• Com base no Argumento Cosmológico, sabemos que Deus é:
Auto-existente, atemporal, não espacial, imaterial (uma vez que ele criou o tempo, o espaço e a matéria, então deve estar fora do tempo, do espaço e da matéria). Em outras palavras, ele não tem limites. Ou seja, ele é infinito. Inimaginavelmente poderoso, uma vez que ele criou todo o Universo do nada. Pessoal, uma vez que ele optou por converter um estado de nulidade em um Universo tempo-espaço-material (uma força impessoal não tem capacidade de tomar decisões).
• Com base no Argumento Teleológico, sabemos que Deus é:
Supremamente inteligente, uma vez que planejou a vida e o Universo com incrível complexidade e precisão. Determinado, uma vez que planejou as muitas formas de vida para viverem nesse ambiente específico e ordenado.
• Com base no Argumento Moral, sabemos que Deus é:
Absolutamente puro no aspecto moral (ele é o padrão imutável de moralidade pelo qual todas as ações são medidas. Esse padrão inclui justiça e amor infinitos).
• Com base nas evidências históricas, sabemos que Jesus existiu:
As dez fontes não-cristãs que citam Jesus são: Josefo; Tácito, historiador romano; Plínio, o Jovem, político romano; Flegon, escravo liberto que escrevia histórias; Talo, historiador do século I; Suetônio, historiador romano; Luciano, satirista grego; Celso, filósofo romano; Mara bar Serapion, cidadão reservado que escrevia para seu filho; e o Talmude. Você poderá encontrar uma lista completa das menções a Cristo feitas por essas fontes em Norman L. GEISLER, Enciclopédia de apologética. São Paulo: Vida, 2002, p. 447-52; v. tb. Gary HABERMAS, The Historicaljesus. Joplin, Mo.: College Press, 1996, capo 9
• Com base nessas informações, sabemos que os autores do Novo Testamento disseram a verdade:
(01) Os autores do Novo Testamento incluíram detalhes embaraçosos sobre si mesmos:
– Eles são tolos — por diversas vezes, não entenderam o que Jesus estava dizendo (Mc 9.32; Lc 18.34; Jo 12.16).
– Eles são apáticos — caíram no sono duas vezes quando Jesus lhes pediu que orassem (Mc 14.32-41). Mais tarde, os autores do NT acreditam que Jesus é homem-Deus, contudo admitem que caíram no sono duas vezes diante dele em sua hora de maior necessidade! Além disso, não fazem nenhum esforço para dar a seu amigo um sepultamento adequado, mas registram que Jesus foi sepultado por José de Arimatéia, um membro do Sinédrio — a própria corte que havia sentenciado Jesus à morte.
– Eles foram advertidos — Pedro é chamado de “Satanás” por Jesus (Mc 8.33), e Paulo repreende Pedro por estar errado numa questão teológica. Paulo escreve: “Quando, porém, Pedro veio a Antioquia, enfrentei-o face a face, por sua atitude condenável” (GI2.11); tenha em mente que Pedro é um dos pilares da igreja primitiva, e, aqui, Paulo está incluindo nas Escrituras que ele estava errado!
– Eles são covardes — todos os discípulos, com exceção de um, escondem-se quando Jesus vai para a cruz. Pedro até mesmo o nega três vezes depois de prometer explicitamente ” … eu nunca te abandonarei!” (Mt 26.33-35). Nesse meio tempo, enquanto os outros homens estavam escondendo-se com medo dos judeus, mulheres corajosas levantam-se a favor de Jesus e são as primeiras a descobrir o túmulo vazio.
– Eles duvidam.— apesar de terem sido informados diversas vezes de que Jesus ressuscitaria dos mortos ao terceiro dia (2.18-22; 3.14-18; Mt 12.39-41; 17.9, 22,23), os discípulos têm dúvidas quando ouvem sobre sua ressurreição. Alguns duvidam até mesmo depois de tê-lo visto já ressuscitado (Mt 28.17)!
(02) Os autores do Novo Testamento incluíram detalhes embaraçosos e dizeres difíceis de Jesus:
– foi considerado “fora de si” por sua mãe e seus irmãos (sua própria família), que vieram buscá-lo com o objetivo de levá-lo para casa (Mc 3.21,31);
– é abandonado por muitos de seus seguidores (Jo 6.66);
– desfez dos “judeus que haviam crido nele” (Jo 8.30,31), a ponto destes quererem apedrejá-lo (v. 59);
– é chamado de “beberrão” (Mt 11.19);
– é chamado de “endemoninhado” (Mc 3.22; Jo 7.20; 8.48);
– é chamado de louco (]o 10.20);
– tem seus pés enxugados pelos cabelos de uma prostituta (fato que tinha o potencial de ser visto como uma provocação sexual — Lc 7.36-39);
– é crucificado pelos judeus e pelos romanos, apesar do fato de “qualquer que for pendurado num madeiro está debaixo da maldição de Deus” (Dt 21.23; cf. GI 3.13).
– parece predizer incorretamente que voltará à terra dentro de uma geração (Mt 24.34);
– diz em relação à sua segunda vinda que ninguém sabe a hora, “nem os anjos dos céus, nem o Filho” (Mt 24.36);
– parece negar sua divindade ao perguntar ao jovem rico “Por que você me chama bom? [ … ]. Não há ninguém que seja bom, a não ser somente Deus” (Lc 18.19);
– é visto amaldiçoando uma figueira por não ter figos quando não era época de figos (Mt 21.18s);
– parece incapaz de realizar milagres em sua cidade natal, exceto curar algumas pessoas doentes (Mc 6.5).
(03) Os autores do Novo Testamento incluíram as exigências de Jesus:
– “Mas eu lhes digo: Qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5.28).
– “Mas eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, faz que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério” (Mt. 5.32).
– “Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra. E se alguém quiser processá-lo e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa. Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas. Dê a quem lhe pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir-lhe algo emprestado” (Mt 5.39-42).
– “Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus” (Mt 5.44,45).
– “Sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês” (Mt 5.48).
– “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mt 6.19-21).
– “Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês” (Mt 7.1,2).
Todos esses mandamentos são difíceis ou impossíveis de serem cumpridos pelos seres humanos e parecem ir na direção contrária dos melhores interesses dos homens que os escreveram. Certamente são contrários aos desejos de muitos hoje que desejam uma religião de espiritualidade sem exigências morais. (I) Se pensar em um pecado é um ato pecaminoso, então todo mundo incluindo os autores do NT — é culpado. (II) Estabelecer padrões rígidos como esses para divórcio e novo casamento não parece estar de acordo com os interesses terrenos dos homens que registraram essa frase. (III) Não resistir aos insultos de uma pessoa má é resistir aos nossos instintos humanos básicos. Isso também estabelece um inconveniente padrão de comportamento para os apóstolos que estavam sofrendo perseguição quando essa frase foi escrita. (IV) Orar por nossos inimigos vai além de qualquer ética jamais pronunciada e exige bondade onde a animosidade é natural. (V) Não acumular riqueza contradiz os mais profundos desejos da nossa segurança temporal. (VI) Ser ‘perfeito é um pedido inatingível para seres humanos falíveis. (VII) Não julgar, a não ser que nossa vida esteja em perfeita ordem, contradiz nossa tendência natural de apontar as falhas dos outros.
(04) Os autores do Novo Testamento incluíram fatos relacionados à ressurreição de Jesus que eles não poderiam ter inventado:
Os autores registram que Jesus foi sepultado por José de Arimatéia, um membro do Sinédrio — o conselho do governo judaico que sentenciou Jesus à morte por blasfêmia. Esse não é um fato que poderiam ter inventado. Considerando a amargura que certos cristãos guardavam no coração contra as autoridades judaicas, por que eles colocariam um membro do Sinédrio de maneira tão positiva? E por que colocariam Jesus na sepultura de uma autoridade judaica? Se José não sepultou Jesus, a história teria sido facilmente exposta como fraudulenta pelos inimigos judaicos do cristianismo. Mas os judeus nunca negaram a história, e jamais se encontrou uma história alternativa para o sepultamento de Jesus. As primeiras testemunhas. Todos os quatro evangelhos dizem que as mulheres foram as primeiras testemunhas do túmulo vazio e as primeiras a saberem da ressurreição. Uma dessas mulheres era Maria Madalena, que Lucas admite ter sido uma mulher possuída por demônios (Lc 8.2). Isso jamais teria sido inserido numa história inventada. Uma pessoa possessa por demônios já seria uma testemunha questionável, mas as mulheres em geral não eram sequer consideradas testemunhas confiáveis naquela cultura do século I. O fato é que o testemunho de uma mulher não tinha peso num tribunal. Desse modo, se você estivesse inventando uma história da ressurreição de Jesus no século I, evitaria o testemunho de mulheres e faria homens — os corajosos — serem os primeiros a descobrir o túmulo vazio e o Jesus ressurreto. Citar o testemunho de mulheres especialmente de mulheres possuídas por demônios — seria um golpe fatal à sua tentativa de fazer uma mentira ser vista como verdade.
(05) Os autores do Novo Testamento incluíram em seus textos, pelo menos, 30 pessoas historicamente confirmadas:
Os documentos do Novo Testamento não podem ter sido inventados porque eles contêm muitas personagens confirmadas historicamente. Os autores teriam minado sua credibilidade diante dos ouvintes contemporâneos ao envolverem pessoas reais numa ficção, especialmente pessoas de grande notoriedade e poder. Não há maneira de os autores terem seguido adiante escrevendo mentiras descaradas sobre Pilatos, Caifás, Festo, Félix e toda a linhagem de Herodes. Alguém os teria acusado por terem envolvido falsamente essas pessoas em acontecimentos que nunca ocorreram. Os autores sabiam disso e não teriam incluído tantas pessoas reais de destaque numa ficção que tinha o objetivo de enganar. Mais uma vez, a melhor explicação é que os autores do Novo Tetamento registraram precisamente aquilo que viram.
(06) Os autores do Novo Testamento desafiam seus leitores a conferir os fatos verificáveis, até mesmo sobre milagres:
Destacamos a declaração aberta de precisão feita por Lucas a Teófilo (Lc 1.1-4), a afirmação de Pedro de que não seguiram fábulas engenhosamente inventadas, mas que foram testemunhas oculares da majestade de Cristo (2Pe 1.16); a ousada declaração de Paulo a Festa e ao rei Agripa sobre o. Cristo ressurreta (At 26) e a reafirmação de Paulo de um antigo credo que identificou mais de 500 testemunhas oculares do Cristo ressurreto (1 Co 15). Além disso, Paulo faz outra afirmação aos cristãos de Corinto que nunca teria feito a não ser que estivesse dizendo a verdade. Em sua segunda carta aos Coríntios, Paulo declara que anteriormente realizara milagres entre eles. Falando de suas qualificações como apóstolo — com alguém que fala por Deus -, Paulo relembra aos cristãos de Corinto: “As marcas de um apóstolo — sinais, maravilhas e milagres — foram demonstradas entre vocês, com grande perseverança” (2Co 12.12). Por que Paulo escreveria isso aos cristãos de Corinto a não ser que realmente tivesse realizado os milagres entre eles? Ele teria destruído sua credibilidade completamente ao pedir que se lembrassem de milagres que nunca realizara diante deles! A única conclusão plausível é que: (I) Paulo realmente era apóstolo de Deus, (II) portanto, realmente tinha a habilidade de confirmar seu apostolado ao realizar milagres e (III) ele mostrou essa habilidade abertamente aos cristãos de Corinto.
(07) Os autores do Novo Testamento abandonaram suas crenças e práticas sagradas de longa data, adotaram novas crenças e práticas não negaram seu testemunho sob perseguição ou ameaça de morte:
– o sistema de sacrifício de animais — eles o substituíram pelo sacrifício perfeito de Cristo;
– a supremacia obrigatória da Lei Mosaica — eles dizem que ela não tem mais poder por causa da vida sem pecado de Cristo;
– monoteísmo estrito — agora adoram Jesus, o homem-Deus, apesar do fato de que (I) sua mais prezada crença fosse “Ouça, ó Israel: O SENHOR, o nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4) e (II) a adoração ao homem sempre fora considerada blasfêmia e punida com a morte;
– o sábado — eles não mais observavam esse dia, embora sempre tivessem acreditado que quebrar o sábado era uma atitude passível de morte (Êx31.14);
– crença no Messias conquistador — Jesus é o oposto de um Messias conquistador. Ele é o Cordeiro sacrificial (pelo menos em sua primeira visita!).
Não apenas esses novos cristãos abandonaram suas crenças e práticas há muito prezadas, mas também adotaram algumas outras bastante radicais: (I) domingo, um dia de trabalho, como o novo dia de adoração; (II) o batismo como um novo sinal de que alguém era participante da nova aliança (como a circuncisão era um sinal da antiga aliança); (III) a comunhão (ceia) como um ato memorial do sacrifício de Cristo por seus pecados.