amigos. A sociedade “natural”, formada ao longo dos séculos sem nenhum planejamento, por experiência e erro, foi enfim substituída pela sociedade planejada, racional-burocrática, em que os átomos humanos, amputados de qualquer ligação profunda de ordem pessoal e orgânica, só têm uns com os outros relações mecânicas fundadas nos regulamentos do Estado ou afinidades de superfície nascidas de encontros casuais nos ambientes de trabalho e lazer. Tal é a base e origem da moderna família nuclear.

Olavo-de-Carvalho-Portal-Conservador

Max Weber descreve esse processo como um capítulo essencial do “desencantamento do mundo”, em que a perda de um sentido maior da existência é mal compensada por sucedâneos ideológicos, pela indústria das diversões públicas e por uma “religião” cada vez mais despojada da sua função essencial de moldar a cultura como um todo. Nessas condições, assinala Weber, é natural que a busca de uma ligação com o sentido profundo da existência reflua para a intimidade de ambientes cada vez mais restritos, entre os quais, evidentemente, a família nuclear. Mas, na medida mesma em que esta é uma entidade jurídica altamente regulamentada e cada vez mais exposta às intrusões da autoridade estatal, ela deixa de ser aos poucos o abrigo ideal da intimidade e é substituída, nessa função, pelas relações extramatrimoniais.

Separada da proteção patriarcal, solta no espaço, dependente inteiramente da burocracia estatal que a esmaga, a família nuclear moderna é por sua estrutura mesma uma entidade muito frágil, incapaz de resistir ao impacto das mudanças sociais aceleradas e a cada “crise de gerações” que as acompanha necessariamente. Longe de ser a morada dos valores tradicionais, ela é uma etapa de um processo histórico-social abrangente que vai em direção à total erradicação da autoridade familiar e à sua substituição pelo poder impessoal da burocracia.

Não por coincidência, o esfarelamento da sociedade em unidades familiares pequenas permanentemente ameaçadas de autodestruição veio acompanhada do fortalecimento inaudito de umas poucas famílias patriarcais, justamente aquelas que estavam e estão na liderança do mesmo processo. Refiro-me às dinastias nobiliárquicas e financeiras que hoje constituem o núcleo da elite globalista. Quanto mais uma “ciência social” subsidiada por essas grandes fortunas persuade a população de que a dissolução do patriarcalismo foi um grande progresso da liberdade e dos direitos humanos, mais fortemente a elite mandante se apega à continuidade patriarcalista que garante a perpetuação e ampliação do seu poder ao longo das gerações. Com toda a evidência, a família patriarcal é uma fonte de poder: a história social dos dois últimos séculos é a da transformação do poder patriarcal num privilégio dos muito ricos, negado simultaneamente a milhões de bocós cujos filhos aprendem, na universidade, a festejar o fim do patriarcado como o advento de uma era de liberdade quase paradisíaca. O desenvolvimento inevitável desse processo é a destruição – ou autodestruição — das próprias famílias nucleares, ou do que delas reste após cada nova “crise de gerações”.

A “defesa da família” torna-se, nesse contexto, a defesa de uma entidade abstrata cujo correspondente no mundo concreto só veio à existência com a finalidade de extinguir-se. A ameaça feminista, gayzista ou pansexualista existe, mas só se torna temível graças à fragilidade intrínseca da entidade contra a qual se volta.

Ou as famílias se agrupam em unidades maiores fundadas em laços pessoais profundos e duradouros, ou sua erradicação é apenas questão de tempo. As comunidades religiosas funcionam às vezes como abrigos temporários onde as famílias encontram proteção e solidariedade. Mas essas comunidades baseiam-se numa uniformidade moral estrita, que exclui os divergentes, motivo pelo qual se tornam vítimas fáceis da drenagem de fiéis pela “crise de gerações”. A família patriarcal não é uma unidade ético-dogmática: é uma unidade biológica e funcional forjada em torno de interesses objetivos permanentes, onde os maus e desajustados sempre acabam sendo aproveitados em alguma função útil ao conjunto.

Em últimas contas, se o patriarcalismo fosse coisa ruim os ricos não o guardariam ciumentamente para si mesmos, mas o distribuiriam aos pobres, preferindo, por seu lado, esfarelar-se em pequenas famílias nucleares. Se fazem precisamente o oposto, é porque sabem o que estão fazendo.

Escrito por Olavo de Carvalho. Diário do Comércio, 1º de Outubro de 2012.

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Ex-espião da União Soviética: Nós criamos a Teologia da Libertação https://portalconservador.com/ex-espiao-da-uniao-sovietica-nos-criamos-a-teologia-da-libertacao/ https://portalconservador.com/ex-espiao-da-uniao-sovietica-nos-criamos-a-teologia-da-libertacao/#respond Mon, 11 May 2015 03:53:42 +0000 http://portalconservador.com/?p=2310 read more →]]> (ACI Digital) – Ion Mihai Pacepa foi general da polícia secreta da Romênia comunista antes de pedir demissão do seu cargo e fugir para os EUA no fim da década de 70. Considerado um dos maiores “detratores” de Moscou, Pacepa concedeu entrevista a ACI Digital e revelou a conexão entre a União Soviética e a Teologia da Libertação na América Latina.  A seguir, os principais trechos da sua entrevista:

IonMihaiPacepa-Portal-Conservador

Em geral, você poderia dizer que a expansão da Teologia da Libertação teve algum tipo de conexão com a União Soviética?

Sim. Soube que a KGB teve uma relação com a Teologia da Libertação através do general soviético Aleksandr Sakharovsky, chefe do serviço de inteligência estrangeiro (razvedka) da Romênia comunista, que foi conselheiro e meu chefe até 1956, quando foi nomeado chefe do serviço de espionagem soviética, o PGU1; Ele manteve o cargo durante 15 anos, um recorde sem precedentes.

Em 26 de outubro de 1959, Sakharovsky e seu novo chefe, Nikita Khrushchev, chegaram à Romênia para as chamadas “férias de seis dias de Khrushchev”. Ele nunca tinha tomado um período tão longo de férias no exterior, nem foi sua estadia na Romênia realmente umas férias.

Khrushchev queria ser reconhecido na história como o líder soviético que exportou o comunismo à América Central e à América do Sul. A Romênia era o único país latino no bloco soviético e Khrushchev queria envolver os “líderes latinos” na sua nova guerra de “libertação”.

Eu me investiguei sobre Sakharovsky, vi os seus escritos, mas não pude encontrar nenhuma informação relevante sobre sua figura. Por que?

Sakharovsky era uma imagem soviética dos anos quentes da Guerra Fria, quando os membros dos governos britânico e israelense ainda não conheciam a identidade dos líderes do Mossad e do MI-6. Mas, Sakharovsky desempenhou um papel extremamente importante na construção da história da Guerra Fria. Ele ocasionou a exportação do comunismo a Cuba (1958-1961); ele manipulou de maneira perversa a crise de Berlim (1958-1961) criou o Muro de Berlim; a crise dos mísseis cubanos (1962) e colocou o mundo na beira de uma guerra nuclear.

A Teologia da Libertação foi de alguma maneira um movimento ‘criado’ pela KGB de Sakharovsky ou foi um movimento existente que foi exacerbado pela URSS?

O movimento nasceu na KGB e teve um nome inventado pela KGB: Teologia da Libertação. Durante esses anos, a KGB teve uma tendência pelos movimentos de “Libertação”. O Exército de Libertação Nacional da Colômbia (FARC –sic–), criado pela KGB com a ajuda de Fidel Castro; o Exército de Libertação Nacional da Bolívia, criado pela KGB com o apoio de “Che” Guevara; e a Organização para Libertação da Palestina (OLP), criado pela KGB com ajuda de Yasser Arafat, são somente alguns movimentos de “Libertação” nascidos em Lubyanka – lugar dos quartéis-generais da KGB.

O nascimento da Teologia da Libertação em 1960 foi a tentativa de um grande e secreto “Programa de desinformação” (Party-State Dezinformatsiya Program), aprovado por Aleksandr Shelepin, presidente da KGB, e pelo membro do Politburo, Aleksey Kirichenko, que organizou as políticas internacionais do Partido Comunista.

Este programa demandou que a KGB guardasse um controle secreto sobre o Conselho Mundial das Igrejas (CMI), com sede em Genebra (Suíça), e o utilizasse como uma desculpa para transformar a Teologia da Libertação numa ferramenta revolucionária na América do Sul. O CMI foi a maior organização internacional de fiéis depois do Vaticano, representando 550 milhões de cristãos de várias denominações em 120 países.

O nascimento de um novo movimento religioso é um evento histórico. Como foi construído este novo movimento religioso?

A KGB começou construindo uma organização religiosa internacional intermédia chamada “Conferência Cristã pela Paz”, cujo quartel general estava em Praga. Sua principal tarefa era levar a Teologia da Libertação ao mundo real. A nova Conferência Cristã pela Paz foi dirigida pela KGB e estava subordinada ao respeitável Conselho Mundial da Paz, outra criação da KGB, fundada em 1949, com seu quartel geral também em Praga.

Durante meus anos como líder da comunidade de inteligência do bloco soviético, dirigi as operações romenas do Conselho Mundial da Paz (CMP). Era estritamente KGB. A maioria dos empregados do CMP eram oficiais de inteligência soviéticos acobertados. Suas duas publicações em francês, “Nouvelles perspectives” e “Courier da Paix”, estavam também dirigidas pelos membros infiltrados da KGB –e da romena DIE2–. Inclusive o dinheiro para o orçamento da CMP chegava de Moscou, entregue pela KGB em dólares, em dinheiro lavado para ocultar sua origem soviética. Em 1989, quando a URSS estava à beira do colapso, o CMP admitiu publicamente que 90 por cento do seu dinheiro chegava através da KGB3.

Como começou a Teologia da Libertação?

Eu não estava propriamente envolvido na criação da Teologia da Libertação. Eu soube através de Sakharovsky, entretanto, que em 1968 a Conferência Cristã pela Paz criada pela KGB, apoiada em todo mundo pelo Conselho Mundial da Paz, foi capaz de manipular um grupo de bispos sul-americanos da esquerda dentro da Conferência de Bispos Latino-americanos em Medellín (Colômbia).

O trabalho oficial da Conferência era diminuir a pobreza. Seu objetivo não declarado foi reconhecer um novo movimento religioso motivando os pobres a rebelar-se contra a “violência institucionalizada da pobreza”, e recomendar o novo movimento ao Conselho Mundial das Igrejas para sua aprovação oficial. A Conferência de Medellín alcançou ambos objetivos. Também comprou o nome nascido da KGB “Teologia da Libertação”.

A Teologia da Libertação teve líderes importantes, alguns deles famosas figuras “pastorais” e alguns intelectuais. Sabe se houve alguma participação do bloco soviético na promoção da imagem pessoal ou dos escritos destas personalidades? Alguma ligação específica com os bispos Sergio Mendes Arceo do México ou Helder Câmara do Brasil? Alguma possível conexão direta com teólogos da Libertação como Leonardo Boff, Frei Betto, Henry Camacho ou Gustavo Gutiérrez?

Tenho boas razões para suspeitar que havia uma conexão orgânica entre a KGB e alguns desses líderes promotores da Teologia da Libertação, mas não tenho evidência para comprová-la. Nos últimos 15 anos que morei na Romênia (1963-1978), dirigi a espionagem científica e tecnológica do país, e também as operações de desinformação destinadas a aumentar a importância de Ceausescu no Ocidente.

Recentemente vi o livro de Gutiérrez “Teologia da Libertação: Perspectivas” (1971) e tive a intuição de que este livro foi escrito em Lubyanka. Não surpreende que ele seja considerado agora como o fundador da Teologia da Libertação. Porém, da intuição aos fatos, entretanto, há um longo caminho.

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Simone de Beauvoir: nazista, pedófila, misândrica e misógina https://portalconservador.com/simone-de-beauvoir-nazista-pedofila-misandrica-e-misogina/ https://portalconservador.com/simone-de-beauvoir-nazista-pedofila-misandrica-e-misogina/#comments Tue, 28 Apr 2015 00:47:20 +0000 http://portalconservador.com/?p=2281 read more →]]> Conforme os setores não feministas da sociedade vão se tornando cada vez mais expressivos e claros, os setores ainda não conscientes da natureza venenosa dessa ideologia reagem com um conjunto de argumentos que apenas revelam que a realidade fatual não é ainda inteiramente conhecida pelo público.

Beauvoir-Sartre-Che-Guevara-1960-Cuba-Portal-Conservador

Algum tempo atrás, um grupo de feministas de cafeteria tentava me convencer que o feminismo não é tão mau quanto eu digo que é e que se eu apenas lesse mais sobre feminismo, eu eventualmente entenderia. Como um exemplo para apoiar essa tese, as citadas feministas me recomendaram que lesse os escritos de Simone de Beauvoir, a Marxista-feminista conhecida por seu livro O Segundo Sexo. Naturalmente aquelas feministas foram incapazes de conceber que alguém tivesse levado sua ideologia a sério o suficiente para ler sua literatura e então, racionalmente, acabar por rejeitá-la. Como para qualquer outro culto, tal coisa é inconcebível para os verdadeiros crentes da seita.

No cabeçalho desta postagem, uma série de alegações foi feita sobre a eminente feminista e é justo que se apresentem provas – o que é exatamente o que será feito nas linhas a seguir.

Entre 1943 e 1944, quando a França estava sob ocupação nazista, Simone de Beauvoir trabalhou como diretora de sonografia para a Rádio Vichy. [1]  Radio Vichy era a estação de rádio estatal na assim chamada zone libre (zona livre) da França, após a capitulação da República Francesa diante da Alemanha nazista em 1940. Dizemos “assim chamada” porque o regime de Vichy, embora teoricamente neutro do ponto de vista militar, era de fato um colaborador ativo do regime nazista [2] e hoje é fato reconhecido por todos os lados envolvidos que a Rádio Vichy era porta-voz de fato da propaganda nazista nas ondas de rádio francesas.

Defensores de Beauvoir podem dizer que ela foi obrigada pelas circunstâncias a trabalhar lá, assim como muitos indivíduos agora alegam ter sido forçados a colaborar com a “Securitate” durante o regime comunista. Mas os manuscritos de Beauvoir durante o período, revelados posteriormente, contam uma história diferente.

Mesmo autores feministas, como a Dra. Ingrid Galster, que dedicou anos de sua vida a estudar Simone de Beauvoir, têm que admitir, mesmo a contragosto, que a atitude manifesta por Beauvoir como diretora de sonografia na máquina de propaganda nazista era, no mínimo, de colaboracionismo sutil [3] e a forma pela qual ela chegou àquele trabalho não foi via coerção – mas sim por uma escolha perfeitamente consciente. Beauvoir já era membro do sindicato de funcionários públicos e poderia ter optado por trabalhar numa prefeitura, por exemplo. Mas ela tinha que escolher trabalhar em algo que não fosse ensinar, pois sua carreira como professora estava encerrada – apesar de já ter as qualificações e o prestígio necessário para ensinar, dado que ela tinha tido o segundo melhor desempenho como estudante de doutorado em sua geração, ficando apenas atrás de seu amante de toda a vida, Jean-Paul Sartre. [4]

A razão pela qual ela não podia mais lecionar está relacionada exatamente à pedofilia e a Sartre. Em 1943, Simone de Beauvoir foi demitida por comportamento que levara a corrupção de menor. [5]

Novamente, os apologistas de Beauvoir poderão apressar-se em dizer que o momento em 1943 foi um incidente singular ou, como já me disseram, um incidente simplesmente inventado pelos nazistas que não podiam suportá-la após entenderam que ela uma mulher marxista independente e empoderada. Mas isso está longe da verdade.

O interesse sexual de Beauvoir por crianças é um tema recorrente em toda sua vida. Ela estava entre os primeiros filósofos que tentaram unificar o gênero literário que se iniciou nos anos 1930 (e durou até os anos 1980 na Europa Ocidental) chamado pedofilia pedagógica feminina. [6] Ela tentou essa unificação com seu ensaio “Brigitte Bardot e a Síndrome de Lolita”, publicada pela primeira vez na revista Esquire em 1959 e republicada várias vezes até meados dos anos 1970. Nesse ensaio, Beauvoir glorifica Brigitte Bardot por seu aspecto físico infantil, que retém a perfeita inocência inerente no mito da infância e então a apresenta como uma Houdini para meninas, que as liberaria e empoderaria para além das correntes que as subjugavam. [7] [8]

O ensaio de 1959 foi só o começo. Em 1977, Beauvoir, juntamente com a maior parte intelligentsia marxista francesa, assinou uma petição exigindo nada mais, nada menos que a legalização da pedofilia e a libertação imediata de três indivíduos condenados a cumprir longas sentenças de prisão por explorar sexualmente vários meninos e meninas com idades entre 11 e 14 anos. A petição assinada por Beauvoir e Sartre, entre outros, foi publicada no Le Monde e dizia, entre outras coisas: [9]

Um tempo tão longo de prisão para investigar um simples caso “vicioso” em que as crianças não foram vítimas de qualquer violência, mas ao contrário, testemunharam perante os magistrados que consentiram – embora a lei atualmente negue-lhes o direito de consentir – um tempo tão longo na prisão nós consideramos escandaloso em si. Hoje eles estão em risco de ser sentenciados a uma longa pena de prisão, por terem tido relações sexuais com menores, tanto meninos quanto meninas, ou por terem encorajado e tirado fotografias de suas brincadeiras sexuais. Nós acreditamos que há uma incongruência entre a designação como “crime”, que serve para legitimar tal severidade, e os fatos próprios; mais ainda entre a lei antiquada e a realidade cotidiana em uma sociedade que tende a conhecer sobre a sexualidade de crianças e adolescentes […].

Assim, na opinião de Beauvoir, crianças de 11 anos na França do final dos anos 1970 tendiam a ser seres sexuais. Desde que a puberdade não acontecia e até hoje ainda não ocorre naquela idade para a grande maioria das crianças, é condizente nomear a defesa feita por Beauvoir como nada além de uma advocacia da pedofilia, a despeito da definição escolhida para a palavra.

A petição de 1977 deflagrou toda uma discussão em nível da sociedade na França sobre as leis relativas à idade do consentimento, uma discussão em que os abolicionistas (entre os quais Beauvoir e seu amante) se uniram no Front de libération des Pédophiles (FLIP – a Frente de Liberação dos Pedófilos) e as intenções dos membros da FLIP eram explicadas claramente por eles próprios na discussão transmitida em abril de 1978 pela Radio France Culture. [10] A FLIP seria lembrada como uma pioneira no movimento dos pedófilos franceses, embora a organização em si não tenha durado muito devido a suas discordâncias internas. [11]

Além de Beauvoir e Sartre, houve outras pessoas envolvidas na advocacia da pedofilia naquele período, inclusive pessoas que então acabaram por liderar os destinos da França – a exemplo de Bernard Kouchner e Jack Lang, respectivamente o Ministro da Saúde e o Ministro da Educação (!) no início dos anos 2000, no primeiro mandato de Jacques Chirac. [12]

Tudo isso torna Beauvoir não apenas uma apologia da pedofilia, mas uma apoiadora atuante. Porém, o que faz dela uma abusadora é sua atividade de recrutar alunas, abusando-as e passando-as para Jean-Paul Sartre, às vezes separadamente, às vezes em ménage à trois integrado. O Telegraph escreve, numa crítica do livro de Carole Seymour-Jones, Simone de Beauvoir? Meet Jean-Paul Sartre (“Simone de Beauvoir? Conheça Jean-Paul Sartre”), um livro dedicado a analisar o relacionamento de Beauvoir com Sartre, o seguinte: [13]

Por longos períodos, o casal se tornou um “trio”, embora os arranjos raramente funcionassem bem para a terceira parte envolvida: ao menos duas das ex-alunas de Beauvoir se viram a tornar-se primeiro suas amantes, então de Sartre, apenas para o casal fechar-lhes as portas, quando a diversão perdia a graça.[…]

Para Seymour-Jones, os casos de Beauvoir com suas estudantes não eram lésbicos, mas pedófilos em origem: ela as estava “preparando” para Sartre, na forma de “abuso infantil”.

Para Beauvoir (assim como para Sartre), a idade não importava, contanto que as parceiras fossem mais jovens do que ela e Sartre. [14] A possibilidade de que as outras pudessem se ferir ou ser exploradas não passava nem remotamente pelo radar da eminente feminista, que pensava que “preparar” garotas para Sartre lhes tirar a virgindade (palavras de Sartre, não minhas) era em si e por si um ato de empoderamento sexual para aquelas meninas.

Mas se as escapadas com sabor de nazismo e pedofilia não convencem você do caráter questionável de Beauvoir, vamos dar uma olhada em seus escritos feministas, que estão tão repletos de misoginia que é difícil encontrar equivalente em outros setores da sociedade. Este aspecto por si não é surpreendente, visto que feminismo é em si uma ideologia misógina. Mas, não vamos tergiversar.

O livro de cabeceira de Beauvoir, O Segundo Sexo, considerado por feministas contemporâneas “notavelmente atual” – tinha o seguinte a dizer sobre mulheres casadas: [15]

A esposa se alimenta dele como um parasita; mas um parasita não é um mestre triunfante.

Mais de um quarto de século depois, em 1975, em um diálogo com outra feminista, Betty Friedan, Beauvoir esclareceria sua posição além de qualquer dúvida razoável. Em uma discussão sobre a forma de compensar as mães que ficam em casa e cuidam de crianças, Beauvoir respondeu de forma inequívoca: [16]

Não, nós não cremos que qualquer mulher deva ter essa escolha. Nenhuma mulher deveria ser autorizada a ficar em casa para criar crianças. A Sociedade deveria ser totalmente diferente. As mulheres não deveriam ter essa escolha, exatamente porque se houver tal opção, mulheres demais irão fazê-la. É uma forma de forçar as mulheres em uma certa direção.

Está claro? Na visão da eminente feminista, as mulheres são um monte de criaturas inertes, incapazes de escolher o que é bom para elas como adultos responsáveis. De fato, ninguém além de Simone de Beauvoir e sua ideologia marxista-feminista sabem o que é melhor para as mulheres. Portanto, nenhuma mulher deveria ser autorizada a escolher qualquer coisa que contrarie Beauvoir. No mesmo diálogo, ela é ainda mais clara: [17]

Em minha opinião, enquanto a família e o mito da família e o mito da maternidade e o instinto maternal não forem destruídos, as mulheres continuarão a ser oprimidas.

Realmente o ódio de Beauvoir em relação à maternidade e às mães em geral é muito óbvio ao longo de todo o seu livro. Vejamos alguns exemplos:

A maternidade relega a mulher a uma existência sedentária; é natural para ela ficar em casa enquanto os homens caçam, pescam e vão à guerra. [18]

[A mãe] é planta e animal, uma coleção de coloides, uma incubadora, um ovo; ela assusta as crianças que estão envolvidas com seus próprios corpos e provoca risos disfarçados de homens jovens, porque ela é um ser humano, consciência e liberdade, que se tornou um instrumento passivo da vida. [19]

E quando essa importante feminista começou a atacar os corpos das mulheres, ninguém a pôde parar:

A atitude física evocada pela servidão menstrual constitui um pesado aleijamento.

[…] o corpo de uma mulher – e especificamente uma menina – é um corpo “histérico” no sentido de que não há, por assim dizer, distância alguma entre a vida física e sua realização fisiológica. O turbilhão trazido pela descoberta, pela menina, dos problemas da puberdade, as exacerba. Porque seu corpo é suspeito para ela, ela o escrutina com ansiedade e o vê como doente: ele é doente. [20]

As glândulas mamárias que se desenvolvem na puberdade não têm papel na economia individual da mulher: elas podem ser removidas a qualquer momento em sua vida. [21]

Beauvoir então passa a explicar em seu livro como é maligna e opressiva a família para o desenvolvimento de uma menina. Se o pai tem a audácia de ter orgulho e reconhecimento pelos sucessos de sua filha, isso é outra evidência da opressão e imposição de vassalagem para a filha em relação ao pai. [22] Mas se os pais são relativamente poupados, as mães que ousam disciplinar suas filhas têm uma reprovação pior ainda da renomada feminista:

As mães – veremos – são cegamente hostis ao liberar suas filhas e, mais ou menos deliberadamente, atuam em persegui-las ainda mais; para o menino adolescente, o esforço para se tornar um homem é respeitado e ele já recebe grande liberdade. A menina é obrigada a ficar em casa; suas atividades externas são monitoradas. [23]

Então, está claro? O fato de que alguns pais e mães não deixavam suas filhas saírem após certos horários na França ocupada por nazistas no meio da Segunda Guerra Mundial constitui opressão. E tenha em mente que Beauvoir minimiza este aspecto – sobre o qual ficam sérias dúvidas de que era generalizado – enquanto meninos de 13 e 14 anos estavam lutando na guerra, [24] inclusive para mantê-la a salvo para poder escrever sua infame “filosofia” e produzir propaganda para o regime nazista – um regime que também mantinha meninos de 14 e 15 anos de idade em suas tropas. [25] Fico quase tentado a dizer que ela deveria ter reconhecido seus privilégios. Mas não vou dizer.

A hipocrisia dessa mulher é fascinante em termos de estudo e revoltante ao mesmo tempo. Simone de Beauvoir, venerada até hoje como um grande ícone do “bom” feminismo dos anos 1960 e estudada nos “diálogos feministas” da Escola Nacional de Ciência Política e Administração Pública de Bucareste, defendeu com grande fervor o regime revolucionário de Ioseb Dzhugashvili (também chamado de Iosif Vissarionovich Stalin) até muito tempo após os horrores do Stalinismo terem se tornado conhecidos na Europa Ocidental.

Em outras palavras, enquanto tantos romenos deixados na URSS estavam sendo deportados para os Gulags, enquanto a elite intelectual do meu país estava sendo dizimada em campos de concentração como Râmnicu Sărat, Pitești ou Aiud e enquanto até mesmo meninos de 12 anos eram torturados em prisões comunistas por conspiração contra a ordem socialista, [26] Simone de Beauvoir publicava O Segundo Sexo em que ela explicava como a liberação das mulheres estava intimamente relacionada ao destino do socialismo [27] – ao mesmo tempo negando veementemente, juntamente com seu parceiro, as atrocidades stalinistas que ocorriam naquele mesmo momento.

E nós, pagadores de impostos romenos, agora pagamos para estudantes irem àquela Escola de Ciência Política e Administração Pública e estudar essa pessoa desprezível, como se ela fosse alguém a se admirar. Bom, esse é um exemplo real de misoginia patrocinada pelo Estado! Mas eu tenho a impressão de que a elite feminista sente-se muito confortável com isso.

Prezadas feministas de cafeteria, se vocês nos recomendam ler Simone de Beauvoir como um exemplo de feminista “do bem”, então vocês ou não a leram e a estão mencionando apenas para parecer cultas, ou, ao contrário, vocês a leram e concordam com o que ela defendeu e nesse caso, qualquer ser humano normal e não feminista teria que ser, no mínimo do mínimo, insano, para acreditar que vocês têm as melhores intenções em mente.

A ousadia com que Beauvoir propõe nada menos que a proibição sumária de certas escolhas para mulheres por essas escolhas não caberem em sua linha ideológica é o exemplo absoluto de utopia doentia para quem água quente é um conceito novo e para quem o planeta gira em torno dela. E se não girar assim, então há um problema com o planeta e ele deve ser proibido. A verdade deve ser proibida se ela for “incorreta”.

Se essas feministas fossem realmente sinceras quando dizem que querem combater a misoginia e ampliar o espectro de escolhas para as mulheres, então começariam por jogar na lata de lixo da História todo o arsenal ideológico vindo de Simone de Beauvoir. Mas, não fazem isso e nunca farão, porque feminismo é hipócrita em seus melhores dias e totalitário por natureza e prática em seus dias comuns. E nos seus piores dias, o feminismo exige o extermínio dos homens.

Prezadas feministas, sua declaração pública de admiração por Simone de Beauvoir diz muito mais sobre vocês mesmas do que qualquer coisa que qualquer um pudesse jamais dizer. Vocês mais uma vez provam que os melhores argumentos antifeministas vêm diretamente das próprias feministas. E por isso, nós lhes estendemos nossos agradecimentos!

 

Escrito por Lucian Vâlsan. Traduzido por Aldir Gracindo. A Voice for Men.

 

Referências:

Agradecimento especial a Atodiresei pelo auxílio com a documentação.

[1] http://my.telegraph.co.uk/expat/stephenclarke/10151800/10151800/ – Stephen Clarke – The women that France needs to remember – or forget; The Telegraph, published at September 5, 2013

[2] https://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Holocaust/VichyRegime.html – The Holocaust: The French Vichy Regime

[3] http://www.lexpress.fr/culture/livre/ce-qu-on-n-ose-pas-voir-sur-beauvoir_822547.html – Dupuis Jérôme – Ce qu’on n’ose pas voir sur Beauvoir; L’Express, published at January 3, 2008

[4] http://www.telegraph.co.uk/culture/books/non_fictionreviews/3672534/Simone-de-Beauvoir-Meet-Jean-Paul-Sartre.html – Tim Martin – Simone de Beauvoir? Meet Jean-Paul Sartre; The Telegraph, published at April 12, 2008

[5] http://opinionator.blogs.nytimes.com/2013/05/19/savile-beauvoir-and-the-charms-of-the-nymph/ – Andy Martin – The Persistence of the ‘Lolita Syndrome’; The New York Times, published at May 19, 2013

[6] ibidem

[7] ibidem

[8] Simone de Beauvoir – Brigitte Bardot and the Lolita Syndrome (with many half-tone illustrations) p.10; 14 – First Four Square Edition – The New English Library LTD., 1962

[9] We received the following communication: Le Monde, January 26, 1977 – https://www.ipce.info/ipceweb/Library/00aug29b1_from_1977.htm

[10] Sexual Morality and the Law, Chapter 16 of Politics, Philosophy, Culture –Interviews and Other Writings 1977-1984, p.275

[11] Le Mouvement Pédophile en France – http://archive.wikiwix.com/cache/?url=http://bibliobleue.fpc.li/Revues/Gredin/N0/MvtFrance.htm

[12] http://www.theguardian.com/world/2001/feb/24/jonhenley – Jon Henley – Calls for legal child sex rebound on luminaries of May 68; The Guardian, published at February 24, 2001

[13] Ibidem 4

[14] http://www.biographile.com/6-degrees-of-infatuation-an-ode-to-frisky-french-writers/28496/ – Kelsey Osgood – 6 Degrees of Infatuation: An Ode to Frisky French Writers; Biographile, published at February 11, 2014

[15] Simone de Beauvoir – The Second Sex, p. 378 – Translated by Constance Borde and Sheila Malovany-Chevallier; Vintage Books – Random House Inc., New York, 2009

[16] Sex, Society and the Female Dilemma – A Dialogue between Simone de Beauvoir and Betty Friedan; Saturday Review, publicat la 14 Iunie 1975 – p. 18 http://64.62.200.70/PERIODICAL/PDF/SaturdayRev-1975jun14/14-24/

[17] Female Dilemma, op. cit. p.20

[18] Second Sex, op. cit. p.70

[19] Ibidem p.392-393

[20] Ibidem p.257-258

[21] Ibidem p.43

[22] Ibidem p.255

[23] Ibidem p. 258-259

[24] World War II: Conscription and the Age of Soldiers – http://histclo.com/essay/war/ww2/age/ww2-age.html

[25] Hitler’s Boy Soldiers – http://www.historyplace.com/worldwar2/hitleryouth/hj-boy-soldiers.htm

[26] Târgșor, communist prison for children – National Romanian Television report (English subtitles included) – http://vimeo.com/73694592

[27] Second Sex, op. cit. p.60

 

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