No Rio de Janeiro emerge uma Igreja fortalecida diante da militância anticristã

RIO DE JANEIRO – 27.10.2016 – Os últimos dias não foram nada fáceis para a Arquidiocese do Rio de Janeiro depois de semanas sem grandes manobras políticas dos candidatos à prefeitura para o segundo turno. Isso até que Marcelo Crivella decidiu de modo público firmar uma carta compromisso com a Igreja Católica procurando se emendar para estabelecer um canal de diálogo com a mesma, pois ele próprio sabe da evidente participação social de todo o seu organismo pela cidadania cristã de seus fiéis, estes mais numerosos e determinantes para a vida política do que muitos poderiam pensar.

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A carta a seguir deixou a esquerda em polvorosa. Desde esse momento numerosos católicos começaram a correr para o lado do candidato do PRB e muitos dispensaram a posição anterior de anulação do voto, o que inclusive poderia ser favorável ao candidato Marcelo Freixo.

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Logo se via pelas redes um convite inusitado para um evento: “Católicos com Freixo”! Na sua primeira edição, marcada para o dia 22/10, iria contar com a presença de Leonardo Boff, ex-padre e militante da teologia da libertação, posto como a principal atração do dia. Sua presença ao lado de Freixo seria utilizada para “profetizar” aos católicos como é que deveriam votar contra a sua consciência de fé e sabotarem a própria Igreja com ideológos anticristãos que querem ocupar a próxima gestão da prefeitura carioca. Entretanto, o guru espiritual da esquerda andou com a saúde pelas tabelas por esses dias. Os católicos que já se preparavam com rosários, água benta e sal, celebraram o adiamento do evento e o fato dele não ter vingado.

Boff não veio, mas ele tem seus aliados em muitos seguimentos sociais, inclusive na Igreja.

E agora, o que poderia fazer a militância? Ora, falindo em todo canto do Brasil nas suas tentativas de se estabelecer, é mais que preciso ter um Rio socialista a qualquer custo para não acabar com o marketing nacional da esquerda. Eles querem uma fatia suculenta do bolo para não morrerem de inanição, ao menos querem ter uma única grande prefeitura a fim de que a máquina da revolução não pare no tempo.

Talvez o silêncio fosse a melhor sobrevivência. Mas não! Atos desesperados tomaram conta dos seus soldados ideológicos.

Na terça, 25/10, uma notícia cai como uma bomba no mundo carioca, um pequeno grupo de padres, aliado a alguns que se autodenominam católicos de esquerda, como se isso pudesse ser coerente, resolve declarar apoio oficial a candidatura do Marcelo Freixo com direito a citações falsificadas a pessoa do Papa Francisco, ao Magistério da Igreja e usurpando a autoridade católica para si.

A atitude foi vista como uma afronta pelos católicos, que encheram de mensagens os seus padres, espalhados pelos quatro cantos do Rio, querendo esclarecimentos e achando um absurdo tal tentativa de cristianizar o seu oposto. Ora, mas não pára por aí. Emails, whatsapps, ligações e todo tipo de comunicação foram utilizados para acionar as autoridades religiosas demandando uma rápida reação diante do escândalo público causado por tal grupo.

Como católico e padre que sou nunca vi algo semelhante. É simplesmente incrível o senso dos fiéis. A retaliação na verdade veio deles: mobilizados como um exército que estava de guarda e ao toque de um trombeta atenderam a um comando de fé interior. Num gesto de unidade se reuniram como ovelhas em torno do seu pastor para ele lhes fortalecer em suas convicções de fé, como se dissessem, “É isso mesmo, nosso pastor? Isso é católico?” E o Cardeal com todas as suas autoridades eclesiásticas confirmou a legítima indignação dos fiéis.

Uma nota clara, contundente, consolou os fiéis na noite do dia 25/10 revelando a consciência social cristã da Arquidiocese para o contexto carioca. Não que a Igreja tenha candidato na disputa, uma vez que é apartidária, mas ficou claro que católico tem que ser responsável pelo que é de seu credo cristão. A nota é para ser interpretada e o recado tem que ser bem entendido.

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O cálculo deu errado tal como vem fazendo uma matemática política rísivel a militância socialista por todo o país: adulterando informações, manipulando jovens e crianças, usando de autoridade que não tem sobre instituições, mascarando, fazendo marketing, atacando os fundamentos constitucionais. E assim pensam em sobreviver.

Foi um tiro no pé dos ideólogos anticatólicos. É o triste fim da campanha.

Ontem o evento “Católicos com Freixo” em sua nova edição na Cinelândia foi uma vergonha com a participação de meia dúzia de pessoas e discursos desconexos sobre o catolicismo vindos da boca de Chico Alencar.

Vários blogs da mídia comunista tentaram replicar o posicionamento desses padres em rebelião contra o Magistério.

E em contraponto, os meios de comunicação esquerdistas fizeram de tudo para retaliar outros padres, como a mim, padre Augusto Bezerra e a um vigário episcopal da Arquidiocese, Padre Nivaldo Júnior. Sim para o nosso desagrado nossos nomes foram citados pela mídia financiada por Lula & Cia, no site Carta Capital. Fomos alvos dos que são companheiros cotidianos dos que são alvos da Lava-Jato.

Tudo que fizerem agora vira propaganda ao firme posicionamento da Igreja. Pois a milenar instituição não irá se dobrar jamais frente às forças históricas que querem implodi-la em sua essência e valores.

Com tudo isso a Igreja sai fortalecida, pois na cidade do Rio, onde existe um verdadeiro berço do catolicismo nacional por sua liderança nata, dialogar com o mundo cristão é a única saída para quem quer se estabelecer. Longe de ser um triunfalismo católico, essa é uma visão realista da sociedade e cidadania cariocas.

Muitos andaram noticiando de que a Igreja do Rio está dividida. E não é fato. Há aqueles que se dividem dela, mas ela mesma permance unida na verdade e na fidelidade ao Magistério em torno de seu pastor.

Escrito por Pe. Augusto Bezerra. Publicado originalmente em seu blog pessoal.

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