Primeira-ministra britânica diz que o ataque a Westminster não é “islâmico”, embora ISIS tenha assumido autoria

Embora o Estado Islâmico (ISIS) tenha assumido a autoria do atentado que matou 4 pessoas e feriu mais de 40 em Westminster, na Grande Londres, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse que o ataque islâmico ao Parlamento britânico não era “islâmico” e que o Islã é na verdade uma “grande fé”. Assumindo o papel de um teólogo, Theresa May insistiu: “É errado descrever o cenário como terrorismo islâmico. É uma perversão de uma grande fé. ” Falando no Parlamento, a primeira-ministra, que é do Partido Conservador do Reino Unido, também disse que o ataque mostrou “a importância de todas as nossas crenças trabalharem em conjunto, reconhecendo os valores que compartilhamos”. Acrescentou ainda que “(…) este ato de terror não foi um ato de fé (…) mas uma perversão, uma ideologia distorcida, que leva a um ato de terrorismo como esse e que não prevalecerá.”

O Islamismo é geralmente definido como uma interpretação política do Islã. Alguns críticos argumentam que o Islã é intrinsecamente político – como o Alcorão exige um estado religioso e lei – e dizem que o termo é irrelevante. Os deputados quase que unânimamente concordaram com a primeira-ministra, alinhando-se para alertar contra a “demonização” e “estigma” criada contra os muçulmanos, condenando a ‘crescente islamofobia’ e a discriminação racial e religiosa.

Khalid Mahmood, o deputado trabalhista de Birmingham Perry Barr, disse que o atacante ou atacantes (notar o termo: atacantes e não terroristas) “fingem ser de uma religião particular”. “Se fossem membros de uma religião, não estariam praticando atos como esse”, acrescentou. Tulip Siddiq, deputado trabalhista de Hampstead e Kilburn, acrescentou: “As pessoas que cometem atos de terrorismo em nome do Islã não falam pela maioria dos muçulmanos neste país”.

O líder do UKIP, Paul Nuttall, entretanto, não hesitou em descrever o ataque como “islâmico”. “Temos um câncer dentro da comunidade e precisa ser cortado”, disse ele à Sky News, perto do Palácio de Westminster. “A comunidade muçulmana acredito que precisa fazer mais sobre isso. Temos um grande problema, pelo fato de 800 cidadãos britânicos estarem lutando na Síria e no Iraque pelo Estado Islâmico (…) Eu não acredito que eles devem ser autorizados a retornar e eu acho que, no âmago da questão, temos que olhar para o financiamento estrangeiro de mesquitas, particularmente da Arábia Saudita, que promove o radicalismo em todo o mundo”.

Traduzido e adaptado por Portal Conservador. Fonte: Breitbart.

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